FÓRUM INTERNACIONAL DE FUTEBOL
05/11/2009 -
FUTEBOL SHOW
FOOTECON 2009
English:
http://www.footecon.com.br/novo_site/index.php?idioma=2
Pontapé inicial. O Footecon 2009 já movimenta a indústria do futebol brasileiro e divulga na imprensa as novidades preparadas para esta edição. Falta praticamente um mês para a abertura do maior encontro de profissionais do mundo da bola. 8 e 9 de dezembro no Rio de Janeiro.
Leia mais:
http://www.footecon.com.br/novo_site/index.php
COPA-2014: PE DEVE TER TELÕES NO INTERIOR
O projeto "Arena Virtual" deve ser implantado em Caruaru, Petrolina, Garanhuns e Gravatá. "A ideia é revitalizar áreas abandonadas das cidades para pôr os telões", diz Zeca Brandão, chefe do comitê da Copa em Recife.
Fonte: Folha de S.Paulo - 01/11/09.
A DIVISÃO DO BOLO
Ao contrário dos polÃticos, que estão afinando na cobrança da viabilização do metrô da capital, os dirigentes mineiros não estão se omitindo diante da defesa dos interesses do nosso futebol. Alexandre Kalil e Zezé Perrella já iniciaram movimento para peitar os clubes do Rio e São Paulo na divisão do bolo das verbas da televisão. O jornalista Paulo VinÃcius Coelho levantou o assunto em São Paulo, e os argumentos são irrefutáveis, que beneficiarão também a Internacional e Grêmio.
Juntos, mineiros e gaúchos vendem mais pacotes da TV paga que Botafogo, Vasco e Fluminense. Atlético e Cruzeiro detém 15% do total das vendas, contra 1,2% do Santos.
Todos estes clubes, de menor força de vendas, recebem muito mais que os clubes de Minas e Rio Grande do Sul, numa diferença que beira R$ 15milhões. Um dinheiro que facilita a vida principalmente dos paulistas, que, com outras fontes de patrocÃnio, vão dominando com folga no número de tÃtulos nacionais conquistados.
Foi o Clube dos 13 quem fez este levantamento, mostrando o poder das torcidas mineiras. Membro da comissão formada para discutir este assunto, dentro da associação dos clubes, Kalil já avisou que a divisão do dinheiro terá que ser mais justa. O contrato em vigor vai até o fim de 2010.
Chico Maia - Fonte: O Tempo - 02/11/09.
JOGADOR BRASILEIRO É ESTRELA NO IRÂ
Brasileiro vira superastro no Irã ao brilhar no time do presidente Ahmadinejad.
O meia paranaense Fábio Januário, 30, consagrou-se no futebol iraniano ao marcar, em abril, o gol que deu o tÃtulo ao Esteghlal, maior time do paÃs e que tem entre seus torcedores o presidente Mahmoud Ahmadinejad. Graças a ele, o azulão de Teerã ganhou por 1 a 0 fora de casa e na última rodada, quando só a vitória interessava.
No Irã, Januário (conhecido como Janvariô) é um superastro. Em lugares públicos é cercado por fãs histéricos -entre os quais torcedores do arquirrival Persepolis. A disputa para chegar perto do Ãdolo à s vezes beira a pancadaria. Moças trajando o véu obrigatório tietam e se espremem ao lado do brasileiro, cena rara numa sociedade em que as mulheres se abstêm até de apertar a mão dos homens.
"Encontrei no Irã um carinho da torcida que eu nunca imaginaria", disse o meia. Ele começou no Cascavel, em 1998, época em que se formou em engenharia civil. Passou pelo Vitória (BA) e por Portugal (Gil Vicente e Belenenses) e foi para o Irã em 2006. Jogou duas temporadas no Foolad, do interior, até ser contratado pelo Esteghlal.
O reconhecimento e o salário -"Duas vezes maior do que em Portugal"- ajudam a compensar as dificuldades. No tempo livre, Januário e a mulher, Pollyana, fazem churrascos com a pequena comunidade de brasileiros de Teerã -funcionários da embaixada e de ONGs. Ao confinamento se soma o conturbado ambiente polÃtico no paÃs após a controversa reeleição de Ahmadinejad.
