PENSANDO NO CARNAVAL
06/02/2009 -
PENSE!
"LLAMADAS" NO URUGUAY
English:
http://www.daylife.com/search?q=llamadas+uruguay
Uma dançarina e percussionistas se apresentam, em MontevidĂ©u, durante o "Llamadas", maior desfile de carnaval do paĂs. O evento reĂșne grupos de bailarinos e mĂșsicos que competem por dois dias.
Fonte: Terra - 06/02/09.
Mais fotos:
http://www.daylife.com/search?q=llamadas+uruguay
NOVA ONDA
Na França, o governo estuda uma grande reestruturação administrativa. Na EslovĂȘnia, acaba de ser aprovado o congelamento de salĂĄrios e promoçÔes de servidores, entre outras medidas de redução do custeio governamental. Com um aumento de mais de 10% do seu dĂ©ficit pĂșblico em 2008, a ItĂĄlia tambĂ©m nĂŁo escaparĂĄ de medidas duras de controle fiscal. Assim como as empresas, vĂĄrios governos preparam ajustes internos para enfrentar a crise, numa nova onda que mais cedo ou mais tarde chegarĂĄ ao Brasil.
Raquel Faria â Fonte: O Tempo â 05/02/09.
PROJETO CLUBES DA LEITURA
O Projeto Clubes de Leitura, mantido pela ONG Sebo Cultural em Campanha, foi aprovado no Concurso Pontos de Leitura 2008 - Edição Machado de Assis, realizado pelo MinistĂ©rio da Cultura, por meio da Coordenação-Geral de Livro e Leitura. Um dos critĂ©rios observados para a escolha das 516 iniciativas se relacionou aos locais de execução das açÔes, que prioritariamente ocorrem nos municĂpios contemplados pelo Programa TerritĂłrios da Cidadania. A ONG, presidida por JosĂ© Reinaldo Ferreira, existe hĂĄ oito anos.
Elder Martinho - Fonte: O Tempo â 07/02/09.
ONG Sebo Cultural - http://www.sebocultural.org.br/
Programa TerritĂłrios da Cidadania - http://www.territoriosdacidadania.gov.br/
MORTE AO VIVO
Um homem justo pode salvar o mundo? Ă difĂcil imaginar provas mais terrĂveis ao espĂrito de justiça do que as enfrentadas pelo mĂ©dico Ezzeldeen Abu Al-Aish. Ginecologista palestino que trabalha num hospital de Israel, ele viveu cenas dramĂĄticas, em tempo assombrosamente real. Al-Aish estava em Gaza quando Israel começou os ataques aos radicais do Hamas, com pesadas vĂtimas entre a população civil. Como Ă© fluente em hebraico e tem ficha respeitĂĄvel, de pacifista sem laços com os extremistas, ele falava sempre ao celular com um canal de televisĂŁo israelense. No Ășltimo dia 16, Ă s vĂ©speras do cessar-fogo, seu contato na TV ligou num momento de indizĂvel devastação: a casa do mĂ©dico havia acabado de ser bombardeada. "Minhas filhas, meu Deus, minhas filhas", gritava Al-Aish. O mĂ©dico tinha presenciado a morte de trĂȘs filhas, de 13, 15 e 20 anos, e uma sobrinha. O comando militar israelense permitiu que ele fosse transferido de helicĂłptero para o mesmo hospital onde trabalha, com outras duas filhas, ambas feridas. "Por que minhas filhas foram mortas? Elas por acaso estavam armadas? A Ășnica arma que tinham era o amor pelo prĂłximo", desesperou-se. Na quarta-feira passada, ele voltou para pegar os filhos sobreviventes e falou com incrĂvel equilĂbrio: "Quero dizer aos israelenses que fico feliz que tenham aberto seus olhos e seu coração para o que estĂĄ acontecendo do outro lado. Quem quer conhecer a verdade precisa ver os dois lados da moeda". Palavras de um justo.
Vilma Gryzinski - Fonte: Veja - Edição 2097.
GIRASSOL...
