CULTURA NA AVENIDA
25/02/2009 -
MARILENE CAROLINA
MOCIDADE APRESENTA:
Clube LiterĂĄrio â Machado de Assis e GuimarĂŁes Rosa... Estrelas em Poesia!
Imagens:
- O carro "Nasce o Novo Sol da Literatura - Rosa dos Ventos, Rosa de Minas, GuimarĂŁes Rosa" deu inĂcio a homenagem ao escritor mineiro. A alegoria cor-de-rosa trouxe um grande livro aberto Ă frente, alĂ©m de cata-ventos dourados e bandeiras do estado de Minas Gerais.
- O segundo carro, "Machado de Assis - Sua Vida em Verso e Prosa", retratou momentos da vida do escritor.
Autor do Enredo e Carnavalesco: ClĂĄudio Cebola
Presidente e Diretor de Carnaval: Paulo Vianna
Diretor de Harmonia: Ricardo Simpatia
Samba dos compositores:
Jefinho, Santana, Ricardo Simpatia, Marquinho Ăndio e Diego Rodrigues
Interprete Oficial: Wander Pires
http://www.mocidadeindependente.com.br/paginaprincipal.html
Veja mais fotos:
http://g1.globo.com/Carnaval2009/0,,MUL1009931-16634,00.html
Obs.: A grande campeĂŁo do Rio foi o Salgueiro, Beija-Flor em segundo e Portelaem terceiro. A Mocidade ficou 11ÂȘ colocação.
VAMOS FESTEJAR O CARRO NAVAL?
O Carnaval surgiu hĂĄ muitos sĂ©culos. Na Roma Antiga havia uma festa chamada Saturnais, em homenagem ao deus Saturno. O destaque era um tipo de carro alegĂłrico chamado de carrum navalis (carro naval). HĂĄ quem defenda que a palavra "carnaval" venha daĂ. A maioria, no entanto, acredita que o termo surgiu de uma determinação catĂłlica de nĂŁo consumir carne durante a Quaresma (os 40 dias antes da PĂĄscoa). Os Ășltimos dias de liberdade eram chamados de carnem levare, ou, em bom portuguĂȘs, "ficar livre de carne".
Fonte: Almanaque Brasil - NĂșmero 118.
MUSEU NACIONAL DO IRAQUE
O Museu Nacional do Iraque foi reaberto em 23/02 em BagdĂĄ, seis anos depois de ter sido saqueado em meio ao caos provocado pela invasĂŁo liderada pelos EUA, em 2003.
Totalmente reformado, o museu, construĂdo em 1926, possui peças Ășnicas e as coleçÔes mais importantes sobre a histĂłria da antiga MesopotĂąmia, berço das civilizaçÔes sumĂ©ria, babilĂŽnica e assĂria, Ă s quais a humanidade deve a invenção da escritura, da lei escrita e as primeiras cidades.
O ministro do Turismo e Antiguidades, Qahtan Abbas, afirmou que mais de 6.000 das 15.000 peças roubadas foram restituĂdas ao museu. Os EUA foram criticados porque suas tropas nĂŁo evitaram a pilhagem do museu. Os soldados norte-americanos observaram impassĂveis a ação de saqueadores.
Lupa - Fonte: O Tempo - 24/02/09.
O Museu -
http://www.theiraqmuseum.org/
http://www.baghdadmuseum.org/index2.htm
LITERATURA - O MUSEU DA "RAINHA DO CRIME" - AGATHA CHRISTIE
Restaurada, casa de campo de Agatha Christie Ă© reaberta Ă visitação. A casa de campo da escritora Agatha Christie (1890-1976), onde a "rainha do crime" entretinha seus amigos com suas obras, Ă© reaberta ao pĂșblico apĂłs anos de restauração.
