CRIATIVIDADE NO MARKETING
30/05/2015 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES (CARLSBERG)
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http://fold7.com/blog/work/probably-the-best-poster-in-the-world
Carlsberg:
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Torneira que sai cerveja em Outdoor faz sucesso em LondresâŠ
Imagina vocĂȘ andando pelas ruas de Londres e da de cara com um outdoor gigante te oferecendo cerveja de graça e na hora?
Foi essa a ideia bastante inusitada, que fez muito sucesso nessa semana.
Trata-se da Cervejaria Truman, em Shoreditch Londres, que teve a feliz criatividade de colocar um outdoor oferecendo cerveja grĂĄtis pra quem passasse na rua.
A mensagem convidava os passantes a provar e avaliar a cerveja Carlsberg âa melhor cerveja do mundoâ, direto de uma torneira que foi acoplada nele prĂłprio.
O pessoal fez até fila pra filar uma cervejinha na faixa.
Muito boa a ideia nĂŁo?
Fonte: http://www.bebidaliberada.com.br/.
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PLACA EM UMA LOJA...
Urgente... Precisa-se de clientes (nĂŁo Ă© necessĂĄrio experiĂȘncia)... Entrada imediata!!!
(Colaboração: O Dono)
A PROPAGANDA Ă A ALMA DO NEGĂCIO...
Uma velha piada recorrente nas rodas de profissionais da propaganda då conta do ovo de pata que é um produto muito superior ao ovo de galinha. A diferença é que ao colocar o ovo a pata se cala ao contrårio da galinha que apronta o maior escùndalo...
(Colaboração: MĂŒller)
ENQUANTO ISSO NO RESTAURANTE...
A loira chama o atendente:
- Oh, garçom, esse frango tå cru!
- Senhora, esse Ă© um restaurante chinĂȘs.
- Nossa, desculpa... Esse flango tĂĄ clu!!!
(Colaboração: Rubia)
JAMES BOND
Num bar, James Bond senta-se ao lado de uma morena fenomenal. Ele lança um olhar para ela e outro para o seu relógio.
Ela pergunta:
- A mulher que vocĂȘ estĂĄ esperando estĂĄ atrasada?
- NĂŁo - responde Bond - Ganhei este relĂłgio high tech e o estou testando...
- Ah Ă©? - pergunta a morena - E o que este relĂłgio tem de especial?
- Ele usa ondas alfa para se comunicar comigo - explica Bond.
- E o que ele estĂĄ lhe dizendo agora? - pergunta a morena intrigada.
- Ele me disse que vocĂȘ estĂĄ sem suas roupas Ăntimas.
A moça då uma risada e responde:
- Pois seu relĂłgio nĂŁo funciona! Eu estou com minhas roupas Ăntimas.
James Bond mexe o relĂłgio, dĂĄ uns tapinhas nele e diz:
- Droga! EstĂĄ adiantado uma hora!!!
(Colaboração: James)
PROFESSOR X
PESQUISA DISSECA O UNIVERSO DAS PIADAS
Mestrando do IEL analisa anedotas regionais sobre gaĂșchos, mineiros, paulistas e cariocas... LUIZ SUGIMOTO.
O leitor pode conhecer aquela piada do gaĂșcho com o mineiro, mas dificilmente terĂĄ refletido sobre as sutilezas empregadas na construção dessas pequenas peças literĂĄrias para que elas o façam rir. âEste trabalho nasce de uma preocupação banal e um tanto cĂŽmica: explicar piadas. E isso, no fundo, nĂŁo tem a menor graça. Textos curtos com graus variados de complexidade, as piadas podem deixar um analista bastante neurĂłticoâ, afirma Gustavo Conde, bem humorado, na introdução da dissertação de mestrado Piadas regionais: o caso dos gaĂșchos, defendida junto ao Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp. Apesar dos gaĂșchos no tĂtulo, o mestrando incluiu na pesquisa os mineiros, paulistas e cariocas, respeitando o ranking de preferĂȘncias no anedotĂĄrio nacional.
