TURMAS TRANSPARENTES
14/07/2009 -
TURMAS DO FM
SINUCA FANTASMA
English/vĂdeo: http://www.nottagedesign.com/
NĂŁo parece, mas esta mesa funciona mesmo. A parte do vidro onde as bolas rolam Ă© coberta por uma resina transparente que simula o atrito das coberturas de feltro. Bom, o legal mesmo Ă© vĂȘ-la em ação.
Fonte: Super Interessante â Edição 267.
Leia mais e veja: http://tecnologia.ig.com.br/noticia_visual/2009/02/04/mesa+de+bilhar+de+vidro+3838903.html
VĂdeo: http://www.nottagedesign.com/
PAPEL DE PAREDE - VISĂES DA TERRA - MONTE RUAPEHU
Coberto de branco invernal, o monte Ruapehu (em primeiro plano), de 2.797 metros, reina sobre o Parque Nacional de Tongariro. AtrĂĄs dele, o Ngauruhoe, cĂŽnico, e o Tongariro, largo, perdem a cobertura de neve quando o verĂŁo chega, mas a rocha fria de Ruapehu nunca se rompe, transformando assim o Crater em um dos lagos de cratera vulcĂąnica sempre rodeados de neve e gelo mais ativos do mundo.
Foto de Stuart Franklin, Magnum Photos.
Clique aqui: http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/papeis-de-parede/edicao112-julho-2009-480220.shtml?foto=3p
Fonte: National Geographic - Julho 2009.
Monte Ruapehu - http://www.visitruapehu.com/
7 (setes) ANOTHAĂĂES
1 Quando lhe disseram que o Bolsa FamĂlia foi um ovo de Colombo, Lula acrescentou logo: "VocĂȘ vai ver o outro".
2 O EgoĂsmo, o interesse centrado no Ego, Ă© superior ao AltruĂsmo. O EgoĂsmo Ă© autoconsciente, aceita lucro e perda em conta prĂłpria. Tem sentimento de culpa. O AltruĂsmo Ă© uma corporação (tipo ONG) de egos que aparentemente se sacrifica pelos outros, a Coletividade, esta. Na prĂĄtica de tudo que erra pĂ”e a culpa no EgoĂsmo, especificamente no indivĂduo que nĂŁo pertence ou apoia seu grupo.
3 Deus nos dĂĄ hoje o pĂŁo nosso de cada dia que o diabo amassou.
4 Ontem apertei uma tecla distraĂda, ou eu distraĂdo, do computador e me surgiu o velho Pac-Man, que cansei de jogar quando o computador era jovem, ainda a vapor. Me bateu a saudade. Deus do cĂ©u, o Pac-Man jĂĄ Ă© nostalgia!
5 De repente comecei a acreditar em Deus. TĂĄ impossĂvel acreditar em qualquer outra coisa.
6 NinguĂ©m perguntou mas eu respondo. Sobre a nova ortografia. PĂŽ, no meu tempo de vida jĂĄ passei por quatro reformas. Durante mais de dez anos combati (ou escrevi irresponsavelmente, vocĂȘs decidem) os famigerados "sinais diacrĂticos diferenciais". JĂĄ enchi. LĂngua Ă© a falada. A lĂngua escrita, ortogrĂĄfica, procura, mal e mal, registrar isso. Serve pra normatizar, encinar os burocratas a escrever serto. Mas nada disso adianta quando a tevĂȘ Globo â lĂngua falada â decide que o nome Ă© RorĂĄima e nĂŁo RorĂŁima, como sempre se disse aqui em casa. Agora entĂŁo que acabaram com os acentos, a Globo ganha de goleada com seu RorĂĄima escandido pelo Bonner pra 30 milhĂ”es de pedintes, perdĂŁo, ouvintes. Escrever bem nĂŁo tem nada a ver com ortografia. Basta vocĂȘ ver como escreve a maioria dos que escrevem ortografia perfeitamente, isto Ă©, seguindo todas as regras. Mediocridade, quase sempre. JĂĄ Yeats, o grande poeta irlandĂȘs, um dos maiores do mundo, escrevia tudo errado ortogrĂĄfica e gramaticalmente. Isso no tempo em que tudo era rimado e metrificado. Repito, isso de escrever gramatical ou ortograficamente certo nĂŁo tem nada a ver com escrever bem. Tem a ver com sensibilidade em suas vĂĄrias formas. O admirĂĄvel Rubem Braga, uma perfeição de estilo, nos aconselhava sabiamente: "Quando vocĂȘ tiver uma dificuldade gramatical, nĂŁo quebra a cabeça nĂŁo. DĂĄ uma voltinha". A