A casa Greenway, localizada no sudoeste da Inglaterra, estava em péssimo estado de conservação quando o National Trust (PatrimÎnio Nacional) decidiu restaurå-la em 2005, após a morte da filha e do genro da escritora britùnica, Rosalind e Anthony Hicks. Nos verÔes, a autora de obras célebres como "Assassinato no Expresso Oriente" e "Morte no Nilo" costumava reunir familiares e amigos na casa de campo, geralmente para celebrar o fim de um novo livro prestes a ser publicado. A restauração custou 6,4 milhÔes de euros (aproximadamente R$19,4 milhÔes).
Lupa - Fonte: O Tempo - 25/02/09.
Mais:
http://www.bbc.co.uk/devon/content/image_galleries/agatha_christie_photo_trail_gallery.shtml
http://www.agathachristie.com/blog/2008/09/17/greenway-opening/
TATE E OS VANGUARDISTAS
Uma exposição dedicada aos artistas de vanguarda russos Aleksandr Rodtchenko e Liubov Popova, que emergiram apĂłs a revolução bolchevique de 1917, estĂĄ agitando a galeria Tate Modern de Londres. O museu expĂ”e uma seleção de obras desses dois expoentes do movimento construtivista, incluindo suas criaçÔes mĂșltiplas em tecidos, papel e objetos destinados Ă s massas soviĂ©ticas. O curto perĂodo de utopia artĂstica e de grande criatividade na RĂșssia chegou ao fim nos anos 30, quando o regime soviĂ©tico impĂŽs aos artistas o dogma do realismo socialista. A exposição âRodtchenko e Popova: Definindo o Construtivismoâ ficarĂĄ na Tate atĂ© 17 de maio.
Lupa - Fonte: O Tempo - 24/02/09.
A exposição: http://www.tate.org.uk/shop/product.do?id=39963
BONIFICAĂĂO NA USP
A USP começa a indicar na prĂĄtica um caminho promissor para aumentar a diversidade social no acesso ao ensino superior -Ă© o que se depreende de seu Ășltimo processo seletivo. A instituição adotou em seu vestibular uma bonificação aos alunos das escolas pĂșblicas -que tem como base a pontuação obtida na Fuvest, uma prova de avaliação e o Enem. Adotado hĂĄ dois anos -inicialmente apenas sobre a nota da Fuvest-, esse sistema foi ampliado. Como resultado, a participação de oriundos da escola pĂșblica entre os selecionados aumentou 12,7%, como esta Folha noticiou no sĂĄbado. O percentual atingiu 29,3%, contra 26% em 2008.
Trata-se da maior taxa desde ao menos 2001, segundo relatĂłrio que analisa os Ășltimos nove anos. Esse patamar teria sido superado em 1992 -com 31,3%-, mas o resultado anterior pode estar distorcido, dada a diferença de metodologia empregada.
A bonificação introduzida pela universidade tem a dupla vantagem de adotar o critĂ©rio socioeconĂŽmico -jĂĄ que os egressos das escolas pĂșblicas em sua maioria tĂȘm nĂvel de renda inferior- sem distorcer demasiadamente o princĂpio do mĂ©rito.
Desatar esse nĂł -o de permitir maior diversidade no acesso Ă s universidades pĂșblicas sem afetar o desempenho mĂ©dio dos seus cursos- Ă© tarefa complexa. Nesse sentido, as chamadas polĂticas de ação afirmativa tĂȘm provocado debates acalorados. O STF ainda nĂŁo se pronunciou sobre o ponto nevrĂĄlgico nessa controvĂ©rsia -a constitucionalidade da adoção de cotas baseadas em critĂ©rios raciais. HĂĄ boas razĂ”es na Carta para rejeitar esse modelo.
AlĂ©m de afrontar o princĂpio de igualdade perante a lei, a seleção baseada em raças nĂŁo possui fundamento objetivo. Iniciativas como a da USP inspiram maior equilĂbrio e justiça -ainda que estejam naturalmente sujeitas a aperfeiçoamentos.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 24/02/09.
