FALANDO EM UNIVERSIDADES
02/06/2012 -
FALOU NO FM? TĂ FALADO!
NO MERCADO GLOBAL, ESTUDANTES SELECIONAM UNIVERSIDADES
English:
http://www.nytimes.com/2012/03/28/world/europe/iht-smart-shoppers-in-global-market.html?pagewanted=all
Estudantes vĂŁo Ă China, e chineses preferem o exterior.
Enquanto terminava o colĂ©gio perto de Puna, na Ăndia, Pooja Modi começou a procurar na internet universidades de engenharia. Com 18 anos, ela sabia que queria ser uma especialista em energia solar.
Para ela, o local de seus estudos importava menos do que a qualidade: "Ir para o exterior não era importante, mas sim receber a melhor educação".
Quando foi admitida na Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrålia, Modi procurou colegas indianos. Agora, em seu quarto ano de faculdade, diz que não poderia ter feito melhor opção.
Os alunos tornaram-se mais capacitados para escolher escolas no exterior e muitas vezes tĂȘm consciĂȘncia de mudanças na reputação educacional dos paĂses anfitriĂ”es, taxas, polĂticas de imigração e atĂ© do ambiente polĂtico.
O intercùmbio educacional global estå mais popular do que nunca. Cerca de 3,6 milhÔes de estudantes cruzaram fronteiras nacionais para estudar em 2009, ante 3 milhÔes em 2005, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento EconÎmico.
Embora os paĂses anfitriĂ”es tradicionais como os Estados Unidos e o Reino Unido ainda sejam os grandes preferidos, estĂĄ surgindo uma tendĂȘncia para o regionalismo. Mais estudantes escolhem paĂses vizinhos para viajar distĂąncias menores, ter maiores semelhanças culturais e laços econĂŽmicos mais estreitos.
Outro fator Ă© que Reino Unido, SuĂ©cia e AustrĂĄlia impuseram barreiras como mensalidades mais altas, restriçÔes de vistos e polĂticas de trabalho pĂłs-estudo que desincentivam a imigração.
Embora relativamente nova no mercado global de estudos superiores, a China se estabelece como um grande ator. "A China nĂŁo Ă© apenas um paĂs emissor, mas tambĂ©m receptor", disse Wei Shen, reitor-adjunto para a China na escola de administração ESSCA, na França.
Em 2011, cerca de 292 mil estudantes estrangeiros fizeram cursos na China, segundo nĂșmeros do governo citados pelo jornal estatal "China Daily". Segundo os nĂșmeros dados por Shen, quase 340 mil estudantes deixaram a China para estudar no exterior. A disposição dos asiĂĄticos a considerar destinos regionais em vez dos mais tradicionais foi um alĂvio para alguns fornecedores de educação no continente. A Coreia do Sul, a AustrĂĄlia e a Nova ZelĂąndia sĂŁo destinos de "mercados emergentes", segundo Chiao-Ling Chien, do Instituto de EstatĂstica da Unesco, que realiza estudos sobre estudantes estrangeiros.
O anĂșncio feito em fevereiro pela Universidade de TĂłquio, uma das instituiçÔes pĂłs-secundĂĄrias mais prestigiosas do JapĂŁo, de que modificaria seu calendĂĄrio acadĂȘmico para se equiparar Ă agenda de setembro a maio, levou a especulaçÔes sobre o futuro papel do JapĂŁo como paĂs anfitriĂŁo de educação superior, segundo Peggy Blumenthal, diretora do Instituto Internacional de Educação, sediado em Nova York. O instituto informou que 64% dos estudantes estrangeiros no JapĂŁo em 2011 vieram da China.
Em 2010, as universidades australianas abrigaram mais de 75 mil estudantes universitĂĄrios chineses e quase 20 mil indianos, segundo o instituto. Houve barreiras como a exigĂȘncia da lĂngua inglesa e choques culturais.
