"HERROS" LINGUĂSTICOS
25/03/2010 -
A JENTE HERRAMOS
MENAS - O CERTO DO ERRADO / O ERRADO DO CERTO
AtĂ© o dia 27 de junho, quem vier ao Museu da LĂngua Portuguesa poderĂĄ visitar a mostra temporĂĄria â Menas: o certo do errado, o errado do certoâ. Esta Ă© a sexta exposição a ocupar o espaço das exposiçÔes temporĂĄrias, e reforça o papel do museu como importante espaço educador e difusor da lĂngua portuguesa.
O prĂłprio tĂtulo da exposição Ă© uma provocação. Mesmo sabendo que âmenosâ Ă© um advĂ©rbio, portanto, invariĂĄvel, quantas vezes jĂĄ nĂŁo ouvimos a âconcordĂąnciaâ com o gĂȘnero feminino por pessoas das mais diferentes classes e idades. Para os curadores da exposição, os professores Ataliba T. de Castilho e Eduardo Calbucci, Menas estĂĄ na fronteira entre tudo o que nĂŁo vale e o vale-tudo. E essa provocação Ă© a proposta da exposição que ocupa cerca de 450 m2 do Museu da LĂngua Portuguesa com sete instalaçÔes para enumerar nossos âerrosâ linguĂsticos mais comuns, entender por que saĂmos do padrĂŁo culto e discutir a amplitude e a criatividade da lĂngua.
Mais detalhes:
http://www.museudalinguaportuguesa.org.br/
http://www.poiesis.org.br/mlp/expo/menas/index.html
O MEC PLANEJOU 1+1 = 2 E OBTEVE 1+1= -3
A megalomania do MEC cravou mais um prego no caixĂŁo do Enem como sucedĂąneo do vestibular. Em março do ano passado, o ministĂ©rio informou que as notas da garotada teriam validade nacional. Assim, um craque do PiauĂ poderia conseguir matrĂcula em SĂŁo Paulo. Santa medida, tomada em nome de uma polĂtica de redução dos desequilĂbrios regionais.
Quem ouviu a professora Azuete Fogaça aprendeu: "Pode acontecer o contrĂĄrio, um aluno com nota baixa de SĂŁo Paulo pode migrar para uma faculdade do Nordeste. Um nĂŁo tem nota, mas tem recursos. O outro tem nota, mas nĂŁo tem recursos". NĂŁo deu outra. Os repĂłrteres FĂĄbio Takahashi, PatrĂcia Gomes e Angela Pinho descobriram que SĂŁo Paulo importou 169 alunos e exportou 2.531. O PiauĂ importou 612 e exportou 85.
Minas Gerais teve 431 vagas ocupadas por candidatos de SĂŁo Paulo. Em nome do combate aos desequilĂbrios regionais, o melhor que as universidades dos Estados importadores tĂȘm a fazer Ă© fugir dessa arapuca.
Elio Gaspari (http://pt.wikipedia.org/wiki/Elio_Gaspari) - Fonte: Folha de S.Paulo â 21/03/10.
VENTOS CUBANOS
Nosso Guia precisa se preparar para a hipĂłtese de um surto repressivo em Cuba. Se a ditadura castrista decidir calar as Damas de Branco, recorrerĂĄ Ă mesma metodologia da China, do IrĂŁ e de Mianmar (Ășltimo flerte da diplomacia-companheira), jogando em cima dos dissidentes todo o poder de polĂcia necessĂĄrio para isolĂĄ-los, amedrontando a sociedade.
Para esses regimes, as revoluçÔes europeias de 1989 são aulas de fracasso de ditadores.
Elio Gaspari (http://pt.wikipedia.org/wiki/Elio_Gaspari) - Fonte: Folha de S.Paulo â 21/03/10.
"PAREDĂN" CUBANO VITIMOU AO MENOS 3.820
Esse Ă© o nĂșmero de casos documentados no projeto "Cuba Archive", organizado por cubano-americanos baseados em Nova Jersey. Dependendo da fonte, porĂ©m, fuzilamentos na ilha desde a instauração do regime castrista, podem ter chegado Ă casa dos 17 mil.
Em cinco dĂ©cadas, o regime dos irmĂŁos Castro fuzilou ao menos 3.820 pessoas e, segundo a estimativa mais conservadora -do prĂłprio Fidel-, manteve na dĂ©cada de 60 nĂŁo menos que 20 mil oponentes polĂticos atrĂĄs das grades.
A cifra de fuzilados consta do levantamento do projeto "Cuba Archive", mantido por uma associação de cubano-americanos sediada em Nova Jersey (EUA). O grupo, que existe desde 1996, diz ter chegado ao nĂșmero compilando documentos e depoimentos -desde 1959 atĂ© hoje- disponĂveis em seu site (http://www.cubaarchive.org/).