Conde alerta que nem todas as piadas selecionadas para o trabalho sĂŁo hilĂĄrias, visto que a preocupação de um lingĂŒista Ă© mostrar a estrutura semĂąntica do humor, o emaranhado de detalhes cenogrĂĄficos, enunciados, ambigĂŒidades lexicais, sintĂĄticas e fonolĂłgicas, o âcarĂĄterâ do interlocutor, o tom da narração. Tecnicamente, trata-se de anĂĄlise do discurso, sustentada em teĂłricos como Michel PĂȘcheux e Dominique Maingueneau, sendo que a semĂąntica e a pragmĂĄtica tambĂ©m marcam presença atravĂ©s dos trabalhos de Victor Raskin e Paul Grice. Freud, outro que procurou explicar a essĂȘncia das piadas, contribui com Os chistes e sua relação com o inconsciente, livro publicado hĂĄ 100 anos. âFreud analisou uma relação de âchistesâ, sempre pensando no inconsciente como fator determinante para esse tipo de prazer. Para ele, o prazer psĂquico era proporcionado pela brevidade da piada, uma brevidade de tipo especialâ, resume o mestrando.
Foco Ă© estrutura semĂąntica do humor
O professor SĂrio Possenti, do IEL, Ă© o orientador da dissertação. Autor de vĂĄrias publicaçÔes na mesma linha de pesquisa, Possenti vĂȘ a piada como um fenĂŽmeno da linguagem dotado de tĂ©cnica e de forma, que opera fortemente com estereĂłtipos, geralmente servindo como veĂculo de um discurso proibido. âPor isso, os temas mais recorrentes nas piadas sĂŁo sexo, racismo, corrupção, adultĂ©rio, tragĂ©dias, defeitos fĂsicos, etc, discursos que encontram barreiras para emergir no contexto social bem comportado e polido. Passam a ser um solo discursivo fĂ©rtil, na medida que sua forma Ă© menos comprometedora ideologicamente. Contar uma piada racista nĂŁo implica necessariamente um enunciador racista. No mĂĄximo, em alguĂ©m com senso de humor de mau gosto ou maldosoâ, acrescenta Gustavo Conde.
O fenĂŽmeno da piada Ă© universal e, mesmo as culturas indĂgenas, trazem esta tradição de brincar com os sentidos da lĂngua. Quanto Ă s especificidades, sĂŁo construĂdas a partir da literatura, da historiografia, das diferenças culturais e geogrĂĄficas, do arquivo discursivo. Assim, o mexicano Ă© ridicularizado pelo norte-americano, o belga pelo francĂȘs, o irlandĂȘs pelo inglĂȘs. Dentro de Portugal, os alentejanos Ă© que se vĂȘem rebaixados a âburrosâ. âNa literatura russa, encontramos o humor pesado, dramĂĄtico e dolorido de Dostoievski. MillĂŽr Fernandes jĂĄ afirmara, de fato, que o tipo de humor mais agudo âĂ© aquele que dĂłiâ. Isso lembra uma alfinetada bairrista do carioca Nelson Rodrigues, para quem âa pior forma de solidĂŁo Ă© a companhia de um paulistaâ. Temos aĂ uma piada que pega na feridaâ, ilustra o mestrando.
Segundo Gustavo Conde, uma particularidade das piadas brasileiras Ă© o regionalismo, a disputa entre culturas acirrada pelos diferentes sotaques de uma lĂngua estabelecida em todo o territĂłrio. Mas as piadas podem ser classificadas conforme a tĂ©cnica (duplo sentido, deslocamento, condensação) ou tema (loiras, negros, papagaios): a primeira classificação concentraria seus critĂ©rios no material lingĂŒĂstico e a segunda no aspecto discursivo, possibilitando ter diferentes tĂ©cnicas para um mesmo tema e diferentes temas numa mesma tĂ©cnica. O russo Victor Raskin, que publicou talvez o mais canĂŽnico dos livros sobre estudos lingĂŒĂsticos do humor (Semantic Mechanisms of humor, 1985), afirma que sua teoria pretende formular as condiçÔes necessĂĄrias e suficientes, em termos âpuramente semĂąnticosâ, para que um texto seja engraçado.
