PENSANDO NOS ANIMAIS
25/03/2009 -
PENSE!
AS FOCAS DO CANADĂ
English:
http://www.hsus.org/protectseals.html
http://www.harpseals.org/about_the_hunt/quota_tac.html
See photos: http://www.daylife.com/search?q=seal+canada+2009
Todo ano Ă© a mesma coisa. O CanadĂĄ autorizou este ano a caça de 280 mil focas em sua costa atlĂąntica, anunciou nesta sexta-feira (20) a ministra da Pesca, Gail Sheal. "O TAC (Captura Total AdmissĂvel) de focas na GroenlĂąndia foi fixado em 280 mil para 2009, sobre um total de 5,5 milhĂ”es de animais", destacou a ministra em um comunicado.
Brandindo seu hakapik, o caçador se prepara para o golpe mortal, na costa gelada do Golfo de SĂŁo Lourenço, no CanadĂĄ. O hakapik, invenção norueguesa, Ă© um bastĂŁo de madeira com ponta de metal e gancho acoplado. A caça Ă© um filhote de foca pequeno demais para fugir. A ponta de metal Ă© para esmagar a cabeça do filhote; o gancho, para puxĂĄ-lo atĂ© perto do caçador, que vai remover sua pele e abandonar a carcaça ensanguentada no gelo. EstĂĄ aberta oficialmente a temporada de caça Ă s focas, que se estenderĂĄ pela costa leste na primavera canadense e ao final terĂĄ exterminado a pauladas, em questĂŁo de semanas, 338 200 animais, o teto estabelecido pelo MinistĂ©rio da Pesca â 55 000 a mais que no ano passado. Sob o olhar horrorizado do mundo todo, o CanadĂĄ insiste em repetir a prĂĄtica anual, que diz ser essencial para a manutenção da população de focas (hoje em 5,6 milhĂ”es) sob controle e para a existĂȘncia de comunidades isoladas (cerca de 10 000 indivĂduos) que vivem disso. E garante: o mĂ©todo Ă© "humanitĂĄrio"; uma nova regra proĂbe atĂ© mesmo tirar a pele de animais que nĂŁo estejam comprovadamente mortos. "A imagem que as pessoas tĂȘm Ă© da foquinha branca levando um golpe na cabeça e tendo a pele removida ainda viva. Simplesmente nĂŁo Ă© verdade", afirma a ministra da Pesca, Gail Shea. Mas Ă©, como mostram amplamente imagens e testemunhas, e provavelmente continuarĂĄ a ser. Os Estados Unidos jĂĄ proĂbem a importação das peles e a Comunidade Europeia deve fazer o mesmo em breve, mas os maiores importadores â RĂșssia, China e Noruega â continuam fazendo fila para comprar. E o hakapik continua ganhando de 10 a zero das foquinhas brancas.
Fonte: Globo.com - 20/03/09 e Veja - Edição 2106.
Leia mais:
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5hHMNhEQr7DkP9VYU1sKGTWYz5jug
Veja fotos: http://www.daylife.com/search?q=seal+canada+2009
O DIA DA MENTIRA
As pessoas pregam peças no dia 1Âș de abril hĂĄ muito tempo. NĂŁo se sabe a origem desse costume, mas Ă© possĂvel que tenha começado no sĂ©culo XVI, na França. A comemoração de Ano-Novo, que acontecia no inĂcio da primavera, em março, culminando com festas, bailes e trocas de presentes, no dia 1Âș de abril, foi transferida para o dia 1Âș de janeiro.
Tal fato se deu por meio de um decreto do rei Carlos IX, que instituĂa aos sĂșditos o uso do calendĂĄrio gregoriano, adotado pela Igreja para todo o mundo cristĂŁo. Isso gerou muita confusĂŁo e dificuldade de adaptação. Assim, as pessoas que comemoravam, por engano, o Ano-Novo no dia 1o de abril, eram comumente vĂtimas de trotes e brincadeiras e acabaram sendo chamadas de "bobos de abril".
O hĂĄbito atravessou os sĂ©culos e ainda hoje a brincadeira Ă© tradição em muitos paĂses. Na Inglaterra, quem "cai no primeiro-de-abril" Ă© chamado de noodle (pateta); na França, de poisson d'avril (peixe de abril); na EscĂłcia, de april gowk (tolo de abril); nos Estados Unidos, de april fool (bobo de abril). Tudo faz crer que essa simpĂĄtica tradição serĂĄ perpetuada pela humanidade. Mas Ă© bom conter a imaginação e os impulsos extremados usando o bom senso para elaborar as brincadeiras. Algumas peças podem gerar sĂ©rios inconvenientes, quando ultrapassam o limite da comĂ©dia.