que vem isso? A nada. Ou a tudo. Minha implicĂąncia com gramatiquismos e gramatiquices começa com a crase, que o poeta Ferreira Gullar diz que "nĂŁo foi feita pra humilhar ninguĂ©m". Tem razĂŁo: a crase foi feita pra humilhar todo mundo. Por que todo mundo erra na crase? JĂĄ vi crase "errada" em placa de mĂĄrmore de ministĂ©rio. E estou vendo aqui, debaixo do meu nariz, na meia dĂșzia de quilĂŽmetros em volta das obras do MetrĂŽ, uma centena de cartazes da Odebrecht, a poderosa empreiteira, cheia de agrĂŽnomos, engenheiros, calculistas e, possivelmente, gramĂĄticos: OBRAS A 100 metros, OBRAS Ă 250 metros. DESVIO a 200 metros. OBRAS Ă 300 metros. A Odebrecht emprega a crase por metragem. Repito-me: por que todo mundo "erra" na crase? Uma regrinha idiota que qualquer idiota aprende num minuto. E esquece no minuto seguinte. Porque Ă© artificial, inventada pelos gramĂĄticos. Exemplo? Ă bessa, que agora virou Ă beça (por quĂȘ?), era uma palavra sĂł, abessa, que os sĂĄbios da escritura (CamĂ”es) dividiram em duas pra poder tascar a crase em cima de uma delas.
7 O cara estĂĄ mesmo velho quando transa com uma mulher de 40 anos e Ă© acusado de pedofilia.
MillÎr - Fonte: Veja - Edição 2121.
BIBLIOTECA DAS TURMAS DO FM
TROGLODITA Ă VOCĂ!
Michel Raymond (tradução de Martha Gambini; Paz e Terra; 256 påginas; 32 reais).
Amparada na teoria da evolução do naturalista inglĂȘs Charles Darwin, a biologia moderna tem oferecido explicaçÔes fundamentais sobre o comportamento humano. Este livro Ă© uma excelente sĂntese dessas descobertas â trata-se, como anuncia o subtĂtulo, de um "pequeno guia darwiniano da vida cotidiana". Com um texto leve e claro, o francĂȘs Michel Raymond, pesquisador do Instituto de Biologia Evolutiva de Montpellier, apresenta a perspectiva evolucionista sobre temas que vĂŁo da alimentação Ă homossexualidade. E nĂŁo se esquiva da polĂȘmica: Raymond investe contra a psicanĂĄlise de Freud, cuja ideia de um "complexo de Ădipo" teria sido relegada Ă galeria das "curiosidades do passado", ao lado da alquimia.
Fonte: Veja - Edição 2121.
Detalhes: http://www.pazeterra.com.br/livro.asp?pp=851
NIXON E KISSINGER - PARCEIROS DO PODER
O presidente americano Richard Nixon [que governou os EUA de 1969 a 1974] e Henry Kissinger, seu secretĂĄrio de Estado, prorrogaram desnecessariamente a Guerra do VietnĂŁ [1959-75] por quatro anos, provocando milhares de mortes evitĂĄveis, e tramaram intensamente contra o presidente Salvador Allende, do Chile, morto no golpe de 1973.
Era isso o que diziam os crĂticos daquela administração republicana, que terminou hĂĄ 35 anos com a renĂșncia do presidente para evitar o impeachment em decorrĂȘncia dos crimes praticados no caso Watergate [que vieram Ă tona em uma sĂ©rie de reportagens do jornal "The Washington Post" revelando a existĂȘncia de um esquema ilegal montado pelo governo Nixon para vigiar o Partido Democrata, no prĂ©dio Watergate]. Agora, o que eram suposiçÔes largamente aceitas ganha o peso de verdade factual, com a divulgação de extensa documentação analisada pelo historiador Robert Dallek em "Nixon e Kissinger - Parceiros no Poder". Embora Dallek tambĂ©m trabalhe com dados divulgados anteriormente, suas conclusĂ”es sĂŁo referendadas pela consulta a material de arquivos oficiais que ainda nĂŁo havia sido utilizado. O autor teve Ă disposição milhĂ”es de pĂĄginas de documentos da Segurança Nacional, 2.800 horas de fitas gravadas por Nixon e 20 mil pĂĄginas com transcriçÔes de conversas telefĂŽnicas de Kissinger.
