BRASIL 2.0
17/06/2010 -
MARILENE CAROLINA
REBELIĂO DIGITAL
English:
http://www.webcitizen.com.br/en/
Brazilian projects:
http://www.webcidadania.org.br/
A ONU (Organização das NaçÔes Unidas) decidiu disseminar mundialmente uma experiĂȘncia desenvolvida por brasileiros, batizada de "Votenaweb". Ă uma daquelas soluçÔes simples e baratas: uma plataforma na internet fornece didaticamente informaçÔes sobre os projetos em tramitação no Congresso, permitindo uma votação virtual, acessĂvel a todos, com direito a debate. Dali se podia medir, por exemplo, o monumental apoio a iniciativas como a exigĂȘncia de ficha limpa aos candidatos.
Lançado em novembro de 2009 pela Webcitizen, o projeto ganhou a adesĂŁo da ONU depois de ser apresentado em Washington, no mĂȘs passado, em uma conferĂȘncia sobre como usar os meios digitais para facilitar o acesso a informaçÔes pĂșblicas -a Nasa, o Google e a IBM eram alguns dos expositores.
AlĂ©m de ser um modelo fĂĄcil de ser multiplicado, o "Votenaweb" Ă© um jeito Ăłbvio de entrar nas redes sociais e de tentar atrair os jovens para a polĂtica. Pode-se dizer que Ă© quase um jogo interativo.
Nessa experiĂȘncia, estamos vendo jovens que, seduzidos pela tecnologia da informação e distantes dos partidos polĂticos e dos clichĂȘs ideolĂłgicos, fazem uma rebeliĂŁo digital contra a falta de transparĂȘncia no uso dos recursos pĂșblicos. SerĂĄ que estaria aĂ um Brasil 2.0?
Com mestrado em transparĂȘncia pĂșblica e tecnologias, Daniela Bezerra da Silva ajudou a formar o grupo batizado de "TransparĂȘncia HackDay". "HĂĄ uma enorme desproporção entre a capacidade dos governos de serem precisos quando cobram impostos e a de serem precisos quando prestam informaçÔes", diz ela.
O que se quer, em sĂntese, Ă© ter acesso nĂŁo sĂł aos relatĂłrios publicados na internet, a maioria deles desinteressantes e incompreensĂveis, mas tambĂ©m aos dados primĂĄrios. Estes sĂŁo devidamente traduzidos e, depois, divulgados pela rede. Ă aĂ que entra a habilidade de navegação pelos computadores.
Desse grupo de rebeldes digitais nasceu uma investigação sobre a prestação de contas dos vereadores de São Paulo, apresentada sem detalhamento na pågina da Cùmara Municipal. Descobriu-se com precisão como e quanto gasta cada um dos parlamentares.
As descobertas foram aproveitadas por outro movimento digital, batizado de "Adote um Vereador": um grupo de pessoas "adota" um vereador, que Ă© acompanhado diariamente por uma pĂĄgina da internet conectada Ă s redes sociais.
Entrou-se no banco de dados do Serviço de Atendimento ao Cidadão de São Paulo. Nessa base, são registradas as queixas da população, que, entretanto, não tem como acompanhar o encaminhamento dado a elas. Conseguiu-se montar um mapa das reclamaçÔes bairro a bairro -viu-se, aliås, que os ricos reclamam mais do que os pobres.
Para enfrentar esse problema, o projeto Urbanias recebe as reclamaçÔes dos moradores paulistanos, publica-as em um site e acompanha o processo nas repartiçÔes municipais. Assim, o cidadão consegue seguir, passo a passo, o trùmite da sua demanda.
O site "Cidade DemocrĂĄtica" desenvolve fĂłruns em inĂșmeras cidades brasileiras, em que se apresentam queixas e soluçÔes para problemas locais.
Estudantes da cidade de SĂŁo Paulo mapearam os recursos existentes em torno de suas escolas e, com base nesses dados, montaram blogs. Os blogs foram para um portal Ășnico, que, batizado de "Palco Digital", vem convertendo as cidades em espaços de aprendizagem - o projeto agora Ă© disseminado em todo o Brasil pelos ministĂ©rios da Educação e da Cultura.
