NOVIDADE NO FUTEBOL
13/11/2009 -
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Red Bull corta asas do time da Traffic
"Ă, o Red Bull voltou, o Red Bull voltou, o Red Bull voltou..."
Foi assim que a "torcida" do Red Bull, que nunca tinha visto um acesso até ontem, cantou na decisão contra o time da Traffic, o Desportivo Brasil.
O tradicional Moisés Lucarelli, casa da centenåria Ponte Preta, foi o palco de um duelo dos tempos modernos cujo final de compadres viu um tiro incrivelmente sair pela culatra.
"Sinceramente, Ă© a primeira vez que eu vi isso no futebol."
A frase Ă© de DarĂo Pereyra, ex-zagueiro e Ădolo sĂŁo-paulino que Ă© responsĂĄvel pela captação de atletas para a Traffic.
O jogo valia vaga na terceira divisão do futebol paulista, a A3. Uma vitória levava o Red Bull, time da multinacional que manda jogos em Campinas, a um patamar maior. E um empate bastava para a equipe do empresårio José Hawilla.
Porém, como o Taubaté vencia o Palestra de São Bernardo por um gol de diferença, tanto o Red Bull quanto o time da Traffic estavam subindo de divisão com o 2 a 1 do primeiro tempo.
"Fica aà zagueirão, não avança, os dois estão subindo. Calma goleirão, segura", gritava o preparador de goleiros do Red Bull, o Barroca, para o rival.
No alambrado, o ex-meia Pita, que cuida da base do Desportivo Brasil, também orientava com nervosismo os atletas que "cozinharam" o jogo e a própria eliminação. O Taubaté fez um gol nos segundos finais, venceu por 3 a 1 e estå na A3.
"Tivemos a informação de que tinha acabado lå [em Taubaté] 2 a 1, não sei o que aconteceu", disse Claudemir Peixoto, técnico do Desportivo Brasil, consolado por Jair Picerni, o experiente treinador do Red Bull. "Boa equipe. Não é ficar só aqui não [na quarta divisão]", falou Picerni ao colega.
"Tinha gente gritando de fora para nĂŁo atacar, esperar, pois o resultado estava nos classificando. O time ficou tocando nos Ășltimos minutos, e parece que fizeram [o TaubatĂ©] o gol. NĂŁo tenho a menor ideia de quem passou a informação errada", falou DarĂo Pereyra.
Quando o jogo acabou, ao som de "We Are The Champions" e atĂ© da mĂșsica tema da Champions League, um zagueiro do Desportivo Brasil perguntou Ă reportagem da Folha quando tinha sido o outro jogo. Ficou desolado com a resposta.
A imprensa escrita não pode normalmente acompanhar jogos do gramado, mas na quarta divisão não tem praticamente representante da federação.
Foi possĂvel conversar, por exemplo, com o enfermeiro da ambulĂąncia em meio ao jogo. "Red Bull nĂŁo Ă© recomendĂĄvel para crianças. Ă um estimulante", disse o profissional vendo dezenas de garotos e garotas com material publicitĂĄrio da marca de produto energĂ©tico.
"Gosto de Red Bull com uĂsque. NĂŁo torço nem para a Ponte e vou torcer para o Red Bull? Sou Ă© sĂŁo-paulino", afirmou o gandula Bebeto, 28, que ganhou, assim como outros colegas, R$ 30 do time mandante.
Os principais "torcedores" do Red Bull ganham R$ 45 para apoiar o time. "Viemos de van de SĂŁo Paulo, tudo pago. Tocamos na bateria da AcadĂȘmicos do Tucuruvi. Somos todos corintianos", contou Bruno Silva, 18, lĂder do grupo que batucou o jogo todo com camisa da Red Bull -sĂŁo da "Toros Lokos".
A "organizada" Ă© turbinada com a ajuda de uma empresa de marketing esportivo, que espalha ingressos e bate-bates (para acompanhar o "We Will Rock You", outro clĂĄssico do Queen) para os estudantes.
