FALANDO EM LĂNGUAS
22/10/2011 -
FALOU NO FM? TĂ FALADO!
BEBĂS DE FAMĂLIAS BILĂNGUES
English:
http://www.nytimes.com/2011/10/11/health/views/11klass.html
University of Washington - http://www.washington.edu/
Institute for Learning and Brain Sciences (I-LABS) - http://ilabs.washington.edu/
University of British Columbia - http://www.ubc.ca/
York University - http://www.yorku.ca/web/index.htm
Desenvolvimento: ApĂłs os seis meses de vida, cĂ©rebro se programa para compreender apenas um idioma. BebĂȘs de famĂlias bilĂngues aprendem com mais facilidade. Variação de lĂngua deixa criança apta a perceber sons nĂŁo padronizados.
HĂĄ alguns anos, especialistas em aprendizado de lĂnguas pensavam que bebĂȘs que nascem em casas em que se fala mais de um idioma acabariam tendo problemas de comunicação por causa da chamada "confusĂŁo de lĂnguas", que poderia acabar atrapalhando o desenvolvimento das habilidades de comunicação das crianças.
Hoje, contudo, escolas e cursinhos oferecem aulas de lĂngua estrangeira para crianças acima de 4 anos. Isso acontece porque estudos comprovam que crianças que nascem em famĂlias bilĂngues apresentam grandes vantagens no desenvolvimento de lĂnguas e lĂłgica, quando comparado com bebĂȘs que crescem falando apenas uma lĂngua.
Recentemente, pesquisadores tĂȘm descoberto cada vez mais maneiras de analisar o comportamento infantil - como o olhar fixo dos bebĂȘs e a quantidade de minutos que eles conseguem se concentrar em elementos especĂficos, por exemplo - para ajudar a entender as percepçÔes infantis de som, de palavras e atĂ© mesmo a diferenciação que os bebĂȘs fazem das lĂnguas - do que Ă© conhecido e do que Ă© desconhecido para eles.
AlĂ©m disso, a tecnologia tem entrado cada vez mais nessa cruzada, e a atividade neurolĂłgica dos recĂ©m-nascidos tambĂ©m indica diferenças de percepção entre as lĂnguas.
Os pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, mediram recentemente as respostas elĂ©tricas dos cĂ©rebros de bebĂȘs de famĂlias bilĂngues e os compararam com os de bebĂȘs de famĂlias em que se fala apenas um idioma. As crianças tinham idades entre 6 e 12 meses e ainda nĂŁo produziam respostas verbais em nenhuma lĂngua.
Mesmo assim, os pesquisadores descobriram que, aos 6 meses de idade, os bebĂȘs monolĂngues conseguem diferenciar os sons fonĂ©ticos da lĂngua natal e de qualquer outra lĂngua nĂŁo falada em suas casas. Por volta dos 10 ou 12 meses, entretanto, os bebĂȘs monolĂngues nĂŁo mais conseguiam detectar sons em lĂnguas estrangeiras, mas apenas no idioma falado em sua casa.
Programa. Segundo os estudiosos, isso representa um processo de "compromisso neuronal", em que o cĂ©rebro da criança se programa para entender apenas uma lĂngua e seus sons.
Por outro lado, os bebĂȘs bilĂngues seguiram uma trajetĂłria diferente. De 6 a 9 meses, eles nĂŁo conseguiram detectar diferenças entre os sons fonĂ©ticos de nenhuma das lĂnguas, mas quando ficaram mais velhos - entre os dez e 12 meses - foram capazes de diferenciar os sons em ambas as lĂnguas.
Para Patricia Kuhl, codiretora do Instituto de Aprendizado e CiĂȘncias do CĂ©rebro da Universidade de Washington e uma dos autores do estudo, a pesquisa comprova que a variabilidade na experiĂȘncia dos bebĂȘs bilĂngues os mantĂ©m abertos para sons nĂŁo padronizados. Dessa forma, eles teriam mais facilidade em aprender novas lĂnguas.
Outra cientista envolvida com o estudo de linguagens nas crianças, Janet Werker, da Universidade Britith Columbia, recentemente comprovou que recĂ©m nascidos preferem lĂnguas de sons de ritmos parecidos com os quais eles foram expostos durante o desenvolvimento fetal.
EVOLUĂĂO: PROBLEMAS DE LĂGICAS SĂO MELHOR SOLUCIONADOS
Na Ășltima dĂ©cada, Ellen Bialystok, renomada professora de psicologia na universidade de York em Toronto, no CanadĂĄ, provou que crianças bilĂngues desenvolvem habilidades cruciais junto ao extenso vocabulĂĄrio, como um melhor aprendizado de diferentes formas de resolução de problemas de lĂłgica, ou maior facilidade em realizar vĂĄrias tarefas ao mesmo tempo, atitudes consideradas parte das "funçÔes executivas" do cĂ©rebro.
"Crianças bilĂngues, desde cedo, tĂȘm performances esmagadoramente melhor em tarefas executivas", afirma Bialystok.
Segundo Patricia Kuhl, codiretora do Instituto de Aprendizado e CiĂȘncias do CĂ©rebro da Universidade de Washington, os bebĂȘs bilĂngues sĂŁo "mais cognitivamente flexĂveis" que crianças monolĂngues. Seu grupo de pesquisa atualmente trabalha com a anĂĄlise de cĂ©rebros infantis a partir de magnetoencelografia, ou MEG, que combina a ressonĂąncia magnĂ©tica com uma imagem gravada das mudanças nos campos magnĂ©ticos dos cĂ©rebros dos bebĂȘs enquanto transmitem informaçÔes.
