"HERROS" SUBORNADOS
21/10/2010 -
A JENTE HERRAMOS
I PAID A BRIBE
English:
http://globalvoicesonline.org/2010/09/14/i-paid-a-bribe-an-endeavor-in-india/
The site:
http://ipaidabribe.com/
Eu pago um suborno tenta responder a essa questão complexa, que estraga a sociedade indiana. Ela encoraja as pessoas a não tolerar o abuso do poder oficial e relatar suas histórias de suborno para "descobrir o preço de mercado da corrupção".
O site:
http://ipaidabribe.com/
MADAME NATASHA
Madame Natasha :) de redes sociais, mas fica :( com o mau uso do idioma. A senhora concedeu uma de suas bolsas de estudo ao gerente para o Brasil do Facebook, Julio Vasconcellos, pela seguinte parolagem:
"Não acredito que a solução governamental seja adequada, mas sim que ocorra uma mudança comportamental do próprio ecossistema financeiro. A alocação do capital-semente dentro de grandes fundos de investimentos pode ser uma boa forma de alimentar o "pipeline" para investimentos futuros." Ela acha que o doutor quis dizer o seguinte: "A solução proposta pelo governo é ruim." ;)
EREMILDO, O IDIOTA
Eremildo é um idiota, acredita em tudo o que as autoridades dizem, mas sempre precisa que lhe expliquem direito. Ele não entendeu uma declaração de Paulo Vieira de Souza, ex-diretor de engenharia da Dersa, a estatal Desenvolvimento Rodoviårio de São Paulo, à repórter Andrea Michael.
"NĂŁo se larga um lĂder ferido na estrada a troco de nada. NĂŁo cometam esse erro." O doutor ocupou o cargo de 2006 a abril deste ano e foi acusado por Dilma Rousseff de ter sumido com R$ 4 milhĂ”es arrecadados por conta prĂłpria com empreiteiros.
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 17/10/10.
AS REGRAS ENGESSARAM OS DEBATES
Quem sabe chegou a hora de se repensar a organização dos debates dos candidatos na televisĂŁo. A decadĂȘncia do atual modelo ficou patente na noite de domingo. NĂŁo sĂł Dilma Rousseff e JosĂ© Serra nĂŁo responderam a diversas perguntas, mas chegaram a informar que voltariam ao assunto "no prĂłximo bloco" ou "prĂłxima vez", como se fossem apresentadores.
As redes de televisĂŁo esforçam-se para preservar a neutralidade do formato e do cenĂĄrio, mas ficam amarradas Ă s condiçÔes negociadas com a direção das campanhas dos candidatos. Essa anomalia engessa o debate e relega o moderador Ă s funçÔes de cronĂŽmetro. Resultado: no debate de domingo a audiĂȘncia mĂ©dia da Rede TV! caiu Ă metade em relação Ă sua programação normal.
Como a prĂłxima sĂ©rie de debates presidenciais ocorrerĂĄ daqui a quatro anos, hĂĄ tempo para se pensar no assunto. Para começar, pode-se buscar o que hĂĄ de Ăștil no modelo americano, com meio sĂ©culo de existĂȘncia e aperfeiçoamentos:
- Os debates americanos são realizados em auditórios de universidades e organizados por uma entidade de composição bipartidåria, a Comissão para Debates Presidenciais. Quem quiser, transmite. (Em 1988, a Liga das Mulheres Eleitoras deixou de organizar esses eventos, acusando os partidos de manipular os formatos.)
- Em 2004 as regras negociadas com a direção das campanhas foram pĂșblicas e se estenderam por 31 pĂĄginas, detalhando atĂ© mesmo que os candidatos nĂŁo podiam levar cola. Antes do inĂcio do programa eles recebem papel e caneta para tomar notas. Em 2008, o detalhamento das regras ficou no cofre.
- Houve trĂȘs debates de Obama com McCain, dois deles com temas predefinidos (polĂtica externa e segurança, assuntos domĂ©sticos e economia). No Brasil esse mecanismo evitaria que um candidato repetisse propostas e denĂșncias feitas nos anteriores.
