CONGRESSO NAS NUVENS...
10/09/2007 -
MARILENE CAROLINA
ARCO-ÍRIS DOS CÉUS!!!
Vento e água do sistema de irrigação do gramado que fica em frente ao Congresso Nacional provocam um arco-íris.
Fonte: Folha Online - 13/09/07.
UM POUCO DE CULTURA - ANOS 1600/1700
Ao se visitar o Palácio de Versailles, em Paris, observa-se que o suntuoso Palácio não tem banheiros. Na Idade Média, não existiam escovas de dente, perfumes, desodorantes, muito menos papel higiênico. As excrescências humanas eram despejadas pelas janelas.
Em dia de festa a cozinha do palácio conseguia preparar banquete para l.500 pessoas sem a mínima condição de higiene. Vemos nos filmes as pessoas sendo abanadas. A explicação não está no calor, mas no mau cheiro que exalavam por debaixo das saias que eram feitas propositalmente para conter os odores das partes íntimas já que não havia adequada higiene.
Também não havia o costume de se tomar banho devido ao frio e à quase inexistência de água encanada. O mau cheiro era dissipado pelo uso do abanador.
Só os nobres tinham lacaios para abaná-los, para dissipar o mau cheiro que o corpo e boca exalavam, além de também espantar os insetos.
Quem já visitou Versalies admirou muito os jardins enormes e belos que, na época, não eram simplesmente contemplados, mas "usados" como vaso sanitário nas famosas baladas promovidas pela monarquia, porque lá também não havia banheiros.
Na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria nos meses de junho (para eles o início do verão). A razão é simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio; assim, em junho, o cheiro das pessoas era ainda tolerável. Entretanto, como os Odores já começavam, a incomodar, as noivas carregavam buquês, junto ao corpo, para disfarçar o mau cheiro. Daí termos Maio como o mês das Noivas, e a explicação da origem dos buquês de noiva.
Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente, e o chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres também por idade, e por fim, as crianças. Os bebês eram os últimos a tomarem banho. Quando chegava a vez deles, a água já estava tão suja que era possível “perder” um bebê lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês ”don´t throw the baby out with the bath water”, literalmente “Não jogue o bebê fora junto com a água do banho”, que hoje usamos para os mais apressadinhos.
Os telhados das casas não tinham forro e as vigas de madeira que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais – cães, gatos, ratos e besouros se aquecerem. Quando chovia, as goteiras forçavam os animais pularem para o chão assim a nossa expressão “está chovendo canivete” tem o equivalente em inglês “it´s raining cats and dogs” (está chovendo gatos e cachorros).
Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de alimentos oxidavam o material, fazendo com que muita gente morresse envenenada. Lembremo-nos de que os hábitos higiênicos, da época, eram péssimos. Os tomates, sendo ácidos, foram alimentos considerados, durante muito tempo venenosos.
Copos de estanho eram usados para cerveja ou uísque. Essa combinação, às vezes, deixava o indivíduo “no chão” (numa espécie de narcolepsia induzida pela mistura da bebida alcoólica com oxido de estanho). Alguém poderia pensar que ele estivesse morto, portanto recolhia o corpo e preparava o enterro. O corpo era então colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo e bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí surgiu o velório, que é a vigília junto ao caixão.
A Inglaterra país de território pequeno, é onde nem sempre havia espaço para se enterrarem todos os mortos. Então os caixões eram abertos, retirados os ossos, colocados em ossários, e o túmulo usado para outro cadáver. As vezes, ao abrirem os caixões, percebia-se que havia arranhões nas tampas, pelo lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade havia sido enterrado vivo. Assim surgiu a idéia de ao se fechar os caixões, amarrar uma tira de pano no pulso do defunto, passá-la por um buraco feito no caixão e amarrá-la a um sino. Após o enterro alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante alguns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento de seu braço faria o sino tocar e ele seria “saved by de bell”, ou literalmente “salvo pelo gongo”, expressão que utilizamos até os dias de hoje.
(Colaboração: A.M.B.)