O aparelho, que, segundo a pesquisadora, se parece mais com um "secador de cabelo marciano", deve ajudar a explicar porque os bebĂȘs aprendem a lĂngua a partir dos pais, e nĂŁo de outras formas, como telas de computador.
Pesquisa anterior do mesmo grupo revelou que bebĂȘs expostos a pessoas falando o mandarim tiveram facilidade em distinguir sons tĂpicos daquela lĂngua mais tarde, mas aqueles que foram expostos apenas Ă tela da televisĂŁo emitindo os mesmos sons nĂŁo desenvolveram a mesma habilidade.
MAIS INFORMAĂĂO E CAPACIDADE DE COMPREENSĂO
Em um estudo recente da Universidade British Columbia, pesquisadores puderam comprovar a habilidade das crianças bilĂngues em interpretar mais de uma lĂngua.
BebĂȘs de 4 meses puderam diferenciar as lĂnguas visualmente, ao assistir os movimentos dos lĂĄbios e da face dos adultos, respondendo com interesse quando a lĂngua mudava.
Aos 8 meses, porĂ©m, as crianças monolĂngues nĂŁo mais respondiam Ă s diferenças entre as lĂnguas nos vĂdeos sem som, enquanto as crianças bilĂngues continuaram a interpretĂĄ-las.
Para um bebĂȘ que Ă© bilĂngue, segundo a professora de psicologia de Columbia, Janet Werker, a mudança da lĂngua nĂŁo diminui a importĂąncia da informação.
Perri Klass, M.D. - The New York Times - Fonte: O Tempo - 15/10/11.
Reportagem original em inglĂȘs:
http://www.nytimes.com/2011/10/11/health/views/11klass.html
Universidade de Washington - http://www.washington.edu/
Instituto de Aprendizado e CiĂȘncias do CĂ©rebro da Universidade de Washington (I-LABS) - http://ilabs.washington.edu/
Universidade British Columbia - http://www.ubc.ca/
Universidade de York - http://www.yorku.ca/web/index.htm
MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
"O dia do professor: Vcs tocaram no ponto mais importante. O respeito pelo professor. Muito legal isso." FM: Muito Bem, Eriba. Abraços.
EQUĂVOCO EM E-MAIL CAUSE DE ADVERTĂNCIA A DEMISSĂO
Profissional deve antecipar-se e enviar mensagem com pedido de desculpas.
Enviar e-mail aos colegas com crĂticas Ă s polĂticas da empresa era atitude comum no dia a dia da gerente de contas C.A., 24. A prĂĄtica foi interrompida quando ela copiou o chefe por engano -e recebeu advertĂȘncia.
"Deixei de usar o e-mail corporativo para assuntos pessoais e redobro a atenção ao selecionar destinatårios", diz ela, que foi demitida seis meses depois, em um corte.
Gafes como a da gerente de contas não são isoladas. Sondagem realizada pela consultoria Robert Half em agosto com 300 executivos brasileiros mostra que 70% deles jå enviaram e-mail errado ou copiaram alguém por engano.
O motivo, segundo Maria Paula Menezes, gerente de tecnologia da consultoria, Ă© falta de atenção dos profissionais devido Ă alta demanda no trabalho. "Enviar mensagem sem revisar ortografia e conferir conteĂșdo tambĂ©m sĂŁo erros constantes", afirma a especialista.
ERRO ORTOGRĂFICO
Deixar de ler o que foi digitado rendeu aborrecimento Ă coordenadora de marketing digital Mayza Ceschin, 38.
De sua conta de e-mail saiu mensagem com uma Ășnica frase para aproximadamente 1.000 funcionĂĄrios, incluindo as chefias, desejando "felis aniversĂĄrio" (sic).
"Tive de fazer uma retificação e pedir desculpas", lembra a coordenadora. Com a experiĂȘncia adquirida, ela diz pretender lançar site sobre etiqueta digital e uso de redes sociais no trabalho.
No caso de destinatĂĄrio errado, reforça Menezes, o profissional deve enviar e-mail desculpando-se e pedindo para a pessoa desconsiderar e apagar a mensagem. "Se o conteĂșdo for confidencial, o superior precisa ser avisado."
As consequĂȘncias podem vir em forma de conversa ou chegar a uma advertĂȘncia, de acordo com Luiz Testa, gerente de vendas da Vagas, que desenvolve tecnologias para recrutamento e seleção.
CULTURA EMPRESARIAL
Dependendo do perfil da empresa, pondera Testa, pequenas falhas podem nĂŁo prejudicar o profissional. "Se a cultura da organização for liberal, por exemplo, um e-mail com crĂticas construtivas ao lĂder pode ajudar a melhorar o ambiente de trabalho."
Em casos extremos, contudo, como mensagem com crĂticas ofensivas ao chefe ou com conteĂșdo confidencial da companhia, "o profissional tem sua imagem manchada na empresa e pode atĂ© ser demitido", sinaliza Testa.
"As alternativas para evitar deslizes como esses Ă© deixar de enviar e-mail pessoal na conta do trabalho e nĂŁo confiar na ferramenta de autocompletar do sistema", aconselha o especialista. (PB)
Fonte: Folha de S.Paulo - 16/10/11.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php