PENSANDO NOS INCAS
19/05/2011 -
PENSE!
NO TOPO DO MUNDO
English:
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Video:
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Da obscuridade aos pináculos do poder, uma sucessão de soberanos andinos conquistou reinos, esculpiu montanhas e forjou um poderoso império.
Leia reportagem completa:
http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/edicao-134/povo-inca-625705.shtml.
Por Heather Pringle - Fonte: National Geographic - Edição 134.
Mais detalhes:
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Mapa interativo:
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VÃdeo:
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FRONTEIRAS DO PENSAMENTO
A edição 2011 do seminário internacional, com oito conferências entre maio e dezembro, em São Paulo e Porto Alegre, será aberta no dia 25 pelo crÃtico americano Fredric Jameson, na Sala São Paulo. Entre os convidados, estão o filósofo Alain de Botton, o sociólogo Zygmunt Bauman e o escritor Orhan Pamuk. Os passaportes, que dão acesso ao conjunto de conferências (como a assinatura de uma temporada musical), estão à venda no site http://fronteirasdopensamento.com.br/.
Fonte: Folha de S.Paulo - 15/05/11.
DE QUEM É O 'ORGULHO VERDE'?
Está no ar um site intitulado "Orgulho Verde". Radical defensor do meio ambiente, não identifica seus responsáveis e está hospedado num provedor americano. É tão radical que dá o que pensar.
Diz o seguinte sobre a Amazônia: "Se internacionalizássemos toda a região e criássemos uma espécie de Conselho Internacional composto por instituições ambientais mundiais e presidido por ONGs como a World Wildlife Fund e o Greenpeace, que são referência em preservação ambiental e têm competência o bastante para cuidar disso, certamente reverterÃamos este quadro".
É direito de todos dizer o que bem entendem, mas convém identificar-se. O Greenpeace esclarece: "Não temos nada a ver com esse "Orgulho Verde" e muito menos com a tese de internacionalização da Amazônia".
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 15/05/11.
O site: http://orgulhoverde.com/
Greenpeace: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/
TODOS ESCAPARAM...
Em algum lugar deste Brasil, um prédio de 4 andares foi totalmente destruÃdo pelo fogo; um incêndio terrÃvel.
Todas as pessoas das 10 famÃlias de Sem-teto, que haviam invadido o 1º andar, faleceram no incêndio.
No 2º andar, todos os componentes das 12 famÃlias de retirantes, que viviam dos proventos da "Bolsa FamÃlia", também não escaparam.
O 3º andar era ocupado por 4 famÃlias de ex-guerrilheiros, todos beneficiários de ações bem sucedidas contra o Governo, filiados a um ParTido politico influente, com altos cargos em estatais e empresas governamentais, que também faleceram.
No 4º andar viviam engenheiros, médicos, advogados, professores, empresários, bancários, vendedores, comerciantes e trabalhadores com suas famÃlias. Todos escaparam.
Imediatamente o "Presidente da Nação" e toda a sua assessoria mandou instalar um inquérito para que o "Chefe do Corpo de Bombeiros" explicasse a morte dos "cumpanheiros" e por que somente os moradores do 4º andar haviam escapado.
O Chefe dos Bombeiros respondeu:
-"Eles não estavam em casa. Estavam trabalhando."."."
Fonte: Sônia Marli Borges. (Colaboração: A.M.B.)
PERFECCIONISMO E CULPA - Antônio Roberto Soares
Por detrás de nossas tristezas e frustrações, de nossas insatisfações na vida, de nossos tédios e angústias, está um sentimento, o mais arraigado em nosso comportamento e responsável por grandes sofrimentos psicológicos, que é o sentimento de culpa. O sentimento de culpa é o apego ao passado, é uma tristeza por alguém não ter sido como deveria ter sido, é uma tristeza por ter cometido algum erro que não deveria ter cometido. O núcleo do sentimento de culpa são estas palavras: "Não deveria...". A culpa é a frustração pela distância entre o que nós fomos e a imagem de como nós deverÃamos ter sido. Nela consiste a base para a auto-tortura. Na culpa, dividimo-nos em duas pessoas: uma real, má, errada, ruim, e uma ideal, boa, certa e que tortura a outra. Dentro de nós processa-se um julgamento em que o Eu ideal, imaginário, é o juiz e o Eu real, concreto, humano, é o réu. O Eu ideal sempre faz exigências impossÃveis e perfeccionistas. Assim, quando estamos atormentados pelo perfeccionismo, estamos absolutamente sem saÃda. Como o pensamento nos exige algo impossÃvel, nunca o nosso Eu real poderá atendê-lo. Este é um ponto fundamental.