BIENAL DO LIVRO
"Os escritores e intelectuais não devem permitir que se apague essa história de pobreza e analfabetismo; é só assumindo o país, sem histerias e demagogias, que é possível acabar com esse horror"
LYGIA FAGUNDES TELLES - escritora - Fonte: Folha de S.Paulo - 10/09/07.
A XIII Bienal Internacional do Rio de Janeiro deste ano presta tributo aos países das Américas e dará privilégio à presença de latinos e americanos. Os escritores escolhidos para serem homenageados nesta edição são Gabriel García Márquez e Ariano Suassuna. Este participará da programação cultural, que trará outros escritores para um tête-à-tête com os leitores.
A Bienal terá um número recorde de autores - serão 290 - e expositores - somam 950. Entre os 20 estrangeiros que vêm participar dos encontros, há dois grandes destaques. Um é o australiano Marcos Zusak, autor de A Menina que Roubava Livros, que está há um ano na lista de mais vendidos do jornal americano The New York Times e figura entre os primeiros no ranking do Brasil, onde já vendeu mais de 150 mil exemplares. Outro é o afegão Shah Muhammad Rais, maior editor do país, que inspirou o best-seller O Livreiro de Cabul, da jornalista norueguesa Asne Seierstad. Rais entrou com um processo contra a autora e escreveu seu próprio livro, intitulado Eu Sou o Livreiro de Cabul, em que conta sua versão dos fatos.
São novidades na feira dois espaços: o Botequim Filosófico, com debates em clima de mesa de bar, e a Esquina do Leitor, em que o público poderá dar sua opinião nos debates, através de votação eletrônica. Mantêm-se firmes os já tradicionais Café Literário, com grandes nomes da literatura, a Arena Jovem e o Jirau de Poesia.
Segundo Rosa Maria Araújo, responsável pela programação, a expectativa é que todas essas atrações tragam 28 mil os visitantes, pelo menos 5 mil a mais que que dois anos atrás. O público total estimado para o evento é de 600 mil pessoas.
“As pessoas gostam de ver seu escritor falar de uma maneira lúdica, como num talk-show”, afirma Rosa. Os novos modelos de discussão, com votação, foram inspirados nos usados pelas livrarias de Londres. “Parto do princípio que opinião se discute, sim”. Os temas debatidos vão de aborto a patrocínio para a literatura.
Para Paulo Rocco, presidente do Sindicato Nacional dos Escritores Livreiros (SNEL), entidade que organiza a Bienal, considera que, ainda que haja algumas iniciativas para popularizar o acesso aos livros - a Editora Record, por exemplo, vai lançar um selo de Bolso, com livros abaixo de R$ 20 -, ele ainda é um bem elitizado no país. “A maior vocação da Bienal é popularizar a literatura. Queremos criar uma base de leitores, fazer um programa familiar, de lazer, não aquela coisa sisuda e carrancuda de literatura”, diz.
A expectativa é que os saraus de poesia e os eventos com escritores como Lygia Fagundes Teles, Zuenir Ventura, João Ubaldo Ribeiro e Luis Fernando Verissimo juntem as multidões com novos amigos da leitura.
Serviço:
XIII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro
Data: 13 a 23 de setembro de 2007
Local: Riocentro Avenida Salvador Allende, nº 6.555 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 para estudantes.
Idosos e menores de 1,20 m não pagam.
Para mais informações, acesse: http://www.bienaldolivro.com.br
13 de setembro - quinta-feira - de 12h a 22h
14 de setembro - sexta-feira - de 09h a 23h
15 de setembro - sábado - de 10h a 23h
16 de setembro - domingo - de 10h a 22h
17 de setembro - segunda-feira - de 09h a 22h
18 de setembro - terça-feira - de 09h a 22h
19 de setembro - quarta-feira - de 09h a 22h
20 de setembro - quinta-feira - de 09h a 22h
21 de setembro - sexta-feira - de 09h a 23h
22 de setembro - sábado - de 10h a 23h
23 de setembro - domingo - de 10h a 22h
Fonte: Época - Número 486.
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