FM - Faculdade Mental

GERAL

MUNDIAL SUB-20 - GANA CAMPEÃƒ
16/10/2009 - FUTEBOL SHOW

BRASIL X GANA
English:
http://www.fifa.com/u20worldcup/news/newsid=1119552.html#satellites+soar+over+cairo

Em decisÃ£o nervosa disputada no Cairo International Stadium, no Egito, a seleÃ§Ã£o de Gana conseguiu segurar o Ãmpeto do Brasil durante 120 minutos, mesmo atuando com um jogador a menos desde o primeiro tempo, e conseguiu se vingar dos rivais, 16 anos depois da frustrante derrota na final do Mundial Sub-20. ApÃ³s empate sem gols no tempo normal e na prorrogaÃ§Ã£o, os africanos triunfaram por 4 a 3 nos pÃªnaltis, provocaram o choro dos atletas sul-americanos no gramado e levantaram o trofÃ©u da categoria pela primeira vez em sua histÃ³ria.
Com a conquista, Gana apaga as decepÃ§Ãµes das ediÃ§Ãµes de 1993 e 2001, ano em que foram derrotados nas finais contra Brasil e Argentina, recordista de tÃtulos com seis conquistas e vencedora nas duas Ãºltimas participaÃ§Ãµes. JÃ¡ o time verde e amarelo, que deixou o Egito abatido com a derrota, perde a chance de encostar nos maiores rivais e segue com quatro tÃtulos do torneio (1983, 1985, 1993 e 2003).
O inÃ©dito tÃtulo ganÃªs representa tambÃ©m a primeira vez em que uma naÃ§Ã£o africana sobe no lugar mais alto do pÃ³dio no Mundial Sub-20. AlÃ©m dos campeÃµes, que haviam batido na trave em duas ocasiÃµes, a NigÃ©ria tambÃ©m coleciona duas finais em outras ediÃ§Ãµes, mas caiu em 1989 para Portugal e em 2005 para os argentinos.
Depois do insistente empate nos 120 minutos anteriores, Alan Kardec, Giuliano e Douglas Silva converteram para o Brasil, enquanto do lado dos ganeses, Ayew, Inkoom, Adiyah e Badu foram Ã s redes e puderam fazer a festa no Egito. Nos tiros livres, o goleiro Rafael, do Cruzeiro, brilhou e pegou duas cobranÃ§as, de Mensah e Addae. No entanto, quando tinha a chance de decidir e dar o penta ao time verde e amarelo, Maicon mandou por cima, pouco antes de Alex Teixeira parar em defesa de Agyei e depois de Souza jogar nas mÃ£os do arqueiro africano.
Mesmo com um jogador a mais desde os 36min do primeiro tempo, apÃ³s a falta dura de Addo no vascaÃno Alex Teixeira, o Brasil nÃ£o conseguiu transformar a superioridade em chances reais de gols. Apostando na dupla de armadores Giuliano e Paulo Henrique (na etapa final deu lugar a Douglas Costas) alÃ©m da forÃ§a dos atacantes Alex Teixeira e Alan Kardec, o time verde e amarelo parou na forte marcaÃ§Ã£o dos africanos.
Com o adversÃ¡rio mais exposto nos Ãºltimos 45 minutos, o Brasil tocou a bola em busca de espaÃ§o, mas nÃ£o teve tranquilidade para encontrar a oportunidade ideal, sempre abusando nas bolas altas para a dupla de ataque, principalmente buscando o centroavante Alan Kardec. Na melhor das chances, aos 23min, Douglas Costas fez o cruzamento e o jovem atacante do Internacional cabeceou por cima da meta adversÃ¡ria, jÃ¡ livre de marcaÃ§Ã£o.
Apesar do cansaÃ§o e da inferioridade numÃ©rica de jogadores em campo, Gana nÃ£o diminuiu o ritmo na prorrogaÃ§Ã£o e seguiu sem dar espaÃ§os aos brasileiros, que mesmo assim foram os que estiveram mais prÃ³ximos da vitÃ³ria. No primeiro tempo extra, Alex Teixeira fez grande jogada no lado esquerdo e cruzou para a Ã¡rea. No entanto, Alan Kardec nÃ£o conseguiu o domÃnio e Maicon bateu para difÃcil defesa de Agyei. Em seguida, foi Douglas Costa que ficou de frente com o goleiro ganÃªs, mas jogou para fora.
JÃ¡ nos Ãºltimos 45 minutos, a pressÃ£o brasileira se tornou ainda mais desorganizada e o desespero em busca do gol salvador aumentou. Sem a tranquilidade necessÃ¡ria para sair dos implacÃ¡veis marcadores, o time sul-americano levou perigo em finalizaÃ§Ãµes de Wellington JÃºnior e Douglas Costa, mas nÃ£o alterou o placar e passou em branco pela segunda vez na competiÃ§Ã£o (antes, empatou sem gol com a RepÃºblica Checa, na segunda rodada).
Fonte: Terra - 16/10/09.
No site da FIFA:
http://www.fifa.com/u20worldcup/news/newsid=1119552.html#satellites+soar+over+cairo

