TURMAS IMPROVISADAS
12/09/2012 -
TURMAS DO FM
DESIGNER DEFENDE IMPROVISO NOS JOGOS
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Designer defends improvisation at the Olympics - Folha de S.Paulo ...
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Para criador das marcas da OlimpĂada e da ParalimpĂada do Rio, Fred Gelli, Ă© erro tentar copiar o evento de Londres. Professor diz que Brasil tem mais a ganhar que a Inglaterra e defende foco em cultura e economia criativa.
Para Fred Gelli, fundador da TĂĄtil Design de Ideias, consultoria responsĂĄvel por elaborar as marcas da OlimpĂada e da ParaolimpĂada do Rio de Janeiro, em 2016, a cidade nĂŁo pode ceder Ă tentação de promover Jogos similares aos da edição de Londres.
Professor de design e ecoinovação (inovação com inspiração na natureza) da PUC do Rio de Janeiro e especialista em "branding", Gelli avalia que a cidade farĂĄ "uma OlimpĂada para se apresentar ao mundo, embora quatro anos nĂŁo sejam suficientes para ter uma infraestrutura perfeita".
"SerĂŁo Jogos diferentes, e precisaremos lidar com nossas fraquezas. Em tempos de transparĂȘncia, nĂŁo Ă© mais possĂvel esconder as falhas", diz Gelli, que jĂĄ prestou serviços para empresas como Coca-Cola, Fiat e Brastemp.
JEITINHO
O criador da marca olĂmpica deixa claro que nĂŁo faz "apologia do jeitinho", mas afirma que serĂĄ preciso lidar com as caracterĂsticas brasileiras: "Um pouco de improviso, de fazer do nosso jeito, serĂĄ inevitĂĄvel".
O designer crĂȘ que o Rio terĂĄ transformação maior do que Londres pelo fato de a OlimpĂada pela primeira vez ocorrer na AmĂ©rica do Sul.
Se a infraestrutura da cidade não é similar à da capital britùnica, Gelli também avalia que o Rio de Janeiro tem mais a ganhar com a realização dos Jogos que Londres.
Gelli acredita que o principal conceito para o sucesso da OlimpĂada no Rio de Janeiro Ă© adequação.
"A natureza Ă© sĂĄbia: pinguim nĂŁo se transforma em camelo. Da mesma forma, o Rio nĂŁo vai ser Copenhague. Detesto quando dizem que a cidade precisa ser sustentĂĄvel como Copenhague Ă©. Temos trajetĂłrias e estruturas diferentes", afirma Gelli.
FAVELAS NO LUGAR
As polĂticas de remoção de favelas para dar lugar Ă s obras sĂŁo uma medida Ă qual o designer se opĂ”e.
"Essas comunidades tĂȘm valor, atmosfera especial e atraem visitantes. Ă preciso melhorar as condiçÔes de vida da população local."
Na construção da marca para a OlimpĂada, a TĂĄtil se baseou em conceitos ligados ao Rio e Ă maior competição esportiva mundial: natureza exuberante, diversidade harmĂŽnica, energia contagiante e excelĂȘncia.
Para Gelli, a cidade não tem um "plano de voo que ressoe suas principais potencialidades". Em sua opinião, o Rio deveria focar esforços na årea da economia criativa e de expressÔes culturais.
"Um exemplo de equĂvoco Ă© a construção das usinas nucleares em Angra dos Reis. NĂŁo faz sentido que um lugar tĂŁo bonito tenha esse tipo de instalação, destoa de seu potencial", critica Gelli.
Rodrigo Russo â Fonte: Folha de S.Paulo â 07/09/12.
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BIBLIOTECA DAS TURMAS DO FM
GOLPES BILIONĂRIOS
Falta de informação Ă© base de golpes histĂłricos, diz autor. Livro mostra esquemas e identifica caracterĂsticas comuns a golpistas.
Eles transformaram a fé - e uma pitada de ganùncia- de milhares de investidores em pilhas de dinheiro.
Com currĂculos recheados de golpes, os dez fraudadores reunidos em "Golpes BilionĂĄrios" (Gutenberg) mesclavam criatividade, charme e algum conhecimento de finanças.
Nada disso, porĂ©m, arregimentava mais vĂtimas do que as ofertas de ganhar muito dinheiro -apesar do lucro resultar de esquemas de investimento difĂceis de entender. A ausĂȘncia de informação, aliĂĄs, era um trunfo para esses criminosos.
Mesmo sem adotar um critério claro para selecionar os golpes, o escritor Kari Nars, ex-diretor do Banco Central da Finlùndia, pinça casos ora significativos pela grandiosidade ora por inaugurarem novas modalidades de fraudes.
No mesmo balaio, coloca grandes gatunagens como a de Victor Lustig, que vendeu a Torre Eiffel em 1925, e crimes financeiros como os de Bernard Madoff.
O mais engenhoso dos golpes ocorreu na Europa, de 1821 a 1834. ApĂłs voltar de uma expedição Ă AmĂ©rica, o general escocĂȘs Gregor MacGregor (1786-1845) convenceu os ingleses de que governava um paĂs chamado Poyais, no Caribe. O lugar nĂŁo existia, mas o status de monarca alçou MacGregor Ă corte do rei George 1Âș.
Vendeu terras na região fantasma e até conseguiu empréstimos para financiar sua colonização. Depois de os "colonos" reclamarem seus investimentos, informou estar de mãos atadas: Poyais havia se tornado um Estado independente.
Depois de descoberto na Inglaterra, abriu embaixadas de Poyais na França e ainda vendeu tĂtulos falsos de propriedade na EscĂłcia.
JĂĄ a fraude em torno da britĂąnica South Sea Company Ă© apresentada como a precursora das "bolhas".
Em 1720, os executivos da South Sea forneceram informaçÔes falsas sobre os negócios com a América do Sul, emitiram e compraram grandes volumes de açÔes, além de entregarem os papéis a parlamentares e ministros para que propagandeassem o falso bom desempenho da companhia. Com isso, elevaram o preço dos papéis de 130 libras para 1.050 libras.
As açÔes despencaram quando foi descoberto que os diretores vendiam enormes volumes enquanto incentivavam acionistas a aumentar seu capital na empresa.
Apesar de as histórias de como os golpistas enganaram tanta gente por tanto tempo serem o atrativo principal do livro, Nars força o leitor a percorrer outros assuntos, como o que faz de uma pessoa um criminoso.
Para ilustrar o fim dos fraudadores, Nars parafraseia o ex-presidente americano Abrahan Lincoln: Ă© impossĂvel enganar todo mundo para sempre. O que nĂŁo Ă© preciso, pois, segundo mostram as histĂłrias, basta enganar as pessoas certas por algum tempo.
GOLPES BILIONĂRIOS
AUTOR Kari Nars
EDITORA Gutenberg
QUANTO R$ 34,90 (216 pĂĄgs.)
TRADUĂĂO Pasi Loman e Lilia Yuri Loman
AVALIAĂĂO Regular
Helton SimĂ”es Gomes â Fonte: Folha de S.Paulo â 08/09/12.
Mais detalhes:
Golpes bilionĂĄrios - Como os maiores golpistas da histĂłria - AutĂȘntica
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