Esses sĂŁo apenas exemplos de como as novas tecnologias conseguem remodelar a relação dos cidadĂŁos com o poder, a começar da esfera local. A rebeliĂŁo digital nĂŁo sĂł integra um movimento mundial de transparĂȘncia mas tambĂ©m fomenta o uso da tecnologia da informação para criar comunidades mais inteligentes.
Talvez, nesse Brasil 2.0, a polĂtica, com seus palĂĄcios e envelhecidas tribunas, vista de tĂŁo longe pelos jovens, possa ficar muito mais prĂłxima deles -graças Ă disseminação das redes sociais, tĂŁo prĂłximas como a tela do computador.
PS - VocĂȘ pode conhecer melhor essas e outras experiĂȘncias no site http://www.webcidadania.org.br/.
Gilberto Dimenstein (www.dimenstein.com.br/) - Fonte: Folha de S.Paulo - 13/06/10. Mais detalhes do Webcitizen:
http://www.webcitizen.com.br/en/
PAPEL DE PAREDE - HAVAĂ
Estados Unidos Lembrando uma escultura de vidro, uma parede de ĂĄgua com 1,20 metro de altura - resultante do choque de duas ondas nos baixios prĂłximos Ă ponta Kaena, em Oahu, HavaĂ - reflete as cores intensas da alvorada. Foto de Clark Little.
Confira: http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/papeis-de-parede/papeis-parede-junho-565032.shtml?foto=6p.
Fonte: National Geographic - Edição 123.
ENTRE VUVUZELAS
NĂŁo importa o narrador, o comentarista, o entrevistado, o canal. Quem sempre estĂĄ lĂĄ, em todos os jogos e em todos os ouvidos, Ă© ela, a famigerada vuvuzela.
Plana e monocĂłrdia, tudo iguala-se em sua pasta sonora persistente e triste. NĂŁo nos deixa ouvir o colorido das vozes, dos gritos e dos cĂąnticos das diversas torcidas. TotalitĂĄria, impĂ”e seu fom-fom funhanhado aos nossos fatigados tĂmpanos.
Prefiro sotaques. O do Neto, na Band, Ă© caipira dos bĂŁo. Comentarista Monteiro Lobato, direto do "SĂtio do Picapau Amarelo", mandou bem ao observar que a vuvuzela "atrapaia". JĂĄ Edmundo, o outro lado da Band, Ă© carioquĂ©rrrimo. E fiquei pasmo ao ouvi-lo considerar o juiz bonzinho na distribuição de cartĂ”es. Do gramado ao microfone, mudança animal.
JĂĄ o CasĂŁo vai de paulistanĂȘs. Pelamordideus! Adoro. Ontem lembrou ao GalvĂŁo o nome do ator que fazia o DrĂĄcula. Bela Lugosi. "Muito bem, Casagrande", agradeceu o inenarrĂĄvel narrador. Copa tambĂ©m Ă© cultura.
Marcos Augusto Gonçalves - Fonte: Folha de S.Paulo - 14/06/10.
JOGOS PAN-AMERICANOS ESCOLARES
Enquanto o Brasil inteiro "respira" Copa do Mundo, Juiz de Fora estĂĄ na contagem regressiva para o inĂcio dos Jogos Pan-Americanos Escolares, marcado para 23 de agosto. Na semana passada, foi aberta a votação para a escolha do nome da capivara que Ă© o mascote da competição. Os votos podem ser depositados em uma urna instalada no parque Halfeld atĂ© domingo que vem (20). TambĂ©m dĂĄ para opinar pelo site da prefeitura (www.pjf.mg.gov.br). SĂŁo quatro opçÔes: Capi (capivara), Essai (olho pequeno, em tupi-guarani), PuĂŁ (redondo, em tupi-guarani) e Jota (remetendo a Juiz de Fora).
Ălder Martinho - Fonte: O Tempo - 13/06/10.
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