CRIATIVIDADE NO MARKETING LXXV
11/06/2009 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES LXXV (DOVE ONSLAUGHT)
See the video:
http://campaignforrealbeauty.co.uk/
http://www.youtube.com/watch?v=321Kb8pBu5s&feature=related
"Converse com a sua filha antes que a indĂșstria da beleza o faça"
Ainda seguindo a linha do politicamente correto, a Dove lançou mais um vĂdeo, chamado "Onslaught", em que alerta suas consumidoras do perigo da influĂȘncia da "indĂșstria da beleza" e sempre batendo na tecla da valorização da verdadeira beleza feminina.
Posicionar bem a marca num mercado em que silicones, botox entre outros são o sonho de consumo de grande parte da população desde criancinha e ainda ser politicamente correto, onde o contrårio se mostra mais rentåvel, é a grande prova de fogo para a Dove.
Veja o vĂdeo:
http://campaignforrealbeauty.co.uk/
http://www.youtube.com/watch?v=321Kb8pBu5s&feature=related
(Colaboração: Marcilene)
A MARCA QUE NASCEU DE UMA ESTRADA
Como o grupo educacional Anhanguera conseguiu criar uma das 40 marcas mais valiosas do Brasil a partir de uma pequena rede de faculdades no interior de SĂŁo Paulo.
HĂĄ apenas seis anos, os professores universitĂĄrios Antonio Carbonari Netto, Maria Elisa Carbonari e JosĂ© Luis Poli eram os desconhecidos donos de uma desconhecida rede de faculdades espalhadas pelo interior de SĂŁo Paulo. Sob o comando do trio estavam 8 000 alunos, dispersos por uma regiĂŁo que ia de JundiaĂ a Pirassununga. Conforme novos alunos chegavam aos milhares, vindos principalmente da emergente classe C, ficou claro para Carbonari Netto e seus sĂłcios que aquele poderia ser um negĂłcio maior. E que, para crescer, ele precisaria de uma identidade Ășnica - uma marca. A escolha do nome que, mais tarde, batizaria a maior rede de universidades privadas do paĂs nĂŁo seguiu nenhum manual. A marca Anhanguera - uma palavra tupi-guarani, comprida, impronunciĂĄvel fora do Brasil e sem nenhum vĂnculo com o conceito de educação - foi adotada porque a maior parte das faculdades do grupo estava localizada prĂłxima Ă rodovia que corta o interior paulista.
Um fracasso do ponto de vista dos manuais de marketing. Um sucesso na vida real. Nesse curto perĂodo de seis anos, a Anhanguera tornou-se a 37a marca mais valiosa do paĂs, segundo um levantamento da consultoria Brand Analytics. Seu valor estimado Ă© 193 milhĂ”es de reais. "Os executivos da Anhanguera conseguiram construir uma boa imagem a partir de um modelo de negĂłcios rigorosamente focado na formação profissional de jovens das classes C e D", diz Eduardo Tomiya, sĂłcio da Brand Analytics e responsĂĄvel pela avaliação da marca. "Ă um caso raro no setor de educação no Brasil."
HĂĄ uma boa explicação para a inexistĂȘncia de muitas marcas fortes na educação superior privada: esse Ă© um setor que, por dĂ©cadas, ficou praticamente adormecido do ponto de vista dos negĂłcios. A formação de grandes redes profissionalizadas - algumas com açÔes negociadas em bolsa - Ă© um fenĂŽmeno dos Ășltimos anos e estĂĄ diretamente ligada ao surgimento de uma nova classe mĂ©dia e ao interesse de investidores no setor de educação. Antes de ser uma marca de prestĂgio, a Anhanguera se transformou num grande negĂłcio. Hoje, a rede tem 250 000 alunos de formação superior, distribuĂdos por 53 campi e 38 cidades de oito estados. (A segunda maior rede do paĂs Ă© a EstĂĄcio, no Rio de Janeiro, com 211 000 alunos, que agora começa a executar uma estratĂ©gia de fortalecimento de sua marca.) Em 2003, recebeu seu primeiro aporte de investidores, entre eles o PĂĄtria, um dos maiores gestores de recursos do paĂs. Quatro anos depois, tornou-se o primeiro grupo educacional a abrir o capital em meio Ă onda de IPOs que agitaram o ambiente de negĂłcios brasileiro. Na operação, a Anhanguera levantou 360 milhĂ”es de reais. Uma segunda oferta pĂșblica, em abril do ano passado, levantou mais 500 milhĂ”es de reais. Com as sucessivas injeçÔes de recursos, a rede tem crescido de forma vertiginosa por meio de aquisiçÔes - apenas em 2008 foram 13 compras, no valor total de 299 milhĂ”es de reais. Todas as instituiçÔes compradas adotam o nome Anhanguera. O processo de troca pode levar de seis a 24 meses, dependendo da força da marca adquirida. O grupo tem ainda centenas de nĂșcleos profissionalizantes e de ensino a distĂąncia em todos os estados brasileiros. No ano passado, seu faturamento bruto foi de 905 milhĂ”es de reais.
