ENTRE O CĂU E O INFERNO?
03/07/2007 -
PENSE!
A FRONTEIRA EXATA ENTRE CĂU E INFERNO
Confira fotomontagem!!!!
(Colaboração: Mårio Grosso)
"Tem gente que acha que Ă© possĂvel enfrentar a bandidagem com pĂ©talas de rosas e pĂł-de-arroz."
Do presidente Lula sobre o vigor da ação da polĂcia no Complexo do AlemĂŁo, numa fala que lembrou, num contexto bem diferente, dom Geraldo de Proença Sigaud, arcebispo de Diamantina, que defendeu assim a tortura: "NĂŁo se arrancam informaçÔes com docinhos".
Fonte: Veja - Edição 2016.
"A fofoca surge se a empresa nĂŁo tem uma boa comunicação. Quando nĂŁo hĂĄ notĂcia, o povo inventa".
Max Gehringer - Fonte: Ăpoca - NĂșmero 477.
PALAVRA DA SEMANA: FĂRIAS
VocĂȘ sabia que a escola nasceu nos intervalos de trabalhos reservados ao descanso e depois prolongou-se pelos dias de lazer?
Os antigos gregos e romanos faziam na Antiguidade clĂĄssica: suspendiam o trabalho para estudar! Depois voltavam ao trabalhar e aplicavam o que haviam aprendido.
Universidade, do latim universitate, declinação de universitas, universalidade, tudo, Ă© uma das mais perenes instituiçÔes. As primeiras universidades surgiram na Europa, no final do primeiro milĂȘnio e no alvorecer do segundo. SĂŁo sucessoras da escola, palavra que veio do grego scholĂ© e do latim schola, descanso ou o que se fazia Ă hora do repouso, que era estudar.
A universidade nasceu para reunir os saberes de todas as escolas. E campus, em latim Ă© campo. Os professores convidavam os alunos a trocarem a cidade pelo campo, para que, longe do burburinho das ruas, pudessem ter sossego para ensinar, aprender, pesquisar, ler.
Na Antiguidade, estudos e pesquisas eram ocupaçÔes de quem nĂŁo era obrigado a trabalhar. A seguir, a palavra âscholaâ passou a designar os estabelecimentos pĂșblicos ou privados em que o ensino era ministrado de forma sistemĂĄtica, como hoje. Depois passou a indicar tambĂ©m corrente de idĂ©ias e atĂ© mesmo lugares onde se aprendem os mais diversos ofĂcios. O motivo? Em determinada escola, na cidade tal, algumas disciplinas eram mais estudadas do que outras. Ainda hoje, na Economia, dizemos Escola de Chicago; nas Letras e na Filosofia, Escola de Frankfurt etc.
A própria escola de samba é assim chamada porque em suas origens cuidou muito de ensinar a dançar, a cantar, a tocar instrumentos musicais, a costurar, a bordar, a ornamentar, a enfeitar, a fazer pratos deliciosos e, naturalmente, a desfilar.
A palavra âaulaâ veio do grego aulĂ©, palĂĄcio, corte, e do latim aula, recinto do palĂĄcio episcopal, da parĂłquia, dos conventos, das sacristias. Passou a designar o ato de ensinar porque as primeiras escolas funcionavam em prĂ©dios anexos aos palĂĄcios, residĂȘncias oficiais de autoridades civis ou religiosas.
âFĂ©riasâ Ă© palavra que veio do latim ferias, declinação de feria, dia de descanso. Como nesse dia as pessoas se reuniam para cultos religiosos, os comerciantes armavam suas tendas nos arredores dos templos e ali eram vendidas muitas coisas. E, assim, a palavra que deu origem a âfĂ©riasâ, deu tambĂ©m Ă feira.
Com o advento do cristianismo, a primeira feira era realizada no domingo. No dia seguinte, vinha a segunda-feira, a seguir a terça-feira e assim por diante. As vendas continuavam por toda a semana, fixando o comĂ©rcio, atĂ© chegar o dia de sĂĄbado, que, pela tradição judaica, que tanto influenciou os cristĂŁos, era o dia de descanso. Jesus, o fundador do cristianismo, foi um dileto filho do judaĂsmo.
Férias, para que te quero? Para descansar, para viajar, é claro, mas também para estudar! Como ensina a etimologia, o estudo sobre a verdadeira origem das palavras, quem procura o saber, sabe que o saber tem sabores e que nenhum såbio é insosso! (xx)
O escritor DEONĂSIO DA SILVA, doutor em Letras pela USP , tem vĂĄrios livros publicados em diversos paĂses e Ă© professor da EstĂĄcio, onde exerce a Coordenação Geral de Letras e a Vice-Reitoria de Pesquisa e PĂłs-Graduação.
Mensagem aos nossos leitores (Boas férias!):
"MOENDO CAFĂ"
"Um chef de cozinha encheu trĂȘs panelas com ĂĄgua e colocou cada uma em fogo alto. Em uma delas ele colocou cenouras, numa outra ele colocou ovos e na Ășltima ele colocou pĂł de cafĂ©. Cerca de vinte minutos depois, ele apagou o fogo, pegou os ovos e os colocou numa tigela, pegou as cenouras e as colocou num prato, pegou o cafĂ© e o colocou numa xĂcara:
As cenouras estavam maciasâŠ
O ovo endureceraâŠ
E o café....
EntĂŁo ele observou: Todos eles haviam enfrentado a mesma adversidade: a ĂĄgua fervendo, mas cada um reagiu de maneira diferente!
A cenoura quando foi colocada na ĂĄgua, era firme e inflexĂvel, mas, depois de ter sido submetida Ă fervura, amoleceu e tornou-se frĂĄgil.
Quando os ovos foram colocados na ĂĄgua, eles eram frĂĄgeis, sua casca fina protegia seu interior, que era lĂquido. Mas depois de terem sido fervidos na ĂĄgua, seu interior tornou-se mais firme, endurecido.
Com o pó de café, contudo, foi diferente: Depois de ter sido levado junto com a ågua ao fogo, ele a transformou!
Qual desses trĂȘs elementos vocĂȘ Ă© quando a adversidade vem ao seu encontro?
VocĂȘ Ă©... cenoura, ovo ou pĂł de cafĂ©?
VocĂȘ Ă© como a cenoura que parece forte, mas que, diante da adversidade, murcha, torna-se frĂĄgil e perde a força?
VocĂȘ Ă© como o ovo, que possui um interior maleĂĄvel, um espĂrito fluido, mas que, diante da adversidade, torna-se endurecido?
VocĂȘ Ă© como o pĂł de cafĂ©? O CafĂ© muda a ĂĄgua fervente, um elemento que lhe causa dor: quando a ĂĄgua chega ao ponto mĂĄximo de sua fervura, ele extrai o mĂĄximo de seu sabor e aroma!
Que vocĂȘ seja como o pĂł de café⊠Que diante de uma dificuldade vocĂȘ seja capaz de reagir de forma positiva para poder transformĂĄ-la sem se deixar vencer pelas circunstancias... Que haja sabedoria nos seus momentos mais difĂceis, para que vocĂȘ possa espalhar e irradiar o âDoce aroma do cafĂ©â!
E quando lhe convidarem para tomar um café, lembre-se dessa comparação!
Procure ser CAFĂ, usando a hostilidade para modificar o sabor da vida com um aroma especial!â
Poly e seu conjunto â âMoendo cafĂ©â.
(Colaboração: A.M.B.)
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