O SHOW DOS "REIS" DA LOGĂSTICA
05/05/2013 -
FORMANDOS & FORMADOS
LOGĂSTICA ROTATĂRIA (ROUNDABOUT BRIDGE)
English:
http://inhabitat.com/ipv-delfts-floating-led-lit-hovenring-bridge-keeps-cyclists-out-of-traffic-in-eindhoven/
Videos:
Bicycledutch.wordpress.com/cycle-roundabout/
More details:
http://www.24oranges.nl/2012/07/01/floating-bicycle-roundabout-in-eindhoven/
IPV Delft â
http://ipvdelft.nl/index.asp?mid=177&sid=397
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Ideia Suspensa...
Uma rotatĂłria elevada Ă© a solução de Eindhoven, na Holanda, para seus problemas de mobilidade. NinguĂ©m na cidade pedala apenas por diversĂŁo: um quarto dos deslocamentos Ă© feito em bicicleta. A tal ponto que causam congestionamento, sobretudo na via expressa A2. Inaugurada em junho de 2012, a rotatĂłria proporciona Ă população local, de 250 mil pessoas, a opção de passar, literalmente, por cima do confuso trĂĄfego de veĂculos a gasolina.
Sustentada por cabos, a nova estrutura tem apenas uma coluna central de apoio; por isso, Ă© impossĂvel haver alguma obstrução na parte inferior. âOs ciclistas tĂȘm acesso a ela pelas quatro direçÔesâ, explica o engenheiro Adriaan Kok, um dos responsĂĄveis pela obra. Embora pareça pairar no ar, a armação Ă© resistente. Contrapesos ladeiam o anel branco interno de modo a mantĂȘ-lo estĂĄvel mesmo em mĂĄs condiçÔes climĂĄticas.
Em mĂ©dia, 5 mil ciclistas usam a rotatĂłria a cada dia, o que faz dela uma das vias para bicicletas mais movimentadas do paĂs. Enquanto isso, logo abaixo, 25 mil carros dividem o espaço na superfĂcie.
Johnna Rizzo - Fonte: National Geographic â NĂșmero 158 â Maio 2013.
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COTAS E NOTAS
HĂĄ sinais de que se alarga o espaço para objetividade no sensĂvel debate sobre cotas em universidades pĂșblicas, como mostrou reportagem de Ărica Fraga, nesta Folha, sobre notas obtidas por cotistas.
InstituiçÔes oficiais de ensino superior consomem verbas pĂșblicas para formar recursos humanos de qualidade. A seleção com base no mĂ©rito acadĂȘmico, medido pelo vestibular, era a forma usual de escolher os jovens privilegiados com esse investimento social.
Como os melhores alunos do ensino mĂ©dio no Brasil costumam sair de escolas particulares, o vestibular e as faculdades pĂșblicas tornaram-se um mecanismo reprodutor de vantagens sociais.
Surgiu entĂŁo a pressĂŁo, fora e dentro da universidade, para tornĂĄ-la socialmente mais diversa e inclusiva. Um movimento legĂtimo, mas infelizmente distorcido pelo viĂ©s de raça, importado dos EUA.
O critĂ©rio racial para cotas padece de dificuldades Ă©ticas e prĂĄticas insuperĂĄveis, como inscrever a discriminação (ainda que bem-intencionada) em lei e ter de arbitrar a raça dos muitos mestiços brasileiros. Por tal razĂŁo, este jornal advoga cotas sociais, como bĂŽnus para estudantes oriundos de escolas pĂșblicas, no pressuposto de que o critĂ©rio favorecerĂĄ de modo automĂĄtico os mais pobres e os integrantes de contingentes Ă©tnicos.
Como promove a inclusĂŁo de alunos mais despreparados, era de prever que o sistema redundasse em menor rendimento acadĂȘmico de sua parte no curso universitĂĄrio.
Foi precisamente o resultado encontrado por FĂĄbio Waltenberg e MĂĄrcia de Carvalho, da Universidade Federal Fluminense, com base no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) de 2008. As notas de 167.704 alunos que concluĂam a graduação revelaram que os cotistas tiveram avaliaçÔes 9% a 10% menores que nĂŁo cotistas, dependendo da instituição.
Salta aos olhos que a defasagem não seja muito significativa. Para comparação, basta mencionar que estudantes do sexo feminino costumam ter notas 10% superiores às de colegas masculinos.
Outro estudo, com egressos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (pioneira na introdução de cotas), encontrou diferencial similar (8,5%) e uma tendĂȘncia surpreendente: mais cotistas (47%) se formam do que nĂŁo cotistas (42%).
Essas pesquisas, ainda preliminares, sugerem que as cotas nĂŁo ocasionam o desastre acadĂȘmico previsto, de um lado, e talvez atĂ© melhorem a eficiĂȘncia do gasto pĂșblico (diminuindo a evasĂŁo).
Montar um sistema de acompanhamento meticuloso dessas variĂĄveis Ă© crucial para o governo federal revisar periodicamente o experimento social das cotas.
Editoriais â Fonte: Folha de S.Paulo â 30/04/13.
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