Januário diz não ter sido instruÃdo a evitar o assunto, mas diz que se autopolicia para manter distância de temas espinhosos, principalmente pelo fato de o maior patrocinador do Esteghal (em persa, independência) ser o governo.
A volta ao Brasil é um sonho. "Sou realista. Sei que dificilmente teria lugar lá."
Samy Adghirni - Fonte: Folha de S.Paulo - 02/11/09.
Esteghlal - http://www.tajclubesteghlal.8m.com/
O BRASIL AINDA NÃO ENTROU EM CAMPO
Espera-se que na Copa do Mundo de 2014, a ser sediada no Brasil, os craques da seleção nacional mostrem habilidade e competência para marcar gols e segurar a taça de campeão em campo natal. Até lá, entretanto, um outro time, formado por gestores públicos e agentes privados, precisa revelar talento para garantir uma realização impecável do maior evento midiático do planeta. Mais do que assegurar ótima organização do Mundial de Futebol, com o pleno atendimento das exigências da Federação Internacional de Futebol (Fifa), esses profissionais precisam fazer valer a primorosa oportunidade de o Brasil promover um salto de qualidade em sua infraestrutura, fortalecendo a capacidade competitiva do PaÃs na dinâmica econômica global, e deixar um legado importante para a qualidade de vida dos cidadãos das doze cidades-sede do torneio.
A se considerar, por enquanto, o andamento de muitos dos projetos já definidos mesmo antes do anúncio da realização da Copa do Mundo, o time tem dado mais caneladas do que feito belas jogadas. Deficiência de gestão dos projetos é a principal causa, mas ainda há tempo – pouco, é verdade – para ajustar taticamente o time. Exemplos de falhas e incorreções na execução dos projetos brotam aos montes pelo PaÃs. Em entrevista concedida há duas semanas, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador da Copa 2014, Ricardo Teixeira, foi categórico ao apontar os problemas de infraestrutura para a realização do torneio: “Temos três grandes problemas para a Copa: aeroporto, aeroporto e aeroportoâ€.
Coube à Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) preparar um diagnóstico sobre a situação da infraestrutura nas doze cidades-sede do evento, que foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em setembro passado. O item aeroportos esteve entre os avaliados. O que é sintomático, conforme relata a entidade empresarial, é a constatação de que os dezesseis aeroportos envolvidos na Copa (além de um por sede, no Rio serão usados o Santos Dumont e o Tom Jobim, e, em São Paulo, Cumbica, Congonhas e Viracopos) possuem projetos iniciados de ampliação e adequação, mas todos parados ou em processo de desenvolvimento em razão de dificuldades que se relacionam à gestão. “Isso se repete em quase todas as áreas de infraestruturaâ€, resume o vice-presidente executivo da Abdib, Ralph Lima Terra, coordenador do grupo de trabalho que produziu o estudo.
As causas do “para e anda†das obras identificadas pela Abdib são mais do que conhecidas: questões de ordem financeira, falta de garantias para obtenção de financiamentos pelos investidores, ausência de controle sobre disponibilidade e fornecimento de insumos para as obras, desperdÃcio de material, suspensão por problemas de natureza ambiental, contestação judicial de licitações por competidores derrotados, e por aà afora. “Temos de ter mais precisão e qualidade na gestão dos empreendimentos, fazer as coisas andarem. Os projetos existem e os recursos tambémâ€, analisa Terra.
Apenas para manter o exemplo dos aeroportos: o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) soma recursos de 2,5 bilhões de reais para a reforma aeroportuária das doze cidades que receberão os jogos. Uma causa particular no atraso dessas obras guarda relação com a indefinição sobre o futuro da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
O governo contratou estudos para transformar a estatal em uma sociedade anônima de capital fechado, de forma a ganhar maior agilidade decisória e atenuar as exigências legais impostas à s estatais. Cogita-se também promover uma abertura de capital da Infraero, o que exigiria aperfeiçoamento de governança, transparência administrativa e eficiência na busca de resultados, mas teria como contrapartida a possibilidade de capitalização para contar com mais receita para a realização dos projetos. Por fim, há setores do governo federal dispostos a privatizar a empresa. “A questão dos aeroportos independe de Copa, porque muitos estão saturados. Não podemos ficar parados esperando a definição sobre os rumos da Infraeroâ€, observa Terra.