Muitas pessoas dedicam a sua vida a tentar realizar a concepção do que elas devem ser, em vez de se realizarem a si mesmas. A diferença entre auto-realização e realização da imagem de como deverÃamos ser é muito mais importante. A maioria das pessoas vive apenas em função da sua imagem ideal e este é um instrumento fenomenal para se fazer o jogo preferido do neurótico: a auto-tortura, o auto aborrecimento, o auto-castigo, a autopunição, a culpa.
Quanto maior for a expectativa a nosso respeito, quanto maior for o modelo perfeccionista de como deve ser a nossa vida, maior será o nosso sentimento de culpa. A culpa é a tristeza por não sermos perfeitos, é a tristeza por não sermos Deus, por não sermos infalÃveis; é um profundo sentimento de orgulho e onipotência; é uma incapacidade de lidar com o erro, com a imperfeição; é um desejo frustrado; é o contato direto com a realidade humana, em contraste com as suas intenções perfeccionistas, com os seus pensamentos megalomanÃacos a respeito de si mesmo. E o mais grave é que aprendemos o sentimento de culpa como virtude!
A culpa sempre se esconde atrás da máscara do auto-aperfeiçoamento como garantia de mudança e nunca dá certo. Os erros dos quais nos culpamos são aqueles que menos corrigimos. A lista de nossos "pecados" no confessionário é sempre a mesma. A culpa, longe de nos proporcionar incentivo ao crescimento, faz-nos gastar as energias numa lamentação interior por aquilo que já ocorreu, ao invés de as gastarmos em novas coisas, novas ações e novos comportamentos. Por isto mesmo, em todas as linhas terapêuticas, este é um sentimento considerado doentio. Não existe nenhuma linha de tratamento psicológico que não esteja interessado em tirar dos seus pacientes o sentimento de culpa. A culpa é um auto-desprezo, um auto-desrespeito pela natureza humana, por seus limites e pela sua fragilidade. A culpa é uma vingança de nós mesmos por não termos atendido a expectativa de alguém a nosso respeito, seja esta expectativa clara e explÃcita, ou seja uma expectativa interiorizada no decorrer da nossa vida. Por isto é que se diz que, ao nos sentirmos culpados, estamos alienados de nós mesmos, e a nossa recriminação interna não é, nem mais nem menos, do que vozes recriminatórias dos nossos pais, nossas mães, nossos mestres ou outras pessoas que ainda residem dentro de nós.
Mas aquilo que nos leva a esse sentimento de culpa, aquilo que alimenta esta nossa doença auto-destrutiva, são algumas crenças falsas. Trabalhar o sentimento de culpa é, primordialmente, descobrir as convicções falsas que existem em nós, aquelas verdades em que cremos e que são errôneas, e nos levam a este sentimento. A primeira delas é a crença na possibilidade da perfeição. Quem acredita que é possÃvel ser perfeito, quem acha que está no mundo para ser perfeito, quem acha que deve procurar na sua vida a perfeição, viverá necessariamente atormentado pelo sentimento de culpa. A expectativa perfeccionista da vida é um produto da nossa fantasia, é um conceito alienado de que é possÃvel não errar, que é possÃvel viver sem cometer erros. Quanto maior for a discrepância entre a realidade objetiva e as nossas fantasias, entre aquilo que podemos nos tornar através do nosso verdadeiro potencial e os conceitos idealistas impostos, tanto maior será o nosso esforço na vida e maior a nossa frustração. Respondendo a esta crença opressora da perfeição, atuamos num papel que não tem fundamento real nas nossas necessidades. Nos tornamos falsos, evitamos encarar de frente as nossas limitações e desempenhamos papéis sem base na nossa capacidade. ConstruÃmos um inimigo dentro de nós, que é o ideal imaginário de como deverÃamos ser e não de como realmente somos. Respondendo a um ideal de perfeição, nós desenvolvemos uma fachada falsa para manipular e impressionar os outros.