Mariana Barboza - Fonte: Exame - Edição 945.
Anhanguera - http://ww4.unianhanguera.edu.br/
PROFESSOR X
PRĂMIO VICTOR CIVITA - EDUCADOR NOTA 10
Seja vocĂȘ tambĂ©m um educador nota 10!
Professor, Coordenador PedagĂłgico e Diretor: prepare seu projeto e inscreva-se.
InscriçÔes até 12 de julho, somente pela internet:
http://www.novaescola.org.br/premiovc
FESTA DO LIVRO
AtĂ© o dia 21/6, muita histĂłria vai rolar no "11Âș SalĂŁo FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens" (http://www.fnlij.org.br/salao/), que acontece no Rio. No encontro, os visitantes poderĂŁo conhecer (e conversar com) mais de 150 autores, como Ana Maria Machado, Adriana FalcĂŁo, Bartolomeu Campos de QueirĂłs e Odilon Moraes. Eles estarĂŁo lançando sua obra no evento, que terĂĄ tambĂ©m uma exposição de ilustradores franceses. A entrada custa R$ 3 - e todo visitante com idade atĂ© 16 anos vai ganhar um livro na saĂda.
Fonte: Folhinha - 13/06/09.
PROJETO GENEROSIDADE 2009
Fazer o bem Ă© bom.
www.projetogenerosidade.com.br
EDUCAR Ă CONTAR HISTĂRIAS
"Bons professores eletrizam seus alunos com narrativas interessantes ou curiosas, carregando nas costas as liçÔes que querem ensinar"
De que servem todos os conhecimentos do mundo, se nĂŁo somos capazes de transmiti-los aos nossos alunos? A ciĂȘncia e a arte de ensinar sĂŁo ingredientes crĂticos no ensino, constituindo-se em processos chamados de pedagogia ou didĂĄtica. Mas esses nomes ficaram poluĂdos por ideologias e ruĂdos semĂąnticos. Perguntemos quem foram os grandes educadores da histĂłria. A maioria dos nomes decantados pelos nossos gurus faz apenas "pedagogia de astronauta". Do espaço sideral, apontam seus telescĂłpios para a sala de aula. Pouco enxergam, pouco ensinam que sirva aqui na terra.
Tenho meus candidatos. Chamam-se Jesus Cristo e Walt Disney. Eles pareciam saber que educar Ă© contar histĂłrias. Esse Ă© o verdadeiro ensino contextualizado, que galvaniza o imaginĂĄrio dos discĂpulos fazendo-os viver o enredo e prestar atenção Ă s palavras da narrativa. Dentro da histĂłria, suavemente, enleiam-se as mensagens. Jesus e seus discĂpulos mudaram as crenças de meio mundo. Narraram parĂĄbolas que culminavam com uma mensagem moral ou de fĂ©. Walt Disney foi o maior contador de histĂłrias do sĂ©culo XX. Inovou em todos os azimutes. Inventou o desenho animado, deu vida Ă s histĂłrias em quadrinhos, fez filmes de aventura e criou os parques temĂĄticos, com seus autĂŽmatos e simulaçÔes digitais. Em tudo enfiava uma mensagem. NĂŁo precisamos concordar com elas (e, aliĂĄs, tendemos a nĂŁo concordar). Mas precisamos aprender as suas tĂ©cnicas de narrativa.
