COMUNICADO IMPORTANTE
18/06/2007 -
FORMANDOS & FORMADOS
OS "VERDADEIROS" REIS DA LOGĂSTICA XI
NĂŁo hĂĄ limite para a criatividade de um "verdadeiro" rei da logĂstica.!!! Confira foto!
(Colaboração: Viana)
COMUNICADO IMPORTANTE
Caros Colegas,
Nós, da Comissão de Formandos Julho de 2008 do Curso de Administração de Empresas da Faculdade Novos Horizontes, temos um convite e um comunicado a lhes fazer:
Caso tenha interesse em participar dos eventos da ComissĂŁo, seja como integrante ou nĂŁo, participando dos eventos tipo: Missa, Baile, convites de formatura, churrascos e demais eventos, procure-nos o mais urgentemente possĂvel.
Esta comunicação faz-se necessĂĄria uma vez que jĂĄ estamos providenciando o fechamento de alguns contratos, tais como: Buffet, Fotos, Filmagens e Convites. VocĂȘ nĂŁo vai querer ficar fora desta, vai?
Esperamos por vocĂȘ! Entre em contato conosco atravĂ©s do nosso Site http://fnhformandos2008.blogspot.com ou com um dos integrantes da ComissĂŁo ou compareça na sala 106 ou 108 turma da noite Santo Agostinho!
Este comunicado vale pra turma da manhã também.
ClĂĄudia Mara: 9128 5598
ObedĂșlio TomĂĄs: 8801 6831
Gisele : 9689 5445
Comissão de Formandos Julho de 2008 do Curso de Administração de Empresas da Faculdade Novos Horizontes.
SINTO SAUDADES (Clarice Lispector)
Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado...Eu sinto saudades...
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem nĂŁo mais falei ou cruzei...
Sinto saudades da minha infĂąncia, do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro, do penĂșltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...
Sinto saudades do presente, que nĂŁo aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro...
Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente nĂŁo serĂĄ do jeito que eu penso que vai ser...
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!De quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito! Daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contråria da minha vida e que só enxerguei de vislumbre!
Sinto saudades de coisas que tive e de outras que nĂŁo tive mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram.
Sinto saudades de coisas sĂ©rias, de coisas hilariantes, de casos, de experiĂȘncias...
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar.
Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade. Quantas vezes tenho vontade de encontrar nĂŁo sei o que...nĂŁo sei onde...para resgatar alguma coisa que nem sei o que Ă© e nem onde perdi...
Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades em japonĂȘs, em russo, em italiano, em inglĂȘs...mas que minha saudade, por eu ter nascido no Brasil, sĂł fala portuguĂȘs, embora, lĂĄ no fundo, possa ser poliglota. AliĂĄs, dizem que costuma-se usar sempre a lĂngua pĂĄtria, espontaneamente quando estamos desesperados...
Para contar dinheiro...fazer amor...declarar sentimentos fortes...Seja lĂĄ em que lugar do mundo estejamos. Eu acredito que um simples "I miss you" ou seja lĂĄ como possamos traduzir SAUDADE em outra lĂngua, nunca terĂĄ a mesma força e significado da nossa palavrinha.
Talvez nĂŁo exprima corretamente a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas. E Ă© por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes em que sinto este aperto no peito, meio nostĂĄlgico, meio gostoso, mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos. Ela Ă© a prova inequĂvoca de que somos sensĂveis!
De que amamos muito o que tivemos...E lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existĂȘncia...
(Colaboração: A.M.B.)
DESCASO COM LOGĂSTICA ONERA PRODUTOS BRASILEIROS EM US$ 36 BILHĂES
O Brasil Ă© a 10ÂȘ economia mundial. No entanto, ocupa apenas o 65° lugar em competitividade - culpa de uma logĂstica e de um sistema de transporte pouco planejados. Enquanto o Brasil despende 12,4% do PIB em logĂstica, os Estados Unidos, tomados como benchmark, gastam apenas 8%. Essa ineficiĂȘncia onera os produtos brasileiros em US$ 36 bilhĂ”es por ano e impede a conquista de novos mercados.
O PaĂs detĂ©m apenas 1% da exportação mundial. Ă muito pouco. Para aumentar esse percentual, nĂŁo basta investir. Ă necessĂĄrio fazĂȘ-lo corretamente. No PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), apenas 11,5% dos recursos foram destinados para o transporte, ou seja, R$ 14,5 bilhĂ”es por ano (0,7% do PIB). Dentre os paĂses do BRIC (Brasil, RĂșssia, Ăndia e China), a China investe em transporte 4% ao ano do PIB; a RĂșssia, 5%; e a Ăndia, 3%. Como vemos, algo fora de sintonia com a realidade mundial.
AlĂ©m disso, um dos causadores da baixa competitividade brasileira Ă© a distorção da matriz de transporte. Enquanto o Brasil transporta 60% das cargas por rodovia (o modal mais caro), os EUA, apenas 26%. Para reverter essa situação Ă© imprescindĂvel que o setor pĂșblico e o privado priorizem os investimentos nos modais de menor custo.
