DIREITO DE SER DIFERENTE
05/06/2015 -
FAZENDO DIREITO
A OVELHA NEGRA
Piensa Diferente:
http://www.piensadiferente-bcn.com/
https://www.facebook.com/pages/Piensa-Diferente/191133660957966?fref=ts
âA ovelha negra nĂŁo Ă© mĂĄ, Ă© simplesmente diferenteâ.
(Colaboração: Ruben)
Piensa Diferente:
http://www.piensadiferente-bcn.com/
https://www.facebook.com/pages/Piensa-Diferente/191133660957966?fref=ts
LEIS JUSTAS
A maravilhosa morena se aproximou do lago deserto, olhou ao redor para se certificar de que não havia ninguém por perto e tirou toda a roupa.
Quando se preparava para dar o primeiro mergulho, um guarda saiu de trĂĄs de uma ĂĄrvore:
â Desculpe, senhorita, mas Ă© proibido nadar neste lago.
A moça corou de vergonha.
â E por que o senhor nĂŁo avisou antes de tirar a roupa?
â Bem... â Respondeu o guarda. â Ă que nĂŁo existe nenhuma lei proibindo tirar a roupa na beira do lago...
(Colaboração: O "Adevogado")
TUDO Ă UMA QUESTĂO DE EXPERIMENTO
Uma velha solteirona ligou para o escritório de advocacia e pediu que mandassem um advogado até sua casa para ajudå-la a fazer o seu testamento.
â Por favor, me diga quais sĂŁo os seus bens e como gostaria que eles fossem distribuĂdos depois de sua morte..., perguntou o Advogado.
A velha respondeu:
â Esta casa Ă© alugada e estes mĂłveis velhos nĂŁo valem praticamente nada... A Ășnica coisa que tenho de valor sĂŁo um milhĂŁo de reais na minha poupança.
â OK â disse o advogado, anotando tudo. â E como a senhora gostaria que este dinheiro fosse distribuĂdo?
â Olha, moço... Eu sempre vivi muito isolada... NinguĂ©m da minha famĂlia nunca me deu bola, tanto que nem ficaram sabendo quando eu ganhei na loteria...
â Certo... EntĂŁo a senhora quer colocar quem no testamento? Alguma amiga? Ou...
â NĂŁo! Eu nĂŁo quero deixar nada pra ninguĂ©m! Quero gastar 900 mil reais no meu velĂłrio! Assim acho que finalmente alguĂ©m vai me notar...
â Puxa! â exclamou o advogado. â Com esse dinheiro todo gasto em um velĂłrio com certeza vocĂȘ vai ser notĂcia! Mas e os outros cem mil?
â Bom, eu nunca casei, nunca tive namorados... Nunca estive com um homem antes... EntĂŁo queria que vocĂȘs usassem esse dinheiro para conseguir um homem para dormir comigo!
â Esse Ă© um pedido bastante incomum! â respondeu o advogado. â Mas veremos o que eu posso fazer... Em casa o advogado contou o ocorrido para a esposa e, como eles estavam precisando de dinheiro, ela sugeriu que ele mesmo fosse dormir com a solteirona para faturar a grana.
Como a esposa sabia que seria um encontro de apenas uma hora, resolveu ir junto e ficou esperando no carro.
Uma hora depois, nada. Outra hora e nada. Depois de umas trĂȘs horas ela começou a ficar irritada e tocar insistentemente a buzina.
Rapidamente o marido dela apareceu pelado na janela da sala e disse:
â Benzinho! Volte pra me buscar sĂł amanhĂŁ cedo. Ă que a senhora aqui decidiu deixar o enterro dela pra prefeitura mesmo fazer!!!
(Colaboração: O Advogado)
LEIS DA VIDA - OPINIĂO DE VĂRIOS CIENTISTAS: PORQUE Ă QUE A GALINHA ATRAVESSOU A ESTRADA?