Dallek, que escreve bem e nĂŁo sufoca o leitor com a grande quantidade de informaçÔes, pinta um bom perfil dos personagens que dominaram a polĂtica externa dos Estados Unidos por cinco anos e meio, entre 1969 e 1974. NĂŁo deixa dĂșvida de que eram muito diferentes. Nixon era "um quacre de uma cidade pequena do sul da CalifĂłrnia que conquistou proeminĂȘncia por meio da polĂtica"; Kissinger era um "imigrante judeu-alemĂŁo cuja inteligĂȘncia inata o levou ao primeiro escalĂŁo dos acadĂȘmicos americanos".
Os dois tiveram uma convivĂȘncia intensa e nada pacĂfica. Nixon, diz Dallek, "estava certo ao suspeitar que Kissinger se considerava um intelectual superior manipulando um presidente maleĂĄvel". Para Kissinger, o presidente era um "cĂ©rebro de ameba", o que dizia em conversas particulares. Para Nixon, o secretĂĄrio era "o meu garoto judeu", o que dizia atĂ© na sua frente, para humilhĂĄ-lo.
O ponto em comum entre eles, nota o historiador, era o sonho grandioso de reformular as questĂ”es internacionais. A principal delas era a Guerra do VietnĂŁ, problema herdado da administração anterior, democrata [Lyndon Johnson, 1963-69]. Os dois queriam acabar com a guerra, claro. Mas faziam questĂŁo de "um acordo com honra", ou seja, desejavam um VietnĂŁ do Sul autĂŽnomo, "o que justificaria os sacrifĂcios feitos atĂ© entĂŁo pelos EUA".
Os comunistas do VietnĂŁ do Norte, no entanto, nĂŁo aceitavam condiçÔes para a retirada das tropas americanas do VietnĂŁ do Sul. E estavam em condiçÔes de impor sua vontade. O prĂłprio Kissinger tinha ciĂȘncia disso. Mesmo antes de assumir o cargo, avaliava que a guerra era impossĂvel de ser vencida.
Diante dessa admissĂŁo, a continuação do conflito sĂł pode ser classificada como um ato de hipocrisia polĂtica. A dupla se sentia acuada: se eles retirassem os soldados sem contrapartida, estariam derrotados; se os mantivessem em combate, estariam apenas adiando o fim, sem mudar o desfecho. Foi o que acabou acontecendo quando, em 1975, os comunistas tomaram Saigon [hoje Ho Chi Minh], a capital sul-vietnamita.
Dallek aponta um segundo equĂvoco na posição de Nixon e Kissinger. "Eles acreditavam erroneamente que abandonar Saigon ao seu prĂłprio destino teria terrĂveis consequĂȘncias para a polĂtica externa dos Estados Unidos em todo o mundo, principalmente em sua luta contra o comunismo".
Para ele, o presidente francĂȘs Charles de Gaulle estava certo ao dizer que "uma saĂda rĂĄpida do VietnĂŁ teria ajudado e nĂŁo arruinado a credibilidade dos Estados Unidos".
No Chile, Nixon e Kissinger cometeram o mesmo erro, achando que o governo socialista de Allende representava ameaça aos EUA. Dallek, que considera a suposição paranoica, descreve detalhadamente como a CIA [agĂȘncia de inteligĂȘncia dos EUA] tentou evitar sua eleição e, uma vez eleito, como fez de tudo para sabotar seu governo e apoiar os militares que acabaram dando o golpe em [11 de] setembro de 1973.
Menos de um ano depois, Nixon renunciou. Passaria o resto de sua vida, os 20 anos seguintes [Nixon morreu em 1994], tentando fixar a imagem do grande estadista, responsĂĄvel pelo degelo entre EUA e China, como forma de minimizar Watergate e uma polĂtica externa por vezes desastrosa. Dallek nĂŁo tira o mĂ©rito de Richard Nixon em relação Ă China, mas redimensiona a iniciativa ao contrastĂĄ-la com os equĂvocos cometidos no VietnĂŁ e no Chile.
NIXON E KISSINGER
Autor: Robert Dallek
Tradução: Bårbara Duarte
Editora: Jorge Zahar (tel. 0/xx/21/ 2108-0808)
Quanto: R$ 89 (750 pĂĄgs.)
Oscar Pilagallo Ă© jornalista e autor de "A Aventura do Dinheiro" (http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u373020.shtml) e "A HistĂłria do Brasil no SĂ©culo 20" (http://publifolha.folha.com.br/catalogo/livros/135651/), entre outros.
Fonte: Folha de S.Paulo - 12/07/09.
Detalhes: http://www.zahar.com.br/catalogo_detalhe.asp?id=1176
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