Novos regulamentos de trabalho apĂłs os estudos aprovados nos Ășltimos dois anos atraĂram estudantes que pretendem ficar depois de obter o diploma.
"Ă impossĂvel examinar os nĂșmeros de matrĂculas sem levar em conta a polĂtica migratĂłria", disse Lesleyanne Hawthorne, especialista em fluxo internacional de estudantes e professores da Universidade de Melbourne. Segundo ela, dois em cada trĂȘs estudantes indianos que estudam na AustrĂĄlia consideram a possibilidade de migrar para o paĂs.
O Reino Unido anunciou no ano passado que, em um esforço para conter a imigração, adotaria regras mais restritivas para estudantes estrangeiros.
JĂĄ a SuĂ©cia passou a cobrar altas taxas para estudantes de fora da UniĂŁo Europeia. Apesar da queda inicial no nĂșmero de matrĂculas, dados recentes sugerem uma recuperação do interesse.
Os estudantes estĂŁo ficando cada vez mais conscientes da reputação dos paĂses e das suas tendĂȘncias educacionais.
PercepçÔes detalhadas levaram Ă flutuação no nĂșmero de estudantes chineses que consideraram estudar na Nova ZelĂąndia na Ășltima dĂ©cada, segundo Ian Martin, vice-chanceler da Universidade de Auckland.
"A reputação é uma questão muito importante", disse Janet Ilieva, do Conselho Britùnico.
Por Christopher F. Schuetze - Fonte: Folha de S.Paulo - 28/05/12.
Reportagem original em inglĂȘs:
http://www.nytimes.com/2012/03/28/world/europe/iht-smart-shoppers-in-global-market.html?pagewanted=all
MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
A CUECA DO PODER
Na redemocratização do Brasil depois do Estado Novo, o primeiro deputado a ser cassado foi Barreto Pinto, que apareceu de cueca numa revista de grande circulação nacional. Foi um escĂąndalo. Como, de hora em hora, Deus piora, o decantado decoro parlamentar baixou a nĂveis tais e tantos que uma cueca a mais ou a menos nĂŁo causaria espanto. NĂŁo apenas no dia a dia do Congresso, mas na vida pĂșblica em geral.
Um ministro do STF acusou um ex-presidente de coação, sendo desmentido pela Ășnica testemunha
de um encontro que, em princĂpio, nĂŁo deveria provocar um caso, a nĂŁo ser pelos antecedentes dos dois principais envolvidos.
O ministro do STF tem um passado interessante. Advogado da UniĂŁo ao tempo da PresidĂȘncia de Fernando Henrique Cardoso, prestou tais e tantos serviços ao poder que foi nomeado para o Supremo.
A indicação criou perplexidade no meio jurĂdico, surgiram protestos veementes de todos os lados e houve atĂ© mesmo o propĂłsito de uma ação popular contra a sua nomeação. O ministro foi acusado de abafar casos de corrupção daquele governo.
Por sua vez, o ex-presidente da RepĂșblica, mesmo sem ter mais o poder de coação oficial, nĂŁo devia dar motivo para a acusação de ter pressionado um juiz nĂŁo em causa prĂłpria, mas no interesse de seu partido, rĂ©u notĂłrio do mensalĂŁo que tanto prejudicou o seu primeiro governo. Negando a coação, nĂŁo negou o encontro.
O que fica evidente nesse disse me disse Ă© o carĂĄter cada vez mais polĂtico (e atĂ© partidĂĄrio) da Justiça em seu mais alto escalĂŁo. No fundo, uma briga entre PT e PSDB envolvendo cabos eleitorais de alto coturno.
Ficamos sabendo que pelo menos um dos juĂzes do escĂąndalo jĂĄ antecipou o seu voto, contrariando a tradicional Ă©tica dos tribunais.
Carlos Heitor Cony - Fonte: Folha de S.Paulo - 03/06/12.
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