CRIATIVIDADE NO MARKETING LVII
06/02/2009 -
NOSSOS COLUNISTAS
REDONDO Ă RIR DA VIDA
PROPAGANDAS INTELIGENTES LVII (REDONDO Ă RIR DA VIDA)
EstĂĄ no ar a nova campanha de verĂŁo de Skol, que em 2009 diverte o pĂșblico com mensagens embasadas no conceito âRedondo Ă© rir da vidaâ, mais um trabalho da F/Nazca S&S para a cerveja mais vendida do Brasil. Momentos comuns do dia-a-dia de homens e mulheres sob uma Ăłtica bem-humorada sĂŁo retratados em todo o esforço de comunicação, composto por filme, spots, mĂdia exterior, intervençÔes urbanas, açÔes na internet e em espaços alternativos.
âĂ por meio de uma estratĂ©gia que estĂĄ sempre Ă frente que a Skol mantĂ©m uma identidade e maior proximidade com seu pĂșblico, lançando ou antecipando tendĂȘncias no mercado. O desenvolvimento desta nova comunicação, que explora temas comuns do nosso cotidiano, busca manter a interação direta da marca com os consumidores, outro diferencial de Skolâ, afirma Fabiana Anauate, gerente de comunicação da Skol, em comunicado ao PortaldaPropaganda.com.
Em situaçÔes descontraĂdas ou nem tanto, mas que sempre acabam inspirando uma boa risada, os protagonistas das peças elaboradas pela agĂȘncia provocam no pĂșblico-alvo uma sensação de identificação prazerosa, como acontece no filme "Paquera", em veiculação nas principais emissoras do PaĂs.
Fonte: http://www.portaldapropaganda.com/
Veja o video: http://www.youtube.com/watch?v=R0mZQC28i-U
Site da Skol - http://www.skol.com.br/
PROFESSOR X
A EDUCAĂĂO NA FAMĂLIA
Hoje tocarei em um tema delicado: a educação da criança e do adolescente no Brasil. Noto que estamos perdendo crescentemente a noção da importùncia dos pais no cotidiano dos filhos.
Tornou-se corriqueiro que meninos e meninas, bem cedo em suas vidas, sejam colocados em creches e depois em colégios, os quais praticamente assumem sua formação.
SerĂĄ correto casais abdicarem quase que por completo da educação das crianças no perĂodo da vida em que se forma o carĂĄter?
Diretamente relacionados a isso, a meu ver, estĂŁo os graves casos de indisciplina estudantil que hoje ocorrem. Os professores vĂȘm sendo afrontados pelos alunos, pois estes nĂŁo aprenderam em casa a respeitar os mestres e os mais velhos.
A formação é algo que não pode ser deixado só para as instituiçÔes de ensino, por melhores que sejam.
Isso cabe primeiramente aos pais.
A escola entra em cena em um segundo momento, para dar continuidade ao aprendizado iniciado no lar de cada criança.
Educar nĂŁo significa apenas instruir -ou seja, repassar conhecimentos e aguçar o intelecto dos alunos. Educar Ă© exercer uma influĂȘncia positiva sobre o outro, Ă© estimular a formação de um carĂĄter Ăntegro em cada jovem, incutir-lhe valores Ă©ticos, ensinar-lhe a respeitar o prĂłximo e os espaços comuns em que todos vivemos.
Nos tempos (felizmente extintos) em que as mulheres tinham barrada a sua entrada no mercado de trabalho, estas acabavam por encarregar-se da formação dos filhos, com o auxĂlio de seus companheiros, entĂŁo Ășnicos provedores do lar.
Hoje, marido e mulher tĂȘm suas profissĂ”es. Isso Ă© positivo, mas gera um efeito colateral ruim: os filhos dos casais contemporĂąneos interagem cada vez menos com os pais.
Não se pratica mais a pedagogia da presença.
A dedicação ao trabalho de marido e mulher serve para oferecer melhores condiçÔes de vida Ă famĂlia, mas, parcialmente ausentes de casa, os pais perdem a oportunidade de compartilhar exemplos, que sĂŁo o mais eficaz modo de educar.
Não hå como terceirizar a formação dos jovens.
As crianças e adolescentes precisam aprender cedo os valores e cĂłdigos que regem nossa sociedade e devem aprendĂȘ-los em casa. Por isso, se o trabalho do casal Ă© um caminho sem volta, Ă© fundamental um pacto entre ambos, de modo que possam equilibrar suas carreiras com a educação daqueles que trouxeram ao mundo.