"Não sei se tem alguma contra-indicação de Red Bull para crianças. Acho que não. Mas estamos tentando trazer agora para o estådio universitårios. Muitos bebem Red Bull", falou um dos funcionårios da Planeta Esporte & Mkt, empresa que traz a faixa e a bandeira da "Toros Lokos", cuida do som com um DJ e promove outras açÔes.
Uma das mĂșsicas tocadas antes dessa decisĂŁo empresarial foi "Independente Futebol Clube", hit do Ultraje a Rigor.
Cerca de 1.100 pessoas estavam no MoisĂ©s Lucarelli acompanhando o jogo. Uma delas vive no local, Ă© o massagista da Ponte Preta, Marcus VinĂcius.
"A Ponte é o time mais velho do Brasil [foi fundada em 1900, mesmo ano do Rio Grande, o mais antigo em atividade]. à legal o Red Bull, mas nunca vai tomar o espaço de um time como a Ponte. Aqui em Campinas ou é Ponte ou Guarani", diz ele.
TambĂ©m por ali o ex-atacante Edmar, responsĂĄvel pelo Campinas, assistia aos poderosos rivais. "No Campinas, tenho que procurar dinheiro todo dia. Red Bull e Traffic tĂȘm muito. Mas, no ano passado, subimos [para a A3], e eliminamos o Red Bull", gabou-se.
Jair Picerni, meio solitĂĄrio, riu bastante ao dar entrevista (exclusiva) Ă Folha no campo.
"Estou falando para vocĂȘ tudo o que nĂŁo falamos desde o inĂcio, nĂŁo demos nenhuma entrevista assim, profissional", falou ele, num estĂĄdio sem grande nem pequena mĂdia.
Um fotĂłgrafo local, que venderia depois seu trabalho para os atletas, disse que "nem em jogo do Campinas, que Ă© mesmo da cidade, tem jornalista".
"Toda subida tem seu peso, mas o Red Bull se preparou para subir. à bom projeto. Fomos contratados para levar o time à primeira divisão", falou Picerni, que diz ganhar mais ou menos como técnico de Série B.
Segundo Picerni, o Red Bull e o Desportivo Brasil, da Traffic, podem tomar o espaço de times tradicionais em crise e repetirem o São Caetano, que foi vice até da Libertadores, embora preveja um ritmo mais lento.
"O Red Bull dĂĄ uma condição que pouca gente dĂĄ para os jovens. Tem inglĂȘs, alemĂŁo, computador, tudo para se formar um bom atleta. Antes, equipes como FerroviĂĄria, XV de JaĂș e AmĂ©rica alimentavam os grandes. A Red Bull pode entrar nesse meio, a Traffic jĂĄ penetrou nos grandes", falou ele.
E o Red Bull jĂĄ ganhou asas.
PITA E DARĂO TĂM OPINIĂO DIFERENTE
Parceiros de SĂŁo Paulo nos anos 80, Pita e DarĂo Pereyra sĂŁo da Traffic hoje e veem futuro diferente para o Desportivo Brasil. "Uma vez na primeira divisĂŁo, todos os atletas da Traffic jogarĂŁo no Desportivo Brasil", falou Pita. "NĂŁo Ă© interessante ter todos os atletas no mesmo time", disse DarĂo. Para Felipe Faro, diretor da Traffic, nĂŁo haverĂĄ "conflito". "VĂĄrios clubes da SĂ©rie A tĂȘm jogadores em outros clubes."
Rodrigo Bueno - Fonte: Folha de S.Paulo - 09/11/09.
Red Bull Brasil FC:
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O VASCĂO VOLTOU...
Logo após a confirmação do acesso à Série A com a vitória por 2 a 1 sobre o Juventude no Maracanã, o modelo de uma provåvel camisa comemorativa do Vasco por conta do retorno à elite começou a circular na internet.
O curioso Ă© que horas mais tarde, o site oficial do clube carioca publicou em sua pĂĄgina inicial um plano de fundo com o mesmo desenho e a mesma frase estampada sobre a cruz de malta no modelo exibido pelos internautas: "O sentimento nos trouxe de volta".
O departamento de marketing ainda nĂŁo revelou oficialmente se a camisa serĂĄ mesmo o terceiro uniforme ou apenas um modelo comemorativo.
