ROBOMANIA DA INTERAĂĂO
05/03/2009 -
EU DIGITAL
ROBĂ JUSTIN
English:
http://www.pcpro.co.uk/blogs/2009/03/04/robot-servants-in-sight/
Video:
http://www.engadget.com/2009/03/04/video-rollin-justin-and-desire-robots-take-out-trash-follow-c/
CeBIT 2009 - http://www.cebit.de/homepage_e
RobĂŽ humanĂłide Justin serve chĂĄ aos passantes da maior feira de tecnologia europĂ©ia em Hannover, a CeBIT 2009, que apresenta novidades de 4,3 mil exibidores de 69 paĂses.
Fonte: Terra - 02/03/09.
Video:
http://www.engadget.com/2009/03/04/video-rollin-justin-and-desire-robots-take-out-trash-follow-c/
Mais sobre a CeBIT 2009:
http://www.adrenaline.com.br/tecnologia/noticias.html/?bc=22
CeBIT 2009 - http://www.cebit.de/homepage_e
LEGISLAĂĂO ROBĂTICA
Na ficção cientĂfica, jĂĄ existem, hĂĄ mais de 60 anos, as famosas leis da robĂłtica, diretrizes criadas pelo escritor russo Isaac Asimov (1920-1992) que ditavam a "Ă©tica" dos robĂŽs. Mas o mundo real ainda carece de uma iniciativa parecida. E, para um cientista britĂąnico, jĂĄ estĂĄ mais do que na hora de começar a pensar em algo do tipo. Para Noel Sharkey, da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, os robĂŽs, de forma discreta, mas constante, estĂŁo deixando de ser elementos importantes apenas em laboratĂłrios e linhas de montagem de fĂĄbricas para se tornarem habitantes do nosso cotidiano.
"Desde a virada do sĂ©culo, as vendas de robĂŽs de serviço pessoal e profissional tĂȘm crescido e devem atingir um nĂșmero total de 5,5 milhĂ”es em 2008", diz Sharkey. "Esse nĂșmero, que facilmente supera os cerca de 1 milhĂŁo de robĂŽs industriais operacionais no planeta, deve subir para 11,5 milhĂ”es atĂ© 2011." Entre esses robĂŽs de serviço, muitos jĂĄ estĂŁo sendo usados para ajudar a cuidar de crianças e idosos. "Na ĂĄrea de cuidados pessoais, companhias japonesas e sul-coreanas desenvolveram robĂŽs que monitoram crianças e tĂȘm recursos para jogar videogame, conduzir jogos de quiz verbais, reconhecimento de voz, de face e conversação", diz.
Pesquisas sobre o desempenho desses robĂŽs conduzidas nos Estados Unidos e no JapĂŁo mostraram que as crianças criam fortes laços com eles - a ponto de preferirem, na maioria dos casos, um robĂŽ a um ursinho de pelĂșcia. E aĂ, conforme essas mĂĄquinas ficam cada vez mais sofisticadas, surge um dilema Ă©tico: Ă© certo permitir que crianças sejam criadas por robĂŽs? De que maneira isso pode impactar em suas habilidades sociais?
Para Sharkey, o mesmo dilema se apresenta para mĂĄquinas destinadas a cuidar de idosos. Por mais eficientes que elas sejam, nĂŁo seria ruim deixar uma pessoa, ao fim de sua vida, sem o privilĂ©gio dos cuidados (e do calor humano) fornecidos por outra pessoa? Na dĂ©cada de 1940, Isaac Asimov jĂĄ pensou que seria preciso criar um cĂłdigo de Ă©tica - embutido na programação dos robĂŽs - para evitar que fossem mal utilizados. As trĂȘs leis da robĂłtica, que ele descreveu pela primeira vez num conto de ficção cientĂfica publicado em 1942, sĂŁo as seguintes:
⹠Primeira Lei: um robÎ não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano seja ferido.
âą Segunda Lei: um robĂŽ deve obedecer Ă s ordens dos seres humanos, exceto quando elas conflitam com a Primeira Lei.
âą Terceira Lei: um robĂŽ precisa proteger sua prĂłpria existĂȘncia, contanto que ela nĂŁo conflite com a Primeira ou a Segunda leis.