Nossos olhos sĂŁo seletivos, nĂłs "focalizamos" o que queremos ver e deixamos de ver o restante.
Escolha focalizar o lado melhor, mais bonito, mais vibrante das coisas, assim como um GIRASSOL escolhe sempre estar virado para o sol!
VocĂȘ jĂĄ reparou como Ă© fĂĄcil ficar baixo astral?
Baixo astral porque estĂĄ chovendo, porque tem conta a pagar, porque nĂŁo tem exatamente o dinheiro ou a aparĂȘncia que gostaria de ter, porque ainda nĂŁo encontrou o amor da sua vida,ou encontrou e nĂŁo tem coragem de assumir este amor, porque a pessoa que vocĂȘ quer e nĂŁo te quer, porque...
Ă claro que tem hora que a gente nĂŁo estĂĄ bem.
Mas a nossa atitude deveria ser a de uma antena que tenta, ao mĂĄximo possĂvel, pegar o lado bom da vida.
Na natureza, nĂłs temos uma antena que Ă© assim: O GIRASSOL.
O GIRASSOL se volta para onde o sol estiver.
Mesmo que o sol esteja escondido atrĂĄs de uma nuvem.
Nós temos de aprender a realçar o que de bom recebemos. Aprender a ampliar pequenos gestos positivos e transformå-los em grandes acontecimentos.
Temos de treinar para ser GIRASSOL, que busca o sol, a vitalidade, a força, a beleza.
- Apreciar o amor que alguĂ©m em um determinado momento dirige a vocĂȘ.
- Apreciar um sorriso luminoso de alegria de alguĂ©m que vocĂȘ ama.
- Apreciar uma palavra amiga, que vem soar reconfortante, reanimadora.
E se o mau humor voltar que volte também a lembrança do GIRASSOL.
Selecione o melhor deste mundo, valorize tudo o que de bonito e bom haja nele e retenha isto dentro de vocĂȘ.
Ă este o segredo de uma vida melhor!!!!
Fonte: http://www.brazilmodal.com.br/2009/ - 05/02/09.
O BRASIL AVANĂA NA TRANSPARĂNCIA
Salvo poucas exceçÔes, entre as quais uma notĂcia nesta Folha, passou despercebida da mĂdia brasileira pesquisa divulgada pelo IBP (Parceria Internacional sobre Orçamento), uma ONG com sede em Washington, situando o Brasil em oitavo lugar num ranking de 85 paĂses que tiveram analisado o grau de transparĂȘncia de seus Orçamentos. Ao registrar o desinteresse dos meios de comunicação, tĂŁo avidamente interessados quando se trata de rankings que colocam mal o nosso paĂs, considero relevante destacar a posição obtida pelo Brasil. Sobretudo pela importĂąncia que isso tem para nossa imagem como paĂs, em momento de intensa crise internacional, quando todos disputam a confiança do investidor estrangeiro.
De inĂcio, vale frisar que o Brasil ficou atrĂĄs apenas de seis paĂses do Primeiro Mundo e de um Ășnico emergente -a Ăfrica do Sul-, colocando-se muito Ă frente de todos os demais, inclusive Ăndia, RĂșssia e China. Entre os latino-americanos, fomos o mais bem colocado, muito Ă frente, por exemplo, do MĂ©xico e da Argentina. O resultado dessa pesquisa nĂŁo me surpreendeu. Considero, atĂ©, que o Brasil poderia ter obtido posição ainda melhor. Isso porque ela foi feita com dados de atĂ© setembro de 2007, e o nosso paĂs nĂŁo parou de avançar em medidas de transparĂȘncia.
