OS DIPLOMAS CHEGARAM...
28/03/2007 -
FORMANDOS & FORMADOS
MSD - MOVIMENTO DOS SEM DIPLOMA
E a campanha: EU QUERO O MEU DIPLOMA!, acabou...pelo menos por enquanto.
Quando cada vez mais alunos egressos começavam a aderir à campanha, fonte segura, nos informou que os diplomas, da turma que se formou no final de 2005, jå estão na FNH. Os alunos egressos ainda não foram comunicados, mas o FM informa: Podem ir à Faculdade pegar os seus diplomas.
HĂLIO BOB PAI
O moço estĂĄ aderindo Ă geração saĂșde. EstĂĄ jogando bola uma vez por semana e o resto da semana anda mancando. AlĂ©m disso, fala que o problema Ă© o meiĂŁo!!!! Iça! SaĂșde Ă© o que interessa, o resto nĂŁo tem pressa.
FELIZ PĂSCOA
PĂĄscoa Ă© tempo de vida. Ă tempo de libertação em vocĂȘ e naqueles que vocĂȘ faz renascer.
PĂĄscoa Ă© tempo de esperança quando vocĂȘ deixa marca na sua passagem.
Ă tempo de novidade porque vocĂȘ pode renovar tudo. Renove-se!
Marque sua presença com a vida que faz desabrochar coisas novas. à Påscoa!
Cante com alegria em sua vida a canção da esperança.
Sorria e continue andando porque Ă© uma alegria poder caminhar.
Sinta a felicidade de transformar-se em um novo ser.
Cada dia que passa vocĂȘ faz PĂĄscoa!
Påscoa é tornar as coisas novas. à libertação. à o encaminhamento do amanhecer.
PĂĄscoa Ă© vocĂȘ doando Paz e Amor!
(Colaboração: A.M.B.)
O BRASILEIRO
Enquete da Folha com 200 pessoas tenta mapear os nomes que mais se destacaram na histĂłria do paĂs; GetĂșlio Vargas Ă© o mais citado, seguido por Juscelino Kubitschek e Machado de Assis.
1Âș LUGAR: GetĂșlio Vargas
2Âș LUGAR: Juscelino Kubitschek
3Âș LUGAR: Machado de Assis
4Âș LUGAR: O povo
5Âș LUGAR: Rui Barbosa
6Âș LUGAR: Tiradentes
7Âș LUGAR: Santos Dumont
8Âș LUGAR: JosĂ© BonifĂĄcio
9Âș LUGAR: Tom Jobim
10ÂșLUGAR: D. Pedro 2Âș
11ÂșLUGAR: Oscar Niemeyer
SucessĂŁo de trĂȘs acasos criou o 1Âș dos trĂȘs GetĂșlios
Ele foi o aglutinador das forças que derrubaram a RepĂșblica Velha, o ditador do Estado Novo e o populista "pai dos pobres'.
Primeiro dos "acasos", hoje quase esquecido, Ă© seu passado de colaborador de Washington LuĂs, de quem foi ministro da Fazenda.
Quando se fala em GetĂșlio Vargas (1882-1954), a pergunta que se impĂ”e Ă©: qual GetĂșlio Vargas? Os trĂȘs mais importantes foram o aglutinador das forças que derrubaram a RepĂșblica Velha na Revolução de 30, o ditador do Estado Novo e o populista que ficou conhecido como o "pai dos pobres". O polĂtico gaĂșcho foi alçado Ă cena nacional por uma sucessĂŁo de acasos. Devido ao papel "revolucionĂĄrio" que desempenhou, Ă© praticamente esquecido o seu passado de colaborador do antigo regime, como ministro da Fazenda do presidente Washington LuĂs. A ocupação desse cargo, resultado de uma circunstĂąncia polĂtica regional que gerou a indicação, foi o primeiro acaso. NĂŁo demorou a ganhar a confiança do presidente. Ao despachar com Washington LuĂs, tinha a liberdade atĂ© para acender o indefectĂvel charuto diante de um homem que nĂŁo permitia que outros ministros fumassem nem cigarro em suasala. No fim do mandato, em outubro de 1930, GetĂșlio Vargas iria expulsĂĄ-lo do palĂĄcio do governo. Como ele chegou a essa posição-chave? Primeiro, por um lance polĂtico do qual nĂŁo fora o principal protagonista. Washington LuĂs, que representava SĂŁo Paulo no governo central, rompeu a polĂtica do cafĂ©-com-leite com Minas Gerais, e elegeu outro paulista, JĂșlio Prestes, para a PresidĂȘncia. Os mineiros foram entĂŁo procurar os gaĂșchos para, juntos, enfrentarem os paulistas. GetĂșlio, governador do Rio Grande do Sul, encabeçou a chapa. A oposição perdeu nas urnas e, aliada aos tenentistas que agitavam o paĂs desde 1922, cogitou pegar em armas. A idĂ©ia estava jĂĄ descartada quando -e este Ă© o terceiro acaso- o vice de GetĂșlio, JoĂŁo Pessoa, foi assassinado, vĂtima de um crime passional. Explorada politicamente, sua morte provocou comoção e desembocou na queda da RepĂșblica Velha. Centralizador, GetĂșlio soube aumentar seu poder. Derrotou os paulistas em 1932, mas, compreendendo A ditadura coincidiu com a Segunda Guerra Mundial. ApĂłs um jogo de cena inicial, em que procurava arrancar vantagens de americanos e nazistas, GetĂșlio optou pelos Aliados. O Brasil, sendo uma ditadura, lutava ao lado das democracias. Foi uma contradição que, assim que os conflitos cessaram, levaram a seu afastamento. A volta pelas urnas, em 1950, foi triunfal. Mas a crise nĂŁo tardou. Objeto de uma sĂ©rie de acusaçÔes, GetĂșlio viu-se isolado. Carlos Lacerda, o lĂder da oposição golpista, nĂŁo dava trĂ©gua. A situação ficou insustentĂĄvel apĂłs o atentado que Lacerda sofreu. Sem saĂda polĂtica, GetĂșlio matou-se dias depois. A população, que associava GetĂșlio a uma legislação paternalista, saiu Ă s ruas em protesto. Sua carta-testamento adiou em dez anos o golpe que seria dado em 1964.
