FALANDO NO TĂXI
06/04/2013 -
FALOU NO FM? TĂ FALADO!
O ARTISTA
English:
Nytimes.com/cab-riders-riffs-secretly
The site:
http://danieljwilson.com/
9Y40 â
http://www.9y40.com/
Volunteer Lawyers for the Arts -
http://www.vlany.org/
http://www.facebook.com/vlany.org
Artista grava conversas com passageiros de seu tĂĄxi para obra...
A carreira dele como taxista em Nova York começou com um plantão noturno, uma ùnsia criativa e uma ousada interpretação das leis de privacidade.
Ela o levou, recentemente, a percorrer as exposiçÔes de arte no West Side de Manhattan na esperança de convencer a elite cultural local de que, com a trilha sonora correta, até um tåxi amarelo pode virar uma galeria.
Entrementes, Daniel Wilson -artista, documentarista e, desde 2011, taxista credenciado no Brooklyn- gravou secretamente as conversas dos seus passageiros, juntou os melhores trechos e colocou o produto final no seu tĂĄxi, tocando os clipes para os passageiros.
"Esse Ă© o mundo em que as pessoas agem como se vocĂȘ nĂŁo existisse, embora vocĂȘ esteja a um metro de distĂąncia", disse recentemente Wilson, 35, no banco da frente do seu carro. "VocĂȘ fica com esse fragmento da pessoa."
à claro que, ao contrårio de um balconista de bar, de quem se espera pelo menos um falso interesse pelas histórias dos seus clientes habituais, um taxista raramente fica sabendo de confissÔes explosivas, rompimentos ruidosos, fofocas de escritório e telefonemas induzidos pelo whisky no fim da madrugada.
A obra de 37 minutos criada por Wilson, chamada "9Y40" (por causa do cĂłdigo do tĂĄxi que ele usou durante as gravaçÔes), baseia-se em um perĂodo de quatro semanas rodando das 17h Ă s 5h. Ela inclui uma observação sobre tendĂȘncias da moda ("Galhadas estĂŁo tĂŁo em alta atualmente"), a introspecção de um solteirĂŁo ("Sou extremamente namorĂĄvel e interessante, mas eu nĂŁo namoraria comigo mesmo") e as queixas de uma mulher sobre a felicidade da sua irmĂŁ ("Kelly nĂŁo Ă© uma infeliz solitĂĄria, ela tem um marido maravilhoso. Ela tem amigos -isso que Ă© doentio"). HĂĄ tambĂ©m muitos palavrĂ”es.
O que nĂŁo Ă© certeza Ă© se as gravaçÔes de Wilson foram obtidas legalmente. Embora vigore em Nova York o chamado "consentimento de uma parte" -conversas podem ser legalmente gravadas se apenas um dos participantes souber disso-, juristas dizem que as interaçÔes de Wilson com seus passageiros podem nĂŁo constituir "conversas". Ele com frequĂȘncia se empenhava em ficar quieto, contou, deixando que seus passageiros falassem sem serem provocados.
Wilson disse que, antes de apresentar sua obra, buscou orientação da entidade Advogados Voluntårios para as Artes.
Foi informado de que, embora os passageiros ouvidos na obra pudessem processĂĄ-lo para impedir o uso da gravação, ele dificilmente enfrentaria sĂ©rios problemas jurĂdicos.
A Comissão de Tåxis e Limusines de Nova York não informou se as gravaçÔes violam alguma regra, mas o seu diretor, David Yassky, disse que Wilson mostrou "péssima avaliação".
Ele acrescentou que a prefeitura vai decidir se Ă© preciso instituir alguma regra para tratar de circunstĂąncias semelhantes no futuro.
Para mostrar sua obra, Wilson recentemente guiou seu tåxi entre feiras de artes, concentrando seus esforços na Semana de Artes do Armory, de cinco a dez de março. Num såbado recente, ele mostrou seu trabalho a passageiros com um sistema de som instalado no assento traseiro do tåxi e se recusou a cobrar -pela corrida e pela audição.
A passageira Victoria Reis, 42, que havia ido de Washington a Nova York para ver as exposiçÔes do Armory, achou o projeto "o menos pretensioso e o mais experimental" que ela vira na semana inteira. Ela lhe deu US$ 20 de gorjeta.
Matt Flegenheimer â Fonte: Folha de S.Paulo â 01/04/13.
Reportagem original em inglĂȘs do âThe New York Timesâ:
Nytimes.com/cab-riders-riffs-secretly
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http://danieljwilson.com/
9Y40 â
http://www.9y40.com/
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MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
ORIGEM DA EXPRESSĂO: BALACOBACO
No idioma banto, da regiĂŁo onde hoje estĂĄ o ZimbĂĄbue, as pessoas se cumprimentavam com a expressĂŁo âbalacobacoâ. O significado da palavra Ă© âmeu amigoâ, âmeu parceiroâ. Era uma das interjeiçÔes mais comuns para demonstrar amizade e companheirismo. O termo foi trazido pelos escravos que chegaram ao Brasil desde o sĂ©culo 16 e se incorporou no idioma portuguĂȘs. Hoje, se dizemos que algo Ă© do balacobaco, significa que essa coisa Ă© Ăłtima, maravilhosa.
Fonte: Almanaque Brasil (http://www.facebook.com/#!/almanaquebr?fref=ts) â Março 2013 â NĂșmero 167.
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