SEMPRE PENSANDO
18/12/2008 -
PENSE!
INVENT NOW
English:
http://www.inventnow.org/
Conheça o Inventnow.org, um site feito para aspirantes a inventor, cheio de idĂ©ias mirabolantes, desafios variados e jogos criativos para vocĂȘ se divertir, aprender e se inspirar para suas prĂłprias invençÔes.
No Inventnow.org vocĂȘ cria o seu prĂłprio mundo, escolhendo entre diferentes zonas de interesse para explorar suas idĂ©ias, conhecer outros inventores, jogar e ganhar pontos para o desafio de Inventor mais esperto.
Pense mais:
http://superdownloads.uol.com.br/download/55/inventnow-org/
RAMACRISNA
A Instituição Social Ramacrisna, dirigida por AmĂ©rico Amarante Neto e Solange Bottaro, entregou os diplomas de formação profissional para 73 jovens em risco social da regiĂŁo rural de Betim, que concluĂram os cursos de mecĂąnica de automĂłveis, soldador e eletricista instalador e padronista. Para ofertar as aulas, a instituição conta com o apoio de vĂĄrios parceiros dos setores pĂșblico e privado, como a Prefeitura de Betim e o Consulado do JapĂŁo. O curso de mecĂąnica, por exemplo, começou em 1995 e jĂĄ capacitou mil pessoas.
Ălder Martinho - Fonte: O Tempo - 19/12/08.
Ramacrisna - http://www.ramacrisna.org.br/
ARTIGOS - ADM. MARIZETE FURBINO
Derrubando paredes!
Por Adm. Marizete Furbino
Toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço. (Immanuel Kant)
Sabe-se que desde a dĂ©cada de 90 percebeu-se que o fĂĄcil e direto acesso aos gestores rendia frutos valiosos para a empresa, pois, os colaboradores atuavam com mais empenho, mais envolvimento e comprometimento, realizando a troca de informaçÔes e somando conhecimentos. Como conseqĂŒĂȘncia, gestores inteligentes adotaram como estratĂ©gia a eliminação de quaisquer obstĂĄculos que porventura viessem a interferir em todo processo organizacional, tomando medidas drĂĄsticas e arrojadas, tais como, derrubar portas e paredes, deixando-as extremamente livres ao ambiente de trabalho.
Desta forma, ficam para trĂĄs as organizaçÔes recheadas de salas compartimentadas, cheias de divisĂłrias e entram em cena as salas enormes, com ambiente fresco, claro e agradĂĄvel, onde todos os departamentos executam suas atividades. Com isso se compartilha, nĂŁo somente os conhecimentos, habilidades e atitudes, mas compartilha-se tambĂ©m o ambiente, que Ă© um sĂł, onde todos ouvem as conversas de todos e aprendem a cuidar de suas prĂłprias vidas, sendo forçados a deixar para trĂĄs a vida alheia, assim como as famosas âfofocasâ.
Nesta era, torna-se primordial primar pela soma. Temos que sempre somar para ganhar; pensando assim, a hierarquia fica apenas no papel, pois, o gestor desce do âpedestalâ e passa a ser mais parceiro dos colaboradores, passando a estar no meio de todos sempre, chegando atĂ© mesmo a dividir a sua mesa com um subordinado se preciso for, pois, tĂȘm claro em sua mente as idĂ©ias de soma, descentralização, compartilhamento e parceria.
Percebe-se que o individualismo, assim como o âengessamentoâ na maneira de gerenciar uma organização, bem como o status de poder, obscurecia os colaboradores, dificultando que enxergassem a visĂŁo, a missĂŁo e o negĂłcio da organização. Quando se adota esta organização sem paredes, isto tudo fica para trĂĄs, uma vez que barreiras advindas da existĂȘncia da estrutura fĂsica deixam de existir, passando a reinar a uniĂŁo, colaboração, a cooperação, a soma, e assim, toda a cultura da organização passa a ter uma nova visĂŁo.
De qualquer modo, nota-se que a equipe tem maior probabilidade de trabalhar de forma mais harmoniosa e integrada, onde o bem-estar fica evidente, prevalecendo, alĂ©m do clima organizacional, relaçÔes interpessoais que corroboram com uma boa produtividade, ficando visĂvel, tanto aos olhos dos clientes internos, quanto aos olhos dos clientes externos esse bem-estar.
