CRIATIVIDADE NO MARKETING
12/05/2012 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES (HOTEL SUBAQUĂTICO EM DUBAI)
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http://www.asiaone.com/News/Latest%2BNews/Science%2Band%2BTech/Story/A1Story20120502-343516.html
http://www.luxuo.com/hotel/dubai-water-discus-underwater-hotel.html
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http://www.emirates247.com/news/emirates/images-of-undersea-hotel-to-be-built-by-dubai-firm-2012-05-04-1.457129
O estaleiro Drydocks World, que hĂĄ um mĂȘs correu risco de insolvĂȘncia sob o peso de uma dĂvida de US$ 2,2 bilhĂ”es, selou acordo com a BIG InvestConsult, da SuĂça, para a construção em Dubai de um hotel subaquĂĄtico â duas estruturas conectadas, uma dentro da ĂĄgua e outra na superfĂcie. O projeto estĂĄ orçado em US$ 120 milhĂ”es.
Antonio Carlos Prado e Laura Daudén - Fonte: Isto à - Edição 2217.
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PROFESSOR TOM COELHO
www.tomcoelho.com.br www.setevidas.com.br. (Confira o logo do FM - http://www.tomcoelho.com.br/sites.asp?PN=3&intervalo=10&t=)
Apesar de vocĂȘs
* por Tom Coelho
"Quem tem um porquĂȘ suporta qualquer como." (Viktor Frankl)
Emmanuelle Garrido tem formação em Direito e ocupa cargo de chefia. Apesar de ser deficiente visual desde os seis meses de idade.
Monique Romano Ă© gerente comercial e conseguiu superar uma grave crise financeira em sua empresa. Apesar da queda expressiva nas vendas ocorrida em determinado perĂodo.
Giselle Dellatorre trabalha para melhorar a qualidade de vida de crianças com doenças reumåticas. Apesar da falta de incentivo governamental.
Rodney Santos celebra todos os anos sua maior conquista pessoal: a vitĂłria pela vida, apĂłs superar um cĂąncer. Apesar do pessimismo de muitos, anos atrĂĄs.
Todos os nomes mencionados sĂŁo de leitores, hoje amigos, com os quais me correspondo. NĂŁo sĂŁo celebridades, participantes de reality shows ou receberam heranças ou facilidades. SĂŁo pessoas diferentes porque decidiram enfrentar a mediocridade, o pessimismo, a negligĂȘncia.
à comum nos abatermos diante das dificuldades. E superdimensionå-las. Nossos problemas são sempre mais relevantes do que os dos outros. Contratempos revestem-se de tragédias. Sentimo-nos incapazes, impotentes, injustiçados.
A frase que introduz este texto Ă© do psiquiatra e psicĂłlogo austrĂaco Viktor Frankl, criador da logoterapia, segundo a qual o desejo de encontrar um significado para a vida Ă© a motivação bĂĄsica do comportamento de um indivĂduo. Estabelecer e perseguir um objetivo trilhando o prĂłprio destino Ă© aspecto mais relevante do que satisfazer instintos e aliviar tensĂ”es, como sustenta a psicanĂĄlise convencional.
Frankl pertencia Ă corrente judaica socialista marxista, a classe de judeus mais odiados por Hitler. Passando por quatro campos de concentração entre 1942 e 1945, perdeu os pais, a esposa e um irmĂŁo, sofrendo com os maus tratos e a fome. Mas sobreviveu, por seus princĂpios e por seus propĂłsitos.
Teorizando a partir de suas observaçÔes e sua prĂłpria experiĂȘncia, Frankl observou que um indivĂduo pode encontrar um sentido para sua vida a partir de trĂȘs vias (com base nos escritos do filĂłsofo Rubem Queiroz Cobra):
1. Criando um trabalho, realizando um feito notĂĄvel ou sentindo-se responsĂĄvel por terminar um trabalho que depende fundamentalmente de seus conhecimentos ou de sua ação. Aqui poderĂamos relacionar as contribuiçÔes de personalidades como Pasteur, Einstein e Bohr, entre outros.
2. Experimentando um valor, algo novo, ou estabelecendo um novo relacionamento pessoal. Esse é o caso de uma pessoa que estå consciente da responsabilidade que tem em relação a alguém que a ama e espera por ela. O amor incondicional de uma mãe por um filho exemplifica essa tese.
3. Pelo sofrimento, suportando as amarguras inevitĂĄveis diante da consciĂȘncia de que a vida ainda espera muito de sua contribuição em relação Ă s demais pessoas, como aconteceu com o prĂłprio Frankl.
Nestes trĂȘs casos, a resposta do indivĂduo deixa de ser a perda de tempo em conversas e meditação, e se torna a ação correta e a conduta moral objetiva.
Tenho visto empresas que produzem e geram empregos, apesar dos juros elevados, da carga tributåria indecente, da carestia das linhas de crédito.
Tenho visto profissionais que sĂŁo promovidos, apesar de uma formação acadĂȘmica deficitĂĄria, da ausĂȘncia de um MBA ou da fluĂȘncia em outro idioma.
Tenho visto pessoas que praticam açÔes filantrópicas, levando consigo o carinho do olhar, o calor do abraço e o conforto da palavra, apesar de pessoalmente não necessitarem disso.
Tenho visto casais que se reconciliam e amantes que se saciam, apesar das divergĂȘncias e da eventual discĂłrdia.
Aprecio muito o conceito de resiliĂȘncia, a capacidade de superar adversidades. E meu amigo Roberto AmbrĂłsio presenteou-me com uma metĂĄfora sobre o boxe, um esporte duro e violento que nos lega de forma muito especial o conceito de assimilação.
