CRIATIVIDADE NO MARKETING XXXI
08/08/2008 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES XXXI (DIA DOS PAIS)
Criada pela agĂȘncia RĂĄi Comunicação, a campanha âMĂȘs OlĂmpico dos Pais no Shopping TaboĂŁoâ apresenta uma bandeira das OlimpĂadas formada por relĂłgios nas cores dos anĂ©is olĂmpicos. A idĂ©ia Ă© integrar o espĂrito dos Jogos, que tratam da paz e do respeito ao prĂłximo, ao Dia dos Pais, outra data muito especial para as relaçÔes humanas.
Com figuras alusivas Ă s modalidades olĂmpicas, como vĂŽlei, natação, futebol, tĂȘnis e atletismo, a peça traz tambĂ©m a mecĂąnica da promoção: a cada R$ 50 em compras acrescidos de R$ 9,99, os clientes levam para casa um relĂłgio de pulso com pulseira de couro.
O plano de mĂdia conta com Outdoor, banners, cartazes e flyers. A produção grĂĄfica Ă© de Luana Trentin; com direção de arte de Felipe Previtali e criação de Mauricio Cavalcanti. A campanha Ă© valida entre 1 e 24 de agosto, mas limitada ao estoque de peças.
Fontes: http://www.adnewstv.com.br/; http://www.eagora.com.br/
Råi Comunicação - http://www.rai.com.br/
Shopping TaboĂŁo - http://www.shoppingtaboao.com.br/
PROFESSOR X
NO TOPO
No ranking de cursos universitĂĄrios que o MEC (MinistĂ©rio da Educação) divulgou, a Unesp (Universidade Estadual Paulista) tem o melhor desempenho entre as estaduais: cinco de seus cursos obtiveram as notas mĂĄximas em trĂȘs indicadores -notas do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) em 2007, cadastro de professores e avaliação dos alunos sobre as condiçÔes de ensino. SĂŁo eles: agronomia, educação fĂsica, enfermagem, veterinĂĄria e odontologia.
NO TOPO 2
No total, 40 cursos, de 30 universidades, conseguiram as notas mĂĄximas, ou seja, 5. Quase todos sĂŁo de universidades pĂșblicas. SĂł um deles Ă© de instituição particular: o curso de tecnologia em radiologia mĂ©dica do Centro UniversitĂĄrio SĂŁo Camilo, de SĂŁo Paulo.
NO TOPO 3
Receberam notas mĂĄximas, entre outros, os cursos de odontologia de Ponta Grossa e das universidades federais do Rio Grande do Norte, do Rio Grande do Sul, de Alfenas e do TriĂąngulo Mineiro; os cursos de zootecnia das universidades estaduais de Santa Catarina e do Norte Fluminense; e os cursos de medicina e fisioterapia da UFRJ, a federal do Rio.
DE FORA
USP e Unicamp nĂŁo puderam ser avaliadas, jĂĄ que seus estudantes nĂŁo participaram do Enade no ano passado.
MĂŽnica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo - 06/08/08.
ANĂLISE ENSINO SUPERIOR - AVALIAĂĂO NĂO DĂ SELO DE QUALIDADE
Entra exame, sai exame, e o diagnĂłstico do ensino superior permanece o mesmo: as instituiçÔes particulares, onde estudam mais de 70% dos alunos, tĂȘm, em mĂ©dia, desempenho pior do que as pĂșblicas.
O dilema que surge a cada vez que esses resultados sĂŁo divulgados Ă© o que fazer com um sistema do qual o paĂs se tornou dependente.
Ă o setor privado o principal responsĂĄvel pela expansĂŁo das matrĂculas no ensino superior nos Ășltimos dez anos. Sem ele, o jĂĄ vergonhoso percentual de menos de 10% da população adulta com nĂvel superior no paĂs seria ainda menor.
Fechar todos os cursos mal avaliados agravaria o problema da escassez de mĂŁo-de-obra qualificada no paĂs. Ceder ao lobby privado e afrouxar as regras da avaliação apenas esconderia as deficiĂȘncias que sabemos que existem.
Tampouco deve-se concluir, a partir dos resultados divulgados, que o setor pĂșblico Ă© uma ilha de excelĂȘncia.