Durante a Copa, estima-se a visita de 500 mil turistas estrangeiros. Some-se a isso o fluxo de brasileiros viajando entre as cidades-sede para se ter uma noção mais precisa sobre os desafios a serem enfrentados nessa área.
O executivo da Abdib relata ter visitado as obras para as OlimpÃadas de Londres e diz que, embora tenha se impressionado com o controle e gestão dos processos, acredita ser perfeitamente executável o mesmo sistema no Brasil. “Em termos de engenharia, não há nada que não possamos fazer por aqui. Agora, em Londres, há um acompanhamento diário sobre todas as obras e, a cada 30 dias, é feito um balanço sobre o andamento dos projetos e se, de alguma forma, o prazo de entrega pode ser comprometido. Esse controle deveria ser feito aquiâ€, recomenda.
Consultora do governo da Alemanha para a realização do Mundial de 2006, presente no comitê organizador da Copa da Ãfrica do Sul em 2010 e uma das responsáveis pela gestão de projetos das OlimpÃadas de 2012, a Deloitte identifica a desarticulação entre os agentes públicos brasileiros como um ponto de deficiência para o andamento dos projetos.
Segundo Edgard Jabbour, sócio da empresa e um dos responsáveis pelo grupo de profissionais focados em eventos esportivos, estados e municÃpios brasileiros deveriam, em consonância com a União, criar uma agência nacional para a acomodação de demandas de investidores e órgãos controladores, ajustando e padronizando os projetos e as respectivas auditorias. “O que se vê hoje é que cada governo cuida do seu quintal e da sua necessidade, enquanto a escolha de onde investir fica a critério do investidor, conforme interesse e atratividade. É preciso aperfeiçoar esse sistema e despertar o interesse privado no maior número de projetos possÃvel.â€
Possivelmente por já ter notado essa necessidade de articulação e de acompanhamento dos projetos é que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, adiantou que um PAC para Copa 2014 e OlimpÃadas 2016 deverá ser criado.
O enfrentamento desse desafio começa pela definição dos empreendimentos principais nas mais diversas frentes, o que acontecerá, garante o governo, em novembro. O ministro das Cidades, Márcio Fortes, adianta que os recursos serão concentrados na melhora da mobilidade urbana, caso de investimentos em metrô, corredores de ônibus, estacionamentos, e estarão vinculados à s contrapartidas oferecidas pelos governos beneficiários dos projetos. “Não faremos investimentos sozinhos e só haverá verbas da União para os empreendimentos diretamente ligados à Copaâ€, avisa. Mais de 5,7 bilhões de reais estão sendo aplicados nas doze capitais pelos PACs da Habitação e do Saneamento, e que trarão benefÃcios até a realização da Copa.
Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável por linhas de financiamento, a fase atual é de definição de prioridades, para que depois seja estabelecido o montante de recursos necessários. Diretores da instituição já informaram, porém, que mais 5 bilhões de reais de financiamentos estarão disponÃveis a projetos das cidades. “Não queremos elefantes brancos. Se couber um corredor exclusivo de ônibus em vez de metrô, optaremos pela modicidade de custosâ€, assegura Fortes. “No dia seguinte à Copa, cada empreendimento terá de ser um legado verdadeiro, funcionando sem déficits operacionais ou subsÃdios de governo.†Especialistas estimam que os investimentos necessários para a realização do evento vão variar de 80 bilhões a 150 bilhões de reais.
Ainda que o governo não tenha batido o martelo sobre as prioridades a receberem apoio federal, as cidades-sede e governos estaduais definiram seus principais projetos. São investimentos que seriam feitos, mas sem uma previsão exata. Como as obras ligadas à Copa têm data para acabar (inÃcio de 2014), esses empreendimentos ganham um caráter prioritário.