UNIVERSIDADES PEDEM APOIO DO BNDES
Levantamento feito pelo sindicato das universidades privadas de São Paulo aponta que 41,5% das instituiçÔes terão um volume menor de novos alunos (ingressantes) neste ano em relação ao ano passado. Segundo a entidade, a redução é reflexo da crise econÎmica.
Serå a primeira vez desde 1996 que as escolas privadas do Estado sofrerão tal redução, se for confirmada a diminuição (a ser oficializada com a tabulação do Ministério da Educação).
"Nosso alunado Ă© formado em sua maioria de aluno-trabalhador. Em qualquer problema de desemprego, dele ou de algum integrante da famĂlia, ele desiste do curso superior", afirma o presidente do Semesp (sindicato das instituiçÔes particulares), Hermes Figueiredo.
De acordo com o IBGE, o nĂșmero de desempregados na regiĂŁo metropolitana de SĂŁo Paulo aumentou 32% entre dezembro e janeiro.
A pesquisa do Semesp foi respondida por 266 instituiçÔes, 69,5% do total de São Paulo. Apenas 26,8% afirmaram que terão mais ingressos neste ano.
"A redução Ă© preocupante. Menos alunos hoje significa menos alunos por quatro ou cinco anos [duração dos cursos]", disse o pesquisador Oscar HipĂłlito, do Instituto Lobo e ex-diretor do Instituto de FĂsica da USP de SĂŁo Carlos.
"A diminuição [dos novos alunos] desestrutura a instituição, pois muitos dos gastos sĂŁo constantes. E, ao tentar cortar as despesas, pode haver perda de qualidade. Muitas, por exemplo, mandam embora os professores mais preparados, que tĂȘm melhores salĂĄrios."
BNDES
Para tentar atenuar os efeitos da crise, o FĂłrum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular solicitou ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento EconĂŽmico e Social) uma linha especial de financiamento, com recursos pĂșblicos, para a ĂĄrea.
As instituiçÔes pedem recursos com taxas menores do que as do mercado, tanto para capital de giro (manutenção dos cursos) quanto para investimento (ampliação e modernização da infraestrutura).
O banco jå possui uma linha para financiar o investimento, mas o fórum pleiteia condiçÔes melhores. Jå a linha para capital de giro seria inédita.
Segundo Hermes Figueiredo, o presidente do Semesp, desde que começou a crise econĂŽmica, no final do ano passado, as universidades tĂȘm encontrado dificuldade para fazer emprĂ©stimos bancĂĄrios. E, quando conseguem, afirma, as taxas estĂŁo altas (foram de uma mĂ©dia de 1,5% ao mĂȘs no ano passado para 2% a 3% neste ano).
"Estamos com menos alunos, menos crĂ©dito e a inadimplĂȘncia subindo. Precisamos de recursos para evitar, por exemplo, demissĂŁo de professores."
O banco não se manifestou ontem sobre a solicitação das universidades privadas.
"Falta de qualidade"
Antes mesmo da crise econĂŽmica, o ensino superior jĂĄ passava por dificuldades pelo fato de o nĂșmero de vagas ter crescido nos Ășltimos anos muito mais que a demanda.
Entre os anos de 1997 e 2007, o nĂșmero de instituiçÔes de ensino superior privadas do Estado passou de 266 para 496 (aumento de 86,5%).
Jå o total de alunos no ensino médio teve queda -de 1,8 milhão para 1,7 milhão.
Para Carlos Monteiro, consultor em ensino superior, o setor passa por dificuldades porque nĂŁo conseguiu se estruturar para permitir a permanĂȘncia nas salas de aula da classe C, pĂșblico disputado hoje por muitos cursos de graduação.
"A falta de qualidade em muitas instituiçÔes afasta o aluno. Um problema maior é a falta de opçÔes de financiamento para quem tem dificuldade para pagar os estudos. São problemas estruturais. A crise financeira é apenas mais um problema."
FĂĄbio Takajashi/MĂĄrcio Pinho - Fonte: Folha de S.Paulo - 26/02/09.