Desde o ProvĂŁo, exame criado em 1996 pelo governo federal para avaliar os concluintes do ensino superior, a distribuição das notas repete a mesma lĂłgica estatĂstica. Sempre haverĂĄ um percentual parecido de cursos com notas altas e uma proporção semelhante de instituiçÔes ruins.
O indicador recĂ©m-criado pelo MEC para avaliar os cursos -que agrega num sĂł Ăndice dimensĂ”es de infra-estrutura com a nota dos alunos- vai na mesma linha.
Todos os cursos podem ser um lixo ou de Primeiro Mundo, mas, na hora de distribuir os conceitos, sempre haverĂĄ aqueles que ficarĂŁo no topo, com conceitos altos, e os que estarĂŁo na rabeira.
O que a avaliação faz, em resumo, é comparar os cursos, e não dar a eles um selo de qualidade definitivo.
Se um hipotĂ©tico selo de qualidade ao ensino superior fosse dado levando em conta a educação em outros paĂses, pouquĂssimas instituiçÔes brasileiras, pĂșblicas ou particulares, se salvariam.
Prova disso Ă© que no Ășltimo ranking divulgado pelo jornal britĂąnico "The Times" nenhuma universidade do paĂs aparecia entre as 100 melhores do mundo. As primeiras instituiçÔes brasileiras na lista eram a USP, na 175ÂȘ posição, e a Unicamp, na 177ÂȘ.
A China, paĂs igualmente emergente e tambĂ©m em processo de expansĂŁo do ensino superior, faz melhor: conseguiu colocar trĂȘs universidades entre as 100 melhores, sendo uma (a de Pequim) a 36ÂȘ.
A avaliação dos cursos superiores nĂŁo pode retroceder. Os cursos privados com desempenho ruim tĂȘm que ser cobrados e, em alguns casos, atĂ© mesmo fechados. Mas o setor pĂșblico nĂŁo deve, diante de resultados apenas melhores que a mĂ©dia, se iludir. TambĂ©m a ele vale a regra de que Ă© preciso crescer, mas com qualidade.
AntĂŽnio Gois - Fonte: Folha de S.Paulo - 07/08/08.
FACULDADE DO JAPĂO E USP DISCUTEM DIREITO E SAĂDE EM SP
Em uma iniciativa inĂ©dita, as faculdades de medicina e de direito da USP se uniram Ă Faculdade de Keio, de TĂłquio (JapĂŁo), para a realização de um simpĂłsio com profissionais do direito e da saĂșde.
O evento, gratuito, faz parte das comemoraçÔes do Centenårio da Imigração Japonesa e acontece a partir do próximo fim de semana em São Paulo.
Entre os assuntos em pauta estão as doenças tropicais que chegaram ao Japão por meio dos dekasseguis, como a doença de Chagas, e os problemas psicológicos que afetam brasileiros que lå vivem. As palestras serão no teatro da faculdade de medicina e no centro de convençÔes Rebouças.
Na ĂĄrea do direito, serĂŁo discutidos crimes cometidos por brasileiros no JapĂŁo. NĂŁo hĂĄ dados sobre quantos estĂŁo presos lĂĄ. No Brasil, hĂĄ ao menos quatro acusados de crimes no JapĂŁo Ă espera de julgamento.
Segundo o advogado Kazuo Watanabe, da comissĂŁo organizadora, nĂŁo hĂĄ um acordo entre o Brasil e o JapĂŁo na ĂĄrea criminal, o que dificulta o andamento do processo criminal. HĂĄ 310 mil dekasseguis vivendo no JapĂŁo -70 mil com o visto permanente de residĂȘncia. Outros 140 mil retornaram ao Brasil.
"A situação dos dekasseguis no JapĂŁo Ă© preocupante. Muitos nĂŁo tĂȘm acesso aos serviços de saĂșde, trabalham em jornadas extenuantes e sofrem de doenças fĂsicas e psicolĂłgicas", diz o mĂ©dico Shinichi Ishioka.
NA INTERNET - Veja a programação http://www.direito.usp.br/.
ClĂĄudia Collucci - Fonte: Folha de S.Paulo - 05/08/08.