De lĂĄ para cĂĄ, a Controladoria Geral da UniĂŁo (CGU) lançou novas formas de consulta ao Portal da TransparĂȘncia, colocou na internet o Cadastro Nacional de Empresas InidĂŽneas e criou o ObservatĂłrio da Despesa PĂșblica; vĂĄrios ĂłrgĂŁos lançaram suas prĂłprias pĂĄginas de transparĂȘncia; o MinistĂ©rio do Planejamento lançou o sistema de controle on-line dos convĂȘnios, entre outros instrumentos. O nosso portal Ă© hoje referĂȘncia internacional e foi vĂĄrias vezes premiado, inclusive pelas NaçÔes Unidas. NĂŁo Ă© por acaso, tambĂ©m, que temos sido convidados para expor, em eventos internacionais, as medidas adotadas pelo Brasil nessa ĂĄrea: em julho Ășltimo, no Conselho EconĂŽmico Social da ONU, em Nova York; em novembro, na sede do UNODC, em Viena; e em fevereiro serĂĄ em nova reuniĂŁo, desta vez em Doha, no Qatar, com um grupo seleto de nĂŁo mais que 15 paĂses. Na pauta, as melhores iniciativas mundiais em transparĂȘncia e prevenção da corrupção, para subsidiar a prĂłxima ConferĂȘncia dos Estados-Parte da Convenção da ONU.
Ora, se o Brasil Ă© convocado para oferecer cooperação tĂ©cnica a outros paĂses, alĂ©m de receber sucessivas delegaçÔes que vĂȘm conhecer nosso trabalho, Ă© porque o paĂs mudou de patamar no cenĂĄrio mundial. E, como disse, em meio Ă atual crise mundial, a melhoria da imagem do Brasil Ă© de crucial importĂąncia para aumentar nĂŁo sĂł a confiança dos investidores mas tambĂ©m o respeito dos demais governos ao Estado brasileiro -o que tem sido conquista diuturna da nossa polĂtica externa-, de modo que nĂŁo se pretendam mais discutir as soluçÔes para os grandes problemas do mundo ignorando o Brasil. Como se vĂȘ, a pesquisa do IBP nĂŁo Ă© fato isolado. O Brasil vem sendo positivamente avaliado tambĂ©m pela ONU, pela OEA e pela OCDE quanto ao combate Ă corrupção, todos reconhecendo nosso esforço persistente nessa ĂĄrea.
Duas outras pesquisas recentes apontam na mesma direção. Uma delas, feita pela ONG chilena LatinobarĂŽmetro, mostra que 45% dos entrevistados reconheceram progressos na luta contra a corrupção no Brasil, percentual superior Ă mĂ©dia continental (38%); outra, realizada pela UFMG, com o Instituto Vox Populi, apontou que cerca de 75% dos entrevistados reconheceu que cresceu neste governo "a apuração dos casos de corrupção, que antes ficavam escondidos". Observe-se, ainda, que a ĂȘnfase na prevenção nĂŁo importou em negligenciar a investigação, a auditoria e a repressĂŁo. E, como resultado, jĂĄ expulsamos quase 2.000 agentes -incluindo diretores, superintendentes, procuradores, auditores e outros altos funcionĂĄrios- dos quadros do serviço federal, por prĂĄticas ilĂcitas, num combate inĂ©dito Ă histĂłrica cultura da impunidade. Por tudo isso, cabe a pergunta: nĂŁo serĂĄ jĂĄ a hora de abandonarmos velhos hĂĄbitos, de ficar repetindo, inercialmente, como mantras verdades de ontem que hoje jĂĄ nĂŁo correspondem Ă realidade? Como se o paĂs nada estivesse fazendo contra a corrupção e a impunidade. Como se nada estivesse sendo feito em termos de transparĂȘncia pĂșblica, quando o Brasil Ă© visto hoje, no mundo, como um bom exemplo para outros paĂses.
A quem interessa isso? A quem serve a atitude autodestrutiva da nossa imagem? Certamente nĂŁo ao povo brasileiro.
Jorge Hage, 70, advogado, mestre em direito pĂșblico pela UnB (Universidade de BrasĂlia) e em administração pĂșblica pela Universidade da CalifĂłrnia (EUA), Ă© o ministro-chefe da CGU (Controladoria Geral da UniĂŁo). Fonte: Folha de S.Paulo - 06/02/09.
