NOVOS COLABORADORES DO FM
23/03/2006 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROFESSORA PASQUALINA ApĂłs longas reuniĂ”es, o contrato entre o FM e eu, professora Pasqualina, foi firmado, e com muito orgulho e satisfação, darei inĂcio aos nossos trabalhos. A maioria dos cidadĂŁos brasileiros considera a lĂngua portuguesa complexa, justificando erros na fala e na escrita. Uma explicação simplificada para essa realidade Ă© a "distĂąncia" entre a linguagem oral (coloquial-informal) e a linguagem escrita (formal-gramĂĄtica normativa) utilizada por todos. NĂŁo devemos, contudo, considerar argumentos como esses, justificativas para uma comunicação incorreta, repleta de falhas as quais prejudicam substancialmente o entendimento entre o emissor e receptor do texto. Para aperfeiçoarmos o uso deste cĂłdigo que Ă© a linguagem falada e, principalmente, a escrita, comecemos analisando o texto abaixo. Afim de ajudĂĄ-los nessa "correção", observe: a) Os tempos verbais utilizados pelo autor do texto; b) O significado das palavras no texto; c) As conjunçÔes; d) Outros problemas. Fonte: O Estado, 22/06/1989. TĂtulo histĂłrico no Rio. Botafogo, glorioso campeĂŁo invicto. MaurĂcio devolve Ă torcida a oportunidade de festejar o tĂtulo depois de 21 anos. O Botafogo conquistou o tĂtulo de campeĂŁo carioca de 1989, ontem Ă noite, com uma vitĂłria por uma a zero diante do Flamengo, gol do ponta MaurĂcio, aos 12 minutos do segundo tempo. EufĂłrica, a torcida botafoguense comemorou como nunca a conquista, pois o grito de campeĂŁo estava preso Ă garganta desde 1968. O Botafogo, com inteiros mĂ©ritos, consegue um tĂtulo inĂ©dito e invicto depois de 21 anos. O Flamengo, que precisava da vitĂłria ou empatar para forçar uma terceira partida no final de semana, começou pressionando o Botafogo, tentando o gol desde o inĂcio. Mas as tentativas sempre esbarraram na garra, disposição e bom posicionamento da defesa adversĂĄria. A maior chance do Flamengo aconteceu numa cabeçada do zagueiro Wilson Gotardo, para trĂĄs, numa dividida com Bebeto, onde Ricardo Cruz fez excelente defesa, desviando para escanteio. O Botafogo, muito recuado, nĂŁo chutou uma bola sequer contra o gol de ZĂ© Carlos. No segundo tempo o Flamengo voltou com a mesma disposição, mas nĂŁo contou com a contusĂŁo de Zico, o melhor articulador de suas jogadas. Zico pediu substituição, mas antes de sair de campo cobrou uma falta com perfeição, quase marcando o primeiro gol, as 10 minutos. Foi sĂł. Na primeira descida para o ataque o Botafogo calou a barulhenta torcida do Flamengo. As 12 minutos , numa jogada de feito de Mazolinha pela direita, a bola foi cruzada para a ĂĄrea. Leonardo e o goleiro ZĂ© Carlos falharam e MaurĂcio aproveitou de primeira, marcando um golaço, consagrador. O Flamengo perdeu as forças e ainda viu-se ameaçado aos 34 minutos, com uma cabeçada de Paulinho CriciĂșma no travessĂŁo. Mas a noite era mesmo do Botafogo. Aguardo ansiosamente por mensagens e retornarei a semana que vem com a minha anĂĄlise. PROFESSOR X O aluno cliente Meus amigos, Nasci pra trabalhar com a educação. Divirto-me com as aulas que dou, tenho o maior prazer em ensinar e, principalmente, em dar apoio diferenciado Ă queles alunos que tĂȘm dificuldades especĂficas, seja por momentos difĂceis que passam, seja por quaisquer outros motivos. Apenas um tipo de problema me incomoda e, confesso, me deixa possesso: o aluno-cliente. Calma! NĂŁo se precipitem nos juĂzos a respeito dessa fala! Sei muito bem que o aluno Ă© um cliente especial, diria atĂ© especialĂssimo de nossa instituição. Sei que esse mesmo aluno Ă© o grande responsĂĄvel pelo crescimento sĂłlido que temos e pela imagem de seriedade que construĂmos e que ele mesmo divulga com carinho. Refiro-me aquele aluno que acha que o simples fato de ele estar pagando a mensalidade lhe aufere direitos especiais, como se nĂŁo fossem todos que pagassem. Refiro-me aquele aluno que tem como Ășnica arma de argumentação o recibo do pagamento em dia! Como se pagar em dia nĂŁo fosse uma obrigação! Esse aluno acha que o conhecimento Ă© automĂĄtico: virĂĄ Ă sua mente pelo simples fato de ter pagado as mensalidades!E brande os seus recibos com furor, quando o professor lhe prescreve trabalhos onde ele tem que ler alguma coisa (e nĂŁo Ă© qualquer coisa! SĂŁo quatro pĂĄginas!Que fossem quarenta! Mas eu pago em dia! Argumenta ele insano... e ainda tenho que estudar?). Calma! Esse aluno Ă© cada vez mais exceção Ă regra, Ă© minoria. Aqui cabe apenas um desabafo sentido por um professor que teve de escutar isso de um aluno que quase foi reprovado por freqĂŒĂȘncia (sĂł nĂŁo o foi porquĂȘ teve quatro faltas abonadas em função de viagem a trabalho â me pergunto onde ele estava nas outras dezoito faltas que nĂŁo foram justificadas), teve direito a duas provas supletivas, seus colegas colocaram seu nome em um trabalho que ele nĂŁo fez, teve chance de fazer prova especial, solicitou revisĂŁo de prova, que foi feita e, apesar de a nota ter sido mantida, e ele ter sido reprovado (difĂcil de adivinhar a razĂŁo...) foi Ă diretoria reclamar que estava sendo perseguido, que o professor tinha preconceito, que o professor nunca foi com a cara dele e... que ele nunca atrasou a mensalidade e que se continuasse assim, ele preferiria mudar de faculdade...( ir para onde?...). Dessa forma, aproveito o espaço democrĂĄtico desse jornal prestigioso para pontuar esse tipo de atitude e deixar no ar uma pergunta: que profissional serĂĄ esse depois de formado? Professor X MATEMĂTICA MatemĂĄtica O esquema Ă©: Eu lhes dou 3 nĂșmeros e um resultado, e vocĂȘs fazem as operaçÔes matemĂĄticas que quiserem, de tal forma que o resultado seja o que lhes dei. AĂ vai um exemplo para que vejam como foi feito e o resto Ă© com vocĂȘs.... 2 2 2 = 6 ... Resolução: 2 + 2 + 2 = 6 FĂĄcil, nĂŁo? Pois assim, vai acontecer com todos.... Tentem fazer e na prĂłxima semana, retornarei com todas as resoluçÔes: 1 1 1 = 6 2 2 2 = 6 3 3 3 = 6 4 4 4 = 6 5 5 5 = 6 6 6 6 = 6 7 7 7 = 6 8 8 8 = 6 9 9 9 = 6 AtĂ© a prĂłxima semana, pessoal!!!!