O INĂCIO, O FIM E O MEIO
14/03/2015 -
EDITORIAL
NĂŁo fazemos a menor ideia do que Raul Seixas pensava quando escreveu isso. Certamente, por trĂĄs da rima que se fazia necessĂĄria naquele verso, existia a ideia de comunicar alguma coisa, se possĂvel, ser entendido. Pensando nisso e colocamos esse ciclo sob a vida de algumas pessoas que vieram, tiveram uma ideia brilhante, que impactou as pessoas, e se foram, sem saber como aquilo evoluiu.
Pensemos nos pensadores, por exemplo. SerĂĄ que AristĂłteles imaginava que suas ideias impactariam a humanidade atĂ© os dias de hoje? SĂȘneca, SĂłfocles, e tantos outros, serĂĄ que algum deles imaginou isso? Walt Disney teria a dimensĂŁo do que se tornaria ainda aquela ideia do ratinho? Ford teria imaginado o significado de seu empreendedorismo para a indĂșstria automobilĂstica atĂ© os dias de hoje? Buda teria imaginado a força de suas palavras? DifĂcil de crer. E por nĂŁo crer nessas hipĂłteses perguntamos: o inĂcio todos sabem. Mas saberĂamos definir o fim e o meio? Pensamos que os nomes que relatamos, pela importĂąncia que tiveram, tiveram o fim antes do meio. Assim como tantos outros, famosos e anĂŽnimos, que deixaram o registro de sua existĂȘncia atravĂ©s de algo que nem eles mesmos imaginavam o alcance que teria, nĂŁo importa se numa pequena comunidade ou para a humanidade.
O Faculdade Mental nasceu desse empreendedorismo, da necessidade de se comunicar, inicialmente numa pequena comunidade universitĂĄria, digitado em Word, impresso em folha A4, entregue de mĂŁo em mĂŁo, atĂ© se tornar um pequeno portal que Ă© visitado por uma mĂ©dia de 10 mil pessoas por mĂȘs. Se comparararmos esses nĂșmeros com o nĂșmero de seguidores da maioria das blogueiras de moda, somos insignificantes. Se compararmos com o nĂșmero de seguidores de qualquer celebridade instantĂąnea com os nossos, mesmo assim somos insignificantes. Mas, se pensarmos que as pessoas nos visitam espontaneamente, sem propaganda, sem grandes esforços em divulgação, somos gigantes. E somos gigantes porque esse portal continua sendo feito Ășnica e exclusivamente pelo prazer de fazĂȘ-lo, porque essa foi a ideia que teve o Cara quando pensou nisso. Fazia pelo prazer de fazer. Uma ideia vai adiante quando ela Ă© concebida pelo prazer de conceber, nĂŁo importa a dimensĂŁo que ela tomarĂĄ lĂĄ na frente. Talvez vocĂȘ nĂŁo sobreviva sem um abridor de latas do modelo comum que todos conhecemos e nem por isso o inventor desse modelo tenha imaginado o impacto de seu invento. E os clips? VocĂȘ viveria sem ele? E serĂĄ que o inventor dele imaginava isso? O Cara nos deixou sem ver o meio. Mas plantou bem plantada a semente do prazer, da alegria, da humildade, alĂ©m de outras tantas boas sementes. E talvez nesses casos, apenas nesses casos, os fins justifiquem os meios, desde o inĂcio.
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