Ă de se observar que forçadamente ocorre uma reeducação dos colaboradores que tĂȘm alguns hĂĄbitos considerados inadequados. Com tais medidas estes deixam de lados atos prejudiciais ao desenvolvimento das atribuiçÔes, como por exemplo, atos de insubordinação, impaciĂȘncia, nervosismo, falta de educação, âfofocasâ, o falar mal do outro, o falar alto demais, dar risadas escandalosas, utilizar material do escritĂłrio para fins pessoais. Neste sentido, os colaboradores aprendem a conviver naquele mesmo ambiente, de forma a descobrir e a respeitar os limites de privacidade, aprendendo em meio a tantos colaboradores e a tantos departamentos que estĂŁo agora integrados de forma geogrĂĄfica. Aprendem ainda a controlar seus impulsos, a aumentar seu poder de concentração, mantendo sempre o foco, o que permite maior rendimento, e por conseqĂŒĂȘncia, maior produtividade advinda da eficiĂȘncia e eficĂĄcia em suas açÔes.
Importante salientar que a questĂŁo que tanto preocupa o administrador, que Ă© minimizar tempo e custo, assim como maximizar resultado, fica resolvida. Com o escritĂłrio âaberto e sem paredesâ, tudo fica transparente, pois, os colaboradores passam a aproveitar melhor o seu tempo, chegando atĂ© a envergonharem-se de ficar ociosos em meio a tantos ocupados, minimizando conversas improdutivas e procurando a produzir sempre atendendo Ă s reais necessidades da organização, adequando seu prĂłprio ritmo e compromisso atrelados aos resultados.
Somados a isso, a organização, para derrubar portas e paredes, deve primeiramente realizar um projeto para tal, pois mudarĂĄ todo layout do imĂłvel, âreorganizando toda a organizaçãoâ. Assim, deverĂĄ pensar nĂŁo apenas na proximidade dos departamentos, mas tambĂ©m em como preparar os colaboradores para atuarem e conviverem de forma integrada, de forma a respeitar a privacidade do outro, pois de nada adianta derrubar paredes e portas se a concepção da prĂłpria organização de visĂŁo, missĂŁo e negĂłcio permanecem da forma antiga.
Em todo esse processo torna-se imprescindĂvel a opiniĂŁo dos colaboradores no que tange a sugestĂ”es quanto Ă s mudanças a serem realizadas, sendo que isso contribui para o sucesso da implementação de todo esse processo.
Pensando assim, fica claro que nĂŁo apenas a estrutura fĂsica deve ser mudada, como tambĂ©m a estrutura organizacional. Nessa Ăłptica, enfatiza-se que todos os envolvidos no processo organizacional devem ter conhecimento da visĂŁo, missĂŁo e do negĂłcio da organização, mudando tambĂ©m a postura. Portanto, Ă© de suma importĂąncia que cada colaborador sinta-se parte da organização, sinta-se valorizado, e a tal ponto que possa entĂŁo entregar e a âmergulharâ de fato no trabalho da organização em prol do seu negĂłcio.
O que se nota também é que os problemas e entraves surgidos são resolvidos de forma mais råpida, pois, devido o contato ser intenso e de forma constante, todos se voltam para o mesmo, em busca de uma råpida solução, o que é extremamente importante e estratégico nos dias de hoje.
De um lado, é importante perceber que quando o ambiente organizacional é o mesmo para todos os departamentos, sem paredes, o administrador possui maior chance de realmente conhecer quem de fato trabalha, se envolve e se compromete com a organização, minimizando o risco de ser injusto no que tange à valorização e à avaliação do desempenho.
De outro lado, é importante lembrar que o administrador não deve jamais subestimar seus colaboradores, deixando de forma clara para os mesmos o que a organização espera deles, bem como suas responsabilidades, acreditando e confiando sempre nos mesmos.
Concluindo, a burocracia interna nesse tipo de ambiente organizacional deixa de imperar, e todos os colaboradores passam a aprender a nĂŁo ficar dependente dela, o que contribui efetivamente para o desenrolar das tarefas de forma mais rĂĄpida, pois os entraves da famosa âesperaâdeixa de existir, pondo as relaçÔes de trabalho em xeque.
30/06/2008 - Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pela UNILESTE-MG. à Administradora, Consultora e Professora Universitåria no Vale do Aço.
Contatos através do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br.
