FALANDO EM LAPTOP
08/04/2010 -
FALOU NO FM? TĂ FALADO!
UM VETO AO LAPTOP
English:
http://online.wsj.com/article/SB124950421033208823.html
Viu a placa aĂ em cima? Ela significa: "NĂŁo plugue o seu laptop". Mensagens como essas tĂȘm aparecido em cafĂ©s dos EUA depois da recente crise que abalouo o paĂs. Cansados de clientes que compram sĂł um cafezinho e passam horas ocupando uma mesa, os donos dos cafĂ©s resolveram apelar: estĂŁo pedindo que os internautas deixem o espaço para quem realmente vai fazer uma refeição (e, claro, dar mais lucro ao estabelecimento).
TendĂȘncias - Fonte: Super Interessante - Edição 277 - Abril 2010.
Mais detalhes:
http://online.wsj.com/article/SB124950421033208823.html
MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
"Para vocĂȘ que tem filhos pequenos, jĂĄ os teve ou os terĂĄ um dia..." FM: Confira a piada "Dedinhos" no cantinho do humor.
ORIGEM DA EXPRESSĂO: BOI NA LINHA
Quando as primeiras estradas de ferro começaram a ser construĂdas, nĂŁo havia cercas que isolassem as linhas. Alguns bois, que aparentemente nĂŁo tinham medo dos trens, deitavam-se tranquilamente sobre os trilhos. Era um problemĂŁo para os maquinistas, que precisavam frear bruscamente, causando desconforto aos passageiros. Desde entĂŁo a expressĂŁo Ă© usada para indicar uma dificuldade inesperada. Houve um problema: "tem boi na linha", se diz.
Fonte: Brasil - Almanaque de Cultura Popular - NĂșmero 131.
BRASILEIRO ASSUME HQ DO SUPERMAN
Para quem nĂŁo acompanha o mercado de HQs, a recente notĂcia de que Eddy Barrows Ă© o novo desenhista de "Superman" (DC Comics) nĂŁo se relaciona de imediato com o Brasil.
Mas, apesar do que o nome possa sugerir, o artista nasceu em BelĂ©m do ParĂĄ e cresceu em Belo Horizonte. SĂł arranha o inglĂȘs. A aparente coincidĂȘncia entre o nome e o mercado norte-americano Ă©, na verdade, fruto de um mal-entendido.
"Em 1999, eu enviava desenhos por fax aos EUA", conta o quadrinista. "A parte de cima da pĂĄgina, onde estava meu nome, sempre saĂa cortada, e o agente pensava que era Eddy Barrows".
Era Eduardo Barros. Mas o artista só percebeu o engano meses depois, quando não havia mais volta. "Eu teria de começar tudo de novo!", afirma.
Hoje, o quadrinhista de 35 anos - que abandonou o fax como meio de transmissão de trabalhos - estå em alta no mercado norte-americano. Ao assumir um personagem de peso como esse, ilustrando roteiros de J.M. Straczynski (ex-queridinho da Marvel), Barrows traçou seu nome no hall da fama das HQs de super-heróis.
A trajetória de Barrows lembra a do também brasileiro Ivan Reis - responsåvel por "Blackest Night", importante saga do Lanterna Verde. Ambos desenham com contrato de exclusividade para a DC.
Tanto para Barrows quanto para Reis, no meio do caminho para o sucesso nos EUA havia Joe Prado, agente que faz a ponte entre os artistas daqui e as editoras de lĂĄ por meio da agĂȘncia brasileira Art Comics.
Mas, anos antes de entrar para o primeiro escalão da DC, Barrows havia desistido da carreira em 2000. "Não estava satisfeito com meu traço, eu era ruim em cenårios e em anatomia feminina", explica.
Foi tentar a vida como jornalista na capital mineira e aprendeu "a entregar coisas para ontem". Em 2003, quando achou que estava pronto para voltar ao mercado, assinou contrato com a Image Comics (de Spawn e Whichblade) e desenhou gibis de "G.I. Joe".
No ano seguinte, paquerou a Marvel e a DC e ficou com a Ășltima. Barrows Ă© autor de um traço detalhista e proporcional na anatomia humana. Seus cenĂĄrios, marcados por formas geomĂ©tricas regulares, impressionam pelo perfeccionismo. Ele estreia em "Superman'' na edição 700, que deve sair em breve nos EUA. A editora Panini, que publica os quadrinhos da DC no Brasil, nĂŁo tem previsĂŁo de quando o trabalho de Barrows estreia por aqui na edição mensal do Superman.
Outros brasileiros no exterior Os talentos brasileiros nos quadrinhos sĂŁo comuns no mercado norte-americano, tanto comercial quanto independente.