É muito comum, no relacionamento conjugal, marido e mulher não estarem amando um ao outro e, sim, amando a imagem de perfeição que cada um espera do outro. É claro que nenhum dos parceiros consegue corresponder a esta expectativa irreal e a frustração mútua de não encontrar a perfeição gera tensões e hostilidades, num jogo mútuo de culpa. Esta situação se aplica a todas as relações onde as pessoas acreditam que amar o outro é ser perfeito. Quando voltamos para nós exigências perfeccionistas, dividimo-nos neuroticamente para atender ao irreal. Embora as pessoas acreditem que errar é humano, elas simplesmente não acreditam que são humanas! Embora digam que a perfeição não existe, continuam a se torturar e a se punir e continuam a torturar e a punir os outros por não corresponderem a um ideal perfeccionista do qual não querem abrir mão.
Outra crença que nos leva à culpa, esta talvez mais sutil, mais encoberta e profunda, é acreditarmos que há uma relação necessária entre o erro e a culpa, é a vinculação automática entre erro e culpa. Quase todas as pessoas a quem temos perguntado de onde vêm os seus sentimentos de culpa, nos respondem taxativamente que vêm de seus erros. Acreditamos que a culpa é uma decorrência natural do erro, que não pode, de maneira alguma, haver erro sem haver culpa. Se acreditamos nisto, estamos num problema insolúvel.
Ou vamos passar a vida inteira tentando não errar para não sentirmos culpa - e isto é impossÃvel porque sempre haverá erros em nossa vida - ou então passaremos a vida inteira nos sentindo culpados porque sempre erramos. Essa vinculação causal entre erro e culpa é profundamente falsa. A culpa não decorre do erro, mas da maneira como nos colocamos diante do erro; vem do nosso conceito relativo ao erro, vem da nossa raiva por termos errado. Uma coisa é o erro, outra coisa é a culpa; erros são erros, culpa é culpa. São duas coisas distintas, separadas, e que nós unimos de má fé, a fim de não deixarmos saÃda para o nosso sentimento de culpa. O erro é o modo de se fazer algo diferente, fora de algum padrão.
O que é chamado erro é a saÃda fora de um modelo determinado, que pode ser errado hoje e não amanhã, pode ser errado num paÃs e não ser errado em outro. A culpa é um sentimento, vem de nós, vem da crença de que é errado errar, que não podemos errar, que devemos ser castigados pelas faltas cometidas; crença de que a cada erro deve corresponder necessariamente um castigo, de que a cada falta deve corresponder uma punição. Aliás, o sentimento de culpa é a punição que damos a nós mesmos pelo erro cometido. Não é possÃvel não errar, o erro é inerente à natureza humana, ele é necessário a nossa vida. Na perfeição humana está incluÃda a imperfeição. Só crescemos através do erro.
As pessoas confundem assumir o erro com sentir culpa. Assumir o erro é aceitar que erramos, é nos responsabilizarmos pelo que fizemos ou deixamos de fazer. Mas quando acreditamos que a culpa decorre do nosso erro, tentamos imputar a outros a responsabilidade dos nossos erros, numa tentativa infrutÃfera de acabar com a nossa culpa.
A propósito do erro, há um texto interessantÃssimo no livro "Buscando Ser o que Eu Sou", de Ilke Praha, que diz:
"O perfeccionismo é uma morte lenta. Se tudo se cumprisse à risca, como eu gostaria, exatamente como planejara, jamais experimentaria algo novo, minha vida seria um repetição infinda de sucessos já vividos. Quando cometo um erro vivo algo inesperado. Algumas vezes reajo ao cometer erros como se tivesse traÃdo a mim mesmo. O medo de cometer erros parece fundamentar-se na recôndita presunção de que sou potencialmente perfeito e de que, se for muito cuidadoso, não perderei o céu. Contudo, o erro é uma demonstração de como eu sou, é um solavanco no caminho que tracei, um lembrete de que não estou lidando com os fatos. Quando der ouvidos aos meus erros, ao invés de me lamentar por dentro, terei crescido". Este é o texto.
