CRIATIVIDADE NO MARKETING
06/07/2013 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES (HOSPITAL SAN JUAN DE DIOS)
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Este Ă© um vĂdeo que foi feito pelo cantor Macaco com trabalhadores e pacientes do 8ÂȘ andar (oncologia) do hospital infantil San Juan de Dios em Barcelona para recolher fundos para a investigação do cĂąncer.
Cada vez que abras o vĂdeo entrarĂŁo 5 cents para a causa, assim que espero que o abra e que o reenvie a todos seus amigos. Ă por uma boa causa.
http://www.youtube.com/watch_popup?v=8WATgU5PduE&feature=youtu.be
Dra. Esther BanĂșs Gasol
Adjunto del Servicio de AnestesiologĂa
Hospital San Juan de Dios - Barcelona
Tel. 936 009 791 Fax: 932 532 149
Fonte: Maria LĂșcia (Colaboração: A. M. Borges)
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PROFESSOR TOM COELHO
www.tomcoelho.com.br
O fim do pĂŁo e circo
* por Tom Coelho
âSĂł hĂĄ duas opçÔes nesta vida: se resignar ou se indignar.â
(Darcy Ribeiro)
Junho de 2006, Alemanha. A Copa do Mundo transcorria e a mĂdia em nosso paĂs sĂł tratava disso. Jornais impressos com cadernos exclusivos, noticiĂĄrios no rĂĄdio e na TV com blocos inteiros dedicados ao assunto. Comentaristas esportivos e ex-atletas, atores e atrizes, mĂșsicos e colunĂĄveis, todos denotando licença poĂ©tica para opinar sobre resultados, lances e escalaçÔes, fazendo prognĂłsticos como se fossem cientistas, criticando como se pudessem nortear decisĂ”es.
As cidades desfilavam um colorido em verde e amarelo, com bandeiras tremulando nas sacadas dos edifĂcios, nas janelas dos veĂculos, nas mĂŁos dos pedestres. Durante os jogos, ruas desertas, comĂ©rcio fechado, indĂșstria em recesso.
Enquanto isso, o Parlamento deixava de votar importantes projetos, empresas adiavam investimentos, escĂąndalos polĂticos eram engavetados pela memĂłria. A pĂĄtria de chuteiras repetia seu ritual de cada quatro anos, por pacotes de alegria de 90 minutos. Em torno da bola, uma capacidade Ămpar de uniĂŁo e civismo.
Por que estou remetendo a memĂłria a este perĂodo? Porque em 23 de junho daquele ano publiquei um artigo intitulado âPĂŁo, circo e o patriotismo da bolaâ, onde relatava o cenĂĄrio acima e acrescentava: âQuisera eu ver igual demonstração de organização por outras causas. Pela educação, pela saĂșde, pelo controle dos gastos pĂșblicos, pela diminuição da carga tributĂĄria, pela segurança, pela redução das desigualdades sociais, pela Ă©tica na polĂtica. Com telas e telĂ”es como coliseus, e jogadores como gladiadores, temos nosso devotado circo. Com o bolsa-famĂlia, o aumento do salĂĄrio mĂnimo e a correção da tabela do imposto de renda, temos nosso pĂŁo. Descalços, desdentados, descamisados, mas brevemente felizesâ.
O texto poderia ser o mesmo nĂŁo fossem os eventos das Ășltimas semanas. A pressĂŁo popular, o clamor das ruas, começa a surtir efeito. Um deputado federal tem sua prisĂŁo decretada pelo STF. O Senado aprova projeto de lei tornando a corrupção crime hediondo e a CĂąmara dos Deputados derruba a PEC 37. Reajustes de tarifas sĂŁo revogados ou adiados. LicitaçÔes sĂŁo canceladas e CPIs instaladas. O debate em torno da reforma polĂtica entra em pauta.
A frase que prefacia o texto, de autoria do antropólogo Darcy Ribeiro, foi utilizada hå sete anos face à resignação. Hoje, pela indignação.
Vivemos um momento singular em nossa história. E é essencial que a reflexão e o debate não arrefeçam, mas sim avancem no sentido de empreendermos as mudanças que se fazem necessårias.
A paixĂŁo e a alegria do futebol podem e devem persistir, respaldadas por um senso de cidadania hĂĄ tempos nĂŁo observado como o entoar do hino nacional no prenĂșncio de cada partida. Mas que fique claro que nĂŁo hĂĄ mais espaço para a polĂtica do pĂŁo e circo.
* Tom Coelho Ă© educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 paĂses. Ă autor de âSomos Maus Amantes â ReflexĂ”es sobre carreira, liderança e comportamentoâ (Flor de Liz, 2011), âSete Vidas â LiçÔes para construir seu equilĂbrio pessoal e profissionalâ (Saraiva, 2008) e coautor de outras cinco obras. Contatos atravĂ©s do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.
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