Por isso, Ă© de bom tom que os brincalhĂ”es procurem fazer algo bem original, nada maldoso, para merecerem o tĂtulo de bem-humorados e nĂŁo ganharem a fama de "chatos de mau gosto".
Leia mais: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/abril/dia-da-mentira.php
RELATĂRIO DEMOCRĂTICO
O tema do prĂłximo relatĂłrio brasileiro de desenvolvimento humano da ONU serĂĄ escolhido pela população. A ONU promoveu audiĂȘncias pĂșblicas para receber sugestĂ”es, fez pesquisas nos dez municĂpios com os piores IDHs do paĂs e estĂĄ aceitando contribuiçÔes pela internet atĂ© 15 de abril. O site Ă© http://brasilpontoaponto.org.br/.
Mercado Aberto - Guilherme Barros - Fonte: Folha de S.Paulo - 27/03/09.
ACADEMIA DE IDEIAS
Aulas bacanas, em abril, na Academia de Idéias (http://www.academiadeideias.com/), como Chico Buarque e Caetano Veloso: Inventores CosmogÎnicos.
Paulo Navarro - Fonte: O Tempo - 26/03/09.
PNC - http://www.pnc.com.br/
CĂLULA-TRONCO
A equipe de James Thomson, da Universidade do Wisconsin (EUA), relata em estudo na revista "Science" ter conseguido produzir as chamadas cĂ©lulas-tronco pluripotentes sem destruir embriĂ”es e sem usar vĂrus ou tĂ©cnicas de transgenia -ferramentas biolĂłgicas que implicavam um certo risco.
Como a ideia no futuro Ă© usar essas cĂ©lulas para tratar doenças, Ă© preciso impedi-las de desenvolver tumores e outros males. Thomson conseguiu isso usando uma pequena argola de DNA, chamada plasmĂdeo, para ativar determinados genes nas cĂ©lulas adultas e fazer com que elas se revertessem ao estĂĄgio embrionĂĄrio. Diferentemente dos vĂrus, os plasmĂdeos somem das cĂ©lulas com o passar do tempo, e a probabilidade de causarem alguma alteração genĂ©tica inesperada Ă© menor.
Fonte: Folha de S.Paulo - 27/03/09.
Universidade do Wisconsin - http://www.wisc.edu/
Science - http://www.sciencemag.org/
MATEMĂTICA - RUSSO-FRANCĂS GROMOV GANHA PRĂMIO ABEL
O matemĂĄtico russo naturalizado francĂȘs Mikhail Leonidovich Gromov, 65 ganhou o PrĂȘmio Abel, o "Nobel" da matemĂĄtica, concedido pela Academia de CiĂȘncias e Letras da Noruega. Segundo o comitĂȘ do prĂȘmio, Gromov foi responsĂĄvel por avanços "revolucionĂĄrios" na geometria, teoria dos grupos e teoria das cordas. Professor do Instituto de Estudos CientĂficos Avançados de Bures-sur-Yvette, Gromov receberĂĄ 6 milhĂ”es de coroas norueguesas (US$ 950 mil) pelo Abel.
Fonte: Folha de S.Paulo - 27/03/09.
PrĂȘmio Abel - http://www.abelprisen.no/en/
Academia de CiĂȘncias e Letras da Noruega - http://www.dnva.no/c26889/index.html
Instituto de Estudos CientĂficos Avançados de Bures-sur-Yvette - http://www.ihes.fr/jsp/site/Portal.jsp
FRASES DE BARES
Frases entreouvidas em vĂĄrios bares da cidade dos bares, Belo Horizonte:
Ă um rapaz de famĂlia: tem quatro...
Coloca sĂł a metade que estou tentando parar o vĂcio.
As chuvas da maldade dos mortais nĂŁo ultrapassarĂŁo o guarda-chuva da minha personalidade humana.
O beijo aumenta o apetite, mas nĂŁo mata a fome.
Se seu relógio då dor de cabeça, compre Mido.
Paulo Navarro - Fonte: O Tempo - 22/03/09.