- Duas regras de ouro do contrato de 2004 inibiriam golpes baixos comuns aos debates nacionais. Foi proibida a reprodução de trechos de ĂĄudio ou vĂdeo dos debates na propaganda dos candidatos. Foi proibida tambĂ©m a pegadinha de propor ao outro assuma um compromisso em relação a seja lĂĄ o que for.
- A principal diferença estĂĄ nas atribuiçÔes do moderador. JĂĄ houve debates com vĂĄrios jornalistas fazendo as perguntas ou com um sĂł. HĂĄ uma pequena flexibilidade com o tempo dado para as respostas. Ă o moderador quem faz as perguntas ou apresenta os tĂłpicos (que nĂŁo sĂŁo negociados com os marqueteiros). Cabe ao moderador manter o equilĂbrio na distribuição do tempo.
- Em 2008 Obama e McCain toparam dividir dois debates em segmentos, com respostas de dois minutos e embates diretos de cinco minutos. No modelo de 2004, Bush e John Kerry nĂŁo podiam fazer perguntas diretas.
- Um terceiro debate Ă© alimentado por perguntas de uma audiĂȘncia previamente selecionada. Os candidatos nunca escolhem os convidados e as perguntas sĂŁo previamente submetidas ao moderador, e sĂł a ele, a quem cabe selecionĂĄ-las.
Esse Ășltimo formato seria de difĂcil aplicação no Brasil. Outras regras, como a proibição da cola, a definição de um tema para cada debate e sobretudo a proibição do uso de trechos pinçados na propaganda posterior dos candidatos, pedem para serem copiados nas prĂłximas campanhas.
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 20/10/10.
INTELIGĂNCIA MAQUIAVĂLICA
Sai Deus, entra a mentira. Os candidatos pararam um pouco de falar no suposto criador para acusar um ao outro de mentir feito o diabo. Ă hora de humanizar um pouco o debate.
Tudo indica que os postulantes mentem mesmo. Agem assim porque Ă© da natureza humana fazĂȘ-lo. Como mostra Robert Feldman em "The Liar in Your Life", bebĂȘs de seis meses jĂĄ simulam choro para atrair atenção. A partir dos trĂȘs anos, crianças tornam-se verdadeiras Dilminhas e Serrinhas, que descumprem as regras estipuladas em 82% das ocasiĂ”es e mentem sobre isso 95% das vezes. A coisa nĂŁo melhora com a idade. No curso de uma conversa de dez minutos em que dois adultos se apresentam, eles mentem em mĂ©dia trĂȘs vezes cada.
Ă preciso, porĂ©m, distinguir inverdades. HĂĄ, para começar, mentirinhas inocentes socialmente necessĂĄrias, como elogiar a comida da anfitriĂŁ. Um grau acima, estĂŁo as mentiras de autopromoção, pelas quais tentamos aparecer sob uma luz mais favorĂĄvel. Estamos aqui no limiar entre a edição e a farsa. SĂł depois vĂȘm as tramas com intuito de obter vantagem fraudulenta.
Essas fronteiras, jĂĄ pouco nĂtidas, ficam mais borradas quando somos parte do processo, como mentirosos ou "vĂtimas". AĂ entram processos complexos como o autoengano (pelo qual construĂmos uma imagem positiva de nĂłs mesmos) e o viĂ©s de verdade (o modo padrĂŁo do cĂ©rebro de aceitar como exatas as informaçÔes que recebe).
O resultado Ă© que os polĂticos acreditam nas lorotas que contam, e que os eleitores, ao querer acreditar, reforçam a tendĂȘncia burlesca dos candidatos. E o bate-boca entre os postulantes sĂł aumenta as coisas. Estudos mostram que, apĂłs ouvir uma mentira, mentimos mais.
Usar de ardis para subir na hierarquia pode tornar-se um processo dinĂąmico. Isso levou certos autores a propor que a mentira foi a grande força a moldar a evolução humana. Ă a hipĂłtese da inteligĂȘncia maquiavĂ©lica. Acredite quem quiser.
HĂ©lio Schwartsman - Fonte: Folha de S.Paulo - 21/10/10.
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
Se vocĂȘ vir alguma coisa errada, mande um e-mail pelo FALE CONOSCO que "a ajente correge". Clique aqui e envie: http://www.faculdademental.com.br/fale.php