HĂĄ alguns anos, professores americanos de inglĂȘs se reuniram para carpir as suas mĂĄgoas: apesar dos esplĂȘndidos livros disponĂveis, os alunos se recusavam a ler. Poucas semanas depois, foi lançado um dos volumes de Harry Potter, vendendo 9 milhĂ”es de exemplares, 24 horas apĂłs o lançamento! Se os alunos leem J.K. Rowling e nĂŁo gostam de outros, Ă© porque estes sĂŁo chatos. Em um gesto de realismo, muitos professores passaram a usar Harry Potter para ensinar atĂ© fĂsica. De fato, educar Ă© contar histĂłrias. Bons professores estĂŁo sempre eletrizando seus alunos com narrativas interessantes ou curiosas, carregando nas costas as liçÔes que querem ensinar. Ă preciso ignorar as teorias intergalĂĄcticas dos "pedagogos astronautas" e aprender com Jesus, Esopo, Disney, Monteiro Lobato e J.K. Row-ling. Eles Ă© que sabem.
Poucos estudantes absorvem as abstraçÔes, quando apresentadas a sangue-frio: "Seja X a largura de um retĂąngulo...". De fato, nĂŁo se aprende matemĂĄtica sem contextualização em exemplos concretos. Mas o professor pode entrar na sala de aula e propor a seus alunos: "Vamos construir um novo quadro-negro. De quantos metros quadrados de compensado precisaremos? E de quantos metros lineares de moldura?". AĂ estĂĄ a narrativa para ensinar ĂĄreas e perĂmetros. Abundante pesquisa mostra que a maioria dos alunos sĂł aprende quando o assunto Ă© contextualizado. Quando falamos em analogias e metĂĄforas, estamos explorando o mesmo filĂŁo. HistĂłrias e casos reais ou imaginĂĄrios podem ser usados na aula. Para quem vĂȘ uma equação pela primeira vez, comparĂĄ-la a uma gangorra pode ser a melhor porta de entrada. Encontrando pela primeira vez a eletricidade, podemos falar de um cano com ĂĄgua. A pressĂŁo da coluna de ĂĄgua Ă© a voltagem. O diĂąmetro do cano ilustra a amperagem, pois em um cano "grosso" flui mais ĂĄgua. Aprendidos esses conceitos bĂĄsicos, tais analogias podem ser abandonadas.
Ă preciso garimpar as boas narrativas que permitam empacotar habilmente a mensagem. Um dos maiores absurdos da doutrina pedagĂłgica vigente Ă© mandar o professor "construir sua prĂłpria aula", em vez de selecionar as ideias que deram certo alhures. Ă irrealista e injusto querer que o professor seja um autor como Monteiro Lobato ou J.K. Rowling. Ă preciso oferecer a ele as melhores ferramentas â atĂ© que apareçam outras mais eficazes. Melhor ainda Ă© fornecer isso tudo jĂĄ articulado e sequenciado. PlĂĄgio? Lembremo-nos do que disse Picasso: "O bom artista copia, o grande artista rouba ideias". Se um dos maiores pintores do sĂ©culo XX achava isso, por que os professores nĂŁo podem copiar? Preparar aulas Ă© buscar as boas narrativas, exemplos e exercĂcios interessantes, reinterpretando e ajustando (Ă© aĂ que entra a criatividade). Se "colando" dos melhores materiais disponĂveis ele conseguir fazer brilhar os olhinhos de seus alunos, jĂĄ merecerĂĄ todos os aplausos.
Claudio de Moura Castro (http://www.claudiomouracastro.com.br/) - Fonte: Veja - Edição 2116.
PROFESSORA PASQUALINA
MEGAFONE
O portal Urbanias, focado em temas ligados a cidadania e democracia, acaba de lançar uma ferramenta para tentar facilitar a comunicação do cidadĂŁo com ĂłrgĂŁos pĂșblicos. Trata-se de novo suporte que permite que os usuĂĄrios publiquem manifestaçÔes destinadas ao poder pĂșblico e recebam apoio de outras pessoas. "Hoje, se vocĂȘ quer falar com a prefeitura, encontra uma espĂ©cie de SAC e nĂŁo sabe se hĂĄ outras pessoas com a mesma reclamação. A ideia Ă© oferecer um formato em que seja possĂvel comentar o conteĂșdo dos outros, divulgar problemas, vĂdeos, mapas e outros recursos para se comunicar mais fĂĄcil com o ĂłrgĂŁo pĂșblico", diz Ricardo Joseph, idealizador do projeto. O site encaminharĂĄ os dados ao poder pĂșblico e acompanharĂĄ o atendimento, abordando desde problemas com buracos de rua atĂ© poluição.
