NĂO HĂ LIMITES PARA OS NOSSOS PENSAMENTOS! NEM O DESERTO!
17/10/2006 -
PENSE!
LIVROS GRĂTIS
Convocamos todos a lutar para impedirmos um desastre. Imaginem um lugar onde se pode ler gratuitamente, as obras de Machado de Assis, ou A Divina Comédia, ou ter acesso às melhores historinhas infantis de todos os tempos.
Um lugar que lhe mostrasse as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci. Onde vocĂȘ. pudesse escutar mĂșsicas em MP3 de alta qualidade...
Esse lugar existe!
O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso, basta acessar o site: www.dominiopublico.gov.br. Só de literatura portuguesa são 732 obras!
Estamos em vias de perder tudo isso, pois vĂŁo desativar o projeto por desuso, jĂĄ que o nĂșmero de acesso Ă© muito pequeno. Vamos tentar reverter esta desgraça, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantĂĄstica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura.
CADA DIA...
Cada dia em nossas vidas nos ensina liçÔes que muitas vezes nem percebemos. Desde o nosso primeiro piscar de olhos, desde cada momento em que a fome bate, desde cada palavra que falamos. Passamos por inĂșmeras situaçÔes, na maioria delas somos protegidos, atĂ© que um dia a gente cresce e começamos a enfrentar o mundo sozinhos.
Escolher a profissão, ingressar numa faculdade, conseguir um emprego... Essas são tarefas que nem todos suportam com um sorriso no rosto ou nem todos fazem por vontade própria. Cada um tem suas condiçÔes de vida e cada qual serå recompensado pelo esforço, que não é em vão.
Ăs vezes acontecem coisas que a gente nem acredita. Ăs vezes, dĂĄ tudo, tudo errado! VocĂȘ pensa que escolheu a profissĂŁo errada, que vocĂȘ nĂŁo consegue sair do lugar, ĂĄs vezes vocĂȘ sente que o mundo todo virou as costas...Parece que vocĂȘ caiu e nĂŁo consegue levantar...EstĂĄ a ponto de perder o ar... Talvez vocĂȘ descubra que quem dizia ser seu amigo, nunca foi seu amigo de verdade e talvez vocĂȘ passe a vida inteira tentando descobrir quem sĂŁo seus inimigos e nunca chegue a uma conclusĂŁo.
Mas nem tudo pode dar errado ao mesmo tempo, desde que vocĂȘ nĂŁo queira. E aĂ... VocĂȘ pode mudar a sua vida! Se tiver vontade de jogar tudo pro alto, pense bem nas conseqĂŒĂȘncias, mas pense no bem que isso poderĂĄ proporcionar. NĂŁo procure a pessoa certa, porque no momento certo aparecerĂĄ. VocĂȘ nĂŁo pode procurar um amigo de verdade ou um amor como procura roupas de marca no shopping e nem mesmo encontra as qualidades que deseja como encontra nas cores e tecidos ou nas capas dos livros.
Olhe menos para as vitrines, mas tente conhecer de perto o que estĂĄ sendo exibido. Eu poderia estar falando de moda, de surf, de tecnologia ou cultura, mas hoje, escolhi falar sobre a vida! Encontre um sentido para a sua vida, desde que vocĂȘ saiba guiĂĄ-la com sabedoria. NĂŁo deixe tudo nas mĂŁos do destino, vocĂȘ nem sabe se o destino realmente existe...
Faça acontecer e nĂŁo espere que alguĂ©m resolva os seus problemas, nem fuja deles. Encare-os de frente. Aceite ajuda apenas de quem quer o seu bem, pois embora nĂŁo possam resolver os seus problemas, quem quer o seu bem te darĂĄ toda a força necessĂĄria pra que vocĂȘ possa suportar e...Confie! Entenda que a vida Ă© bela, mas nem tanto... Mas vocĂȘ deve estar bem consigo mesmo pra que possa estar bem com a vida.
Costumam dizer por aĂ que quem espera sempre alcança, mas percebi que quem alcança Ă© quem corre atrĂĄs... NĂŁo importa a tua idade, nem o tamanho de seu sonho... A sua vida estĂĄ em suas prĂłprias mĂŁos e sĂł vocĂȘ sabe o que fazer com ela...