BOM VĂNCULO DA JUSTIĂA
A Constituição garante a todos, como direito fundamental, a ampla defesa e o contraditĂłrio. Ou seja: nĂŁo Ă© sĂł o direito de se defender, mas tambĂ©m o de atacar, afirmando a contraditoriedade ao alegado pela outra parte, seja esta quem for. Ocorre, porĂ©m, que os ĂłrgĂŁos do poder pĂșblico tĂȘm uma sĂ©rie grande de vantagens processuais.
Exemplo: prazos em questĂ”es civis, em dobro ou em quĂĄdruplo. Outra: os advogados das pessoas de direito privado sĂŁo intimados pela publicação no "DiĂĄrio Oficial", fĂsica ou eletrĂŽnica, correndo seus prazos a partir de cada intimação. HĂĄ advogados do poder pĂșblico que sĂł podem ser intimados pessoalmente, ou seja, quando quiserem ou quase.
O direito constitucional Ă ampla defesa e ao contraditĂłrio, nesses casos, Ă© ofendido. NĂŁo deveria haver diferença no tratamento entre entes pĂșblicos e cidadania comum -tratamento que inclui a obrigação do juiz de recorrer de sentença que profira contra o poder pĂșblico.
Claro que esta Ă© uma narrativa em termos gerais. Compreenderia variĂĄveis especĂficas, sem interesse em coluna sobre a sĂșmula vinculante.
SĂșmula vinculante? Para quem nĂŁo seja do ramo, sĂșmula deve compreender a sĂntese de decisĂ”es iguais ou assemelhadas decididas pelo tribunal. Algumas dessas sĂșmulas sĂŁo vinculantes. Tornam-se obrigatĂłrias para todos os juĂzes.
Para nĂŁo ir muito longe, Ă© bom citar o parĂĄgrafo 2Âș do artigo 102 da Carta Magna, a dizer, desde a EC n.Âș 45/04, que "as decisĂ”es definitivas de mĂ©rito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas açÔes diretas de inconstitucionalidade e nas açÔes declaratĂłrias de constitucionalidade, produzirĂŁo eficĂĄcia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais ĂłrgĂŁos do Poder JudiciĂĄrio e Ă administração pĂșblica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal". O texto Ă© claro. NĂŁo precisa de maior explicação, mas vale outro exemplo, colhido no artigo 102-A, da Carta, incluĂdo pela mesma emenda. Autoriza, em decisĂŁo do STF, depois de reiteradas manifestaçÔes no mesmo sentido, "aprovar sĂșmula que, a partir de sua publicação na Imprensa Oficial, terĂĄ efeito vinculante", em relação aos mesmos ĂłrgĂŁos referidos.
HĂĄ outros efeitos, mas passo Ă essĂȘncia do assunto: o Supremo Tribunal Federal aprovou sĂșmula vinculante (n.Âș 14) que desagradou servidores pĂșblicos das polĂcias, dos ĂłrgĂŁos fiscais e do MinistĂ©rio PĂșblico ao dizer: "Ă direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, jĂĄ documentados em procedimento investigatĂłrio realizado por ĂłrgĂŁo com competĂȘncia de polĂcia judiciĂĄria, digam respeito ao exercĂcio do direito de defesa".
A ministra Ellen Gracie votou com a maioria, mas defendeu a necessidade da clareza do enunciado. Votou contra o ministro Joaquim Barbosa. Percebo que o leitor se surpreenderĂĄ: se a Constituição protege a ampla defesa e o contraditĂłrio, como reclamar contra a sĂșmula, se ela assegura o que a Lei Maior garante? Pois Ă©. O poder pĂșblico jĂĄ tem muitas vantagens. Mas, se nĂŁo houver uma reação, como a adotada pelo STF, a busca de novas vantagens, sacrificando o direito de defesa, nĂŁo terĂĄ limites. A Corte Suprema vinculou o caminho da justiça ao bom direito. Ainda bem.
Walter Cenevita - Fonte: Folha de S.Paulo - 07/02/09.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php