Faculdade de Keio - http://www.keio.ac.jp/
PROFESSORA PASQUALINA
LIVROS PARA SE LER (BAIXAR DA INTERNET)
TĂtulo: Iracema
Autor: José de Alencar
Categoria: Literatura
Idioma: PortuguĂȘs
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2029
(Colaboração: A.M.B.)
BAIXE LIVROS E ARTIGOS COMPLETOS DE GRAĂA NA REDE
Em bibliotecas virtuais, Ă© possĂvel encontrar legal e gratuitamente livros inteiros que freqĂŒentam as listas de vestibulares, clĂĄssicos da literatura e artigos cientĂficos em texto completo.
O DomĂnio PĂșblico (http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp), do governo federal, tem obras de autores como Machado de Assis, Fernando Pessoa, Joaquim Nabuco e William Shakespeare (em portuguĂȘs) no formato PDF, alĂ©m de publicaçÔes sobre educação, gravaçÔes musicais e livros infantis.
O Projeto Gutenberg (http://www.gutenberg.org/wiki/Main_Page), biblioteca virtual pioneira, oferece mais de 25 mil livros gratuitos.
Na Pesquisa de Livros do Google (http://books.google.com.br/), Ă© possĂvel fazer busca de palavras dentro das obras. Parte do acervo foi digitalizada com reconhecimento de caracteres, o que permite localizar termos atĂ© em livros do sĂ©culo 16, por exemplo.
O serviço do Google tem obras em texto completo (algumas com download em PDF). AlĂ©m disso, Ă© possĂvel ler fragmentos de alguns livros. A pesquisa traz links para comprar as obras em lojas on-line ou localizĂĄ-las em bibliotecas.
A Biblioteca Virtual em SaĂșde (http://www.bireme.br/php/index.php) reĂșne acesso a fontes de informação nacionais e internacionais. Uma delas Ă© a SciELO (http://www.scielo.org/php/index.php), que nĂŁo se restringe Ă ĂĄrea de saĂșde: hĂĄ artigos cientĂficos em texto completo de revistas de ĂĄreas como arquitetura, ciĂȘncias sociais, engenharia, letras e artes.
Outras bibliotecas virtuais bastante abrangentes sĂŁo o Portal PeriĂłdicos Capes (http://periodicos.capes.gov.br/portugues/index.jsp) e a BibVirt (http://bibvirt.futuro.usp.br/), da USP. (RC)
Fonte: Folha de S.Paulo - 06/08/08.
FALANDO DIFĂCIL
Quando começam a ser ouvidas quase todo dia palavras que ninguĂ©m ouvia antes, Ă© bom prestar atenção â estĂŁo criando confusĂŁo na lĂngua portuguesa e raramente isso resulta em alguma coisa boa. No mundo dos trĂȘs poderes e da polĂtica em geral, por exemplo, fala-se cada vez mais um idioma que tem cada vez menos semelhança com a linguagem de utilização corrente pelo pĂșblico. As preferĂȘncias, aĂ, variam de acordo com quem estĂĄ falando. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, colocou no mapa a palavra "escandalização", Ă qual acrescentou um "do nada", para descrever o noticiĂĄrio sobre o dossiĂȘ (ou banco de dados, como ela prefere) feito na Casa Civil com informaçÔes incĂŽmodas para o governo anterior. Mais recentemente, o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, contribuiu com o seu "espetacularização"; foi a palavra, vinda de uma lĂngua desconhecida, que selecionou para manifestar seu desagrado quanto Ă colocação de algemas no banqueiro Daniel Dantas, durante as operaçÔes da PolĂcia Federal que lhe valeram o desconforto de algumas horas na prisĂŁo. "Obstaculização", "fulanização" ou "desconstitucionalização" sĂŁo outras das preferidas do momento â sendo certo que existe, por algum motivo, uma atração especial por palavras que acabam em "zação".
