FATOS DA VIDA
12/08/2014 -
MARILENE CAROLINA
O REALISTA!!!
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âO otimista Ă© um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo Ă© ser um realista esperançoso.â (Ariano Suassuna)
(Colaboração: Neli â Penha/SC)
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ZERO...
Zero Ă© o Ășnico nĂșmero que nĂŁo pode ser representado por algarismos romanos.
Fonte: Jane Rivelli (Colaboração: A. M. Borges)
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Fonte: Jane Rivelli (Colaboração: A. M. Borges)
CRAV
Acervo do Centro de ReferĂȘncia Audiovisual (Crav) Ă© disponibilizado na internet. PĂĄgina no Youtube feita pela Fundação Municipal de Cultura servirĂĄ como ferramenta de pesquisa...
O rico acervo do Centro de ReferĂȘncia Audiovisual (Crav) passa a circular na web. A Fundação Municipal de Cultura (FMC) acaba de criar canal no YouTube com o acervo do centro. A proposta Ă© fazer com que a pĂĄgina seja tambĂ©m nova ferramenta de pesquisa, ao reunir pequenos trechos de vĂdeos que mostram aspectos do cotidiano belo-horizontino, desde um dia comum na Praça Raul Soares, nos anos 1960, atĂ© partidas de futebol realizadas hĂĄ 55 anos. O canal pode ser acessado pelo endereço www.youtube.com/CanalCRAV.
A arte-educadora do Crav, Marcella Furtado, conta que a iniciativa Ă© inspirada no Banco de ConteĂșdos Culturais da Cinemateca Brasileira (http://www.bcc.org.br/), que tambĂ©m disponibiliza na internet trechos de filmes, fotos e cartazes que sĂŁo frutos do trabalho de preservação da produção audiovisual brasileira pela instituição. Segundo ela, a iniciativa reforça um trabalho que vem sendo desenvolvido hĂĄ 18 anos. âComo nem todos podem ir ao Crav, que ele possa chegar a todos. Ă uma forma muito atraente de disponibilizar o rico acervo que estĂĄ guardado no localâ, conta.
O Centro de ReferĂȘncia Audiovisual tem acervo que ultrapassa 35 mil tĂtulos. A proposta Ă© disponibilizar trechos de aproximadamente 30 segundos de filmes que apresentam aspectos diversos da capital mineira, abordando temas como polĂtica, sociabilidade, cultura, esportes e educação, entre outros assuntos. EstĂŁo disponibilizados apenas filmes de que a instituição municipal possui direitos. A atualização do canal pode ser acompanhada pelo Facebook, no endereço www.facebook.com/cravbh.
O canal nasce com sete vĂdeos, que retratam as dĂ©cadas de 1940, 1950 e 1980 de forma diversa. O interessante Ă© que as imagens estĂŁo vinculadas com as locuçÔes originais da Ă©poca em que foram veiculadas. âBelo Horizonte foi a primeira cidade brasileira a utilizar no trĂĄfego o trĂłlebus, o ĂŽnibus elĂ©tricoâ, informa um dos vĂdeos, no momento em que o espectador vĂȘ o veĂculo antigo cruzar o Viaduto Santa Tereza, na RegiĂŁo Central da cidade, tendo como pano de fundo um cenĂĄrio bem diferente do atual.
(Colaboração: A.M. Borges)
TEOLOGIA MORAL DA MANGA...
Rubem Alves
O velho caipira, com cara de amigo, que encontrei num Banco, estava esperando para ser atendido.
Ele ia abrir uma conta. Começo de um novo ano... Novas perspectivas... E, como não podia deixar de ser, também começou ali um daqueles papos de fila de banco. Contas, décimo terceiro que desapareceu, problemas do Brasil, tsunami... Serå que vai chover?
Mas, em determinado momento, a conversa tomou um rumo:
"- Qual serå, então, o maior problema do Brasil para ser resolvido? E o representante rural, nosso querido "Mazzaropi da modernidade falou com um tom sério demais para aquele dia:
" - O maior problema do Brasil Ă© que sobra muita manga!"
Tentei entender a teoria... Fez-se um silĂȘncio e ele continuou:
" - O senhor jĂĄ viu como sobra manga hoje debaixo das ĂĄrvores? JĂĄ percebeu como se desperdiça manga? â
- "Sim... Creio que todos jĂĄ percebemos isto... Onde tem pĂ© de manga, tem sobrado manga...â
E aĂ ele continuou:
" - Num paĂs onde mendigo passa fome ao lado de um pĂ© de manga... Isso Ă© um absurdo! Num paĂs que sobra manga, tem pouca criança. Se tiver pouca criança, as casas sĂŁo vazias... Ou as crianças que tem jĂĄ foram educadas para acreditar que sĂł "ice cream" e jujuba sĂŁo sobremesas gostosas. Boa Ă© criança que come manga e deixa escorrer o caldo na roupa... Ă sinal que a mĂŁe vai lavar, vai dar bronca, vai se preocupar com o filho. Se for filho, tem pai... Se tiver pai e manga de sobremesa, Ă© por que a famĂlia Ă© pobre... Se for pobre, o pai tem que ser trabalhador... Se for trabalhador, tem que ser honesto...
Se for honesto, sabe conversar... Se souber conversar, os filhos vão compreender que refeição feliz tem manga, que é comida de criança pobre e que brinca e sobe em årvore... Se subir em årvore, é por que tem passarinho que canta e espaço para a årvore crescer e para fazer sombra...
Se tiver sombra, tem um banco de madeira para o pai chegar do trabalho e descansar...
Quem descansa no banco, depois do trabalho, embaixo da ĂĄrvore, na sombra, comendo manga, Ă© por que toca viola... E, com certeza, tĂĄ com o pĂ© na grama... Quem pisa no chĂŁo e toca mĂșsica tem casa feliz... Quem Ă© feliz e canta com o violeiro, sabe rezar... Quem sabe rezar sabe amar...
Quem ama, se dedica... Quem se dedica, ama, reza, canta e come manga, tem coração simples...
Quem tem coração assim, louva a Deus. Quem louva a Deus, nĂŁo tem medo... Nada faltarĂĄ por que tem fĂ©... Se tiver fĂ© em Deus, vĂȘ na manga a providĂȘncia divina... Come a manga, faz doce, faz suco e nĂŁo deixa a manga sobrar... Se nĂŁo sobra manga, tĂĄ todo mundo ocupado, de barriga cheia e feliz. Quem Ă© feliz.... nĂŁo reclama da vida em fila do banco... "
DaĂ, fez-se um silĂȘncio...
Fonte: Jane Rivelli (Colaboração: A. M. Borges)
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