Inteligente e conciso. Mas as leis da ficção nĂŁo tĂȘm como dar conta do recado no mundo real, diante de dilemas que jĂĄ aparecem hoje na sociedade. Por isso, Sharkey defende que seja iniciado, o mais rĂĄpido possĂvel, um debate para definir os limites para as aplicaçÔes robĂłticas, quando as fronteiras da Ă©tica parecem mais tĂȘnues. Em uma livre interpretação jornalĂstica, podemos dizer que seu artigo se resume em duas "novas" leis da robĂłtica:
âą Primeira Lei: um robĂŽ nĂŁo pode cumprir ordens que acarretem em potenciais malefĂcios psicolĂłgicos para algum ser humano.
âą Segunda Lei: em caso de combate, um robĂŽ nĂŁo pode decidir por si sĂł que humanos devem ser atacados.
Seu argumento foi apresentado em artigo publicado em dezembro passado pela revista cientĂfica americana "Science".
Soldados droides
Além de apontar os problemas potenciais com robÎs de serviço pessoal, Sharkey também destaca uma outra classe de måquinas que enfrenta sérios dilemas de ordem ética: os robÎs de guerra. Os EUA, por exemplo, estão fazendo vultosos investimentos para o desenvolvimento de robÎs capazes de executar tarefas de forma completamente autÎnoma em cenårios de conflito.
Mas os desafios de inteligĂȘncia artificial envolvidos sĂŁo grandes demais para qualquer mĂĄquina criada atĂ© hoje. "Os problemas Ă©ticos emergem porque nenhum sistema computacional pode discriminar entre combatentes e inocentes num encontro prĂłximo", argumenta. AlĂ©m disso, o robĂŽ tambĂ©m teria de ser capaz de discriminar sobre o uso ou nĂŁo de força letal num ataque.
Hoje, por mais que os exĂ©rcitos possuam mĂsseis "inteligentes", o alvo original e a força usada sĂŁo definidos por um humano. Colocar isso na mĂŁo de mĂĄquinas exigirĂĄ que elas tenham uma percepção cognitiva muito mais apurada do que elas possuem atualmente. Mas isso nĂŁo impede os militares de seguir desenvolvendo robĂŽs com esses fins - e daĂ surge a necessidade do debate. "RobĂŽs para cuidados e para guerra representam apenas duas de muitas ĂĄreas eticamente problemĂĄticas que logo aparecerĂŁo, com o rĂĄpido crescimento e a disseminação diversificada de aplicaçÔes robĂłticas", diz Sharkey. "Cientistas e engenheiros que trabalham em robĂłtica devem pensar sobre os potenciais perigos de seu trabalho, e a discussĂŁo pĂșblica e internacional Ă© vital para estabelecer diretrizes polĂticas para aplicação segura e Ă©tica, antes que as diretrizes surjam sozinhas."
Salvador Nogueira - Fonte: Galileu - NĂșmero 211.
ACERVO DIGITAL VEJA
O Acervo Digital ficou ainda mais atraente com a inclusĂŁo de todas as ediçÔes especiais e extras produzidas pela redação de VEJA. SĂŁo 64 revistas, desde 1972. Temas que, por sua importĂąncia ou urgĂȘncia em chegar Ă s mĂŁos dos leitores, foram merecedores de um trabalho diferenciado. Foi o caso da edição extra sobre a morte do piloto Ayrton Senna, em 1994, que os leitores receberam apenas um dia depois do acidente. EdiçÔes que trataram do tetra e do pentacampeonato, dos avanços tecnolĂłgicos e das mudanças de comportamento na sociedade moderna sĂŁo destaques agora disponĂveis a todos os leitores. Em http://www.veja.com.br/acervo.
Ficou ainda mais fĂĄcil realizar uma pesquisa nas mais de 2 000 ediçÔes de VEJA disponĂveis no Acervo Digital. O recurso de Busca Avançada permite refinar o levantamento por palavras-chave, frases ou pelo nome do autor mais o tema da reportagem.
Fonte: Veja - Edição 2102.
PASSEIO VIRTUAL POR MADRID
CENTRO DE ARTE DOS DE MAYO - http://www.madrid.org/centrodeartedosdemayo/
PASEO DEL ARTE - O passeio triangular tem, em cada vĂ©rtice, um museu. Bem perto um do outro, estĂŁo o Prado (http://www.museodelprado.es/) e o Thyssen-Bornemisza (http://www.museothyssen.org/thyssen/). Ao sul fica o Reina SofĂa (http://www.museoreinasofia.es/museoreinasofia/live/index.html). Fica bem perto do CaixaForum.