CERCO FECHADO
A FAFT, forÃ§a-tarefa de aÃ§Ã£o financeira do G8 (paÃses mais ricos e RÃºssia), finalizou relatÃ³rio sobre a lavagem de dinheiro no futebol. O estudo, com seis capÃtulos, foi elaborado com ajuda de Argentina, Brasil, FranÃ§a, Inglaterra, Irlanda, BÃ©lgica, Holanda, Noruega, SuÃ©cia e SuÃÃ§a e concluiu que a lavagem de dinheiro pode ocorrer por meio de transferÃªncias e agentes, direitos de imagem, apostas em jogos e acordos de patrocÃnios. O relatÃ³rio apresenta exemplos de lavagem e cita nomes somente no caso MSI/Tevez.
O relatÃ³rio aponta que o futebol Ã© atraente para a lavagem de dinheiro por conta de ""vulnerabilidades em sua estrutura". O documento cita que Ã© fÃ¡cil entrar no mercado, hÃ¡ uma complicada rede envolvendo clubes e agentes e falhas no controle dos negÃ³cios, que envolvem quantias milionÃ¡rias.
O estudo mostra que o futebol Ã© usado para perpetrar outros tipos de crimes, como trÃ¡fico de seres humanos, trÃ¡fico de drogas (doping) e sonegaÃ§Ã£o fiscal.
Painel FC - Eduardo Arruda - Fonte: Folha de S.Paulo - 12/10/09.

PELÃ‰ VOLTA AO COMOS
Lembra-se do Cosmos, time de Nova York pelo qual PelÃ© encerrou a carreira? Sumiu do mapa, mas agora estÃ¡ prestes a voltar em grande estilo. Acaba de ser comprado por um investidor inglÃªs e deve ser relanÃ§ado em meados de 2010. Obviamente, PelÃ© estÃ¡ nessa. O rei estÃ¡ fechando um contrato para ser presidente de honra, garoto-propaganda e acionista minoritÃ¡rio do clube. Nos planos dos novos donos estÃ¡ a contrataÃ§Ã£o do aposentado Zidane.
Panorama - Radar - Lauro Jardim - Fonte: Veja - EdiÃ§Ã£o 2134.
Cosmos - http://www.nycosmos.com/cosmos/chstage.html

COPA SUSPEITA
O polÃªmico tÃtulo dos argentinos em plena ditadura. O mundial de 1978, disputado na Argentina, Ã© considerado o mais polÃªmico da histÃ³ria. O documentÃ¡rio "O Poder do Futebol" mostra alguns lances e eventos que favoreceram os portenhos, como a estranha goleada dos platinos, por 6 a 0, sobre o Peru. O resultado eliminou o Brasil.
Dia 24, 21h, Canal Brasil.
Fonte: Monet - NÃºmero 79.
Canal Brasil - http://canalbrasil.globo.com/programas/programas.asp?cid=9

PASSANDO A BOLA
A Fifa pretende acabar com o credenciamento de agentes. A ideia Ã© desregulamentar o mercado, ou seja, ampliar a concorrÃªncia e se livrar do alto nÃºmero de reclamaÃ§Ãµes envolvendo empresÃ¡rios que chegam Ã entidade. Segundo a Fifa, atualmente, somente 30% das negociaÃ§Ãµes no mundo sÃ£o conduzidas por agentes credenciados. A decisÃ£o deve ser anunciada em congresso da entidade em maio de 2010. Com isso, acredita a Fifa, os clubes passarÃ£o a ter responsabilidade sobre os intermediÃ¡rios nas transferÃªncias.
Pela proposta da Fifa, qualquer um pode ser intermediÃ¡rio em uma transaÃ§Ã£o, mas os clubes terÃ£o de atender a uma lista de requisitos que serÃ£o definidos pela entidade se quiserem colocar um agente no negÃ³cio.
Clubes europeus comemoram a lÃ³gica financeira da nova proposta da Fifa. Avaliam que, com a concorrÃªncia maior pela abertura de mercado, passarÃ£o a pagar comissÃµes menores aos intermediÃ¡rios.
Painel FC - Eduardo Arruba - Fonte: Folha de S.Paulo - 11/10/09.