OSCAR PILAGALLO Ă© jornalista e autor de "A HistĂłria do Brasil no SĂ©culo 20" (Publifolha)
CarismĂĄtico, Juscelino virou sinĂŽnimo de anos de crescimento, arte e alegria
Presidentes eleitos apĂłs a redemocratização de 1985 tentaram colar sua imagem Ă de Juscelino Kubitschek (1902-1976). NĂŁo Ă toa. JK criou a indĂșstria automobilĂstica e construiu BrasĂlia, o que seria suficiente para lhe garantir lugar de destaque na histĂłria.
Mas ele foi mais do que isso. Foi, talvez, o mais carismĂĄtico dos polĂticos do primeiro escalĂŁo, alĂ©m de ter dado a sorte de estar na PresidĂȘncia em 1958, quando o Brasil ganhou pela primeira vez a Copa do Mundo e surgiu a bossa nova. Ă esse conjunto de crescimento, arte e alegria que define o que se entende por "os anos JK".
Juscelino entrou para a polĂtica pela porta dos fundos. Em 1940, foi indicado prefeito de Belo Horizonte pelo interventor em Minas Gerais. Mas se redimiu com um governo dinĂąmico, marcado por inauguraçÔes, o que lhe valeu o apelido de "Prefeito FuracĂŁo".
Seu tempo de governador coincidiu com o Ășltimo governo de Vargas. JK aproximou-se do presidente e tornou-se seu herdeiro polĂtico. Eleito presidente em 1955, JK seria atacado pelas mesmas forças que haviam destruĂdo Vargas, e por pouco nĂŁo toma posse, finalmente garantida por um contragolpe constitucional liderado pelo marechal Lott.
Na PresidĂȘncia, anunciou que o paĂs cresceria 50 anos em 5. Foi, efetivamente, um perĂodo de forte expansĂŁo, embora ao custo de uma pressĂŁo inflacionĂĄria que levaria Ă crise econĂŽmica, simbolizada pelo rompimento com o Fundo MonetĂĄrio Internacional.
O saldo, porém, lhe é amplamente favoråvel. (OP)
IrĂŽnico, Machado sabia escrever "com a pena da galhofa e a tinta da melancolia'
A um ano do centenĂĄrio de sua morte, Machado de Assis (1839-1908) segue firme no posto de maior escritor brasileiro, uma opiniĂŁo praticamente consensual. A unanimidade Ă© tĂŁo grande que hoje poucos lembrariam que nem sempre foi assim.
O Bruxo do Cosme Velho sempre foi considerado um grande escritor, mas sua genialidade sĂł seria mundialmente reconhecida nas Ășltimas dĂ©cadas. NĂŁo hĂĄ exagero no "mundialmente". Traduzido para o inglĂȘs, Machado de Assis Ă© colocado ao lado dos grandes nomes da literatura por crĂticos como Harold Bloom, Susan Sontag e Albert Manguel.
Neto de ex-escravos, Machado captou o Rio de Janeiro dos oprimidos da sua infĂąncia e das elites que mais tarde freqĂŒentou. Seus personagens movem-se nesse ambiente, marcado pela ambigĂŒidade, que no entanto Ă© mais psicolĂłgica do que social. Ă um mundo sempre dividido, como o prĂłprio Machado, que, vivendo a transição para o regime republicano, politicamente declarava-se monarquista e abolicionista.
A primeira obra-prima foi "MemĂłrias PĂłstumas de BrĂĄs Cubas", que, em 1881, deu inĂcio Ă segunda e mais importante fase da carreira do escritor, consolidada com a publicação de "Quincas Borba" (1891) e "Dom Casmurro" (1881).
