DIREITO AO ENSINO
17/02/2011 -
FAZENDO DIREITO
PROFESSORES DIGITAIS
English:
Kahm - http://www.khanacademy.org/
AgeLab - http://agelab.mit.edu/
MIT - http://ocw.mit.edu/courses/
Italki - http://www.italki.com/
Linguee - http://www.linguee.com.br/
Livemocha - http://www.livemocha.com/
Quando encontra dificuldade para ajudar o filho na lição de casa, Bill Gates aciona o professor Salman Khan. "Tudo fica fĂĄcil", diz Gates, que, nos Ășltimos anos, vem gastando dezenas de milhĂ”es de dĂłlares em sua fundação para descobrir novos jeitos de educar.
Filho de famĂlia da Ăndia e de Bangladesh, Khan tem um currĂculo capaz de impressionar qualquer gĂȘnio: no MIT (Instituto TecnolĂłgico de Massachusetts), fez matemĂĄtica, engenharia elĂ©trica e ciĂȘncia da computação; em Harvard, administração. Mas o que impressiona mesmo Gates Ă© o valor das aulas: sĂŁo de graça e acessĂveis a qualquer um -aliĂĄs, neste momento, se quiser, vocĂȘ tambĂ©m pode entrar na internet e receber as mesmas aulas.
Khan foi um dos personagens que influenciaram Gates a escrever um texto em que sugere a substituição dos professores convencionais por aulas, acompanhadas de exercĂcios, gravadas com recursos multimeios por professores como Khan e distribuĂdas para todos. "Ă melhor uma boa aula desse tipo do que as dadas por professores medĂocres", provoca o criador da Microsoft.
Muita gente estĂĄ levando a sĂ©rio a possibilidade de as novas tecnologias exterminarem o professor como o conhecemos. Haveria uma radicalização do ensino a distĂąncia. JĂĄ hĂĄ recursos para que um curso seja dado sem interferĂȘncia humana. As aulas sĂŁo gravadas e todos os debates, exercĂcios e notas sĂŁo feitos por um programa de computador.
Autor da ideia de um computador por criança, Nicholas Negroponte me disse que estĂĄ preparando uma experiĂȘncia para ser lançada em comunidades da Ăfrica e da Ăsia que tĂȘm alto Ăndice de analfabetismo. Quer deixar num lugar pĂșblico computadores conectados Ă internet para ver como e se as crianças conseguem aprender a ler e a escrever sozinhas. "Cada vez mais o conhecimento vai ser transmitido fora da sala de aula", comentou.
Esse tipo de recurso pode ajudar muito os alunos, especialmente os mais pobres, mas duvido que possa atingir a excelĂȘncia sem que se viva num ambiente criativo, estimulante, com trocas entre alunos e professores motivados. Qualquer um pode acessar aulas do MIT ou de Harvard, entre outros grandes centros de ensino. Outra coisa Ă© entrar num laboratĂłrio e acompanhar, por exemplo, o nascimento de um carro capaz de estacionar sozinho. Esse projeto Ă© desenvolvido no AgeLab, que se dedica a criar produtos e serviços para idosos. JĂĄ estĂĄ criando roupas e acessĂłrios para os mais velhos evitarem acidentes.
Estou aqui em Harvard experimentando uma poderosa combinação do virtual com o presencial, num curso sobre experiĂȘncias educativas internacionais. Cada aula se transforma num fĂłrum na internet entre os estudantes, conduzido por trĂȘs monitores. DaĂ surgem outros fĂłruns autĂŽnomos para cada comentĂĄrio. Para aprofundar as questĂ”es, a classe, separada em trĂȘs grupos, reĂșne-se presencialmente.
O professor mistura as aulas expositivas com depoimentos de convidados do mundo inteiro, que, a distĂąncia, ilustram os textos curriculares. Um explica como usa a tecnologia para melhorar o ensino em ĂĄreas rurais da Ăndia, outro conta como cria bibliotecas em remotas vilas da Ăsia ou da Ăfrica. Depois da exposição, os convidados respondem Ă s questĂ”es dos estudantes. Tudo Ă© gravado e postado na rede.
Tecnologia alguma, porĂ©m, supera o entusiasmo de um professor como Fernando Reimers. Ele viaja pelo mundo para conhecer experiĂȘncias educacionais e participa de algumas delas. NĂŁo hĂĄ software capaz de competir com essa paixĂŁo.
O que veio para ficar foi o fato de as informaçÔes circularem, criando a possibilidade de que o mundo se converta numa imensa comunidade de aprendizagem. Existem sinais por todos os lados.
Um dos negĂłcios que prosperam no mundo digital sĂŁo pĂĄginas abertas a perguntas que sĂŁo respondidas por leitores. A diferença agora Ă© que empresas estĂŁo contratando especialistas para dar respostas quase imediatamente. HĂĄ redes sociais em que se podem aprender todas as lĂnguas importantes. Em outras pĂĄginas, sĂŁo ensinadas expressĂ”es e gĂrias que acabam de surgir. Aprende-se espanhol com alguĂ©m que estĂĄ na Argentina ou na China.
O que vai mudar Ă© que o professor que despeja automaticamente os conteĂșdos serĂĄ mesmo dispensĂĄvel, pois serĂĄ mais caro e menos eficiente do que uma tela de computador.
PS- Coloquei no www.catracalivre.com.br os links desta coluna: o AgeLab, o MIT, o ensino de lĂnguas, as aulas do professor Khan, as redes sociais para o aprendizado dos idiomas e os cursos gratuitos de universidades.
Gilberto Dimenstein (www.dimenstein.com.br) - Fonte: Folha de S.Paulo - 13/02/11.
Sites:
Kahm - http://www.khanacademy.org/
AgeLab - http://agelab.mit.edu/
MIT - http://ocw.mit.edu/courses/
Italki - http://www.italki.com/
Linguee - http://www.linguee.com.br/
Livemocha - http://www.livemocha.com/
CLIQUE
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Comunidade virtual de educadores ambientais. Convida o usuĂĄrio a ser um colaborador social e compartilhar atividades e prĂĄticas pedagĂłgicas
http://www.caranguejo.com/index2
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http://br.ecovoluntarios.org/
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Rede social formada por ONGs, empresas, prestadores de serviços, turismo, reciclagem, universidades e pessoas focadas nas causas da sustentabilidade e ambiente
http://madeinforest.com.br/
AMBIENTE BRASIL
Portal focado em questĂ”es ambientais, que reĂșne notĂcias sobre o tema, que tem a intenção de estimular o conhecimento ambiental e a formação de uma consciĂȘncia crĂtica sobre os problemas
http://www.ambientebrasil.com.br/
Fonte: Folha de S.Paulo - 16/02/11.
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