Descartes: âEla tinha razĂŁo suficiente para acreditar que, de algum modo, estava a sonhar.â
Isaac Newton : âPela primeira lei da dinĂąmica, galinhas em repouso tendem a manter-se em repouso e galinhas em movimento tendem a atravessar a estrada.â
Einstein: âA galinha atravessar a estrada ou a estrada passar por baixo da galinha Ă© uma questĂŁo de referencial.â
Heisenberg: âPelo princĂpio da incerteza, nĂŁo sabemos ao certo o lado em que a galinha se encontra, mas sabemos que estava em movimento.â
Pauli: âSegundo o princĂpio da exclusĂŁo, a galinha nĂŁo atravessou, jĂĄ existia uma galinha naquele lado!â
Hubble: âPela teoria da expansĂŁo do universo, a galinha nĂŁo atravessou, foi a estrada que se expandiu.â
De Broglie: âA dualidade quĂąntica afirma que haviam duas galinhas, uma de cada lado, vocĂȘ Ă© que acha que ela atravessou.â
O astrĂłnomo: âOnde estĂĄ o espectro dela para me provarem que ela existe?â
O criacionista: âDeus criou ela lĂĄ, nĂŁo existe prova de que tenha estado aqui.â
Darwin: âSomente as galinhas mais aptas conseguem.â
Fonte: http://www.explicatorium.com/. https://www.facebook.com/explicatorium.
MAGISTRADO FAZ SENTENĂA EM LINGUAGEM COLOQUIAL PARA COMBATER "JURIDIQUĂS"
Ao decidir que uma das partes deveria indenizar a outra, JoĂŁo Batista Danda disse que o valor a ser pago nĂŁo pode ser "tĂŁo pesado que vire um inferno"...
O mundo das leis nĂŁo precisa ser um universo indecifrĂĄvel. Para provar isso, um magistrado gaĂșcho redigiu uma sentença trocando o tom pomposo do Direito pela linguagem do dia a dia. O resultado foi um texto de fĂĄcil compreensĂŁo e uma repercussĂŁo maior do que ele imaginava: virou notĂcia no meio jurĂdico â e fora dele.
A ideia surgiu quando JoĂŁo Batista de Matos Danda, entĂŁo juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 4ÂȘ RegiĂŁo, viu-se completamente perdido em uma conversa com a filha. Por mensagem, a jovem contava sobre um novo emprego, na ĂĄrea do marketing.
â Ela escreveu expressĂ”es como "startup", "incubada", "transmĂdia", "DNA de marca". AĂ, eu perguntei: "minha filha, o que tu estĂĄs falando exatamente? Traduz, por favor" â conta Danda, ainda achando graça do papo que nĂŁo lhe fez sentido.
Ao se dar conta de que a linguagem tĂ©cnica acaba restringindo o entendimento a poucos, geralmente aqueles que trabalham na mesma ĂĄrea, o juiz, entĂŁo, se propĂŽs ser mais claro em suas decisĂ”es â desafio que levou com certo exagero em abril passado, quando foi relator no processo em que o pedreiro Lucas de Oliveira pedia vĂnculo de emprego e indenização por danos morais, apĂłs sofrer acidente em uma obra particular, de propriedade de Itamar Carboni.
Danda foi direto na explicação do rolo. "TrĂȘs meses depois de iniciada a obra, o pedreiro caiu da sacada, um pouco por falta de sorte, outro pouco por falta de cuidado, porque ele nĂŁo tinha e nĂŁo usava equipamento de proteção. Ele, Itamar, ficou com pena e acabou pagando atĂ© o serviço que o operĂĄrio ainda nĂŁo tinha terminado", disse o juiz na sentença.
Lå pelas tantas do acórdão, ao falar do processo de revisão da sentença, o magistrado soltou essa: "para julgar de novo, vou ler as declaraçÔes de todos mais uma vez e olhar os documentos. Pode ser que me convença do contrårio. Mas pode ser que não. Vamos ver".
Ă um texto tĂŁo coloquial que parece nĂŁo ter nada de mais, certo? Errado. O prĂłprio juiz conta como normalmente essa ideia seria escrita, em um processo "normal":
â Inconformado com a sentença, que julgou improcedente a ação, recorre o reclamante buscando sua reforma quanto ao vĂnculo de emprego e indenização por acidente de trabalho. Com contrarrazĂ”es sobem os autos a este tribunal. Ă o relatĂłrio. Passo a decidir.
Na decisĂŁo, Danda defendeu que nĂŁo havia vĂnculo de emprego na situação, mas que isso nĂŁo impedia o trabalhador de receber indenização por danos morais. A reparação, segundo o juiz, "serve para amenizar um pouco o sofrimento de Lucas, mas tambĂ©m serve para Itamar lembrar que tem obrigação de cuidar da segurança daqueles que trabalham na sua casa, mesmo quando nĂŁo sĂŁo empregados".