Reprodução autorizada desde que mantida a integridade do texto, mencionando a autora e comunicada sua utilização através do e-mail marizetefurbino@yahoo.com.br
DIREITOS UNIVERSAIS
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Ninguém serå submetido a tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Sessenta anos depois de promulgada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, frases como essas, retiradas de seus artigos iniciais, lĂȘem-se ainda com emoção. HĂĄ algo, em sua simplicidade solene e reta, que resiste a todo espĂrito de ceticismo, ironia ou desencanto.
Sem dĂșvida, nĂŁo existe ponto nesse documento histĂłrico que nĂŁo seja cotidianamente desrespeitado na esmagadora maioria dos paĂses do mundo. Da prisĂŁo de GuantĂĄnamo Ă s favelas brasileiras, da China ao IrĂŁ, contam-se aos bilhĂ”es as vĂtimas da pobreza, da intolerĂąncia, do racismo, do terror e da tirania.
Considerar que a Carta da ONU consiste apenas numa peça de ficção seria, entretanto, apenas uma maneira sutil de desqualificar o seu sentido mais profundo. Por mais distantes que estejam da realidade concreta, os ideais humanos nĂŁo sĂŁo "ficçÔes". Estabelecem, isto sim, os critĂ©rios com os quais se pode julgar a realidade. Consistem no instrumento de que dispomos, em Ășltima anĂĄlise, para avaliar o que fazemos uns aos outros, e o que Ă© feito de nĂłs.
Serão realmente universais os critérios, os ideais inscritos na Carta da ONU? Na onda do relativismo, hå quem se incline a questionar esse aspecto do documento. O que é vålido para uma cultura não é necessariamente vålido para qualquer outra, e a Declaração de 1948 resulta de uma circunstùncia histórica e de uma herança filosófica particular, a do Iluminismo ocidental.
Nesse raciocĂnio esconde-se, entretanto, uma sofisticada forma de confundir, mais uma vez, o mundo dos fatos concretos e o plano da consideração Ă©tica mais ampla. Que, numa determinada sociedade, a tortura judicial ou a excisĂŁo ritual do clitĂłris sejam aceitas como tradiçÔes intocĂĄveis nĂŁo elimina a importĂąncia da pergunta, que obviamente ninguĂ©m se dispĂ”e a fazer Ă s vĂtimas, sobre a legitimidade desses procedimentos.
Costumes e tradiçÔes nĂŁo sĂŁo pactuados, como leis, entre indivĂduos. O prĂłprio conceito de liberdade individual nĂŁo tem, em muitas culturas, o peso que possui no pensamento ocidental.
Entretanto, mesmo se a liberdade do indivĂduo constitui uma "invenção" moderna, como quer certo vocabulĂĄrio em voga, nem por isso seria razoĂĄvel contestar sua universalidade.
Pois a Carta da ONU nĂŁo propĂ”e, a nenhum ser humano, qualquer que seja sua crença ou a sua cultura, nada que o desproteja ou coloque em situação de vĂtima. NĂŁo hĂĄ cultura alternativa, tradição venerĂĄvel ou ordem alheia aos princĂpios gerais ali estabelecidos da qual se possa dizer algo semelhante.
Ă por isso mesmo, aliĂĄs, que ainda hoje se mostra tĂŁo difĂcil ver esses princĂpios concretizados; sĂŁo, com efeito, os mais elevados a que se pode aspirar.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 14/12/08.
UE PREMIA BLOGUEIRO CHINĂS PRESO
Em uma semana marcada pelo aumento da repressĂŁo Ă dissidĂȘncia na China, o Parlamento Europeu aplaudiu de pĂ© por um minuto o ativista chinĂȘs Hu Jia, 35, durante a entrega do PrĂȘmio Sakharov dos Direitos Humanos.
O homenageado nĂŁo pĂŽde comparecer. O blogueiro Hu, conhecido por defender causas tĂŁo diversas como liberdade de expressĂŁo, ecologia e vĂtimas de transfusĂŁo de sangue contaminado, foi condenado a trĂȘs anos e meio de prisĂŁo por "incitar subversĂŁo contra o Estado" e cumpre pena em Pequim.
Na semana passada, vårios outros dissidentes chineses também foram presos após assinar uma carta de protesto, pedindo mais democracia, durante o aniversårio da Declaração dos Direitos Humanos.