As atitudes de um adulto são aquelas que lhe foram ensinadas a partir da infùncia. Cuidemos, pois, com esmero, das geraçÔes futuras de brasileiros. Elas merecem e precisam disso.
EmĂlio Odebrecht - Fonte: Folha de S.Paulo - 01/02/09.
PROFESSORA PASQUALINA
DIĂLOGOS COM DRUMMOND
CASA DAS ROSAS TRAZ EXPOSIĂĂO SOBRE O POETA
A obra de Carlos Drummond de Andrade Ă© tema de exposição gratuita na Casa das Rosas. O livro "A Rosa do Povo", do poeta, foi cobrado no Ășltimo vestibular da Fuvest e nĂŁo cai no prĂłximo -mas o escritor Ă© personagem importante da literatura brasileira. A exposição vai de 5 a 28 de fevereiro. InformaçÔes em http://www.poiesis.org.br/casadasrosas/.
Fonte: Folha de S.Paulo - 03/02/09.
ORTOGRAFIA, LUSOFONIA E DIREITO
CamĂ”es, Machado e Luandino sĂŁo gigantes literĂĄrios intocados pela nova ortografia da lĂngua portuguesa, decidida pelos Estados da CPLP (Comunidade dos PaĂses de LĂngua Portuguesa). PorĂ©m, de outros textos relevantes nĂŁo se pode dizer o mesmo. Ă o caso das prĂłprias ConstituiçÔes, normas mĂĄximas desses paĂses, que terĂŁo de ser "recompostas" em nova ortografia portuguesa, adaptando-se Ă s normas legais que, em cada paĂs, incorporaram o acordo comum. Caso curioso, parecendo que a supremacia da Constituição, "cantada em verso e prosa", se curvarĂĄ Ă s determinaçÔes de uma lei quanto Ă sua prĂłpria grafia.
Uma lei a mudar as ConstituiçÔes?
O Direito, que determina a mudança ortogrĂĄfica, tambĂ©m Ă© atingido por ela. Por ser, em essĂȘncia, um fenĂŽmeno cultural, o Direito pode atuar sobre a lĂngua, embora a ela nĂŁo escape.
HĂĄ casos em que a prĂłpria Constituição trouxe para dentro de si a oficialização da lĂngua portuguesa e das formas de expressĂŁo, como na Constituição brasileira. Ponto a que nĂŁo chegaram os constituintes guineenses nem os angolanos, que nada disseram sobre o estatuto da lĂngua portuguesa, sendo esta, porĂ©m, a lĂngua oficial desses paĂses. Em Portugal, a Constituição diz hoje simplesmente que a lĂngua oficial Ă© o portuguĂȘs.
Compete a seus falantes (nĂŁo sĂł portugueses, mas todos os lusĂłfonos) definir essa lĂngua, em cada momento.
Efabulemos: poderia o Estado, numa provocação Ă literalidade de algumas ConstituiçÔes, impor a mudança de uma vasta parte da ortografia portuguesa, desde que mantivesse a designação "lĂngua portuguesa"? Uma lĂngua pode ser imposta pelo Estado ou sĂł deve por ele ser reconhecida?
O tema transpĂ”e nĂŁo apenas os murais do Direito, mas tambĂ©m os da linguĂstica e da literatura. Na realidade, nenhum Estado pode impor uma nova lĂngua a seu povo, mas apenas reconhecer e expressar-se naquela lĂngua, adotada por esse mesmo povo. Ă o reconhecimento de uma identidade. O contrĂĄrio sĂł seria imaginĂĄvel em conquistas imperialistas ou colonialistas que subjuguem outras culturas.
Uma reforma ortogrĂĄfica, como estĂĄ a ocorrer, nĂŁo Ă© uma reforma da lĂngua. O acordo nĂŁo muda a lĂngua, muda apenas a sua forma escrita e, mesmo assim, moderadamente. Passa, portanto, nesse primeiro teste.
A lĂngua Ă© um elemento sociocultural vivo, em constante mutação, impassĂvel de ser enclausurada, atĂ© mesmo pelo Direito. Sejam quais forem as regras linguĂsticas, sempre foram permitidas as liberdades poĂ©ticas; os neologismos continuarĂŁo a ser figuras presentes. A normatividade da lĂngua tem limites; deve ser prĂĄtica, nĂŁo um dogma.