Ponderou ainda que o valor da indenização "não pode ser tão pesado que vire um inferno para seu Itamar pagar; nem muito pouco, porque aà ele paga sem problemas e não se importa se amanhã ou depois outro acidente acontece em sua casa".
Por outro lado, esclareceu Danda, o pedreiro "nĂŁo pode pretender ficar rico com a tragĂ©dia; mas tambĂ©m o dinheiro tem que fazer alguma diferença na sua vida". EntĂŁo fixou o pagamento de R$ 7 mil, alĂ©m da pensĂŁo mensal vitalĂcia de R$ 281,25.
Nesta semana, Danda foi empossado desembargador. Segundo ele, a tentativa de simplificar as decisÔes deve continuar, agora, no novo posto:
â Na maioria das vezes, Ă© difĂcil fugir dos jargĂ”es, mas Ă© uma tendĂȘncia fazer sentenças mais claras. Sem perder a precisĂŁo tĂ©cnica, claro.
"Rebimbocas da parafuseta" também aparecem em outras åreas
Falar difĂcil nĂŁo Ă© exclusividade do Direito. Cada ĂĄrea do conhecimento, aliĂĄs, tem a sua linguagem prĂłpria, seus termos tĂ©cnicos. Quem Ă© que nunca ficou com um ponto de interrogação na testa ouvindo mediquĂȘs, academiquĂȘs, economĂȘs..? Ă complicado.
Sem dĂșvida. Mas pode ser Ăștil. Para Pedro Garcez, professor de linguĂstica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pode ser uma estratĂ©gia que agiliza a comunicação dentro de um grupo. Vale ressaltar: dentro de um grupo.
â HĂĄ boas razĂ”es para existirem linguagens especializadas. Ă uma facilitação para quem estĂĄ cotidianamente trabalhando determinado discurso. Mas hĂĄ textos que, mesmo vindos de uma ĂĄrea tĂ©cnica, deveriam ser compreensĂveis ao grande pĂșblico â pondera.
Como exemplo, o professor cita os termos de consentimento (documento assinado pelo paciente, autorizando o mĂ©dico a realizar determinado procedimento). Uma pesquisa da BioĂ©tica, realizada no Hospital de ClĂnicas de Porto Alegre, mostrou que para compreender os documentos era necessĂĄrio ter mais de 11 anos de escolaridade â sendo que a mĂ©dia de tempo de estudo dos atendidos na instituição era de seis anos.
Para superar o problema, foram criados manuais que ajudam a redigir os termos de um jeito mais simples. Assim, dispepsia virou mĂĄ digestĂŁo â bem mais fĂĄcil de engolir. O mesmo ocorreu com as bulas, que por determinação de uma lei, tornaram-se mais compreensĂveis.
SĂł que falar difĂcil tambĂ©m pode ser um propĂłsito, principalmente quando se deseja passar seriedade. A histĂłria conta que Freud passou um perrengue por causa disso. O criador da psicanĂĄlise teria escrito seus trabalhos em alemĂŁo coloquial, com o objetivo de tornĂĄ-los um conhecimento popular.
Quando seus estudos chegaram aos Estados Unidos, no entanto, foram traduzidos em conceitos mais fechados, que dariam uma aparĂȘncia mais cientĂfica. Freud ficou um pouco mais difĂcil por isso. Como linguagem Ă© poder, um repertĂłrio mais empolado pode selecionar um pĂșblico e tornar outro refĂ©m.
â Uma das grandes funçÔes Ă© impedir que o leigo tenha acesso a um conhecimento. Se eu levar meu carro no mecĂąnico, e ele me disser que tem de trocar a rebimboca da parafuseta, nĂŁo vou entender nada. E ele pode atĂ© me cobrar mais caro, porque eu nĂŁo sei do que se trata â exemplifica PatrĂcia Reuillard, professora da UFRGS que atua na ĂĄrea de terminologia.
Ficou claro?
Bruna Scirea - 05/06/2015 - Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/. https://www.facebook.com/zerohora.
Leia a Ăntegra da sentença do juiz Danda:
http://s.conjur.com.br/dl/juiz-redige-decisao-linguagem-coloquial.pdf
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php