Ao arquivo deve se juntar o histĂłrico do preso polĂtico Orlando Zapata Tamayo, morto em fevereiro apĂłs greve de fome de 85 dias, despertando nova onda de crĂticas a Havana.
O projeto para documentar os crimes do regime é saudado por Marifeli Stable-Pérez, do think tank Inter-American Dialogue, de Washington, pelo jornalista especializado em América Latina Andres Oppenheimer e por Elizardo Sånchez, que desde 1987 preside a Comissão Nacional de Direitos Humanos de Cuba.
"O Cuba Archive é um bom esforço, mas não são cifras concretas porque a principal fonte é Havana, que não presta contas", diz Pérez-Stable.
HĂĄ outras trĂȘs estimativas citadas por analistas e historiadores consultados pela Folha quando o tema Ă© o "paredĂłn" cubano. O julgamento seguido de fuzilamento eliminou combatentes inimigos e companheiros de guerrilha recĂ©m transmutados em "contrarrevolucionĂĄrios" no pĂłs-1959. Incorporado ao regime jurĂdico que criminaliza a oposição, seguiu sendo aplicado contra dissidentes polĂticos de maneira sistemĂĄtica atĂ© os anos 70, e esporadicamente desde entĂŁo.
No "Livro Negro do Comunismo" (Bertrand Brasil, 1999), diz que entre 15 mil e 17 mil pessoas foram fuziladas. Diferentemente da parte soviética, porém, a seção não pÎde contar com arquivos estatais da ilha.
O professor emĂ©rito da USP radicado hĂĄ vĂĄrios anos na França Ruy Fausto, autor de "Outro Dia" (Perspectiva, 2009), que trata tambĂ©m de Cuba, diz que jĂĄ hĂĄ literatura crĂtica sobre a ilha que aborda o tema, embora raramente editada no Brasil. Ă o caso de "Cuba, CronologĂa, Cinco Siglos de Historia, PolĂtica y Cultura", de 2003, do historiador cubano Leopoldo FornĂ©s-BonavĂa.
Em "CronologĂa...", estima-se ao menos 4.000 fuzilados atĂ© o final de 1961. "NĂŁo Ă© o nĂșmero total de fuzilados que Ă© representativo, porque ele cai nos Ășltimos anos. O que nĂŁo cai Ă© a repressĂŁo, Ă© o conjunto do sistema", diz Fausto.
Jå o historiador britùnico Hugh Thomas, autor de "Cuba or The Pursuit of The Liberty" [Cuba ou a busca da liberdade] (1971), considerado um clåssico sobre história cubana, diz que em torno de 5.000 foram fuzilados até 1970.
Essa Ă© a cifra que costuma citar Marifeli PĂ©rez-Stable, que liderou força-tarefa de historiadores e ativistas de direitos humanos na Universidade Internacional da FlĂłrida em 2003. O objetivo era criar um documento que servisse como embriĂŁo de uma futura ComissĂŁo da Verdade, nos moldes das feitas no pĂłs-ditadura em paĂses da regiĂŁo como El Salvador.
O documento final -"Cuba: Reconciliação Nacional"- argumenta que, além de exigir respeito aos direitos humanos nos dias de hoje, é preciso refletir "sobre o custo humano requerido pela revolução, em particular, mas não exclusivamente, nos anos 60".
Mais do que nĂșmeros, o painel optou por fixar perguntas e registrar casos-chave de abusos. O texto propĂ”e investigaçÔes sobre açÔes dos oponentes do regime, principalmente os baseados em Miami, que quase sempre tinham apoio da CIA.
FlĂĄvio Marreiro - Fonte: Folha de S.Paulo â 21/03/10.
ESCOLA DO INFERNO
As agressĂ”es fĂsicas e verbais entre alunos sĂŁo generalizadas nas escolas pĂșblicas e privadas brasileiras, mas os adultos nĂŁo sabem como reagir Ă violĂȘncia, num jogo de empurra-empurra entre pais, gestores e professores. O resultado sĂŁo estudantes inseguros e, muitas vezes, com dificuldade de aprendizagem.
Essas sĂŁo as principais conclusĂ”es de uma das mais completas investigaçÔes sobre o inferno escolar, conhecido em inglĂȘs como "bullying", concluĂda na semana passada. EstĂĄ aĂ uma das razĂ”es, mais do que as questĂ”es salariais, por que a carreira do professor Ă© tĂŁo desgastante, gerando seres estressados, fĂsica e mentalmente doentes.
Até janeiro deste ano, foram ouvidos 5.168 alunos de escolas das cinco regiÔes brasileiras. Além da pesquisa quantitativa, criaram-se 14 grupos de discussão para que se aprofundem as respostas ouvindo os pais, os professores e os gestores.