De Lilian Roque de Oliveira
(Colaboração: Iga)
O QUE AS ESCOLAS NĂO ENSINAM
Aqui estĂŁo alguns conselhos que Bill Gates recentemente ditou em uma conferĂȘncia em uma escola secundĂĄria sobre 11 coisas que estudantes nĂŁo aprenderiam na escola. Ele fala sobre como a "polĂtica educacional de vida fĂĄcil para as crianças" tem criado uma geração sem conceito da realidade, e como esta polĂtica tem levado as pessoas a falharem em suas vidas posteriores Ă escola. Muito conciso, todos esperavam que ele fosse fazer um discurso de uma hora ou mais, ele falou por menos de 5 minutos, foi aplaudido por mais de 10 minutos sem parar, agradeceu e foi embora em seu helicĂłptero a jato ...
Regra 1: A vida nĂŁo Ă© fĂĄcil acostume-se com isso.
Regra 2: O mundo nĂŁo estĂĄ preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que vocĂȘ faça alguma coisa Ăștil por ele ANTES de sentir-se bem com vocĂȘ mesmo.
Regra 3: VocĂȘ nĂŁo ganharĂĄ R$ 20.000 por mĂȘs assim que sair da escola. VocĂȘ nĂŁo serĂĄ vice-presidente de uma empresa com carro e telefone Ă disposição, antes que vocĂȘ tenha conseguido comprar seu prĂłprio carro e telefone.
Regra 4: Se vocĂȘ acha seu professor rude, espere atĂ© ter um Chefe. Ele nĂŁo terĂĄ pena de vocĂȘ.
Regra 5: Vender jornal velho ou trabalhar durante as fĂ©rias nĂŁo estĂĄ abaixo da sua posição social. Seus avĂłs tĂȘm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.
Regra 6: Se vocĂȘ fracassar, nĂŁo Ă© culpa de seus pais. EntĂŁo nĂŁo lamente seus erros, aprenda com eles.
Regra 7: Antes de vocĂȘ nascer, seus pais nĂŁo eram tĂŁo crĂticos como agora. Eles sĂł ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir vocĂȘ dizer que eles sĂŁo âridĂculos". EntĂŁo antes de salvar o planeta para a prĂłxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu prĂłprio quarto.
Regra 8: Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida nĂŁo Ă© assim. Em algumas escolas vocĂȘ nĂŁo repete mais de ano e tem quantas chances precisar atĂ© acertar. Isto nĂŁo se parece com absolutamente NADA na vida real. Se pisar na bola, estĂĄ despedido, RUA !!! Faça certo da primeira vez.
Regra 9: A vida nĂŁo Ă© dividida em semestres. VocĂȘ nĂŁo terĂĄ sempre os verĂ”es livres e Ă© pouco provĂĄvel que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada perĂodo.
Regra10: TelevisĂŁo NĂO Ă© vida real. Na vida real, as pessoas tĂȘm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.
Regra11: Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que sĂŁo uns babacas). Existe uma grande probabilidade de vocĂȘ vir a trabalhar PARA um deles.
Bill Gates
Dono da maior fortuna pessoal do mundo, e da Microsoft, a Ășnica empresa que enfrentou e venceu a Big Blue (IBM) desde a sua fundação em meados de 1900 ... A empresa que construiu o primeiro CĂ©rebro EletrĂŽnico (computador) do mundo.
(Colaboração: Silvério)
PLANEJAMENTO Ă EXERCĂCIO PARA MANTER-SE EM FORMA
18 de outubro de 2006, 23:44
Só dois motivos justificam o fato de uma pessoa precisar de esforço sobre-humano para realizar seu trabalho: ou não estå devidamente capacitada ou o planejamento foi mal feito.
Por Francisco Higa
Planejar sem uma avaliação do grau de comprometimento assumido Ă© comportamento tĂpico de quem confia apenas na capacidade de improvisação e em uma boa dose de âsorteâ para alcançar seus objetivos. Se as coisas nĂŁo derem certo, recorrem Ă criatividade para justificar os motivos ou atĂ© para buscar algum culpado.
