ESCLARECENDO O VOTO NULO!
04/06/2006 -
FAZENDO DIREITO
Ao jornal Faculdade Mental :
Prezados alunos,
Em relação ao artigo divulgado a respeito da impossibilidade do voto nulo anular, faço a seguinte correção:
Assim dispÔe o art. 224 do Código Eleitoral:
O artigo do Código Eleitoral que fala expressamente da possibilidade do voto nulo anular o pleito eleitoral. DispÔe o artigo 224 do Código Eleitoral:
Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do PaĂs nas eleiçÔes presidenciais, do Estado nas eleiçÔes federais e estaduais, ou do MunicĂpio nas eleiçÔes municipais, julgar-se-ĂŁo prejudicadas as demais votaçÔes, e o Tribunal marcarĂĄ dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.
§ 1Âș Se o Tribunal Regional, na ĂĄrea de sua competĂȘncia, deixar de cumprir o disposto neste artigo, o Procurador Regional levarĂĄ o fato ao conhecimento do Procurador-Geral, que providenciarĂĄ junto ao Tribunal Superior para que seja marcada imediatamente nova eleição.
§ 2Âș Ocorrendo qualquer dos casos previstos neste CapĂtulo, o MinistĂ©rio PĂșblico promoverĂĄ, imediatamente, a punição dos culpados.
Basta simples leitura do caput do artigo acima para compreender que se mais da metade dos votos em eleição majoritåria forem nulos, aquele pleito restarå prejudicado, sendo necessåria à convocação de novas eleiçÔes.
Acredito que independentemente das posiçÔes pessoais, devemos zelar pela divulgação correta das informaçÔes, sob pena de se estar distorcendo o entendimento das pessoas. Informação errÎnea é mais prejudicial do que a própria falta de informação!
Um grande abraço,
Profa. Andréa DŽAssunção Ferreira
Técnicas de redação:
Os grandes escritores possuem tal convĂvio e domĂnio da linguagem escrita como maneira de manifestação que nĂŁo se preocupam mais em determinar as partes do texto que estĂŁo produzindo. A lĂłgica da estruturação do texto vai determinando, simultaneamente, a distribuição das partes do texto, que deve conter começo, meio e fim.
O aluno, todavia, nĂŁo possui muito domĂnio das palavras ou oraçÔes; portanto, torna-se fundamental um cuidado especial para compor a redação em partes fundamentais. Alguns professores costumam determinar em seus manuais de redação outra nomenclatura para as trĂȘs partes vitais de um texto escrito. Ao invĂ©s de começo, meio e fim, elas recebem os nomes de introdução, desenvolvimento e conclusĂŁo ou, ainda, inĂcio, desenvolvimento e fecho. Todos esses nomes referem-se aos mesmos elementos. Parece-nos que irrelevante o nome que cada pessoa atribui. O importante Ă© que as pessoas saibam que elas devem existir em sua redação.
Vejamos, sucintamente, cada uma delas.
A. INTRODUĂĂO (inĂcio, começo)
Podemos começar uma redação fazendo uma afirmação, uma declaração, uma descrição, uma pergunta, e de muitas outras maneiras. O que se deve guardar é que uma introdução serve para lançar o assunto, delimitar o assunto, chamar a atenção do leitor para o assunto que vamos desenvolver.
Uma introdução não deve ser muito longa para não desmotivar o leitor. Se a redação dever ter trinta linhas, aconselha-se a que o aluno use de quatro a seis para a parte introdutória.
DEFEITOS A EVITAR
I. Iniciar uma idéia geral, mas que não se relaciona com a segunda parte da redação.
II. Iniciar com digressĂ”es (o inĂcio dever ser curto).
III. Iniciar com as mesmas palavras do tĂtulo.
IV. Iniciar aproveitando o tĂtulo, com se este fosse um elemento d primeira frase.
V. Iniciar com chavÔes
Exemplos:
- Desde os primĂłrdios da AntigĂŒidade...
- NĂŁo Ă© fĂĄcil a respeito de...
- Bem, eu acho que...
- Um dos problemas mais discutidos na atualidade...
B. DESENVOLVIMENTO (meio, corpo)
A parte substancial e decisĂłria de uma redação Ă© o seu desenvolvimento. Ă nela que o aluno tem a oportunidade de colocar um conteĂșdo razoĂĄvel, lĂłgico. Se o desenvolvimento da redação Ă© sua parte mais importante, deverĂĄ ocupar o maior nĂșmero de linhas. Supondo-se uma redação de trinta linhas, a redação deverĂĄ destinar de catorze (14) a dezoito (18) linhas para o corpo ou desenvolvimento da mesma.
DEFEITOS A EVITAR
I. Pormenores, divagaçÔes, repetiçÔes, exemplos excessivos de tal sorte a não sobrar espaço para a conclusão.
C. CONCLUSĂO (fecho, final)
Assim como a introdução, o fim deverå ocupar uma pequena parte do texto. Se a redação estå planejada para trinta linhas, a parte da conclusão deve ter quatro a seis linhas.
Na conclusão, nossas idéias propÔem uma solução. O ponto de vista do escritor, apesar de ter aparecido nas outras partes, adquire maior destaque na conclusão.
Se alguém introduz um assunto, desenvolve-o brilhantemente, mas não coloca uma conclusão: o leitor sentir-se-å perdido, estupefato.
DEFEITOS A EVITAR
I. NĂŁo finalizar (Ă© o principal defeito)
II. Avisar que vai concluir, utilizando expressÔes como "Em resumo" ou "Concluindo"
Colaboração ( Zé Geraldo )