Mercado Aberto - Guilherme Barros - Fonte: Folha de S.Paulo - 09/06/09.
Portal Urbanias -
http://www.urbanias.com.br/CityzenWEB/faq.jsf
http://www.urbanias.com.br/CityzenWEB/comunidade/home/1198
GRATUITO - INSTITUTO HENFIL TEM CURSO PARA O ENEM
O Instituto Henfil abriu inscriçÔes do seu curso preparatório para o Enem, que é gratuito. O material didåtico custa R$ 15. Novos alunos serão aceitos até o fim das vagas. São dez horas de aulas, sempre em um domingo. Mais informaçÔes no site http://www.cursinhohenfil.org.br/cursoenem/.
Fonte: Folha de S.Paulo - 09/06/09.
APENAS TRĂS LETRAS FAZEM A MAIOR DIFERENĂA
Apenas trĂȘs letras separam prĂ©-sal de prĂ©-escola, mas entre as duas opçÔes estĂĄ uma separação imensa para o futuro do Brasil.
Diversos recursos econĂŽmicos do Brasil foram apresentados, cada um Ă sua Ă©poca, como o caminho para o progresso nacional e a emancipação pessoal dos brasileiros: o açĂșcar, o ouro, o cafĂ©, a borracha, a indĂșstria.
Em todos esses momentos, o futuro do paĂs foi prometido como o resultado de uma atividade econĂŽmica central. Agora surgiu o prĂ©-sal.
Outra vez prisioneiro da economia baseada em recursos naturais, o Brasil nĂŁo percebe que a saĂda estĂĄ em se transformar em produtor de conhecimento: ciĂȘncia, tecnologia, cultura. O Ășnico recurso capaz de superar dificuldades, substituir obsolescĂȘncias e dinamizar a economia Ă© o conhecimento: capaz de explorar o prĂ©-sal e de inventar substitutos para o petrĂłleo.
E para ter ciĂȘncia e tecnologia, Ă© preciso investir na prĂ©-escola de todas as crianças. Por isso, no longo prazo, a prĂ©-escola Ă© mais importante do que o prĂ©-sal.
Um clåssico da literatura de esquerda diz que o subdesenvolvimento da América Latina foi provocado pelas "veias abertas" que culminaram na sangria dos recursos naturais de nosso continente.
Na verdade, o atraso decorre do abandono da educação de nossas populaçÔes e da resultante impossibilidade de se construir uma forte infraestrutura cientĂfica e tecnolĂłgica. Mais do que as "veias abertas", foi o "abandono dos cĂ©rebros" que atrasou o continente.
Se, ao longo dos sĂ©culos, o Brasil tivesse perdido seu patrimĂŽnio natural, mas investido na educação de seu povo, hoje estarĂamos na linha de frente do desenvolvimento econĂŽmico.
Diversos projetos tĂȘm surgido visando Ă vinculação dos royalties do petrĂłleo com investimentos na educação.
O presidente da RepĂșblica tambĂ©m se apropriou da ideia de que parte dos recursos do prĂ©-sal seja canalizada para financiar a educação. No entanto, o risco Ă© que, outra vez, os investimentos na educação sejam adiados para um futuro distante, e quando o prĂ©-sal começar a dar resultado, o Brasil tenha perdido mais uma geração de seus habitantes.
"Adotar" todas as crianças em idade prĂ©-escolar - com tudo o que for preciso para iniciar o desenvolvimento intelectual das futuras geraçÔes - custarĂĄ, no mĂĄximo, R$ 15,5 bilhĂ”es por ano, o equivalente a 1% do que serĂĄ gasto com o PAC, o prĂ©-sal, a Copa do Mundo de 2014 e as OlimpĂadas de 2016, caso o Rio de Janeiro seja a cidade escolhida. Mas para fazer o PAC, a Copa e as OlimpĂadas, ninguĂ©m propĂ”e esperar o prĂ©-sal. Quando se fala na prĂ©-escola, logo vem a pergunta: de que lugar sairĂĄ o dinheiro necessĂĄrio?
A prĂ©-escola Ă© mais importante, construtiva, viĂĄvel, Ă©tica, barata e sustentĂĄvel do que o prĂ©-sal. Entre prĂ©-escola e prĂ©-sal, trĂȘs letras a mais fazem uma radical diferença no futuro do paĂs.
Cristovam Buarque - Professor (UnB) - Fonte: O Tempo - 12/06/09.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php