Sabemos que o prazo, os recursos (pessoas, equipamentos, softwares) e o investimento requerido sĂŁo os trĂȘs fatores dos quais depende a viabilidade de qualquer projeto. Por isso eles precisam ser dimensionados sem devaneios, jĂĄ que o resultado serĂĄ diretamente proporcional Ă disponibilidade destes fatores.
Ăbvio? Ă tĂŁo Ăłbvio que o ato de planejar acaba sendo encarado como uma atividade de rotina, realizado sem a seriedade necessĂĄria e desta forma capaz de gerar os equĂvocos mencionados.
A questĂŁo Ă© despertar o interesse pelo ato de planejar, sem querer minimizar a importĂąncia das ferramentas e tĂ©cnicas de planejamento e gestĂŁo de projetos. Os papĂ©is, grĂĄficos e cronogramas sĂŁo importantes para documentar o resultado do planejamento, entretanto o fundamental Ă© o exercĂcio de pensar no que fazer, como fazer, com quem fazer, no prazo que nos resta, nas eventuais barreiras a enfrentar e, sobretudo, no chamado plano âBâ caso algo saia diferente do previsto inicialmente.
Planejar Ă© como treinar para o jogo
O exercĂcio de planejar tem a mesma eficĂĄcia dos treinos antes de um jogo importante. Ă extrair das experiĂȘncias anteriores as condicionantes necessĂĄrias para fazer as coisas acontecerem. Isso Ă© o processo de planejamento.
Ter sucesso em uma iniciativa no passado nĂŁo significa a garantia de sucessos repetidos. Mesmo os profissionais mais experientes podem deixar o barco afundar ao negligenciar a necessidade de âtreinarâ, ou melhor, de planejar sua prĂłxima investida. E diante da possibilidade de fracasso, deposita em sua equipe a missĂŁo de resgatar a todo custo os atrasos e a correção dos desvios de percurso.
O maior problema desses equĂvocos, que acabam gerando projetos jĂĄ fracassados, Ă© a injusta desmoralização do planejamento e a conseqĂŒente desmotivação em relação ao ato de planejar.
O fator humano
Ă um cĂrculo vicioso: se planejo, mas nada acontece como foi planejado, entĂŁo nĂŁo vale a pena perder muito tempo planejando. E Ă© muito difĂcil o planejador admitir que o problema estĂĄ nele, e nĂŁo no planejamento enquanto processo.
Outro motivo que leva o gestor a cometer enganos no planejamento Ă© o desconhecimento ou o esquecimento de suas prĂłprias limitaçÔes. Todos nĂłs, em nosso dia-a-dia, lidamos com atividades, circunstĂąncias e eventos naturais situados em duas ĂĄreas distintas: uma sobre a qual temos domĂnio, e outra que independe de nossa vontade, mas que podemos influenciar.
Entender a relação entre domĂnio e influĂȘncia requer mais do que uma boa formação tĂ©cnica: requer, principalmente, uma boa dose de humildade para aceitar que nem todos os que estĂŁo ao meu redor tĂȘm o mesmo comportamento diante das mesmas situaçÔes.
Ter consciĂȘncia daquilo que estĂĄ sob o meu domĂnio e saber analisar as situaçÔes que deveriam estar numa ĂĄrea de influĂȘncia Ă© mais ou menos como estudar as jogadas de uma partida de xadrez. Quanto maior o nĂșmero de jogadas vocĂȘ puder prever, maior serĂĄ a sua chance de sucesso.
(Colaboração: A.M.B.)
REPUTAĂĂO SITIADA
Uma boa reputação é como a empresa falando dela mesmo pelas suas atitudes pråticas. No Brasil dos dias atuais, a linguagem dos fatos sugere que os cuidados com a boa reputação estão ficando, a cada dia, mais distante do que seria ideal.
Vejamos alguns nĂșmeros emblemĂĄticos:
- 350 mil processos contra bancos, por parte de clientes que se sentem lesados, de acordo com dados de estudos Ibemec Direito, com base em amostras pesquisadas em SĂŁo Paulo e Rio de Janeiro.
- 1.105 queixas de consumidores de cartÔes de crédito registradas no Procon, somente nos seis primeiros meses de 2006, o que representa 37,81% de todas as reclamaçÔes feitas contra instituiçÔes financeiras.