Algumas pessoas nos perguntam: "Mas como avançar em relação a este sentimento, como arrancar de mim este hábito de me deprimir com os erros cometidos?". Só existe uma saÃda para o sentimento de culpa. Façamos uma fantasia: imaginemos por um instante que estamos à morte e nossos sentimentos deste momento são de angústia, tristeza e frustração por todos os erros cometidos, por tudo o que deverÃamos ter feito e não fizemos; remorsos pelos nossos fracassos como pai, como mãe, como profissional, como esposo, como esposa, como religioso, como cidadão, mas, ao mesmo tempo, estamos com um profundo desejo de morrer em paz, de sair desse processo Ãntimo de angústia e morrer tranqüilos.
Qual a única palavra que, se pronunciada neste momento, sentida com todo coração, teria o poder de transformar a nossa dor em alegria, o nosso conflito em harmonia, a nossa tristeza em felicidade? Somente uma palavra teria essa magia. A palavra é: Perdão.
O Perdão é uma palavra perdida em nossa vida. O primeiro sentimento que se perde no caminho da loucura é o sentimento de perdão, o sentimento de auto-perdão. Se a culpa é a vergonha da queda, o auto-perdão é o elo entre a queda e o levantar de novo. O auto-perdão é o recomeço da brincadeira depois do tombo: "Eu me perdôo pelos erros cometidos, eu me perdôo por não ser perfeito, eu me perdôo pela minha natureza humana, eu me perdôo pelas minhas limitações, eu me perdôo por não ser onipotente, por não ser onipresente, por não ser onisciente, eu me perdôo por...". O perdão é sempre assim mesmo, é pessoal e intransferÃvel.
O perdão aos outros é apenas um modo de dizermos aos outros que já nos perdoamos. Perdoarmo-nos é restabelecer a nossa própria unidade, a nossa inteireza diante da vida, é unir outra vez o que a culpa dividiu, é uma aceitação integral daquilo que já aconteceu, daquilo que já passou, daquilo que já não tem jeito; é o encontro corajoso e amoroso com a realidade.
Somente aqueles que desenvolveram a capacidade de auto-perdão conseguem energia para uma vida psicológica sadia. A criança faz isto muito bem. O perdão é a própria aceitação da vida do jeito que ela é, nos altos e nos baixos. O auto-perdão é a capacidade de dizer adeus ao passado, é a aceitação de que o passado é uma fantasia, é apenas saber perder o que já está perdido. O auto-perdão é um sim à vida que nos rodeia agora, é uma adesão ao presente, à única coisa viva que possuÃmos, que são nossas possibilidades neste momento. Não podemos abraçar o presente, a vida, o passado e a morte ao mesmo tempo. O perdão é uma opção para a vida, o auto-perdão é a paciência diante da escuridão, é o vislumbre da aurora no final da noite. O auto-perdão é o sacudir da poeira, é a renovação da auto-estima e da alegria de viver, é o agradecimento por sabermos que mais importante do que termos cometido um erro é estarmos vivos, é estarmos presentes.
Para encerrar este tema, quero sugerir-lhes uma reflexão sobre este texto escrito por Frederick Pearls:
"Que isto fique para o homem! Tentar ser algo que não é, ter idéias que não são atingÃveis, ter a praga do perfeccionismo de forma a estar livre de crÃticas, é abrir a senda infinita da tortura mental. Amigo, não seja um perfeccionista. Perfeccionismo é uma maldição e uma prisão. Quanto mais você treme, mais erra o alvo. Amigo, não tenha medo de erros, erros não são pecados, erros são formas de fazer algo de maneira diferente, talvez criativamente nova. Amigo, não fique aborrecido por seus erros. Alegre-se por eles, você teve a coragem de dar algo de si".
(Colaboração: Carla)
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