Outro problema Ă© que os planos do governo sistematicamente indicam um investimento equivocado. Justamente porque nĂŁo hĂĄ uma visĂŁo sistĂȘmica, de longo prazo e de planejamento estratĂ©gico em relação Ă logĂstica. Dessa forma, nĂŁo Ă© possĂvel viabilizar eixos de transporte competitivos em direção a portos modernos, capazes de receber os novos navios post-panamax. A realidade Ă© que a maioria dos portos brasileiros estĂĄ ou saturada ou desatualizada. Para definir os portos concentradores de carga (HUB-PORT) para a navegação transoceĂąnica, Ă© preciso reestruturar e ampliar portos de ĂĄguas profundas jĂĄ existentes, tais como: ItaquĂ-Ponta da Madeira (MA), PecĂ©m (CE), Suape (PE), TubarĂŁo (ES), ItaguaĂ (RJ), SĂŁo SebastiĂŁo (SP) e Rio Grande (superporto) (RS). E tambĂ©m desenvolver novos portos, como: Espadarte (PA), UbĂș (ES) e o Novo Porto de Imbituba (SC).
SerĂĄ preciso tambĂ©m rever o papel dos portos saturados de baixa profundidade. Funcionando como alimentadores (FEEDER), eles podem servir para o transporte regional e cabotagem. SĂŁo eles: Manaus (AM), SantarĂ©m (PA), BelĂ©m (PA), Vila do Conde (PA), Fortaleza (CE), Natal (RN), Cabedelo (PB), Recife (PE), MaceiĂł (AL), AracajĂș (SE), Salvador-AratĂș (BA), IlhĂ©us (BA), VitĂłria-Capuaba (ES), Barra do Riacho (ES), Rio de Janeiro (RJ), Santos (SP), ParanaguĂĄ (PR), SĂŁo Francisco do Sul (SC), ItajaĂ-Navegantes (SC), Rio Grande (Cidade) (RS). A dragagem pode ajudar a resolver parte do problema da profundidade, mas Ă© uma solução limitada e que altera muito pouco a competitividade. Sem contar que dragagem Ă© despesa de manutenção, e nĂŁo investimento, como estĂĄ no PAC. Por isso, ela tem que ser continuada, e nĂŁo intermitente, e deve ser cobrada do armador como taxa de manutenção da infra-estrutura portuĂĄria.
Outra falha no planejamento do governo em relação Ă logĂstica Ă© a pouca quantidade de investimentos em obras estruturantes. No PAC, estĂŁo previstos somente o Ferroanel Norte de SĂŁo Paulo, que tira o trĂĄfego ferroviĂĄrio do centro da cidade e facilita o acesso aos portos de ItaguaĂ (RJ) e Santos (SP); o Arco-rodoviĂĄrio do Rio de Janeiro, ligando a Nova Dutra e a BR 040 ao porto de ItaguaĂ; o Rodoanel de SĂŁo Paulo, que tira o trĂĄfego rodoviĂĄrio do centro da capital e facilita o acesso ao Porto de Santos; a Eclusa de TucuruĂ (PA), que torna navegĂĄvel 800 quilĂŽmetros da hidrovia Araguaia-Tocantins; a BR 163 (frete mais caro), ligando o norte do Mato Grosso ao porto de SantarĂ©m (pequena profundidade). Essa Ășltima obra, aliĂĄs, deveria ser trocada pela hidrovia TapajĂłs-Teles Pires (frete bem menor) atĂ© o porto de Espadarte (grande profundidade), que custa um terço do que vai ser investido apenas na BR 163.
Outra confusĂŁo dos tĂ©cnicos do governo diz respeito a obras de desenvolvimento regional, que trazem crescimento no longo prazo. Elas pouco afetam o crescimento de curto prazo e deveriam receber investimentos em parceria com os estados - os maiores interessados - e com a iniciativa privada. Aqui se encaixa a maioria dos trechos rodoviĂĄrios e ferroviĂĄrios do paĂs, como a Nova Transnordestina e a ferrovia Norte-Sul. Fica evidente que o governo vĂȘ o transporte de forma pontual, ao invĂ©s de enxergĂĄ-lo de forma global e sistĂȘmica.
Um grande desafio a ser enfrentado pelos governantes que quiserem, de fato, aumentar a competitividade do Brasil diz respeito a questĂ”es geopolĂticas. Na maioria das vezes, os eixos de transporte em direção a portos competitivos ultrapassam a fronteira dos estados. Dessa forma, o planejamento nĂŁo pode levar em consideração as fronteiras geopolĂticas, mas, sim, deve redesenhar o mapa do Brasil dividindo-o em macrorregiĂ”es estratĂ©gico-econĂŽmicas. Essas macrorregiĂ”es seriam definidas pelo alcance econĂŽmico de cada eixo de transporte: agrĂcola, siderĂșrgica, industrial, etc. Aos eixos principais - cuidadosamente pensados visando Ă preservação ambienta -, seriam agregados a energia, a telemĂĄtica (fibra Ăłtica em banda larga ou satĂ©lite) e o capital humano adequado Ă vocação econĂŽmica.
Isso tornaria competitivas as cadeias produtivas de cada macrorregiĂŁo, principalmente as do agronegĂłcio, que representa 34% do PIB e que mais contribui para o saldo da balança comercial brasileira. Os eixos de transporte se transformariam, assim, em eixos de desenvolvimento, atraindo empresas, gerando emprego e renda e, com isso, promovendo o desenvolvimento sustentado. Por enquanto, a Ășnica cadeia produtiva brasileira competitiva Ă© a do minĂ©rio de ferro. Com essa visĂŁo, fica mais fĂĄcil definir e priorizar os investimentos, atravĂ©s de uma matriz consistente, que leve em consideração o retorno econĂŽmico e social.
Renato Casali Pavan - Engenheiro civil, ex-presidente da Fepasa, especialista em logĂstica e atual diretor da Macrologistica e da BWM (Blue Water Management), consultoria especializada em PPPs (Parcerias PĂșblico-Privadas)
Fonte: Canal do Transporte
(Colaboração: Brazil & Modal)