FUTEBOL NAS OLIMPĂADAS
30/01/2008 -
FUTEBOL SHOW
A BOLA DOS JOGOS OLĂMPICOS
China - A Federação de Futebol da China apresentou, com muita festa da patrocinadora, a bola que serĂĄ usada nos Jogos OlĂmpicos de Pequim 2008. A competição de futebol nos Jogos começarĂĄ no dia 6 de agosto, antes da abertura.
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http://esportes.terra.com.br/pequim2008/interna/0,,OI2275752-EI10378,00.html
Fonte: Terra - 27/01/08.
ALĂM DAS ESPECTATIVAS
Na semana passada, escrevi sobre jogadores que impressionam no inĂcio de suas carreiras e nĂŁo correspondem Ă s expectativas. Quanto maior essa diferença entre o que se espera e o que Ă© realizado, maior Ă© a decepção.
Assim Ă© tambĂ©m na vida. O que muitas pessoas sĂŁo e tĂȘm sĂŁo diferentes do que gostariam de ser ou ter. Quanto maior essa distĂąncia, mais aparecem frustraçÔes, sentimento de culpa, baixa auto-estima e outros problemas.
Vivemos a dualidade entre o sonho impossĂvel e o de se contentar com as coisas boas, ruins, simples, banais, habituais e tambĂ©m importantes do cotidiano.
HĂĄ tambĂ©m jovens atletas que atingiram um nĂvel muito alĂ©m das expectativas. Isso ocorreu pelos seus esforços e/ou porque foram mal avaliados ou pelo acaso.
Nas categorias de base do São Paulo e da seleção brasileira, Kakå não era grande destaque.
Enquanto os jovens habilidosos davam show, Kakå corria muito, era disciplinado e executava bem os fundamentos técnicos. Kakå evoluiu bastante, e a maioria não saiu do lugar.
Mesmo na época em que foi para o Milan, quando jå era destaque do São Paulo e fazia parte da seleção, ninguém esperava que Kakå se tornasse o melhor do mundo.
Quando jogava no Mogi Mirim, formando trio com Leto e VĂĄlber, Rivaldo nĂŁo era o mais elogiado. Foi uma surpresa ter se tornado o melhor do mundo.
Rivaldo era desengonçado e muito criticado quando jogava mal. Mas era preciso nas jogadas decisivas, além de ter gana para decidir as partidas. Rivaldo era melhor do que parecia. No Brasil, temos o håbito de achar que habilidade e talento são a mesma coisa. Rivaldo tinha extraordinårio talento e uma habilidade comum.
Alguns jogadores evoluem aos poucos e se tornam craques depois de longos anos de carreira. Muitas vezes, isso nĂŁo Ă© percebido. Ă o caso de Juan. Ele Ă© melhor do que a maioria dos mais badalados zagueiros europeus.
Independentemente da nacionalidade do atleta, parte da imprensa brasileira baba por qualquer jogador mediano que atue por um grande time da Europa.
Diferentemente de KakĂĄ, Rivaldo, Juan e outros que foram muito alĂ©m da expectativa, ao rever os teipes e lembrar os lances de alguns craques, como RomĂĄrio, Ronaldo, Ronaldinho GaĂșcho e outros, percebemos que eles jĂĄ tinham enorme talento e que jĂĄ realizavam quando eram muito jovens as mesmas belas jogadas que depois encantaram o mundo. Com o tempo, apenas mudou o nosso olhar sobre eles.
TostĂŁo - Fonte: Folha de S.Paulo - 27/01/08.
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