Semesp - http://www.semesp.org.br/portal/index.php
IBGE - http://www.ibge.gov.br/home/
Instituto Lobo - http://www.institutolobo.org.br/
Instituto de FĂsica da USP de SĂŁo Carlos - http://www.ifsc.usp.br/
FĂłrum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular - http://www.forumensinosuperior.org.br/
MEC - http://portal.mec.gov.br/index.php
YEHUDA AMICHAI SEMPRE!
Agora que Israel estĂĄ de novo no centro do mundo â quando nĂŁo esteve? â Ă© bom lembrar Yehuda Amichai, o maior poeta israelense do sĂ©culo XX, um dos maiores de qualquer tempo. O poeta nasceu na Alemanha, emigrou para a Palestina aos 9 anos, serviu na brigada de Palmach, no Negev, durante a guerra de formação do paĂs. Intensamente judaico e israelense, Amichai (o c Ă© mudo) tem uma visĂŁo cosmopolita; dramĂĄtica, mas irĂŽnica.
à um povo que cria um grande poeta ou é uma extraordinåria sensibilidade poética que cria um povo?
ASSIM A GLĂRIA PASSA
Assim a glĂłria passa, como um comprido trem sem princĂpio nem fim, sem causa ou intenção. Eu sempre fico num lado do cruzamento â a cancela estĂĄ fechada â
e verifico tudo: vagĂ”es de passageiros e histĂłria, vagĂ”es entulhados de guerra, vagĂ”es transbordantes de seres humanos para extermĂnio, janelas com caras de homens e mulheres de partida, exaltação de viajantes, aniversĂĄrios e mortes, sĂșplicas e piedades, e quantidades de vagĂ”es vazios chacoalhando.
Assim meus filhos passam a seu futuro,
Assim o Senhor passou sobre Moisés no Grande Deserto,
E Moisés não viu Sua Face, só gritou:
"Senhor, Ă Senhor, misericordioso e gracioso, abundante
em bondade e verdade".
Assim a glĂłria passa,
Assim a cancela fica fechada
Até o fim de meus dias.
DEPOIS DE AUSCHWITZ
Depois de Auschwitz, nenhuma teologia.
Das chaminés do Vaticano
sobe fumaça branca,
Sinal de que os cardeais escolheram seu Papa.
Do crematĂłrio de Auschwitz
sobe fumaça negra,
Sinal de que o conclave dos
Deuses ainda nĂŁo elegeu
O Povo Eleito.
Depois de Auschwitz, nenhuma teologia.
Os nĂșmeros nos pulsos
Dos internos para extermĂnio
SĂŁo os nĂșmeros dos telefones de Deus,
NĂșmeros que nĂŁo respondem
E agora sĂŁo desligados, um a um.
Depois de Auschwitz, uma nova teologia:
Os judeus que morreram no Shoah
Agora ficaram semelhantes a seu Deus,
Que não tem semelhança com um corpo e não tem corpo.
Eles nĂŁo tĂȘm semelhança com um corpo e nĂŁo tĂȘm corpo.
NA HISTĂRIA DE NOSSO AMOR. UM FOI SEMPRE
Na histĂłria de nosso amor, um foi sempre
Uma tribo nÎmade, outro uma nação em seu próprio solo
Quando trocamos de lugar, tudo tinha acabado.
O tempo passarĂĄ por nĂłs, como paisagens
Passam por trĂĄs de atores parados
em suas marcas
Quando se roda um filme.
As palavras
Passarão por nossos låbios. Até as lågrimas
PassarĂŁo por nossos
olhos.
O tempo passarĂĄ
Por cada um em seu lugar.
E na geografia do resto de
nossas vidas.
Quem serĂĄ uma ilha e quem uma penĂnsula
FicarĂĄ claro pra cada um de nĂłs
No resto de nossas vidas
Em noite de amor com outros.
MillÎr - Fonte: Veja - Edição 2101.
MillĂŽr Online - http://www2.uol.com.br/millor/
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php