- Os gĂȘmeos Gabriel BĂĄ e FĂĄbio Moon atualmente escrevem e desenham uma sĂ©rie para a linha Vertigo, da DC Comics, ainda inĂ©dita por aqui;
- Rafael Grampå, autor da premiada edição especial "Mesmo Delivery", publicou nos EUA "5" (junto com Moon e Bå) e sua própria HQ brasileira, que ganhou edição pela Dark Horse;
- Rafael Albuquerque estĂĄ desenhando "American Vampire" para a DC.
Magazine - Fonte: O Tempo - 05/04/10.
DE CAZEMIRO @EDU PARA DEMĂSTENES.TORRES @GOV
Ilustre Senador DemĂłstenes Torres,
Quem lhe escreve Ă© Cazemiro, um NagĂŽ atrevido. Faço-o porque li que o senhor, um senador, doutor em leis, sustenta que a escravidĂŁo brasileira foi uma instituição africana. Referindo-se aos 4 milhĂ”es de negros trazidos para o Brasil, vosmicĂȘ disse o seguinte: "Lamentavelmente, nĂŁo deveriam ter chegado aqui na condição de escravos, mas chegaram..."
Vou lhe contar o meu caso. Eu cheguei ao Rio de Janeiro em julho de 1821 a bordo da escuna EmĂlia, junto com outros 354 africanos. O barco era portuguĂȘs e o capitĂŁo, tambĂ©m. Fingia levar fumo para o Congo, mas foi buscar negros na NigĂ©ria e, na volta, acabou capturado pela Marinha inglesa. Desde 1815, um tratado assinado por Portugal e GrĂŁ Bretanha proibia o trĂĄfico de escravos pela linha do Equador.
Quando a EmĂlia atracou no Rio, fomos identificados pelas marcas dos ferros. A minha, no peito, parecia um arabesco. Viramos "africanos livres". Livres? NĂŁo, o negro confiscado a um traficante era privatizado e concedido a um senhor, a quem deveria servir por 14 anos. O FĂ©lix Africano, resgatado em 1835, penou 27 anos. Doutor DemĂłstenes, essa lei era brasileira.
A turma da EmĂlia trabalhou na iluminação das ruas e no Passeio PĂșblico. Algumas mulheres tornaram-se criadas. A gente se virou, senador. Havia senhores que compravam negros mortos, trocavam nossas identidades e nĂŁo nos liberavam. As marcas a ferro nos ajudaram.
Alguns de nĂłs conseguiram juntar dinheiro. Como estĂĄvamos sob a supervisĂŁo dos juĂzes ingleses, em 1836 compramos lugar num barco. Dos 354 que chegaram, talvez 60 retornaram Ă Ăfrica.
Como doutor em leis, vosmicĂȘ sabe que o Brasil se comprometeu a acabar com todo o trĂĄfico em 1830. Entre 1831 e 1856 chegaram 760 mil negros, os confiscados devem ter sido 11 mil, ou 1,5%. Aquela propriedade da Marinha, na Marambaia, onde Ă s vezes o presidente brasileiro descansa, era um viveiro de escravos contrabandeados. NĂŁo apenas a escravidĂŁo do ImpĂ©rio era uma instituição brasileira, como assentava-se no ilĂcito, no contrabando.
Outro dia eu encontrei o Mahommah Baquaqua, mais conhecido nos Estados Unidos do que no Brasil. Ele foi capturado no Benin, lå por 1840, vendido a um padeiro em Pernambuco e revendido no Rio ao capitão do navio "Lembrança".
Em 1847, o barco fez uma viagem ao porto de Nova York e lĂĄ o Baquaqua fugiu. Teve a proteção dos abolicionistas, razoĂĄvel cobertura jornalĂstica, estudou e escreveu um livro contando sua histĂłria (inĂ©dito em portuguĂȘs, imagine). Fazia tempo que eu queria perguntar ao Baquaqua por que, em suas memĂłrias, nĂŁo contou que, de acordo com as leis brasileiras, o seu cativeiro era ilegal. Ele diz que esqueceu, mas que, se tivesse lembrado, nĂŁo faria a menor diferença.
Senador DemĂłstenes, a escravidĂŁo foi brasileira, assim como Ă© brasileira uma certa dificuldade para lidar com os negros livres. Eu que o diga.
Axé, Cazemiro
P.S.: HĂĄ uma referĂȘncia ao caso da EmĂlia no artigo "A proibição do trĂĄfico atlĂąntico e a manutenção da escravidĂŁo", da professora Beatriz Gallotti Mamigonian, publicado recentemente na coletĂąnea de ensaios "O Brasil Imperial". Que XangĂŽ apresse a publicação de seu livro sobre os "africanos livres" no Brasil.
Elio Gaspari (http://www.submarino.com.br/portal/Artista/80141/+elio+gaspari) - Fonte: Folha de S.Paulo - 07/04/10.
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