NĂŁo hĂĄ registro no Brasil de levantamento tĂŁo abrangente. O trabalho foi realizado pelo Ceats (Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor), ligado Ă Fundação Instituto de Administração da USP, com o apoio da Plan, uma instituição inglesa de defesa dos direitos da criança e do adolescente. Quanto mais frĂĄgil, mais a vĂtima (um portador de uma deficiĂȘncia, por exemplo) Ă© atacada, o que se explica por uma combinação de passividade com baixa autoestima e, Ă© claro, com impunidade.
O tamanho estimado do problema, segundo a pesquisa, Ă© impressionante: 70% dos alunos afirmam que viram, pelo menos uma vez, um colega sofrer algum tipo de agressĂŁo dentro da escola; 9% viram alunos serem atacados vĂĄrias vezes numa Ășnica semana; 10% garantem que testemunham diariamente esse tipo de cena. O mesmo se pode dizer do tamanho estimado da consequĂȘncia: 43% dos alunos se sentem angustiados no ambiente escolar; 36% sentem medo com certa frequĂȘncia; 10% estĂŁo sempre com medo. Ă possĂvel dizer que existe uma espĂ©cie de epidemia e, certamente, esse Ă© mais um entre tantos fatores que dificultam a aprendizagem, especialmente nas redes oficiais.
Nas discussĂ”es dos grupos, gestores e professores atribuem parte da responsabilidade Ă famĂlia, na qual ocorreria violĂȘncia domĂ©stica, negligĂȘncia, falta de apoio emocional, ou seja, a criança jĂĄ viria inoculada com o vĂrus da violĂȘncia e descontaria nos colegas da escola os problemas familiares. Mas eles tambĂ©m reconhecem que nĂŁo foram treinados para intermediar conflitos e nĂŁo sabem como lidar com as famĂlias. Reclamam das salas superlotadas e da falta de espaço para que os alunos expressem suas emoçÔes e problemas pessoais. Muitos pais atĂ© admitem a negligĂȘncia, mas acham que a escola contribui para piorar o problema devido Ă omissĂŁo dos professores e dos gestores, incapazes ou sem vontade de impor limites.
Entre pais e professores, tambĂ©m sĂŁo comuns os ataques Ă mĂdia, cujos programas violentos estimulariam a agressividade dos estudantes.
Todos concordam, porĂ©m, em um ponto: esse ambiente atrapalha a aprendizagem e desenvolve distĂșrbios nas crianças e adolescentes -tanto nos agressores como nas vĂtimas- e vai mostrando atĂ© onde vai a raiz da violĂȘncia brasileira. JĂĄ que os candidatos, em seus discursos de campanha, sempre acenam com a intenção de solucionar os graves problemas da segurança e da educação, a escola do inferno tem de necessariamente estar no topo das suas agendas. DaĂ que vale a pena prestar atenção a algumas experiĂȘncias, como a disseminação, em bairros mais pobres e violentos, da figura do professor comunitĂĄrio (ele faz o elo com a comunidade). Em dez anos, em escolas na zona leste de SĂŁo Paulo, vem sendo testado -e com sucesso- o coordenador de pais, treinado para aproximar as famĂlias.
PS- A pesquisa fez uma interessante descoberta sobre as agressĂ”es digitais: pelo menos 17% dos alunos se dizem vĂtimas frequentes dos ataques pela internet. A consequĂȘncia seria a mesma dos ataques presenciais: perda de concentração, dificuldade de aprendizagem e medo de ir Ă escola. Coloquei um resumo do trabalho em http://catracalivre.folha.uol.com.br/wp-content/uploads/2010/03/Pesquisa-Bullying.pdf.
Gilberto Dimenstein (www.dimenstein.com.br) - Fonte: Folha de S.Paulo â 21/03/10.
OS INCLUĂDOS
IncluĂdos na lista vermelha da Interpol o ex-prefeito paulistano Paulo Maluf e seu filho FlĂĄvio Maluf. A lista corresponde ao alerta mĂĄximo da polĂcia internacional. Os que aparecem nela podem ser detidos nos 188 paĂses em que a Interpol tem representação. Os Maluf foram incluĂdos depois que a Justiça de Nova York aceitou uma denĂșncia contra eles por participação em uma "conspiração com o objetivo de roubar dinheiro da cidade de SĂŁo Paulo a fim de possuir fundos no Brasil, Nova York e em outros lugares, e ocultar dinheiro roubado".
Panorama - Fonte: Veja - Edição 2157.
Interpol - http://www.interpol.int/
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
Se vocĂȘ vir alguma coisa errada, mande um e-mail pelo FALE CONOSCO que "a ajente correge". Clique aqui e envie: http://www.faculdademental.com.br/fale.php