PNC - http://www.pnc.com.br/
EDUCAĂĂO - ENSINO PĂBLICO NĂO Ă BOM NEM EM ĂREA NOBRE DE SP
O EstadĂŁo mostra que a qualidade do ensino pĂșblico estadual deixa a desejar atĂ© mesmo na regiĂŁo centro-oeste da capital paulista, a mais bem avaliada pelo Ăndice de Desenvolvimento da Educação de SĂŁo Paulo (Idesp). Metade dos alunos da 8ÂȘ sĂ©rie e do 3Âș ano do ensino mĂ©dio estĂŁo nos nĂveis "bĂĄsico" e "abaixo do bĂĄsico" em matemĂĄtica; ou seja, nĂŁo conseguem, por exemplo, fazer conta que envolva multiplicação e adição. O Ăndice geral de alunos com nĂvel abaixo do bĂĄsico caiu de 40%, em 2007, para 30%, no ano passado. "A conclusĂŁo foi que, mesmo melhorando as notas de 2007 para 2008, em quase todas as escolas sĂł uma minoria chega hoje a nĂveis considerados adequados de aprendizagem", escreve o jornal.
Leia mais: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090326/not_imp344934,0.php
Fonte: O Filtro - http://www.ofiltro.com.br - 26/03/09.
O CĂLCULO DA CRISE. SERĂ POR DINHEIRO?
A CRISE Ă DO CAPITAL. CRISE?
Tradução do espanhol: Ălvaro Pedreira de Cerqueira
CĂLCULO PRECISO. IMPRESIONANTE RESULTADO.
*ReflexĂŁo e cĂĄlculo preciso enviados Ă CNN por um telespectador:
O plano de resgate aos bancos com dinheiro dos pagadores de impostos, que ainda se discute no Congreso dos EE.UU., custarå a desmedida cifra de: 700 bilhÔes de dólares, mais os 500 bilhÔes que jå se entregaram aos bancos, mais os bilhÔes que entregarão os governos da Europa aos bancos en crise neste continente. Porém para tratar de dimensionar, só em parte, as cifras envolvidas, o telespectador fez o siguinte cålculo:
âO planeta tem 6,7 bilhĂ”es de habitantes; se se dividem 'sĂł' os 700 bilhĂ”es de dĂłlares entre os 6,7 bilhĂ”es de pessoas que habitam o planeta, equivale a entregar 104 MILHĂES DE DĂLARES A CADA UM'.
'Com isso, nĂŁo sĂł se erradica de imediato toda a pobreza do mundo, como automaticamente se transforma em MILIONĂRIOS TODOS OS HABITANTES DA TERRA'.
Ele conclui dizendo:
'Parece que realmente hå um pequeno problema na distribuição da riqueza'. Fazendo um pequeno cålculo, vamos examinar de perto e mais extamente o caso dos espanhóis.
O estado espanhol rega os bancos com 30 billhĂ”es de euros, que saem dos bolsos dos espanhĂłis. O Estado comprarĂĄ 30 bilhĂ”es de euros de dĂvidas dos bancos para evitar o colapso financeiro.
Espanha: Neste momento, sua população é de 46.063.511 de habitantes, segundo dados do padrão municipal de 2008.
FAĂAMOS O CĂLCULO.
30 bilhÔes de euros divididos por 46.063.511 de habitantes sai a:
652,18 milhÔes de euros PARA CADA ESPANHOL...
652,18 milhÔes de euros, ou sejam, 108.261 milhÔes de pesetas para cada habitante da ESPANHA.
TENDO UMA MĂDIA DE 4 PESSOAS CADA FAMĂLIA, CORRESPONDEM A 2,5 MILHĂES DE ⏠POR FAMĂLIA OU 415.119,52 MILHĂES DE PESETAS, POR FAMILIA.
VEJA, COM ISSO, SIM, Ă QUE PODERĂAMOS PAGAR A HIPOTECA. ESTA, Ă A CRISE! ASSIM VĂO NOS ESFOLAR, DEIXAR-NOS DE CEROULAS!
TANTO O GOVERNO COMO A OPOSIĂĂO ESTĂO RINDO DE NĂS! E NĂS... NĂO FAZEMOS NADA? PASSE ESTES CĂLCULOS A TODOS OS QUE CONHEĂA. PELO MENOS QUE NOS DEIXEM AS CEROULAS. SERĂ POR DINHEIRO? FIM.
(Colaboração: Markão)
COMO SABEMOS?
Como sabemos que o mundo Ă© do jeito que Ă©? FĂĄcil, diria uma pessoa pragmĂĄtica: basta olhar e medir. Vemos a ĂĄrvore, a cadeira, a mesa; ouvimos o vento, a mĂșsica, as vozes das pessoas. Sentimos o calor e o frio na nossa pele. Uma vez que essa informação sensorial Ă© integrada pelo nosso cĂ©rebro, construĂmos uma concepção do real que nos permite funcionar no mundo.