TIMEMANIA - SOBRE E DESCE
Faltando dois meses para o ano acabar, tem clube de futebol precisando demais do apoio de sua torcida. Em dezembro, a Caixa reclassificarÃ¡ os 80 inscritos no Timemania.
O volume de apostas no â€œtime do coraÃ§Ã£oâ€ em 2009 Ã© a bÃºssola. SÃ£o quatro divisÃµes. Na primeira, com 20 times que racham 65% da receita, Ã© certa a queda do ParanÃ¡ Clube e do AmÃ©rica de Natal. E a ascensÃ£o do Fortaleza â€“ hoje 14Âº na preferÃªncia do apostador/torcedor.
Ricardo Boechat - Fonte: Isto Ã‰ - EdiÃ§Ã£o 2083.

FIFA QUER O FIM DA PARADINHA
Os goleiros estÃ£o na maior torcida... O presidente da Fifa quer punir a paradinha na hora de bater o pÃªnalti. O truque que PelÃ© inventou virou praga nos gramados.
O pÃªnalti Ã© um momento decisivo do futebol. "Coisa tÃ£o sÃ©ria que deveria ser batido pelo presidente do clube", na frase atribuÃda ao lendÃ¡rio NenÃ©m Prancha, "filÃ³sofo da bola" e roupeiro do Botafogo. Em meio segundo - tempo mÃ©dio que a bola leva para percorrer os 11 metros que a separam da linha do gol -, pode-se definir o resultado de uma disputa de 90 minutos. Para o cobrador do pÃªnalti, as chances de gol sÃ£o, em teoria, de 50%. Ou ele acerta, ou o goleiro pega. A tensÃ£o sobre o jogador Ã© enorme. Tudo pode influir: o cansaÃ§o, o nervosismo, o vento, as irregularidades do campo, o modo como o pÃ© bate na bola. Se chutar para fora, o jogador pode sair do campo sob vaia. "No momento de cobrar o pÃªnalti, as pernas tremem, o gol diminui e o goleiro cresce", disse PelÃ© em 1989, jÃ¡ na sua fase de comentarista esportivo. Na prÃ¡tica, mostram as estatÃsticas, o goleiro estÃ¡ em nÃtida desvantagem. O gol Ã© grande demais para ser inteiramente defendido. O goleiro deve permanecer na linha do gol, entre as traves, olhando para o batedor atÃ© que a bola seja chutada. Ele sÃ³ tem tempo para uma manobra. Se pular para um lado e o atacante chutar do outro, nÃ£o tem como impedir o gol. O resultado: quatro de cada cinco cobranÃ§as de pÃªnalti terminam sacudindo as redes (veja os estudos e estatÃsticas sobre pÃªnaltis nos quadros destas pÃ¡ginas).
Por causa das chances escassas dadas ao goleiro, a regra da penalidade mÃ¡xima pode ser revista. Na semana que vem, o International Board, o colegiado responsÃ¡vel pelas regras do futebol, se reÃºne em Zurique, na SuÃÃ§a. Na pauta estÃ¡ o destino da paradinha, tÃ¡tica de cobranÃ§a cuja invenÃ§Ã£o Ã© creditada a PelÃ©. Em termos gerais, trata-se do seguinte: o jogador corre para a bola, mas nÃ£o a chuta de imediato. Espera o goleiro jogar-se para um lado e, sÃ³ entÃ£o, mira no lado oposto. A chance de defesa Ã© zero. Por isso, Joseph Blatter, presidente da Fifa, quer que esse recurso seja banido. Na opiniÃ£o dele, "a paradinha Ã© irregular. Ã‰ uma forma de o jogador ludibriar o goleiro. Isso tem de ter puniÃ§Ã£o". O cartola suÃÃ§o propÃµe que a paradinha seja punida com o cartÃ£o amarelo e, no caso de reincidÃªncia, com o vermelho. Se depender de Blatter, a nova regra comeÃ§arÃ¡ a vigorar nas competiÃ§Ãµes do ano que vem.
A rejeiÃ§Ã£o Ã paradinha Ã© quase unÃ¢nime entre goleiros e juÃzes. Atacantes costumam ficar em cima do muro, mas atÃ© entre eles hÃ¡ insatisfeitos. "A bola estÃ¡ parada. Ã‰ sÃ³ ficar tranquilo que a possibilidade de errar um pÃªnalti Ã© mÃnima", disse a VEJA o atacante Djalma Feitosa Dias, o Djalminha, que sÃ³ errou dois pÃªnaltis em quinze anos de carreira no Brasil, na Espanha e em outros paÃses. "Se, alÃ©m de todas as vantagens, o batedor usar a paradinha, aÃ jÃ¡ Ã© covardia", completa. PelÃ© nÃ£o pode ser responsabilizado pela farra atual. Em seu tempo de jogador, ao ouvir o apito do juiz autorizando a cobranÃ§a, o rei corria com velocidade, mas desacelerava ao se aproximar da bola, para sÃ³ entÃ£o chutÃ¡-la. Um curto-circuito de confusÃ£o atingia a mente do goleiro, fazendo que pulasse com atraso. O que se estÃ¡ vendo atualmente nos campos de futebol de todo o mundo Ã© uma versÃ£o em que o jogador para inteiramente. Um exemplo do excesso foi dado pelo atacante Maicosuel num jogo entre Botafogo e Fluminense, em marÃ§o. O pÃ© do entÃ£o botafoguense passou por cima da bola, voltou e chutou. "A meta do jogador nÃ£o deve ser eliminar qualquer chance do adversÃ¡rio, e sim superÃ¡-lo, assim como fazia PelÃ©", diz o fÃsico Ronald Ranvaud, do LaboratÃ³rio de Fisiologia do Comportamento da Universidade de SÃ£o Paulo (USP). O trabalho Ã¡rduo, caso a proibiÃ§Ã£o vingue, serÃ¡ encontrar uma fÃ³rmula efetiva para distinguir a paradinha leal da desleal. Os goleiros estÃ£o na maior torcida.
Duda Teixeira - Fonte: Veja - EdiÃ§Ã£o 2134.

