O ENTALADO
05/06/2008 -
A JENTE HERRAMOS
ASSALTANTE ATRAPALHADO
Um assaltante atrapalhado surpreendeu suas vĂtimas e a polĂcia com uma tentativa folclĂłrica de roubar uma casa em Porto Alegre (RS). ApĂłs pular na chaminĂ© pelo telhado, ele acabou entalado na lareira da residĂȘncia. Bombeiros tiveram de quebrar parte da lareira para prendĂȘ-lo em flagrante. Ele vai responder por tentativa de furto.
Os moradores, um casal de idosos, foram acordados pelo barulho da queda da tampa da lareira. Depois de passar algumas horas entalado, o assaltante foi resgatado pelos bombeiros que tiveram de quebrar parte da chaminĂ©, segundo a polĂcia.
Ele foi preso em flagrante por tentativa de furto e estĂĄ detido na PenitenciĂĄria Central de Porto Alegre. O criminoso jĂĄ tinha passagens pela polĂcia por homicĂdio e furtos a residĂȘncias.
Fonte: Globo.com - 31/05 e O Tempo - 01/06/08.
CADERNO COM DICAS PARA PROFESSORES TRAZ "ENSINO" COM "C"
Tratado como a bĂșssola para uma educação de qualidade para SĂŁo Paulo, o caderno distribuĂdo pelo governo JosĂ© Serra (PSDB) para ensinar os professores a dar aula traz um erro de portuguĂȘs que causa arrepios nos educadores. Ensino Ă© escrito com "c" de cebola: "encino".
O erro estĂĄ na pĂĄgina 11 do "Caderno do Professor" do segundo bimestre, entregue no mĂȘs passado aos professores de inglĂȘs das 8ÂȘ sĂ©ries do ensino fundamental. EstĂĄ lĂĄ: "EstratĂ©gias de encino", sobre tĂĄticas para trabalhar o tema "inventores famosos e suas invençÔes".
"Meu Deus!", foi a reação do presidente da Apeoesp (sindicato dos professores estaduais), Carlos Ramiro. "Eles entregam o material sem nenhuma revisĂŁo", diz ele, crĂtico contumaz do uso dos cadernos.
A Secretaria de Estado da Educação informou que o "encino" foi um erro de digitação que escapou dos revisores.
Diz considerar uma falha menor porque, no mesmo livro, a palavra "ensino" foi escrita vĂĄrias vezes da forma correta, e os alunos nĂŁo tĂȘm acesso ao material -sĂł os docentes. "A secretaria identificou pelo menos mais 350 palavras "ensino" escritas da forma correta em todos os [76] guias. Somente neste livro ("InglĂȘs -8ÂȘ SĂ©rie'), a palavra "ensino" Ă© escrita quatro vezes corretamente."
A pasta disse que nĂŁo recolherĂĄ o material, embora os professores tenham sido alertados sobre o erro. A pasta nĂŁo disse quantos livros distribuiu.
Rogério Pagnan/Fåbio Takahashi - Fonte: folha de S.Paulo - 06/06/08.
ERROS DE INDIANA IRRITAM PERUANOS
A Ășltima aventura de Indiana Jones gerou mal-estar no Peru, onde se passa o filme, devido a erros para lĂĄ de grosseiros.
Em um deles, Pancho Villa, herĂłi da Revolução Mexicana, e seus amigos falavam quechua, o idioma dos antigos peruanos. O historiador Manuel Burga, ex-reitor da Universidade de San Marcos, a mais antiga da AmĂ©rica, comentou que, embora se trate de um filme de ficção, faltou assessoria ao criadores do personagem."HĂĄ muitos dados incorretos. Isso Ă© prejudicial para muita gente que nĂŁo conhece o nosso paĂs."
As aventuras se passam no Peru, mas a mĂșsica Ă© mexicana.
Fonte: O Tempo - 01/06/08.
Indiana Jones - http://www.indianajones.com/site/index.html
Universidade de San Marcos - http://www.unmsm.edu.pe/
SITES MOSTRAM ERROS VISTOS EM FILMES
Se a vontade for de realmente caçar erros não só de tecnologia em filmes e seriados, a internet é a fonte de informação.
O site do especialista em usabilidade Jakob Nielsen lista alguns problemas vistos em filmes (http://www.useit.com/alertbox/film-ui-bloopers.html).
O site GideonTech também oferece sua lista de exageros dos poderes da tecnologia (http://www.gideontech.com/content/articles/326/1).
Para erros cinematogrĂĄficos em geral, visite o MovieMistakes (http://www.moviemistakes.com/). (HM)
Fonte: Folha de S.Paulo - 04/06/08.
...E O GOVERNO SE DIVERTE
Aos 186 anos de vida independente, 119 de regime republicano e cinco de governo Lula da Silva, o Brasil assistiu, na semana passada, a uma cena histĂłrica. Numa cerimĂŽnia pĂșblica, um ministro beijou a testa do presidente. Nunca antes neste paĂs. O beijo foi perpetrado pelo performĂĄtico e caloroso novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, na testa do presidente Lula. Como Minc Ă© quase uma cabeça mais alto que Lula, a imagem resultante era a do pai abençoando o filho, o mestre o discĂpulo, o chefe o subordinado. Impunha-se uma vez mais o estilo espantosamente desinibido do ministro Minc. Sua mĂŁo segurava o pescoço do presidente, com o carinho e a condescendĂȘncia que os grandes devem aos pequenos.