Um boxeador toma um direto de direita e assimila, bem ou mal, o choque sofrido. Assimilar Ă© tornar-se semelhante a. Como se o golpe passasse a ser uma parte da prĂłpria pessoa, modificando-a externa e internamente. O boxeador sofre, baqueia, devolve a energia potencial em forma de persistĂȘncia (permanecer em pĂ©), ou em forma de contragolpes defensivos, mas acima de tudo aprende enquanto assimila. Aprende que a guarda deveria estar mais alta, que a esquiva deveria ocorrer um dĂ©cimo de segundo antes. Aprende com a dor e aprende sozinho.
TambĂ©m tenho aprendido a oferecer menos resistĂȘncia aos sacrifĂcios impostos, a suportar melhor as dificuldades, a ser mais tolerante. E a encontrar um sentido para a vida. Apesar dos que a tudo isso se opĂ”em.
* Tom Coelho Ă© educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 paĂses. Ă autor de "Somos Maus Amantes - ReflexĂ”es sobre carreira, liderança e comportamento" (Flor de Liz, 2011), "Sete Vidas - LiçÔes para construir seu equilĂbrio pessoal e profissional" (Saraiva, 2008) e coautor de outras cinco obras. Contatos atravĂ©s do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.
PROFESSOR X
COTA: EM QUANTAS PARTES?
A palavra cota â ou quota, numa grafia alternativa e de emprego minoritĂĄrio â transformou-se, movida por uma legĂtima tendĂȘncia da lĂngua Ă concisĂŁo, na senha que identifica a polĂtica de reserva racial para estudantes de origem negra nas universidades brasileiras, que o Supremo Tribunal Federal aprovou por unanimidade.
Como se sabe, tal metonĂmia tem origem no fato de que uma cota (ou seja, fração, parte, parcela) do total de vagas nos exames de acesso a instituiçÔes de ensino superior â 20% no caso da Universidade de BrasĂlia, que motivou a ação julgada agora â Ă© reservada a candidatos que se declararem negros e assim forem confirmados por uma comissĂŁo.
A curiosidade pouco sabida Ă© que o substantivo cota, tĂŁo identificado com uma das polĂticas abrigadas sob o guarda-chuva da chamada âação afirmativaâ, teve origem numa expressĂŁo interrogativa do latim. Quot queria dizer âquantosâ. Hora quota est?, por exemplo, era âque horas sĂŁo?â. Nosso substantivo cota, uma palavra do sĂ©culo 16, veio da interrogação quota pars?, isto Ă©, âem que nĂșmero de partes?â.
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/ - 28/04/12.
PROFESSORA PASQUALINA
COMO SER DESONESTO COM AS PALAVRAS
HĂĄ muitas formas de ser desonesto com as palavras. Uma parte substancial delas envolve a tentativa de engambelar ou intimidar o interlocutor dando-lhe a impressĂŁo de que nĂŁo alcança aquilo que dizemos quando, na verdade, aquilo que nĂŁo dizemos Ă© tudo o que queremos dizer. Trata-se de um truque especialmente caro Ă alma brasileira, e existem trĂȘs caminhos bĂĄsicos para logrĂĄ-lo: por meio do vocabulĂĄrio preciosista, do raciocĂnio tortuoso ou de ambos.
VocabulĂĄrio: âUma precipitação pluviomĂ©trica potencial dĂĄ mostras de se abrigar nos alvĂ©olos plĂșmbeos daqueles cĂșmulos-nimbos a boresteâ. Tradução: âVai choverâ.
RaciocĂnio: âA manifestação da aparĂȘncia nos acena com um vazio de bom tempo onde, a rigor, o que estĂĄ sendo gerado Ă© uma plenitude de tempo ruimâ. Tradução: âVai choverâ.
O hermetismo de vocabulĂĄrio Ă© mais popular nos meios jurĂdicos, enquanto o de raciocĂnio faz muito sucesso em cĂrculos acadĂȘmicos. Quando o vocabulĂĄrio preciosista se une ao raciocĂnio tortuoso, temos o juridiquĂȘs terminal ou o academiquĂȘs cascudo, ambos de efeitos devastadores para a inteligĂȘncia. Em respeito Ă sacrossanta paz de espĂrito do domingo, o leitor serĂĄ poupado de exemplos.
Nem sempre, porĂ©m, a desonestidade com as palavras consiste em fazĂȘ-las passar por cima da cabeça do outro. NĂŁo Ă© menos desonesto o expediente de baratear a mensagem, vendĂȘ-la no saldĂŁo demagĂłgico da ignorĂąncia. Graciliano Ramos acusava certos escritores modernistas de cometer tal crime ao agredir propositalmente a lĂngua para afetar, de forma paternalista, uma origem popular que nĂŁo era a deles, fazendo jus a um estranho elogio: âComo eles sabem escrever mal!â.
Entre a altitude rarefeita e o fundo do poço, entre o hermetismo e a liquidação, a sintonia fina da honestidade com as palavras deve ser buscada. NĂŁo Ă© tarefa fĂĄcil, mas de seu sucesso talvez dependa mais que uma virtude moral: hĂĄ quem diga que o prĂłprio futuro da civilização estĂĄ em jogo. E o pior Ă© que nem todos os perigos residem aĂ. HĂĄ casos em que a desonestidade com as palavras, expressa em portuguĂȘs claro, Ă© sĂł desonestidade mesmo:
âNunca vi essa mulher mais gorda. Essa mancha Ă© do seu batom, querida. NĂŁo, esta cueca nĂŁo Ă© minha. Nem do meu tamanho Ă©, repare. Eu jĂĄ disse que nĂŁo sabia de nada!â
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/ - 29/04/12.
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