Ironia e sutileza estĂŁo entre as caracterĂsticas mais identificadas em seus romances. Um narrador escrevia "com a pena da galhofa e a tinta da melancolia". Uma personagem amou "por quinze meses e onze contos de rĂ©is". SĂŁo frases, como tantas outras, que estĂŁo incorporadas ao repertĂłrio do leitor contemporĂąneo. (OP)
Fonte: Folha de S.Paulo - 01/04/2007.
CUSTO DO TRANSPORTE DE CARGAS BRASILEIRO
HĂĄ condiçÔes para assegurar rentabilidade e uma competição saudĂĄvel. Os custos que uma empresa incorre na produção de um bem ou serviço podem ser classificados de diferentes maneiras. A mais comum Ă© a classificação em custos fixos e variĂĄveis. Essa classificação visa primordialmente a apoiar decisĂ”es empresariais, na medida em que se torna possĂvel calcular o quanto custa determinada atividade, recurso ou operação. No caso do transporte de cargas, clientes, produtos e rotas constituem os objetos de custeio mais comuns. Por exemplo, diferentes tipos de rotas (curtas, mĂ©dias e longas) podem ser considerados como os objetos de custo.
Os principais fatores que afetam o custo das rotas sĂŁo: distĂąncia, volume e peso. TambĂ©m merecem destaque: a capacidade do veĂculo, a facilidade de manuseio do produto, a facilidade de acomodação, o risco inerente ao carregamento, a sazonalidade, o tempo em espera para carregamento e descarregamento e existĂȘncia de carga de retorno. Tomando a distĂąncia percorrida como fator formador de custos, Ă© possĂvel determinar a seguinte classificação de itens entre custos fixos e variĂĄveis no transporte de cargas. Fixos (ou seja, nĂŁo variam com a distĂąncia percorrida): depreciação, remuneração do capital, custos administrativos, impostos e salĂĄrios. VariĂĄveis (ou seja, variam com a distĂąncia percorrida): pneus, Ăłleo, lavagem/lubrificação, combustĂvel, manutenção e pedĂĄgio. As decisĂ”es de transporte estĂŁo fortemente relacionadas com essa estrutura de custos, sendo fundamental para a adoção de polĂticas adequadas por parte das empresas contratantes. Por exemplo, quando um fabricante de bens de consumo escolhe o modal de transporte, normalmente observa que os custos dos modais aquaviĂĄrio e ferroviĂĄrio sĂŁo majoritariamente fixos, ao passo que no modal rodoviĂĄrio e no aĂ©reo predominariam os custos variĂĄveis com a distĂąncia e o peso.
Custos fixos elevados são mais adequados ao transporte de commodities e cargas de baixo valor agregado, ao passo que custos variåveis mais elevados refletem operaçÔes em que os prazos de entrega são a prioridade no transporte e os produtos são de maior valor agregado. Em recente pesquisa desenvolvida em conjunto com o IPEA e o IBGE, a partir dos dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) e publicada no livro "Estrutura e Dinùmica do Setor de Serviços no Brasil", verificou-se que os custos fixos atingem até 36% do faturamento no modal ferroviårio, ao passo que nas rodovias e no modal aéreo são, respectivamente, de 23 e 17%. Por outro lado, no transporte aéreo o total de custos variåveis e semivariåveis pode chegar até 70%, ante 48% nas rodovias e 45% nas ferrovias.
A quantidade de competidores em cada modal tambĂ©m afeta a estrutura de custos. Dados apontam mais de 46 mil transportadores rodoviĂĄrios de carga no Brasil; desses, apenas 3.040 podem ser considerados de mĂ©dio e grande portes, com mais de 20 funcionĂĄrios. Sem dĂșvida, esse grande contingente de pequenos transportadores rodoviĂĄrios (quase 43 mil) contribui para o excesso de oferta no setor, deprimindo o frete mĂ©dio e distorcendo a estrutura de custos, por meio de polĂticas de preços agressivas em que o objetivo do transportador autĂŽnomo Ă© simplesmente cobrir os custos variĂĄveis, sem remunerar seu capital.
Ă tambĂ©m nesse sentido, que a compreensĂŁo da estrutura de custos fixos e variĂĄveis do transporte de cargas tambĂ©m pode fornecer subsĂdios para a regulamentação setorial, assegurando uma rentabilidade mĂnima para o setor e ao mesmo tempo uma competição saudĂĄvel entre as empresas. Por exemplo, nos EUA a Interstate Commerce Commission analisa, hĂĄ dĂ©cadas, a relação entre o frete cobrado pelas ferrovias e os custos variĂĄveis de transporte. Suas polĂticas visam a assegurar que essa relação oscile entre determinados nĂveis mĂĄximos e mĂnimos, em virtude da intensidade da competição entre ferrovias e entre ferrovias e o transporte rodoviĂĄrio, a distĂąncia percorrida, o tamanho dos carregamentos e o tipo de carga. Os dados da pesquisa apontam que hĂĄ espaço no Brasil para esse tipo de ação.
Peter Wanke - Professor do Centro de Estudos em LogĂstica (CEL) do Coppead
Fonte: Gazeta Mercantil
(Colaboração: Brazil&Modal)