Mas tudo leva a crer que o anĂșncio serĂĄ feito nos prĂłximos dias, assim como a comercialização em estabelecimentos especializados.
Fonte: O Tempo - 09/11/09.
Veja a camisa:
http://tribunadonorte.com.br/noticia/vasco-lanca-camisa-comemorativa-ao-retorno-a-serie-a-em-2010/131043
O site do Vasco da Gama: http://www.crvascodagama.com/
TIRO DE META
Os clubes brasileiros de futebol faturaram US$ 770 milhĂ”es no ano passado, de acordo com levantamento da empresa de auditoria e consultoria Crowe Horwath RCS. Existe potencial para que o nĂșmero dobre de tamanho atĂ© 2014, segundo a empresa.
Mercado Aberto â Maria Cristina Frias - Fonte: Folha de S.Paulo â 10/11/09.
PĂNALTI
A Allianz Seguros contratou o goleiro Marcos como garoto-propaganda de sua nova campanha de vendas, que levarĂĄ corretores para assistir Ă seleção na Copa da Ăfrica do Sul. O lançamento foi nessa semana, no Museu do Futebol, em SP. Campanha similar da empresa, que levou corretores ao GP Brasil de FĂłrmula 1, estimulou resultados positivos neste ano, principalmente na carteira de seguro auto, que cresceu 37,2% atĂ© agosto -o mercado registrou 11,7%, segundo dados da Susep.
Mercado Aberto â Maria Cristina Frias - Fonte: Folha de S.Paulo â 12/11/09.
Susep - http://www.susep.gov.br/principal.asp
PESQUISA DERRUBA MITOS SOBRE A TORCIDA DO AMĂRICA MINEIRO
Ao contrårio do que imagina grande parte dos mineiros fãs de futebol, a torcida do América não é composta, em sua maioria, por pessoas mais velhas. Esse é apenas um dos mitos derrubados por uma pesquisa da empresa VB Marketing e Negócios, realizada entre os dias 15 e 27 de setembro deste ano, com 481 pessoas que se declararam torcedores do América. O principal objetivo do estudo é traçar o perfil dos americanos.
Segundo a pesquisa, apenas 6% dos americanos tĂȘm 60 anos ou mais. O maior nĂșmero de torcedores estĂĄ na faixa de 18 a 24 anos (25%). O que, teoricamente, mostra que o clube tem uma torcida jovem. Outro destaque Ă© o fato de que 57% dos americanos dizem jĂĄ terem nascido alviverdes.
Os nĂșmeros tambĂ©m sĂŁo relevantes no que diz respeito Ă influĂȘncia para torcer pelo clube. Entre os entrevistados, 68% afirmaram que a escolha foi definida pela famĂlia. Por outro lado, apenas 9% dos que responderam ao questionĂĄrio informaram que suas famĂlias contam com cinco ou mais americanos. Outros 48% se definem como torcedores fanĂĄticos do AmĂ©rica. Os americanos tambĂ©m estĂŁo comparecendo em bom nĂșmero ao estĂĄdio, principalmente acompanhados da famĂlia (61%).
"O torcedor americano Ă© apaixonado pelo time"
Valéria Braga
Coordenadora
VB marketing e negĂłcios
O que motivou a realização da pesquisa?
Existe uma visão equivocada de muitas pessoas sobre os torcedores do América. Como torcedora do clube, resolvi fazer esse levantamento para mostrar o perfil do americano e ajudar a acabar com alguns mitos que nos acompanham por muitos anos. Foram entrevistadas 481 pessoas pela internet. O fato de utilizar somente a grande rede não compromete o resultado da pesquisa?
Acho que nĂŁo. Temos que admitir que os internautas tĂȘm um poder aquisitivo maior e o universo investigado Ă© menor. Mas tenho certeza de que, com base nas pessoas que responderam Ă s questĂ”es, o resultado obtido por essa pesquisa foi importante e fundamental para mostrar a realidade do AmĂ©rica.
AntĂŽnio Anderson - Fonte: O Tempo â 13/11/09.