QUE NEGÃ“CIO Ã‰ ESSE?
Marcelo de Campos Pinto participou de um dos seminÃ¡rios da MaxiMÃdia, em SÃ£o Paulo. Trata-se, vocÃª sabe, do diretor da Globo Esportes, sempre disposto a mudar o BrasileirÃ£o de pontos corridos e voltar ao modelo dos mata- -matas. Mas o assunto em pauta no seminÃ¡rio era Copa de 2014. Da mesa, alÃ©m do diretor global, participavam J. Hawilla, proprietÃ¡rio de retransmissoras da Rede Globo no interior paulista, Paulo Saad, representante da TV Bandeirantes, e JÃºlio Casares, ex-diretor de marketing do SÃ£o Paulo, pela TV Record.
No meio do painel, Marcelo de Campos Pinto colocou um assunto em pauta, do nada.
"Futebol nÃ£o Ã© entretenimento. Ã‰ negÃ³cio. E, por isso, precisamos tomar muito cuidado com o atual formato do BrasileirÃ£o. Estamos largando dinheiro na mesa", declarou, referindo-se a quantias supostamente desperdiÃ§adas.
Imediatamente, JÃºlio Casares retrucou. Disse que o diretor da Globo quer discutir um modelo consolidado. Ouviu a trÃ©plica: "VocÃª acha que esse modelo funciona porque o SÃ£o Paulo Ã© tricampeÃ£o".
J. Hawilla, concessionÃ¡rio da Globo, e Paulo Saad, da Band, parceira global nas transmissÃµes do BrasileirÃ£o, apoiaram Campos Pinto.
Na vÃ©spera, o diretor da Globo participou de reuniÃ£o no Clube dos 13 e de novo tentou emplacar os mata-matas. O Painel FC, nesta Folha, jÃ¡ deixou claro que o lobby pelo fim dos pontos corridos tenta se fortalecer.
Os dirigentes ouviram divididos o discurso global. HÃ¡ os que gostariam de voltar aos mata-matas. Especialmente os que nÃ£o se aproximaram da luta pela taÃ§a nos Ãºltimos seis anos. Mas, de modo geral, a ideia nÃ£o foi bem recebida. "Hoje, hÃ¡ maioria, entre os dirigentes de clubes, pela continuidade dos pontos corridos", diz o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo.
A Globo quer mais do que o fim dos pontos corridos. Quer a diminuiÃ§Ã£o dos Estaduais e o fim da Copa Sul-Americana, ou pelo menos a exclusÃ£o dos maiores clubes do paÃs do torneio. Como a CBF jÃ¡ divulgou o calendÃ¡rio de 2010, nÃ£o hÃ¡ hipÃ³tese de mudanÃ§a no ano que vem. Mas haverÃ¡ novas batalhas atÃ© 2011. Uma delas: o C13 comprometeu-se a encomendar pesquisa para entender o que o consumidor final, o torcedor, julga dos pontos corridos e dos mata-matas.
"Precisamos ouvir nossos patrocinadores, porque, se colocarmos tudo na mesa, eles pagam mais do que a Globo", diz Belluzzo. O presidente alviverde Ã© favorÃ¡vel ao debate. Ao debate, nÃ£o Ã imposiÃ§Ã£o. Se o argumento da Globo prega "futebol Ã© negÃ³cio", Ã© necessÃ¡rio entender de que negÃ³cio se estÃ¡ falando. Se o negÃ³cio Ã© o futebol, os clubes melhoraram suas receitas com bilheteria e seus contratos de patrocÃnio na era dos pontos corridos. TambÃ©m acabaram com o risco da eliminaÃ§Ã£o em novembro -eram dois meses sem atividade, pagando salÃ¡rio e 13Âº aos atletas.
O que Ã© bom negÃ³cio para o futebol nÃ£o Ã© necessariamente bom para a TV, e vice-versa. Por isso, se Ã© a Globo quem faz forÃ§a para os mata-matas voltarem, a pergunta Ã©: ela pensa no bem do futebol ou da TV? Afinal, que negÃ³cio Ã© esse?
Paulo VinÃcius Coelho (http://espnbrasil.terra.com.br/pvc/) - Fonte: Folha de S.Paulo - 11/10/09.