O ministro Tarso Genro, da Justiça, parece ser o praticante mais entusiasmado desse tipo de linguagem entre as autoridades do governo. Poucas coisas, hoje em dia, sĂŁo tĂŁo difĂceis quanto pegar o ministro Genro falando naquilo que antigamente se chamava "portuguĂȘs claro". Ele jĂĄ falou em "referĂȘncia fundante", "foco territorial etĂĄrio", "escuta social orgĂąnica articulada", entre outras coisas igualmente alarmantes; na semana passada, a propĂłsito da influĂȘncia do crime organizado nas eleiçÔes municipais do Rio de Janeiro, observou que "a insegurança jĂĄ transgrediu para a questĂŁo eleitoral". Ă curioso, uma vez que, como alto dirigente do Partido dos Trabalhadores, deveria se expressar com palavras que a mĂ©dia dos trabalhadores brasileiros conseguisse entender. Que trabalhador, por exemplo, saberia o que quer dizer "referĂȘncia fundante"? Mas tambĂ©m o PT, e nĂŁo sĂł o ministro Genro, gosta de falar enrolado. Seus lĂderes vivem se referindo a "polĂticas", que em geral sĂŁo "estruturantes"; dizem que isso ou aquilo Ă© "pontual", e assim por diante. "PolĂticas", no entendimento comum da população, sĂŁo mulheres que se dedicam Ă polĂtica; a senadora Ideli Salvatti ou a ex-prefeita Marta Suplicy, por exemplo, sĂŁo polĂticas. "Pontual", da mesma forma, Ă© o cidadĂŁo que chega na hora certa aos seus compromissos. Fazer o quĂȘ? As pessoas acham que esse palavreado as torna mais inteligentes, ou mais profissionais. Conseguem, apenas, tornar-se confusas, ou simplesmente bobas.
As coisas atĂ© que nĂŁo estariam de todo mal se sĂł os habitantes do mundo oficial falassem nesse patoĂĄ. Mas a histĂłria envolve muito mais gente boa, e muito mais do que apenas falar complicado â o que ela mostra, na verdade, Ă© que o portuguĂȘs estĂĄ sendo tratado a pedradas no Brasil. O problema começa com a leitura. O presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva, por exemplo, vive se orgulhando de nĂŁo ler livros â algo que considera, alĂ©m de chato, como um certificado de garantia de suas origens populares. Lula ficaria surpreso se soubesse quanta gente na elite brasileira tambĂ©m nĂŁo lĂȘ livro nenhum â ou entĂŁo lĂȘ pouco, lĂȘ livros ruins ou nĂŁo entende o que lĂȘ. Muitos brasileiros ricos, como empresĂĄrios, altos executivos e profissionais de sucesso, tĂȘm, sabidamente, problemas sĂ©rios na hora de escrever uma frase com mais de vinte palavras. Escrevem errado, escrevem mal ou nĂŁo dĂĄ para entender o que escrevem â ou, mais simplesmente, nĂŁo escrevem nada. No mesmo caminho vĂŁo professores, do primĂĄrio Ă universidade, artistas, profissionais liberais, cientistas, escritores, jornalistas â que jĂĄ foram definidos, por sinal, como indivĂduos que desinformam, deseducam e ofendem o vernĂĄculo.
O mau uso do portuguĂȘs resulta em diversos problemas de ordem prĂĄtica, o primeiro dos quais Ă© entender o que se diz e o que se escreve. NĂŁo Ă© raro, por exemplo, advogados assinarem petiçÔes nas quais nĂŁo conseguem explicar direito o que, afinal, seus clientes estĂŁo querendo â ou juĂzes darem sentenças em portuguĂȘs tĂŁo ruim que nĂŁo se sabe ao certo o que decidiram. HĂĄ leis, decretos, portarias e outros documentos pĂșblicos incompreensĂveis Ă primeira leitura, ou mesmo Ă segunda, Ă terceira e a quantas mais vierem. NĂŁo se sabe, muitas vezes, que linguagem foi utilizada na redação de um contrato. Os balanços das sociedades anĂŽnimas, publicados uma vez por ano, permanecem impenetrĂĄveis.
HĂĄ mais, nisso tudo, do que dificuldades de compreensĂŁo. A escritora Doris Lessing, prĂȘmio Nobel de Literatura de 2007, diz que, quando se corrompe a linguagem, se corrompe, logo em seguida, o pensamento. Ă o risco que se corre com o portuguĂȘs praticado atualmente no Brasil de terno, gravata e diploma universitĂĄrio.
J.R.Guzzo - Fonte: Veja - Edição 2072.
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http://www.faculdademental.com.br/fale.php