CRIATIVIDADE NO MARKETING
24/08/2012 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES (AGORA Ă BRA)
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Propaganda inteligente sobre as OlimpĂadas no Rio em 2016.
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PROFESSOR X
BREVE HISTĂRIA DOS MENSALĂES
"O CĂłdigo Penal Ă© a causa de todos os crimes." MillĂŽr
Mensalão não é tipo penal. Mas os delitos de corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, peculato, gestão fraudulenta e caixa dois de campanha que essa marca de fantasia abriga são. Em variados graus, esses crimes estão presentes entre nós, em sucessivos escùndalos, dos primórdios de nossa colonização até o Cachoeira/Delta do momento.
Do ponto de vista histĂłrico, poderĂamos numerar o julgamento em curso no STF como Ação Penal 500, e nĂŁo 470... O Brasil formou-se com estadania e sem cidadania, e a engrenagem dirigente, seja a da Ordem de Cristo aliançada com o Estado absolutista portuguĂȘs, seja a dos governos republicanos, favoreceu o patrimonialismo de grupos privilegiados.
Bem alĂ©m do trĂĄfico de influĂȘncia que Caminha, escrivĂŁo da frota de Cabral, praticou junto a El Rei -pedindo o fim do degredo de seu genro-, o que maculou a sociedade que aqui se forjava foi o trĂĄfico de africanos escravizados, a concentração fundiĂĄria e a dizimação dos povos nativos. Corrupção secular e estrutural, que nos faz sangrar atĂ© hoje.
O ImpĂ©rio manteve monocultura, latifĂșndio e, como rezava a Constituição outorgada em 1824, "o contrato entre senhores e escravos". Terras e vidas eram bens a serem surrupiados. A quadrinha popular denunciava: "Quem rouba pouco Ă© ladrĂŁo/ quem rouba muito Ă© barĂŁo".
A RepĂșblica Velha, patriarcal e coronelista, instituiu um sistema eleitoral baseado na fraude: currais eleitorais, voto de cabresto, eleiçÔes a bico de pena. HĂĄ dramĂĄtica continuidade disso na atual campanha municipal: nas periferias e nos grotĂ”es, vicejam o compadrio, o mandonismo e a compra de votos.
A partir de 1930, com o fortalecimento do setor pĂșblico no Brasil, cresceram as oportunidades de corrupção e aumentou tambĂ©m a reação a ela, inclusive da imprensa.
A diversidade polĂtica, ampliada a partir de 1945 -ainda que com o longo intervalo trevoso e de corrupção oculta da ditadura civil-militar de 1964- metabolizou malĂ©fica criatividade para a consolidação do que hoje se chama governabilidade.
O presidencialismo de coalizĂŁo Ă© de cooptação. Repasse de dinheiro, oferta de cargos e liberação de emendas cristalizam o adesismo atĂĄvico que permeia nossa tradição polĂtica.
O processo de privatizaçÔes, sob a capa da modernidade, nos anos 1990, foi eivado de desvios e falta de transparĂȘncia. Mas nĂŁo carimbemos a roubalheira como caracterĂstica nacional. Favorecimento a grandes conglomerados, aplicaçÔes em paraĂsos fiscais e manipulação de taxas de juros para ganhos financeiros sĂŁo fenĂŽmenos mundiais. Quanto mais nossa economia se internacionaliza, mais internalizamos essa dinĂąmica nefasta.
Espera-se que o Supremo fixe um marco histĂłrico que, vivificado por uma nova consciĂȘncia cidadĂŁ, condene esses crĂŽnicos abusos na conquista e no exercĂcio do poder.
O sistema polĂtico, que a representação parlamentar nĂŁo ousa reformar, Ă© indutor de corrupção, cuja porta de entrada Ă© o financiamento milionĂĄrio das campanhas.
Não é da natureza das empresas fazer doaçÔes, e sim investimentos.
Urge reagir ao fatalismo do "Ă© assim mesmo" ou Ă legitimação do ilegĂtimo "todos fazem", como sempre alega o PT. O Brasil estĂĄ diante de uma encruzilhada: pode afirmar o princĂpio da Ă©tica na polĂtica ou naturalizar a sua degradação.
A saĂda depende de uma postura institucional que demanda lastro cultural e pessoal. Que vigore a Carta Magna de artigo Ășnico atribuĂda a Capistrano de Abreu (1853-1927): "Todo brasileiro deve ter vergonha na cara".
Chico Alencar, 62, professor de histĂłria, Ă© e deputado federal pelo PSOL-RJ.
Fonte: Folha de S.Paulo â 23/08/12.
PROFESSORA PASQUALINA
NOVO MEMBRO DA ACADEMIA
O escritor Ăngelo Machado, 78, Ă© o mais recente integrante da Academia Mineira de Letras (AML). Eleito por 20 votos, o mineiro conhecido pelas obras de literatura infantil, disputou a cadeira nÂș 26, ocupada anteriormente por Bartolomeu Campos de QueirĂłs, que faleceu em janeiro deste ano.
Contente com a notĂcia, Machado afirma ter se sentir muito honrado.
"Eu recebi a notĂcia com muita satisfação e estou muito honrado nĂŁo sĂł por estar na Academia Mineira de Letras, que tem uma longa tradição, mas por estar entre pessoas que sĂŁo Ăłtimos escritores", diz Ăngelo Machado.
Outro fato que lhe traz felicidade é ser sucessor na instituição de outro autor que também se dedicou à literatura infantil.
"Eu fiquei muito feliz com o fato de ocupar a cadeira de Bartolomeu Campos de QueirĂłs porque, como eu, ele foi um escritor de livros para crianças. NĂłs fomos muito amigos e acho muito interessante que a Academia tenha um autor que represente a literatura infantojuvenil, porque esse pĂșblico Ă© a base de tudo. NĂłs precisamos conquistar os pequenos leitores para que eles possam se tornar adultos que apreciam e gostam do hĂĄbito da leitura", observa o agora acadĂȘmico.
Em breve, uma comissão da AML irå até a casa de Machado para fazer o pronunciamento oficial da eleição. Em seguida, serå realizada uma cerimÎnia, que celebrarå a posse do escritor.
"Eu ainda estou fechando uma data. Faz parte da tradição da academia que isso aconteça dentro de dois, trĂȘs meses. Uma data possĂvel Ă© novembro", afirma Machado.
Carlos Andrei Siquara â Fonte: O Tempo â 24/08/12.
AML: http://www.academiamineiradeletras.org.br/
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