AlĂ©m disso, a lĂngua (no seu conjunto) contĂ©m, em si, a identidade de um povo. Seria indesculpĂĄvel equĂvoco considerar a reforma, mesmo que ortogrĂĄfica, uma banalidade formal qualquer. A indicação constitucional jĂĄ Ă© um forte indĂcio da importĂąncia simbĂłlica, polĂtica, cultural e ideolĂłgica da lĂngua, para nĂŁo falar da obviedade normativa de sua relevĂąncia: Ă© um direito humano fundamental.
O problema nĂŁo estĂĄ, pois, no nĂșmero de acentos ou hifens existentes ou na previsĂŁo normativa da lĂngua em vigor. EstĂĄ no atual contexto da reforma em vĂĄrios paĂses, no desleixo com que muitos Estados tratam a lĂngua, um dos mais profundos valores culturais, que confere ao prĂłprio Estado a sua base de sustentação.
NĂŁo se pense que o acordo vai se autoaplicar por milagre, sem o empenho profundo dos governos dos Estados lusĂłfonos. E, se nĂŁo houver esse empenho, a consequĂȘncia serĂĄ mais grave: porque entĂŁo a norma cairĂĄ na semiaplicação, o pior limbo em que pode viver uma lei.
Na medida em que o prĂłprio povo nĂŁo Ă© devidamente informado acerca da mudança ortogrĂĄfica promovida pelo seu Estado, nĂŁo pode compreender seu alcance cultural, o Ășnico que justifica a referida medida. A lusofonia consciente Ă© ainda elitista. AliĂĄs, a falta de percepção da nossa identidade e dos nossos laços Ă© dos maiores problemas do comum dos cidadĂŁos da lusofonia.
Em sĂntese, a uniformização, em si mesma considerada, Ă© grĂĄfica, exterior. Todavia, trata-se do inĂcio, de um primeiro passo, que pode favorecer a nossa afirmação como lĂngua Ășnica, que realmente Ă©. A variedade (que tambĂ©m Ă© riqueza) da lĂngua portuguesa estĂĄ longe, muito longe, de se esgotar na ortografia.
Cada identidade nacional revela suas facetas prĂłprias, estampadas na histĂłria de sua lĂngua, podendo falar-se em direitos Ă lĂngua portuguesa, e nĂŁo em um direito universal Ă lĂngua portuguesa. O direito universal Ă© Ă livre comunicação, o que inclui a diversidade mencionada. O real problema, o mais fundo, Ă© insolĂșvel, a nĂŁo ser com a conscientização das autoridades e com muito intercĂąmbio. Provando-se, sociologicamente, que as novas medidas facilitarĂŁo o contato entre os povos e a circulação da leitura, serĂŁo muito bem-vindas.
Ninguém morrerå por contar com menos sinais gråficos. E ainda serå capaz de ler melhor o(s) Outro(s).
Paulo Ferreira da Cunha, professor catedrĂĄtico e diretor do Instituto JurĂdico Interdisciplinar da Faculdade de Direito da Universidade do Porto (Portugal).
Fernando Macedo, professor de direito constitucional e direitos humanos na Universidade LusĂada de Angola.
Kafft Kosta, professor de direito e juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça em Guiné-Bissau.
AndrĂ© Ramos Tavares, professor de direito constitucional da PUC-SP (PontifĂcia Universidade CatĂłlica de SĂŁo Paulo) e do Mackenzie e diretor do Instituto Brasileiro de Estudos Constitucionais.
Fonte: Folha de S.Paulo - 01/02/09.
CPLP (Comunidade dos PaĂses de LĂngua Portuguesa) - http://www.cplp.org/Default.aspx
IJI da Faculdade de Direito da Universidade do Porto - http://www.direito.up.pt/IJI/
Universidade LusĂada de Angola - http://universidadelusiadadeluanda.blogspot.com/
Supremo Tribunal de Justiça Guiné-Bissau - http://www.anpguinebissau.org/leis/legislacao/lei-quadro-dos-partidos-politicos
PUC-SP - http://www.pucsp.br/
Mackenzie - http://www.mackenzie.br/
Instituto Brasileiro de Estudos Constitucionais - http://www.ibec.inf.br/
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http://www.faculdademental.com.br/fale.php