É o caso da construção em BrasÃlia de um sistema de transporte por veÃculo leve sobre trilhos (VLT), estimado em 1,3 bilhão de reais, e da expansão do metrô, demandante de mais 600 milhões de reais. Outro exemplo é a construção do metrô em Curitiba, antigo sonho da capital paranaense, estimado em 2 bilhões de reais. Uma linha VLT e a construção da linha Sul do metrô são as prioridades de Fortaleza, orçadas, respectivamente, em 565,6 milhões de reais e 1,4 bilhão de reais. Manaus espera pela construção de uma ponte de interligação com Iranduba, ao custo de 585 milhões de reais, além de outros projetos de mobilidade.
Em Porto Alegre, a expectativa recai sobre a construção da Linha 2 do metrô, estimada em 2,5 bilhões de reais, além de investimentos nas rodovias do Parque (BR-448), demandante de 850 milhões de reais, e RS-010, no valor de 350 milhões. No Rio de Janeiro, o corredor expresso para ônibus Barra – Penha (T5) exigirá aportes de 750 milhões de reais, bem como as linhas 3 e 4 do metrô exigirão mais 4 bilhões de reais.
São Paulo tem investimentos em infraestrutura em curso da ordem de 34 bilhões de reais, a serem executados até 2014, distribuÃdos entre prefeitura, estado, União e iniciativa privada. “O maior problema da cidade, a mobilidade urbana, será resolvido com a série de intervenções a serem realizadas pela prefeitura e pelo governo do estadoâ€, enfatiza o coordenador da Comissão Paulista para Organização da Copa e presidente da São Paulo Turismo (SP Tur), Caio Luiz de Carvalho. Resta, ainda, grande expectativa sobre o trem de alta velocidade (TAV), a interligar São Paulo ao Rio de Janeiro, estimado em 35 bilhões de reais, e que deve ir a leilão até o final do ano. Dificilmente o trem-bala ficará pronto a tempo, mas espera-se que ao menos o trecho entre Campinas (Viracopos) e Guarulhos (Cumbica) seja inaugurado antes do jogo de abertura da Copa.
Há também uma grande preocupação com a garantia de qualidade dos serviços de comunicação. A Fifa fatura bilhões de euros com as transmissões. Segundo dados da entidade, em média, 560 milhões de pessoas, de 240 paÃses, assistiram pela tevê a cada um dos jogos da Copa da Alemanha de 2006. Vale lembrar que a entidade máxima do futebol conta com mais paÃses filiados do que a Organização das Nações Unidas (ONU): 208 ante 192.
Além da evolução na infraestrutura urbana, Terra, da Abdib, enxerga grandes oportunidades de atração de investimentos no setor de hotelaria, sobretudo nas cidades fora do eixo Rio–São Paulo. “No Nordeste, as redes hoteleiras estão concentradas em grupos espanhóis e portugueses. Com o aumento do fluxo de voos para a região e a maior exposição internacional do Brasil, o turismo se tornou uma grande oportunidade para o ingresso de grupos franceses, alemães, ingleses e norte-americanos no setorâ€, aponta.
Jabbour, da Deloitte, enxerga ainda uma oportunidade para o Brasil melhorar a qualidade dos serviços. É fato que, nos próximos anos, haverá uma corrida para cursos de aprendizagem do inglês e espanhol, em todo o PaÃs, bem como em cursos de atendimento a turistas.
Mas o sócio da Deloitte observa, à luz das experiências internacionais, que o Brasil pode ter uma chance de qualificar sua força de trabalho também nas operações cotidianas, como na execução de projetos, com ganhos de eficiência capazes de lançar as bases de sustentação de desenvolvimento de longo prazo. “No entorno dos estádios, será necessário atendimento de serviços públicos, das equipes de segurança, dos organizadores de eventos, do pessoal de suporte, e isso vale para a gestão das obras também. Copa, ainda mais seguida das OlimpÃadas, trazem grandes legados para a infraestrutura e para o desenvolvimento do capital humano do paÃs-sedeâ€.
Será a chance de o Brasil mostrar que, em termos de organização, está mais próximo da Alemanha do que da Ãfrica do Sul.
Jander Ramon - Fonte: Carta Capital - Edição 570.
Não deixem de enviar suas mensagens através do “Fale Conosco†do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php