PALĂCIO REAL - http://www.patrimonionacional.es/
SANTIAGO BERNABEU - http://www.realmadrid.com/cs/Satellite/es/Home
COMPRAS EM CHUECA E MALASAĂA - http://www.turismomadrid.es/COMU/DOCU/documento/rutaCompras_ESPA.pdf
Fonte: Folha de S.Paulo - 05/03/09.
"TETRO" - NOVO FILME DE COPPOLA NA WEB
"Tetro", o prĂłximo filme de Francis Ford Coppola, ganhou um site oficial jĂĄ cheio de novidades (http://www.tetro.com/). A principal delas Ă© um vĂdeo em que o prĂłprio Coppola se filma para apresentar o projeto.
O diretor comenta que "Tetro" é seu primeiro roteiro original desde "A Conversação" e diz que muita coisa que estå no texto sobre rivalidade de irmãos é inspirada em histórias da sua infùncia, mas com um pouco de ficção.
AlĂ©m do vĂdeo, as primeiras fotos do filme tambĂ©m saĂram - o fato de estarem em preto e branco nĂŁo significa que o filme tambĂ©m o seja.
Lupa - Fonte: O Tempo - 01/03/09.
ARTES PLĂSTICAS E MĂSICA ONLINE
A internet oferece artes plĂĄsticas e mĂșsica de graça. De todos os incontĂĄveis sites, para as artes plĂĄsticas nĂŁo hesito em afirmar que o mais formidĂĄvel Ă© a Web Gallery of Art (http://www.wga.hu/), organizado por universitĂĄrios hĂșngaros: um banco de quase 30 mil reproduçÔes de alta qualidade, acompanhadas por comentĂĄrios sucintos, mas precisos e plenamente confiĂĄveis. No caso da mĂșsica, o quinto canal da Filodiffusione (http://www.radio.rai.it/filodiffusione/) Ă© formidĂĄvel, com uma programação exclusivamente musical, sem comentĂĄrios, imbatĂvel pelas escolhas que sĂŁo certamente feitas por uma equipe muito sofisticada de especialistas.
Jorge Coli - Fonte: Folha de S.Paulo - 01/03/09.
MODA ON-LINE
No site http://www.tamconexaomoda.com.br/, os visitantes estarĂŁo em contato com grandes ĂĄreas de conteĂșdo e destinos fashion, alĂ©m de calendĂĄrio de eventos, dicas e matĂ©rias do mundo da moda.
Fonte: Tam nas Nuvens - NĂșmero 14 - Fevereiro 2009.
SITES BĂSICOS
http://www.imdb.com/ - O site tem tudo sobre cinema, desde a invenção do cinematógrafo ao Oscar deste ano: filmes, atores, técnicos, diretores e mais.
http://www.economist.com/ - Revista muito bem escrita, deixa clara sua opiniĂŁo e apresenta fatos objetivos e anĂĄlises procedentes.
http://www.kiosco.net/ - O site tem jornais do mundo todo. Ver sempre "El PaĂs" e "The New York Times", ambos com informação de qualidade e articulistas brilhantes.
Artes Visuais
Em sites como Frieze (http://www.frieze.com/), Artforum (http://artforum.com/), Canal ContemporĂąneo (http://www.canalcontemporaneo.art.br/), TrĂłpico (http://www.uol.com.br/tropico), FĂłrum Permanente (http://www.forumpermanente.org/), e-flux (http://www.e-flux.com/), Akimbo (http://www.akimbo.biz/), Europeana (http://www.europeana.eu/portal/) e The European Library (http://search.theeuropeanlibrary.org/portal/pt/index.html) pode-se ver e ler de tudo.
Ivo Mesquita Ă© curador da Pinacoteca do Estado de SĂŁo Paulo - Fonte: Folha de S.Paulo - 01/03/09.