Mesmo antes do anĂșncio de que Hu seria premiado com o Sakharov, a principal distinção do Parlamento Europeu, o embaixador chinĂȘs para a UniĂŁo EuropĂ©ia mandou uma carta de ameaça, dizendo que, se o ativista fosse premiado, "as relaçÔes da UE com a China ficariam seriamente afetadas".
No inĂcio do mĂȘs, o governo chinĂȘs cancelara uma cĂșpula com a UE pela intenção do presidente francĂȘs, Nicolas Sarkozy, Ă frente do bloco, de se encontrar com o dalai-lama, lĂder religioso do Tibete, em reuniĂŁo com outros Nobel da Paz.
Censura exportada: VĂĄrios sites que podiam ser acessados na China desde a OlimpĂada de Pequim, em agosto, voltaram a ser bloqueados na semana passada. O veto atinge pĂĄginas de publicaçÔes de Hong Kong, como Asiaweek e Ming Pao, blogs e o site da rede estatal britĂąnica BBC.
O porta-voz da Chancelaria Liu Jianchao disse que o governo chinĂȘs tem o direito de censurar sites que violem as leis do paĂs. Ele afirmou que alguns sites, sem citar quais, falam de Taiwan e China como dois paĂses, sem aceitar a polĂtica chinesa de "uma sĂł China".
Nos Ășltimos anos, a censura chinesa tem bloqueado mais sites em tempos de crise. A economia do paĂs estĂĄ em processo de forte desaceleração, com a ameaça de deixar milhĂ”es de desempregados.
Raul Juste Lores - Fonte: Folha de S.Paulo - 18/12/08.
Leia mais:
http://www.europarl.europa.eu/news/public/story_page/015-44644-350-12-51-902-20081216STO44643-2008-15-12-2008/default_pt.htm
http://www.europarl.europa.eu/news/public/story_page/015-39965-294-10-43-902-20081020STO39964-2008-20-10-2008/default_pt.htm
PAĂS DESIGUAL
Um pequeno municĂpio do TriĂąngulo Mineiro, AraporĂŁ, ostenta o maior PIB per capita do Brasil: R$ 261 mil por ano por habitante. O dado Ă© de 2006. AraporĂŁ tem apenas 6.000 habitantes e a maior parte de sua produção e riqueza provĂ©m da hidrelĂ©trica de Itumbiara, a maior do sistema Furnas.
Provavelmente, a maior parte da população de AraporĂŁ nĂŁo se beneficia da renda gerada pela usina. O mesmo ocorre em Confins, o segundo municĂpio mineiro colocado no ranking feito pelo IBGE, com PIB de R$ 111 mil per capita por ano, graças Ă reativação do aeroporto Internacional Tancredo Neves.
A questĂŁo Ă© que o PIB nĂŁo reflete nem a renda per capita nem as condiçÔes de vida existentes no lugar onde Ă© gerado. A população pode nĂŁo ser beneficiada pela riqueza produzida no municĂpio. Essa pode ir para fora e atĂ© para o exterior, se for o caso. O mapa do IBGE expĂ”e a desigualdade e a concentração.
SĂŁo Paulo, BrasĂlia, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba concentram quase 25% do PIB nacional. DaĂ o esforço dos governos de reduzirem a desigualdade entre os municĂpios. Os deputados mineiros acabam de aprovar, em primeiro turno, um projeto que propĂ”e uma nova distribuição para a receita do ICMS.
A Constituição estabelece que 25% do ICMS e 10% do IPI arrecadados no Estado sejam destinados aos municĂpios. Um quarto do repasse Ă© fixado por lei estadual. A Lei Robin Hood, de 1995, contemplou com esse repasse os municĂpios mais pobres. O ICMS SolidĂĄrio pretende melhorar essa distribuição.
O ICMS SolidĂĄrio nĂŁo atende a cidades como AraporĂŁ e Belo Horizonte. NĂŁo corrige suas distorçÔes internas. Destina-se aos municĂpios do Estado com menores Ăndices de desenvolvimento humano. Mas pouco mais faz do que dividir a pobreza, jĂĄ que estĂŁo em questĂŁo apenas R$ 9 milhĂ”es da arrecadação do ICMS.
à preciso abrir uma discussão de como desenvolver as regiÔes mais carentes de Minas.
Editorial - Fonte: O Tempo - 18/12/08.
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