Regionalismo â O paulista Ă© ironizado por Nelson Rodrigues por causa do estereĂłtipo de trabalhador chato, esnobe, preconceituoso, tedioso, enquanto o carioca sustenta a fama de malandro, bom de lĂĄbia, folgado, aproveitador, vida boa. âPor que a mulher do paulista nunca fica gripada? Porque sempre dorme com um xaropeâ, emendaria o bonachĂŁo com anos de praia. âSĂŁo esses estereĂłtipos, provavelmente, o que torna as piadas sobre paulistas e cariocas mais interdependentes. Para a piada funcionar, um tem que estar em contraposição ao outro. Do ponto de vista da anĂĄlise do discurso, os embates entre paulistas e cariocas sĂŁo exemplares para observar o funcionamento das piadas regionais como um todoâ, avalia Conde.
A imagem consagrada do mineiro Ă© a de caipira tĂmido, desconfiado, pouco conversador, mas que possui o dom de ludibriar os outros e que sempre se dĂĄ bem. A dissertação traz uma definição de Frei Betto sobre mineirice: âSer mineiro Ă© dormir no chĂŁo para nĂŁo cair da cama; sorrir sem mostrar os dentes. Desconfiar atĂ© do prĂłprio pensamento (...) Mineiro Ă© isso, sĂŽ! Come as sĂlabas para nĂŁo morrer pela boca. Fala manso para quebrar as resistĂȘncias do interlocutor. Sonega letras para economizar palavras. De vossa mercĂȘ, passa para vossemecĂȘ, vossĂȘncia, vosmecĂȘ, vocĂȘ, ocĂȘ, cĂȘ, e num demora muito, usarĂĄ sĂł o acento circunflexo!â. Segundo Conde, o mineiro das piadas Ă© dono de laconismo e lĂłgica impassĂveis que o deixam sempre em posição de superioridade. âĂ uma espĂ©cie de caricatura da competĂȘncia pragmĂĄticaâ, complementa.
Quanto ao gaĂșcho, estĂĄ no topo das ocorrĂȘncias de piadas regionais. Na opiniĂŁo de Gustavo Conde, trata-se de personagem singular no imaginĂĄrio do brasileiro, por causa de referĂȘncias histĂłricas enaltecidas pela literatura, como a ligação com a terra, a lida com o gado, suas guerras, o desejo separatista e a proximidade geogrĂĄfica e cultural com Argentina e Uruguai. âSobre os gaĂșchos, a Internet privilegia a oposição macho-bicha, enquanto as publicaçÔes impressas elegem traços mais dispersos como a rudeza, o machismo, a âcorniceâ e tambĂ©m a âbichice mĂĄsculaâ. O tema da âbichiceâ mexe diretamente com o orgulho do personagem gaĂșcho e seu discurso da tradição, da defesa de honras herĂłicas e da identidade viril. O gaĂșcho Ă© macho atĂ© na âbichiceâ, mantĂ©m a faca entre os dentesâ, compara o pesquisador.
Ao final do trabalho, Gustavo Conde jĂĄ encarava a anĂĄlise de piadas como uma tarefa perfeita para lingĂŒistas. âĂ a lĂngua em seu funcionamento mais vivo. Numa piada, por sua natureza breve, os personagens que nela atuam tĂȘm de acionar de imediato a memĂłria do leitor. Personagens como loucos, bĂȘbados, deficientes fĂsicos e fanhos sĂŁo caracterizaçÔes psicolĂłgicas e fĂsicas de forte apelo popular, verdadeira iconografia discursivaâ, afirma. NĂŁo por acaso, o lingĂŒista jĂĄ vĂȘ a entrada do estereĂłtipo de um novo grupo social no ranking do anedotĂĄrio nacional: âVocĂȘ sabe por que a espingarda do mineiro tem dois canos? Para matar dupla sertaneja de GoiĂĄsâ.
Fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/.
Instituto de Estudos da Linguagem (IEL):
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