VB Marketing e NegĂłcios â http://www.vbmarketing.com.br/
América - http://www.americamineiro.com.br/
A ARTE DE SE DEIXAR ENGANAR
Amigo torcedor , amigo secador, estava folheando, para tentar entender os juĂzes de campos e tribunais, o "CĂłdigo dos Homens Honestos ou a arte de se deixar enganar pelos larĂĄpios", do HonorĂ© de Balzac. Sim, o simpĂĄtico e gordinho francĂȘs de quem herdamos nĂŁo sĂł o adjetivo mas tambĂ©m a tara pelas ditas balzaquianas, esses colossos de mulheres, seja na claridade, sob a luz de velas ou nas pecaminosas noites de apagĂ”es.
PĂĄgina vai e pĂĄgina volta com o vento das esquinas da Pompeia, e eis que me chega o Pereira. Justo o Pereira. Quem dera ele fosse sĂł um daqueles personagens de araque que aparecem no meio das crĂŽnicas antigas para dizer algo engraçado ou teses que o autor, por covardia ou zelo, nĂŁo assume em pĂșblico ou no jornal.
Em carne, osso e sempre bronzeado como um saudĂĄvel milionĂĄrio da famĂlia Diniz, o sĂŁo-paulino nem perde tempo com a lengalenga e trapaças dos juĂzes. "VocĂȘ sabe, amigo, que sou a favor dos pontos corridos desde criancinha", diz, logo no primeiro chope, aquele que nos aplica um belo bigode de espuma. "Mas justiça seja feita, este BrasileirĂŁo carece de um mata-mata, nem que seja imposto por medida provisĂłria."
Fico ali na base do "como assim", mais interessado nas lindas afilhadas de Balzac que voltam das piscinas do Palmeiras. O desgraçado insiste. Ele perde a melhor das bundas na paisagem, mas não desperdiça a chance de importunar um amigo com uma proposição maluca.
No entendimento de Pereira, apĂłs tanta lambança da arbitragem, seja por falha tĂ©cnica, cleptomania ou sociedade mafiosa, o pior Campeonato Brasileiro desde 1971 precisa nĂŁo sĂł de um mata-mata. Precisa de dois: um entre os oitos primeiros e o segundo lĂĄ embaixo, um tira-teima entre os Ășltimos da tabela.
"Parece injusto, mas ao contrĂĄrio do que diz Roberto Carlos, um erro conserta outro erro sim, isso Ă© o que penso", diz, agora distribuindo perdigotos inconsequentes para o bar todo. Sim, a frase do rei Ă qual se refere Ă© a da mĂșsica "O progresso".
Como bater o NĂĄutico, por exemplo, berra o amigo, perdendo outra gostosa que volta da piscina, se foi o time mais roubado do certame?!
Nem vou falar do que fizeram com o Palmeiras ante o Fluminense e muito menos o pecado que cometeram surrupiando a vitĂłria do Sport contra os verdes. O homem nĂŁo cessa. E repare que estou cortando ao mĂĄximo o sermĂŁo, mais longo do que o de Fidel e do padre AntĂŽnio Vieira.
Tento aplicar o Balzac Ă arbitragem. Sem ĂȘxito. Caso o amigo se interesse, o livro Ă© Ăłtimo, tradução de LĂ©a Novaes (ed. Nova Fronteira).
NĂŁo consegui nem petiscar a moela da nostalgia e falar do juiz ladrĂŁo como personagem dramĂĄtico que emociona o futebol. "Isso Ă© coisa do Nelson Rodrigues, que vocĂȘ copia descaradamente, chega de graça", mandou, trĂŽpego ao caminho do banheiro, para delĂrio dos garçons.
Pior é que a maioria fechava com o Pereira, mesmo os tricolores como ele, só para demonstrar que o time do Morumbi é macho e capaz de bater qualquer um que apareça.
Além das balzacas que zeram meus dez graus de miopia e astigmatismo, fico com Edgar, meu corvo, em momento de aliança populista com o urubu do Flamengo, seu primo da Gåvea.
Xico SĂĄ - Fonte: Folha de S.Paulo â 13/11/09.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php