Ora, direis, que mal hå num beijo na testa? ManifestaçÔes semelhantes são hoje em dia banais, e não apenas beijo na testa como também na boca, entre pessoas apenas amigas, e mesmo homem com homem e mulher com mulher. No ambiente do show business, são até obrigatórias. CompÔem a etiqueta do setor, assim como a genuflexão diante da rainha compÔe a etiqueta do Palåcio de Buckingham. Eu vos direi no entanto que o problema é justamente que, em que pesem os coletes do novo ministro, governo não é showbiz. O beijo ocorreu durante a posse de Minc, no Palåcio do Planalto. Foi o ponto culminante de uma cerimÎnia toda ela ocorrida num clima de gandaia, o presidente se esmerando no papel, a ele tão caro, de animador de auditório.
O Brasil em geral, e o governo em particular, ainda nĂŁo entendeu o que estĂĄ acontecendo. A questĂŁo do meio ambiente mudou de patamar, mundo afora. Trinta anos atrĂĄs era uma bizarria de uns poucos. Vinte anos atrĂĄs começava a ser acolhida pelos governos, mas numa posição marginal. De dez anos para cĂĄ foi se deslocando da margem para o centro e, ao impulso das notĂcias sobre mudança climĂĄtica, chegou ao coração dos governos e das sociedades, principalmente no mundo desenvolvido. Ă reflexo disso que em sua recente visita ao Brasil a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, a tenha trazido como item nÂș 1 da agenda.
Muito menos, o Brasil em geral, e o governo em particular, se mostra atento ao que estĂĄ por vir. A mudança de presidente nos Estados Unidos, qualquer que seja o vencedor da eleição, promete outro giro do torniquete. Por enquanto os EUA estĂŁo atrĂĄs da Europa na atenção Ă s polĂticas ambientais. TĂȘm o rabo preso no ceticismo com que o governo Bush encara os alertas de aquecimento global e em sua recusa em assinar o Protocolo de Kioto. Isso vai mudar. Tanto John McCain quanto Barack Obama e Hillary Clinton jĂĄ incluĂram no centro de seus discursos a questĂŁo climĂĄtica e em seus programas a adesĂŁo a Kioto. Com quem vĂŁo estrilar, com quem, com quem? O Brasil. Quando se fala em clima e ambiente, fala-se em AmazĂŽnia.
O Brasil jĂĄ estĂĄ, e estarĂĄ mais ainda, na berlinda. A posse do novo ministro do Meio Ambiente era ocasiĂŁo para um discurso sĂ©rio e firme do presidente, dirigido ao paĂs e ao mundo. Ainda mais que Minc entra no lugar de Marina Silva, sĂmbolo da luta pela preservação da floresta, cuja saĂda ela prĂłpria fez questĂŁo de revestir de um ar de derrota da causa. Em vez disso, tivemos beijo na testa e, da parte do presidente, as piadas e as costumeiras "apologias" (ele queria dizer "analogias") com o futebol. A Ășnica coisa sĂ©ria era a cara da ministra demissionĂĄria. Marina Silva nĂŁo ria das graças do ex-chefe. Seu rosto emitia um mau sinal para os interessados na questĂŁo ambiental ao redor do mundo.
Na mesma medida em que o meio ambiente foi se deslocando para o centro das preocupaçÔes de sociedades e governos, o fantasma da internacionalização da AmazĂŽnia foi se tornando menos fantasma. O que antes nĂŁo podia ser dito em voz alta por um estrangeiro perdeu a vergonha no brado do jornal inglĂȘs The Independent ao comentar a demissĂŁo de Marina da Silva: "A AmazĂŽnia Ă© importante demais para ser deixada aos brasileiros". O que antes era produto de teorias conspiratĂłrias ficou mais perto de virar proposta em foros internacionais. "A AmazĂŽnia tem dono", afirmou Lula, em outra ocasiĂŁo durante a semana. Ă a velha sĂndrome, dos brasileiros em geral, e deste presidente em particular, de tratar as questĂ”es a golpe de retĂłrica.
EstĂĄ na hora, aliĂĄs jĂĄ passou da hora, de o dono agir com firmeza contra as forças da motossera. De inventar alternativas para as populaçÔes amazĂŽnicas que nĂŁo impliquem a destruição do meio ambiente. De quebra, de iniciar, antes que outros o façam, um trabalho sĂ©rio de pesquisa das propaladas riquezas da floresta â por exemplo, criando uma Universidade da AmazĂŽnia, com recursos e programas ambiciosos o suficiente para atrair os melhores cĂ©rebros, o que poderia representar um projeto cientĂfico muito mais coerente do que a proliferação sem rumo das universidades federais e uma obra de governo com a grandeza e o investimento no futuro que tentaçÔes faraĂŽnicas como a transposição do SĂŁo Francisco nĂŁo tĂȘm. SenĂŁo... Ă esperar o avanço do torniquete. Ele mal começou a se mover.
Roberto Pompeu de Toledo - Fonte: Veja - Edição 2063.
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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