SUPEROLHARES TECNOLĂGICOS
http://news.google.com.br/ - Ă a pĂĄgina de entrada do meu navegador Firefox, e volto a ela de hora em hora, acompanhando uma seleção de manchetes nacionais e internacionais, e culturais, conforme vĂŁo acontecendo. Ă superficial e, Ă s vezes, vem com fatos irrelevantes (tipo um "serial killer" em Aracaju), mas em geral contĂ©m as notĂcias que estarĂŁo nos jornais do dia seguinte. ObrigatĂłrio e grĂĄtis.
http://www.nytimes.com/- Um site nada careta, e incontornĂĄvel, cheio de matĂ©rias interativas e multimĂdia. As seçÔes de arte, ciĂȘncia e tecnologia (sĂŁo) fornecem alimento para conversas em festas sem fim. Quando morre um grande nome, o "Times" libera todos os artigos que publicou sobre o assunto ao longo dos anos, durante uma semana, incluindo vĂdeos e resenhas. O mundo todo o copia. Ăs vezes, Ă© (pode ser) substituĂdo pelo "The Washington Post" ou o "Los Angeles Times" (que tem grandes fotĂłgrafos) no meu cafĂ© da manhĂŁ, em que sempre um deles estĂĄ presente. GrĂĄtis.
http://www.alternet.org/ - A esquerda serĂĄ fashion em 2009. Alternet reĂșne jornalistas independentes em artigos, fora da grande imprensa americana. Li recentemente uma reportagem sobre a favela de Mumbai onde se passa "Quem Quer Ser um MilionĂĄrio?" [Oscar de melhor filme], do diretor inglĂȘs Danny Boyle, naturalmente desancando o adorĂĄvel filme.
http://www.google.com/intl/en/landing/prado/ - O que pode oferecer o Museu do Prado a vocĂȘ que nĂŁo tem dinheiro para ir a Madri? Algo muito melhor. Viajar (virtualmente) dentro de 14 obras-primas. Por meio do (programa de computador) Google Earth, vocĂȘ parte do planeta Terra e penetra no museu. Atravessando diversas salas, vocĂȘ mergulha no interior de um quadro, por exemplo "O Jardim das DelĂcias" de [Hieronymus] Bosch, e chega a nĂveis de detalhes nunca experimentados por um ser humano. A pintura se torna hiper-real, em reproduçÔes de 14 milhĂ”es de pixels. A cada aproximação, a tela do seu computador se torna um quadro diferente, que vocĂȘ pode capturar, e cada personagem, visto nos livros como um pequeno ponto na multidĂŁo de figuras, adquire agora uma presença assustadora, dominando um espaço prĂłprio. Macrocosmos e microcosmos se integram de forma nova, graças Ă tecnologia. A ideia de um visitante de museu explodiu em favor de um operador de olhares.
http://www.artdaily.org/index.asp - Todas as exposiçÔes do mundo diariamente chegam nessa newsletter, com um resumo e uma foto. O interessante é perceber a variedade de ofertas. Todas as exposiçÔes que estamos perdendo e não vamos ver nunca.
http://www.ubu.com/ - Nostalgia vanguardista em tempos de arte pĂłs-contemporĂąnea. Começou como um site de poesia experimental, hoje Ă© um repositĂłrio gigante de recursos sobre arte sonora, performances, escrita conceitual, etnopoĂ©tica, filmes e vĂdeos. Demanda semanas para ser explorado conscientemente.
http://www.sensesofcinema.com/ - Artigos sobre cinema e diretores, filmografias, anĂĄlises, algumas muito detalhadas. De origem australiana, Ă© o cinema no sentido universal. Tem ediçÔes regulares, com uma revista e um banco de dados. Eles veem para vocĂȘ os filmes que vocĂȘ nĂŁo vai ver nunca -ou melhor, que vocĂȘ nĂŁo precisa perder tempo assistindo.
http://realitystudio.org/ - Neste ano, em que se comemoram 50 anos de "Almoço Nu", de William Burroughs, nada melhor que viver numa comunidade burroughsiana como esse estĂșdio de realidade, dedicado a exploraçÔes de sua obra. Afinal, "Almoço Nu" quer dizer isso: a realidade nua na ponta do garfo.
http://www.rhizome.org/ - Site dedicado às relaçÔes entre arte e tecnologia, com pensamentos de ponta e obras de "net.arte" divertidas e engenhosas que podem ocupar a mente durante todo um fim de semana de chuva em casa.
Arthur Omar Ă© cineasta, fotĂłgrafo e artista plĂĄstico - Fonte: Folha de S.Paulo - 01/03/09.
MUSEU PABLO NERUDA
Casa no Chile onde viveu o poeta preserva seus objetos pessoais.
http://www.neruda.cl/
Fonte: Aventuras na HistĂłria - NĂșmero 67.
