PROTESTO CONTRA A VIOLĂNCIA
28/05/2007 -
PENSE!
PROTESTO CONTRA A VIOLĂNCIA
A ONG Rio de Paz pendurou em 30/05 (Ășltima quarta-feira), 15 mil lenços brancos em varais na Esplanada dos MinistĂ©rios, em BrasĂlia; o nĂșmero Ă© o de brasileiros assassinados neste ano. Veja a foto!
Fonte: Folha de S.Paulo - 31/05/2007.
PALAVRA DA SEMANA: UMBIGO
No tempo de Apolo, na cidade de Delfos, na GrĂ©cia Antiga, havia uma pedra sagrada. Para os gregos, essa pedra era, exatamente, o centro do Universo. Seu nome era omphalos, que em latim virou umbilicus. DaĂ veio a expressĂŁo "contemplar o prĂłprio umbigo", atitude tĂpica dos que acreditam que o resto do mundo deve girar em torno deles.
Max Gheringer - Fonte: Ăpoca - nĂșmero 471.
ACREDITAR
Acredite na sua pessoa!
Saiba que vocĂȘ Ă© um Ser Especial, Ă© uma criação exclusiva de uma Força Maior.
VocĂȘ Ă© Ănico, Precioso, tendo um papel a desempenhar que ninguĂ©m poderĂĄ executar alĂ©m de VocĂȘ!
Portanto, não esmoreça, nem desanime!
Abraços e boa semana.
Luciana Silva
NOVO TERMĂMETRO DA EDUCAĂĂO
Tipicamente, a ciĂȘncia gera os avanços que se transformam em tecnologia. Mas hĂĄ o caminho inverso, pois avanços tecnolĂłgicos podem permitir saltos na ciĂȘncia. Com a tecnologia do microscĂłpio, os micrĂłbios passaram de conjectura a entes reais. O telescĂłpio revelou astros invisĂveis a olho nu. Na economia, o conceito de PIB engendrou novas anĂĄlises. Mais adiante, veio o IDH, revelando o outro lado do desenvolvimento. Na educação, o Brasil acaba de ganhar um novo termĂŽmetro: o Ideb. Trata-se de um Ăndice de excelĂȘncia da educação, que permite novas anĂĄlises.
O Ideb Ă© um indicador engenhoso, que combina a velocidade de avanço dos alunos dentro da escola com o nĂvel de rendimento nos testes da Prova Brasil. Foi calculado para a 4ÂȘ e a 8ÂȘ sĂ©ries e para a Ășltima sĂ©rie do ensino mĂ©dio. Quanto menos repetĂȘncia, maior o Ăndice. Quanto mais altos os escores na Prova Brasil, maior o Ăndice. O Ideb premia municĂpios ou escolas cujos alunos aprendem mais e repetem menos. Portanto, se a escola aprovar quem nĂŁo sabe, para reduzir a repetĂȘncia, perderĂĄ nos escores de rendimento escolar. A que peneirar os melhores, com o objetivo de gerar escores superiores, terĂĄ mais repetĂȘncia, puxando para baixo o Ăndice.
Sem revirar tudo de pernas para o ar, o Ideb mostra algumas novidades. Consolida-se a liderança do Centro-Sul, premiando a continuidade das suas polĂticas educativas. Do Rio Grande atĂ© Minas Gerais, os resultados sĂŁo sempre superiores. A surpresa Ă© que nesse time acaba de entrar o EspĂrito Santo e sair o Rio de Janeiro. Depois de liderar por mais de dois sĂ©culos, o Rio afundou para o meio da distribuição, equiparando-se com o Acre, Sergipe e outros estados pobres. SĂŁo Paulo Ă© reabilitado pelo Ideb, aparecendo em 1Âș, 1Âș e 4Âș (na 4ÂȘ, 8ÂȘ e 11ÂȘ sĂ©ries). PerdĂŁo para a sua tĂŁo vilipendiada polĂtica de promoção automĂĄtica? Apesar de quinze estados terem maiores gastos per capita, a educação de Minas estĂĄ entre as melhores. Ou seja, gastar bem vale mais do que gastar muito.
VĂnhamos observando os avanços do Centro-Oeste. De fato, estĂĄ bufando no cangote do Centro-Sul, apesar de sua recentĂssima colonização. A grande surpresa sĂŁo os novos estados e ex-territĂłrios, sempre subestimados. Rapidamente subiram, mesclando-se com o Centro-Oeste. Com dezoito anos de idade, o Tocantins desponta em 6Âș lugar (na 8ÂȘ sĂ©rie), mostrando que Ă© possĂvel criar um sistema educativo adequado em tempo recorde. Bela lição. Querendo, educação melhor nĂŁo Ă© apenas para os netos.
Em contraste, os velhos Norte e Nordeste permanecem firmes na rabeira. Foram ultrapassados atĂ© pelos ex-territĂłrios. No ensino mĂ©dio, raspando na trave, escapam o CearĂĄ e Sergipe. Alagoas e Amazonas carregam a lanterninha. E que surpresa ver Acre, AmapĂĄ e Roraima se descolarem do Norte e Nordeste. A maior vergonha Ă© o Distrito Federal. Na 4ÂȘ sĂ©rie, vai bem (2Âș lugar). Mas, nos nĂveis seguintes, cai para 13Âș e 9Âș. Com custo por aluno de quatro vezes a mĂ©dia nacional, Ă© inaceitĂĄvel que a politicagem de BrasĂlia tenha provocado tĂŁo lamentĂĄveis conseqĂŒĂȘncias.
Nos municĂpios, o que mais chama atenção Ă© ver a qualidade fugir das capitais. De fato, poucas estĂŁo acima da mĂ©dia nacional. Curitiba Ă© a melhor capital. Contudo, hĂĄ mais de 400 municĂpios com educação melhor. Recentemente, ouvi depoimentos de diretoras de escolas da periferia de uma grande capital. A conflagração urbana domina a agenda. Discorreram sobre todas as desgraceiras e falaram de tudo, menos de educação. Se educação de qualidade nĂŁo estĂĄ na agenda delas, como poderĂamos querer que se materializasse? Nem por milagre.
As grandes estrelas sĂŁo municĂpios pouco conhecidos. Quem ouviu falar de Trajano de Morais? Pois, pasmem, tem o melhor ensino fundamental do Brasil. Mas o quarto pior (PiraĂ) estĂĄ tambĂ©m no estado do Rio. Barra do ChapĂ©u, a melhor 4ÂȘ sĂ©rie do paĂs, estĂĄ no Vale do Ribeira, uma regiĂŁo pobre do estado de SĂŁo Paulo. Ou seja, para ultrapassar o desempenho das capitais nĂŁo Ă© necessĂĄrio mais do que prefeitos dedicados e o feijĂŁo-com-arroz bem-feito. Se o ensino de qualidade fosse tĂŁo caro, como poderia ocorrer em municĂpios pobres?
ClĂĄudio de Moura Castro.
Fonte: Veja - edição 2010.
Clique aqui e envie sua mensagem para pensarmos juntos: http://www.faculdademental.com.br/fale.php