FALANDO NA MAIS SIMPLES DAS LĂNGUAS
28/02/2013 -
FALOU NO FM? TĂ FALADO!
O MISSIONĂRIO
English:
Guardian/daniel-everett-human-language-piraha
The book âLanguageâ:
Guardianbookshop.co.uk/BerteShopWeb
The book âDon't Sleep, There are Snakesâ:
Guardianbookshop.co.uk/Product
Video:
http://www.youtube.com/watch?v=-ppH1UB8_oY
University of Illinois:
http://www.uillinois.edu/
Facebook.com/UofIAssemblyHall
Engana-se quem pensa que as histĂłrias de viajantes aprisionados por Ăndios acabaram com o tempo de ColĂŽnia. Em 1977, o missionĂĄrio americano Daniel Everett sĂł ficou vivo graças Ă facilidade em entender lĂnguas. O evangĂ©lico catequizava os pirahĂŁs no Amazonas quando percebeu que tramavam a sua morte. Correu para trancar a esposa, os trĂȘs filhos pequenos e todas as flechas da aldeia em sua barraca.
Contornou a situação e, apesar de ter escapado por pouco, resolveu ficar por ali. Tinha se apaixonado pela lĂngua falada pelos nativos.
A famĂlia Everett viveu 25 anos na floresta enquanto o professor da Universidade de Illinois estudava a fala dos pirahĂŁs. O que ela tem de tĂŁo incrĂvel? Ă o idioma mais enxuto e simples jĂĄ conhecido. Nela nĂŁo hĂĄ nĂșmeros nem nomes para as cores, elementos considerados atĂ© entĂŁo fundamentais para qualquer comunicação humana. Como aos pirahĂŁs sĂł importa o presente, eles nĂŁo usam tempos verbais. TambĂ©m nĂŁo formam oraçÔes subordinadas.
Em 2008, Everett lançou o livro âDonât Sleep, There Are Snakes: Life and language in the amazonian jungleâ, que agitou o mundo dos linguistas e repercutiu em jornais da AmĂ©rica Latina Ă Europa, por ter posto em xeque teorias de grandes linguistas como Noam Chomsky.
SĂł que a missĂŁo inicial de Everett terminou frustada. AlĂ©m de nĂŁo ter conseguido traduzir a BĂblia para a lĂngua pirahĂŁ, ele Ă© que foi convertido pelos Ăndios. âFiquei no meio do mato conversando com um grupo de pessoas que nunca manifestaram interesse nesse Deus do qual eu falava. E vi que intelectualmente eu nĂŁo podia mais sustentar essa crença em mim.â
A resposta dos pirahĂŁs sobre o começo do mundo e a prĂłpria origem explica atĂ© por que nĂŁo usam passado ou futuro: âTudo Ă© o mesmo, as coisas sempre sĂŁoâ.
Fonte: Almanaque Brasil (http://www.facebook.com/pages/Almanaque-Brasil/240748765968281) â NĂșmero 166 â Fevereiro 2013
Mais detalhes:
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O livro âLanguageâ:
Guardianbookshop.co.uk/BerteShopWeb
O livro âDon't Sleep, There are Snakesâ:
Guardianbookshop.co.uk/Product
VĂdeo:
http://www.youtube.com/watch?v=-ppH1UB8_oY
Universidade de Illinois:
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MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
O CRIADOR DA PALAVRA: NECROTĂRIO
Visconde carioca inventou o necrotério...
Se ao tiverem origem indĂgena, grega ou latina, geralmente as palavras do repertĂłrio brasileiro sĂŁo importadas de outra lĂngua: francĂȘs, inglĂȘs. Raramente um neologismo nacional entra no dicionĂĄrio. Mais raro ainda Ă© o caso de certo visconde, citado no AurĂ©lio como criador de uma palavra. Pode conferir a origem do verbete ânecrotĂ©rioâ: âproposto pelo Visconde de Taunay, escritor brasileiro, para substituir o galicismo âmorgueâ e que teve, entre nĂłs, aceitação geralâ.
O carioca Alfredo dâEscragnolle Taunay foi engenheiro, professor, major na Guerra do Paraguai e governador do ParanĂĄ e de Santa Catarina, alĂ©m de escritor e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Palavras eram seu passatempo preferido: âPossuem fisionomia prĂłpria, tipo peculiar, que nos inspira simpatia ou repulsĂŁoâ.
Em 1872, Taunay recebeu inusitada encomenda da Cùmara Municipal do Rio de Janeiro: deveria criar termo inédito para nomear o lugar onde se expÔem os cadåveres que vão ser autopsiados ou identificados.
O visconde dizia que o resultado foi obtido apĂłs âparafusar sobre o caso nĂŁo poucos diasâ. Escolheu como base a palavra âcemitĂ©rioâ, do grego âcoimeterionâ (significa proteção ao sono) â âcomo Ă© formosa, com efeito, e expressiva!â.
Recortou e colou Ă partĂcula tambĂ©m grega para a morte (necro). E assim nasceu, hĂĄ 130 anos a palavra necrotĂ©rio.
Fonte: Almanaque Brasil (http://www.facebook.com/pages/Almanaque-Brasil/240748765968281) â NĂșmero 166 â Fevereiro 2013
AGORA Ă PRA VALER: CHACHAĂA Ă SĂ BRASILEIRA
A divisĂŁo do governo norte-americano especializada no comĂ©rcio de ĂĄlcool e tabaco publicou registro reconhecendo a cachaça como produto genuinamente brasileiro. A decisĂŁo passa a valer a partir de abril. Em troca, o Brasil reconhece o bourbon e o Tennessee Whiskey como bebidas tĂpicas norte-americanas.
O departamento acolheu o pedido do governo brasileiro, que solicitava que a cachaça deixasse de ser considerada o "rum brasileiro". A proposta era analisada desde abril do ano passado.
Enquanto o Brasil autoriza cachaça com teor alcoólico entre 38% e 48%, nos Estados Unidos uma garrafa padrão não terå menos de 40%. A regulamentação também não vai permitir o uso de milho ou xarope de milho no processo de fermentação da cachaça.
No ano passado, acordo assinado durante viagem da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos reconheceu a cachaça como bebida tipicamente brasileira. Na época, o presidente Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), César Rosa, afirmou que a medida deveria elevar o potencial de comercialização da bebida nos Estados Unidos dos atuais 700 mil litros para 30 milhÔes de litros por ano, um volume quase 43 vezes maior, em cinco anos. Rosa estimava ainda que, com a reclassificação, os impostos sobre a cachaça nos Estados Unidos fossem reduzidos em 40%.
Fonte: O Tempo â 27/02/13.
Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) â
http://www.ibrac.net/
Amigos da Cachaça â
Facebook.com/amigosdacachaca
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php