PRÃŠMIOS E HOMENAGENS
O governo federal vai premiar, com um pouco mais de R$ 400 mil, cada um dos campeÃµes do mundo, pelo Brasil, em todas as Copas.
NÃ£o hÃ¡ razÃ£o para isso. Podem tirar meu nome da lista, mesmo sabendo que preciso trabalhar durante anos para ganhar essa quantia.
O governo nÃ£o pode distribuir dinheiro pÃºblico. Se fosse assim, os campeÃµes de outros esportes teriam o mesmo direito. E os atletas que nÃ£o foram campeÃµes do mundo, mas que lutaram da mesma forma? AlÃ©m disso, todos os campeÃµes foram premiados pelos tÃtulos. ApÃ³s a Copa de 1970, recebemos um bom dinheiro, de acordo com os valores de referÃªncia da Ã©poca.
O que precisa ser feito por governo, CBF e clubes por onde atuaram esses atletas Ã© ajudar os que passam por grandes dificuldades, alÃ©m de criar e aprimorar leis de proteÃ§Ã£o aos jogadores e suas famÃlias, como pensÃµes e aposentadorias.
Ã‰ necessÃ¡rio ainda preparar os atletas em atividade para o futuro, para a vida, para terem condiÃ§Ãµes tÃ©cnicas e emocionais de exercer outras atividades. A vida Ã© curta, e a dos atletas, mais ainda.
Alguns vÃ£o lembrar e criticar que recebi, junto com os campeÃµes de 1970, um carro Fusca da Prefeitura de SÃ£o Paulo. Na Ã©poca, o prefeito era Paulo Maluf. Se tivesse a consciÃªncia que tenho hoje, nÃ£o teria aceitado. Tinha 23 anos, estava eufÃ³rico e achava que o prÃªmio era uma grande homenagem pela conquista do tÃtulo mundial. Ainda bem que a JustiÃ§a obrigou o prefeito a devolver aos cofres pÃºblicos, com o prÃ³prio dinheiro, o valor para a compra dos carros.
NÃ£o foi o Ãºnico erro que cometi na vida. Sou apenas um cidadÃ£o que tenta ser justo e correto. Ã‰ minha obrigaÃ§Ã£o.
TostÃ£o - Fonte: Folha de S.Paulo - 11/10/09.

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