FALANDO EM PIPOCA
30/11/2012 -
FALOU NO FM? TĂ FALADO!
THE POPINATOR
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Na boquinha...
Diga âpopâ e esse disparador arremessa uma pipoca diretamente na sua boca, sem erro, a atĂ© 15 metros. Um sistema de microfones calcula a distĂąncia do disparo com base no tempo de viagem do som. SĂł nĂŁo Ă© melhor porque Ă© preciso colocar pipocas jĂĄ prontas.
Tech â Fonte: Super Interessante â Edição 311.
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MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
FARO
De um conhecedor do JudiciĂĄrio, que foi ao Congresso Brasileiro de Magistrados, em BelĂ©m, no qual reuniram-se cerca de 2.000 juĂzes:
"Deixando de lado o fato de que os nomes dos ministros Carlos Ayres Britto e Joaquim Barbosa eram ovacionados, os ataques dos petistas ao julgamento do mensalĂŁo resultaram num clima ruim para eles, num plenĂĄrio onde dispunham de razoĂĄvel simpatia".
Elio Gaspari â Fonte: Folha de S.Paulo â 25/11/12.
NOSSAS UNIVERSIDADES PRECISAM FALAR INGLĂS
Nosso ensino superior estå se internacionalizando. à uma via virtuosa: as instituiçÔes se internacionalizam porque se qualificam e se qualificam porque se internacionalizam.
Hå um pequeno fluxo de estudantes de graduação europeus que passam alguns anos da sua formação em nossas melhores universidades em programas de duplo diploma.
Na pĂłs-graduação, o Brasil Ă© um destino importante para estudantes de paĂses vizinhos. O Brasil Ă© extremamente atraente para eles: tem um sistema universitĂĄrio desenvolvido; oferece formação de primeira linha; ao contrĂĄrio do que ocorre na maioria dos paĂses, nĂŁo cobra taxas ou mensalidades de nenhum estudante, brasileiro ou estrangeiro; hĂĄ abundĂąncia de bolsas e oportunidades de financiamento. Falamos uma lĂngua facilmente acessĂvel para quem fala espanhol.
Mas os resultados atuais estão muito aquém do que poderiam ser.
O Brasil ainda tem um nĂșmero pequeno de universidades entre as 500 melhores do mundo. O nĂșmero de alunos estrangeiros no Brasil Ă© bastante reduzido. HĂĄ mais estudantes norte-americanos na Argentina do que no Brasil. Isso se deve Ă preferĂȘncia dos estudantes por um paĂs que fala espanhol, mas tambĂ©m pela disponibilidade de programas de graduação em inglĂȘs.
As universidades brasileiras deveriam considerar a possibilidade de oferecer cursos superiores em inglĂȘs -de preferĂȘncia atĂ© completos- juntamente com o portuguĂȘs.
Na idade média, quando as universidades foram criadas, as pessoas cultas se comunicavam em latim. Graças ao latim, um estudioso de Oxford ou de Bolonha no século 12 podia trocar ideias com alguém de Salamanca ou da Sorbonne.
Com o passar do tempo, o latim caiu em desuso e o inglĂȘs tomou conta do universo universitĂĄrio. Atualmente nĂŁo existe nenhuma conferĂȘncia internacional importante que nĂŁo adote o inglĂȘs como lĂngua franca. Ă fundamental para o avanço do conhecimento que pesquisadores possam se comunicar e se fazer entender diretamente.
NĂłs, brasileiros, historicamente temos resistido a introduzir o inglĂȘs como lĂngua de instrução nas nossas universidades.
HĂĄ quem afirme que ensinar em inglĂȘs seria renunciar Ă soberania nacional, como se a nossa nacionalidade estivesse estritamente associada a falar portuguĂȘs. NĂŁo se tem notĂcia de que algum paĂs nĂŁo anglĂłfono no qual hĂĄ ensino superior em inglĂȘs (como Portugal, berço da lĂngua portuguesa) tenha renunciado a sua nacionalidade por isso.
Outra posição recorrente Ă© a do esforço: alguĂ©m realmente interessado em estudar no Brasil deveria aprender a lĂngua.
Em tese, isso estĂĄ correto. Na prĂĄtica, os estudantes preferem dirigir-se a paĂses onde as aulas sĂŁo dadas em inglĂȘs. Eles sentem-se muito mais seguros com a garantia de que a lĂngua nĂŁo serĂĄ um problema para o aproveitamento de sua estada.
Na verdade, se ensinĂĄssemos regularmente em inglĂȘs estarĂamos fazendo muito mais pela divulgação e expansĂŁo da cultura brasileira e da lĂngua portuguesa.
Uma Ășltima objeção Ă© que isso elitizaria ainda mais as jĂĄ elitizadas universidades brasileiras. Isso talvez fosse correto se deixĂĄssemos de ensinar em portuguĂȘs. No entanto, a coexistĂȘncia de cursos em inglĂȘs e portuguĂȘs ofereceria oportunidades para estudantes brasileiros conviverem com estrangeiros e aperfeiçoarem sua proficiĂȘncia em inglĂȘs.
Foi divulgado recentemente que no programa CiĂȘncia sem Fronteiras foram concedidas duas vezes mais bolsas para Portugal e Espanha do que para o Reino Unido, os Estados Unidos e a AustrĂĄlia, onde se concentram as melhores universidades do mundo.
Isso sĂł pode ser explicado pela deficiĂȘncia na formação dos estudantes em inglĂȘs. Ă urgente mudar isso.
Os primeiros passos para uma internacionalização efetiva do nosso ensino superior jĂĄ foram dados. Falta sermos mais atraentes para estudantes de todo o mundo, como somos atualmente para os estudantes latino-americanos. Falta termos mais resultados de pesquisas publicados em inglĂȘs. PublicaçÔes acadĂȘmicas em inglĂȘs atingem a um pĂșblico muito maior e tĂȘm mais impacto sobre o desenvolvimento cientĂfico e cultural da humanidade.
O Brasil tem tudo para se tornar um centro importante mundial de ensino superior. Precisamos saber aproveitar a oportunidade histĂłrica.
Leandro Tessler, 50, Ă© professor do Instituto de FĂsica Gleb Wataghin da Unicamp e assessor para internacionalização da universidade â Fonte: Folha de S.Paulo â 25/11/12.
Instituto de FĂsica Gleb Wataghin da Unicamp â
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