MUSEU DO FUTEBOL Ă NOTĂCIA LĂ FORA...
09/10/2008 -
FUTEBOL SHOW
NATIONAL FOOTBALL MUSEUM
English:
http://www.nytimes.com/2008/10/08/world/americas/08brazil.html?_r=1&ref=americas&oref=slogin
Em texto sobre o Museu do Futebol, o correspondente do "New York Times" (http://www.nytimes.com/2008/10/08/world/americas/08brazil.html?_r=1&ref=americas&oref=slogin ) no Brasil, Alexei Barrionuevo, destacou que o governador "José Serra sonhou com a idéia" e, na abertura, falou "gentilmente" da presença do governador do Rio, com isso rompendo a disputa bairrista. E por aà prosseguiu o jornal...
Toda MĂdia - Nelson de SĂĄ - Fonte: Folha de S.Paulo - 09/10/08.
O SITE DO MUSEU DO FUTEBOL
Visite o site do Museu do Futebol - http://www.museudofutebol.org.br/
ELEIĂĂES E A COPA DE 2014
Vale a ligação com o presidente Lula, com ministros ou com cartolas. Na busca por votos na eleição municipal, candidatos dos mais variados partidos apelaram aos seus contatos para pĂŽr a Copa-2014 como chamariz de eleitores. Alçada a tema de campanha, com direito atĂ© a capĂtulos inteiros em alguns programas de governo, a competição, que acontece sĂł daqui a quase seis anos, e que terĂĄ 10 ou 12 cidades-sede, virou um baĂș de promessas, que muitas vezes tem como fiador alguĂ©m importante que os candidatos dizem ser velhos e grandes aliados. Quem Ă© petista, como o presidente Lula, de um partido com ministro no governo federal ou aliado de um governador diz que a proximidade com esferas acima do poder municipal serĂĄ decisiva para confirmar suas cidades como sede, em escolha que a Fifa farĂĄ no ano que vem, ou garantir recursos para grandes obras. Alguns, nĂŁo tĂŁo prĂłximos do governo Lula, lembram dos cartolas da bola. Ă o caso do peemedebista Eduardo Paes, o lĂder das pesquisas no Rio e que jĂĄ foi funcionĂĄrio da CBF. "NĂŁo vejo relação direta, tinha 18 anos quando fui estagiĂĄrio lĂĄ. Mas tenho um bom relacionamento com o Ricardo (Teixeira, o presidente da CBF), o que ajuda", diz o candidato sobre o fato de seu antigo emprego ser uma vantagem para o Rio na Copa-2014. No Sul do paĂs, mulheres que buscam as prefeituras sĂŁo as que mais colocam a Copa de 2014 como prioridade. E sem esquecer padrinhos fortes. Em Porto Alegre, Manuela D'Ăvila (PC do B) nĂŁo hesita ao responder se o fato de ser colega de partido do ministro do Esporte Ă© um fator positivo para Porto Alegre na Copa, caso ela seja eleita. "Sem dĂșvida. O ministro Orlando [Silva Jr.] Ă© nosso parceiro desde o inĂcio desse processo", argumentou Manuela, que tem como maior adversĂĄria na busca por um lugar no segundo turno a petista Maria do RosĂĄrio, outra que colocou o segundo Mundial no Brasil como prioridade. Em seu programa de governo, ela diz que o governo federal planeja gastar R$ 1,2 bilhĂŁo em transporte em Porto Alegre para a Copa. Mas diz que isso sĂł vai acontecer
se "a prefeitura apresentar os projetos de forma adequada". Em entrevista para uma emissora de TV do Rio Grande do Sul, a petista, ao falar sobre a Copa, afirmou que, "com o Lula na presidĂȘncia, estaremos integrados". O ministro Silva Jr. foi ao horĂĄrio eleitoral para defender Ăngela Albino, candidata do PC do B Ă prefeitura de FlorianĂłpolis. Disse que ela seria "o diferencial para que tudo isso [a Copa na cidade] aconteça". Em Curitiba, a petista Gleisi Hoffmann diz que o atual prefeito, o tucano Beto Richa, candidato Ă reeleição, nĂŁo foi capaz de fazer uma parceria com o governo federal para viabilizar a construção do metrĂŽ na cidade, o que, segundo ela, pode tirar a capital paranaense da Copa. Na capital do Amazonas, um outro ministro do governo Lula Ă© invocado na campanha municipal como trunfo por 2014. Omar Aziz (PMN), o candidato vice-lĂder nas pesquisas, diz que a proximidade com Alfredo Nascimento, ministro dos Transportes e um dos padrinhos de sua candidatura, serĂĄ chave para que Manaus receba obras, como um metrĂŽ de superfĂcie, para a Copa de 2014.