Sabemos aonde ir, o que comer, o que evitar tocar; sentimos o prazer de uma boa refeição, de um abraço carinhoso. Mas e quando vamos além dos nossos sentidos, usando instrumentos para estender a nossa concepção da realidade? Não vemos galåxias a olho nu (talvez AndrÎmeda, em noites muito especiais) e muito menos um åtomo de carbono. Como sabemos que estão lå, que existem?
Quando Galileu mostrou seu telescĂłpio para os senadores de Veneza, muitos se recusaram a aceitar que o que viam era real. Mais recentemente, no final do sĂ©culo 19, o grande fĂsico e filĂłsofo austrĂaco Ernst Mach se recusava a aceitar a existĂȘncia dos ĂĄtomos pois estes, segundo ele, nunca poderiam ser visualizados. Mach e os senadores estavam errados.
O que se vĂȘ atravĂ©s dos telescĂłpios Ă© perfeitamente real. Captamos os fĂłtons -as partĂculas de luz- emitidos (ou refletidos, no caso de planetas e luas) pelo corpo celeste. Se a fonte nĂŁo emite nas faixas visĂveis do espectro, ou estĂĄ tĂŁo longe que nĂŁo podemos captar fĂłtons entre o vermelho e o violeta, captamos ondas de rĂĄdio ou micro-ondas, radiação eletromagnĂ©tica que nossos olhos nĂŁo enxergam, mas que nem por isso Ă© menos real.
Quando elĂ©trons pulam de Ăłrbita nos ĂĄtomos, tambĂ©m emitem (ou absorvem) fĂłtons, que podem ser detectados por instrumentos ou, no caso de serem visĂveis, pelos nossos olhos. Os instrumentos usados no estudo dos fenĂŽmenos naturais sĂŁo uma extensĂŁo dos nossos sentidos. Um dos feitos mais espetaculares da ciĂȘncia Ă© justamente essa ampliação da realidade, o ver alĂ©m do visĂvel.
A situação se complica quando a complexidade do fenĂŽmeno nos força a filtrar dados, selecionando apenas uma parte do que ocorre. Nossos cĂ©rebros fazem isso constantemente, o que chamamos de "foco"; caso contrĂĄrio, serĂamos inundados a tal ponto por sons e imagens que nĂŁo conseguirĂamos fazer nada. Quando olhamos para uma estrela a olho nu ou com um telescĂłpio Ăłptico, vemos apenas parte dela, o que ela emite no visĂvel. Uma visĂŁo completa da estrela incorporaria suas emissĂ”es no infravermelho, no ultravioleta, no raio X etc. A consequĂȘncia desse fato Ă© simples, mas profunda: nossa construção da realidade, por ser sempre filtrada, Ă© incompleta. Sabemos apenas aquilo que medimos.
No caso das partĂculas elementares, o problema Ă© ainda mais grave. O gigantesco acelerador LHC, por exemplo, que deve entrar em funcionamento dentro de alguns meses na SuĂça, criarĂĄ em torno de 600 milhĂ”es de colisĂ”es entre partĂculas por segundo. Essas colisĂ”es geram 700 megabytes de dados por segundo, mais de 10 petabytes por ano. Um petabyte equivale a mil trilhĂ”es de bytes (1015), 1 milhĂŁo de discos rĂgidos com 1 gigabyte cada.
Para tornar a pesquisa viåvel, os grupos de cientistas filtram os dados, selecionando eventos designados "interessantes". Essa seleção, por sua vez, é baseada em teorias atuais que especulam sobre o que existe além do que jå conhecemos. Apesar de as teorias serem sólidas, elas só serão confirmadas pelos experimentos. Existe o risco de que fenÎmenos inesperados, não-previstos pelas teorias, sejam eliminados pela filtragem dos dados.
Nesse caso, nossas prĂłprias teorias limitam o que sabemos sobre o mundo - uma conclusĂŁo um tanto paradoxal.
Marcelo Gleiser Ă© professor de fĂsica teĂłrica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo". Fonte: Folha de S.Paulo - 22/03/09.
A Harmonia do Mundo - http://www.submarino.com.br/produto/1/1643045/harmonia+do+mundo,+a
Marcelo Gleiser - http://www.submarino.com.br/busca?q=Marcelo+Gleiser+&dep=autor&x=11&y=5
Dartmouth College - http://www.dartmouth.edu/
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http://www.faculdademental.com.br/fale.php