- 4.532 reclamaçÔes formais, também no Procon, contra companhias aéreas.
Os nĂșmeros sĂŁo muito mais abrangentes quando se contabilizam processos e queixas contra companhias telefĂŽnicas, serviços pĂșblicos em geral e empresas de bens de consumo.
Isto sem levar em conta os desgastes que a reputação das empresas tĂȘm sofrido com demissĂ”es e reestruturaçÔes feitas sem planejamento da comunicação junto Ă opiniĂŁo pĂșblica, a exemplo do que aconteceu recentemente com a Volkswagen, no ABC paulista. A VW recuou das demissĂ”es anunciadas, em nĂșmero superior a trĂȘs mil, mas ficou a nĂłdoa do comportamento socialmente nĂŁo responsĂĄvel.
Virou lugar comum entre muitas empresas virar as costas para o ambiente polĂtico. O fenĂŽmeno nĂŁo Ă© monopĂłlio brasileiro, mas mundial.
Agora mesmo, a Hewlett-Packard enfrenta nos Estados Unidos forte pressĂŁo por parte da mĂdia porque cometeu irregularidades - a quebra de sigilo telefĂŽnico de diretores da empresa e de jornalistas - na tentativa de apurar um caso de espionagem. NĂŁo deu certo. O presidente da HP deverĂĄ perder o posto, pelo que noticiam os jornais americanos, entre eles o New York Times.
O que ocorre hoje Ă© um grave conflito no campo do discurso e da prĂĄtica. Como o lucro estĂĄ sempre em primeiro lugar, o discurso de responsabilidade corporativa acaba sempre sendo mais intenso do que demonstram os testes da realidade.
O resultado Ă© que as empresas perdem sempre. Prometem respeitar a força de trabalho, o meio-ambiente, os direitos humanos, as comunidades e as relaçÔes comerciais. NĂŁo cumprem. Os escĂąndalos se sucedem. Se os polĂticos pecam pela corrupção, as empresas tĂȘm pecado por nĂŁo perceber a força do cidadĂŁo e a evolução do aparato legal.
O caso brasileiro merece reflexão. Se o judiciårio estivesse funcionando com agilidade, muitas empresas estariam com os dias contados ou jå teriam quebrado, dado o volume de indenizaçÔes a pagar. O drama, porém, não é atenuado pela morosidade do judiciårio. Cedo ou tarde a bomba relógio irå explodir e a conta terå que ser paga.
Em meio Ă s empresas, os processos causam danos de toda ordem. Redução do valor das açÔes, queda dos financiamentos pĂșblicos e, claro, a perda de clientes. E hĂĄ as pressĂ”es contra os governantes que precisam agir, sob pena da perda de votos. Como as perdas se acumulam, corroem por dentro e por fora a sustentabilidade dos negĂłcios e dos administradores ineptos ou que fazem do desrespeito ĂĄ lei um modelo de negĂłcio.
NĂŁo chegamos ainda ao estĂĄgio europeu e americano onde a sociedade tem se mobilizado para atacar frontalmente a dessintonia entre o discurso e a prĂĄtica das empresas. Mas vamos chegar lĂĄ.
O ativismo estĂĄ chegando em marcha forçada. Um estudo da consultoria Strativity Group, divulgado pela revista Exame de setembro deste ano, revela que as empresas vĂȘm deixando os clientes em segundo plano, embora apregoem que ele estĂĄ sempre sem primeiro lugar. Conclui: 90% das empresas nĂŁo tĂȘm a mĂnima idĂ©ia do impacto financeiro que as reclamaçÔes causam aos seus negĂłcios.
Mais: 70% admitem que seus lideres nĂŁo mantĂȘm contato com freqĂŒente com os consumidores e somente 46% afirmam que seus clientes estĂŁo satisfeitos. Os dados sĂŁo de 2005 e fazem parte de um levantamento global. Seria diferente no Brasil? NĂŁo. Certamente, aqui as coisas devem estar bem pior.
Francisco Viana é jornalista, consultor de empresas e autor do livro Hermes, a divina arte da comunicação.
Fonte: Portal Terra - Terra Magazine de setembro de 2006
(Colaboração: A.M.B.)