Eduardo Ohata/Paulo Cobos - Fonte: Folha de S.Paulo - 05/10/08.
MUITAS COISAS FORA DE LUGAR
Escevi dias atrĂĄs sobre jogadores e fatos que estĂŁo fora de lugar no futebol. Citei Anderson, que era um meia habilidoso, imprevisĂvel, irreverente e que se transformou em um bom e bem comportado volante, igual a tantos outros.
Em uma entrevista Ă ESPN Brasil, Mano Menezes, que foi treinador de Anderson no GrĂȘmio, disse que o jogador estĂĄ adquirindo consciĂȘncia tĂĄtica na Europa e que isso vai ajudĂĄ-lo bastante na carreira. Ter consciĂȘncia tĂĄtica Ă© essencial. Para isso, nĂŁo Ă© preciso sair do Brasil. JĂĄ escrevi dezenas de vezes que o craque sĂł brilha quando atua em equipes organizadas e possui funçÔes definidas. JĂĄ mudar de estilo e jogar em uma posição incompatĂvel com suas principais caracterĂsticas Ă© outra coisa. Anderson poderia atuar de volante, sem mudar tanto o estilo. Jogaria como alguns antigos meias armadores, como Gerson. Deco atua hoje dessa forma. Ă mais ou menos como jogam os melhores volantes da Europa, como Gerrard, Lampard, Ballack e Xavi.
Quando dizem que Gerson Ă© o sĂmbolo do passe, fazem uma grande justiça. Quando assistem ao Gerson andar com a bola nos pĂ©s em um lance isolado da Copa de 1970, e falam que ele Ă© o sĂmbolo do futebol lento e de pouca marcação do passado, cometem uma grande injustiça.
De todos os armadores que vi, Gerson foi o que mais bem se posicionava defensivamente, além de orientar os zagueiros. Hå muitas outras coisas fora de lugar, dentro e fora de campo.
Enquanto o presidente da RepĂșblica sĂł pode ser reeleito uma vez, os presidentes de clubes, de federaçÔes, da CBF e do COB se perpetuam no poder, graças Ă s manobras de seus parceiros.
E ainda arrumam empregos para amigos e parentes. O futebol se tornou um negĂłcio e, por isso, Ă© necessĂĄria a presença de investidores, empresĂĄrios e patrocinadores. Mas, quando um empresĂĄrio empresta dinheiro ao clube e administra a vida profissional do tĂ©cnico e de alguns jogadores desse mesmo clube, alguma coisa estĂĄ fora de lugar. Nem todos os profissionais sĂŁo honestos. Os treinadores sofrem pressĂŁo de empresĂĄrios e de dirigentes, que querem ver no time os atletas que vĂŁo dar mais lucro ao clube em uma transferĂȘncia.
HĂĄ vĂĄrias coisas fora de lugar dentro de campo. Os treinadores positivistas e pragmĂĄticos se tornaram mais importantes que o futebol. Aos poucos, transformam o futebol em um jogo excessivamente cientĂfico, previsĂvel, tĂĄtico e tĂ©cnico, parecido com o vĂŽlei e com outros esportes.
A ciĂȘncia e a tecnologia sĂŁo essenciais para o desenvolvimento do futebol e de qualquer atividade. Mas o futebol Ă© tambĂ©m arte, espetĂĄculo e improvisação. O acaso decide muitas partidas.
O ser humano, na sua prepotĂȘncia, acha que sĂł existem no mundo as coisas que ele vĂȘ e analisa. Assim como alguns animais enxergam e percebem vĂĄrias coisas que desconhecemos e nĂŁo vemos, hĂĄ um saber inconsciente, intuitivo, que antecede e/ou vai alĂ©m do raciocĂnio lĂłgico.
Ă o que nĂŁo tem explicação, nem nunca terĂĄ, como diz uma das magistrais mĂșsicas do mais magistral letrista brasileiro.
TostĂŁo - Fonte: Folha de S.Paulo - 05/10/08.
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