NA REDE - MIB - MĂSICA INSTRUMENTAL BRASILEIRA
Mesmo sendo considerada uma das mais criativas e diversificadas do mundo, comparĂĄvel apenas Ă mĂșsica cubana ou ao jazz norte-americano, a mĂșsica instrumental brasileira nĂŁo Ă© incentivada como merece pela indĂșstria do disco, que nas Ășltimas dĂ©cadas optou por investir apenas em vertentes de consumo fĂĄcil.
"Ainda temos de aguentar, de vez em quando, um desses chefĂ”es de gravadora dizer que a culpa Ă© da falta de criatividade dos mĂșsicos", rebate a pesquisadora Maria Luiza Kfouri, 55, que desenvolveu com Fernando Ximenes o site MĂșsicos do Brasil: Uma EnciclopĂ©dia Instrumental (http://www.musicosdobrasil.com.br/inicio.jsf), na rede desde fevereiro.
O perfil enciclopĂ©dico nĂŁo impediu que o projeto, patrocinado pela Petrobras, fosse desde o inĂcio pensado para a internet. "SabĂamos que um projeto desta magnitude nĂŁo estaria "pronto" nunca e, por isso, a internet seria seu meio ideal, para que possamos acrescentar aquilo que vai, sempre, estar faltando", diz a pesquisadora.
O site jĂĄ reĂșne cerca de 700 verbetes com muitos dos principais instrumentistas do paĂs, que traçaram nos palcos e estĂșdios de gravação a histĂłria desta corrente musical: do flautista Pixinguinha (1897-1973) ou do violonista Garoto (1915-1955), chegando a talentos da cena atual, como o bandolinista Hamilton de Holanda e o pianista AndrĂ© Mehmari.
Para iniciar a pesquisa, em meados de 2006, Kfouri e Ximenes criaram uma espĂ©cie de recenseamento, um minucioso questionĂĄrio, enviado por e-mail a centenas de instrumentistas. A pesquisa tambĂ©m colheu dados sobre a formação e o "pensamento" desses mĂșsicos, mapeando assim seus mestres, influĂȘncias e parceiros.
Os critĂ©rios para definir quais mĂșsicos devem estar representados nos verbetes do site resumem-se a apenas um: sĂł entram os que gravaram ou participaram de gravaçÔes de pelo menos um disco exclusivamente instrumental.
"NĂŁo hĂĄ outro critĂ©rio, nem de estilo, nem de gĂȘnero", explica Kfouri. "Tivemos de criar essa regra, um tanto draconiana, pois se nĂŁo terĂamos de ter outras vidas para poder cobrir todos os instrumentistas brasileiros. SĂŁo milhares aqueles que acompanham cantores e que nunca participaram de uma gravação instrumental."
As respostas vieram em grande volume, mas mĂșsicos pouco afeitos ao e-mail, como o flautista Altamiro Carrilho ou o pianista Amilton Godoy, pediram para gravar seus depoimentos. JĂĄ o pianista Francis Hime, curiosamente, preferiu responder o questionĂĄrio Ă mĂŁo. "Ainda nĂŁo conseguimos chegar a alguns mĂșsicos, como JoĂŁo Donato, Paulinho da Viola e Edu Lobo, mas estamos insistindo", conta Kfouri.
Dificuldades nĂŁo faltam num projeto tĂŁo abrangente. No caso de instrumentistas jĂĄ mortos, por exemplo, a pesquisa fica mais restrita a consultas a familiares, a poucas obras de referĂȘncia ou a sites que nem sempre trazem dados corretos.
Mesmo assim, Kfouri observa que a situação na årea da pesquisa cultural, no Brasil, tem melhorado. "A biblioteca musical cresceu consideravelmente e a internet tem sido uma ferramenta e tanto, embora muitas vezes ainda se tenha de tomar muito cuidado com as informaçÔes que se encontram em determinados sites."
O site oferece tambĂ©m dissertaçÔes universitĂĄrias e ensaios sobre instrumentos, estilos, grupos musicais ou discos mais significativos, escritos por especialistas. Entre os mĂșsicos que assinam ensaios, estĂŁo Henrique Cazes ("O Cavaquinho") e MaurĂcio Carrilho ("O ViolĂŁo de Sete Cordas").
Carlos Calado - Fonte: Folha de S.Paulo - 03/03/09.
VIDA DIGITAL - IMPROV EVERYWHERE
Eles conseguem mobilizar centenas de pessoas para as mais bizarras performances em locais emblemĂĄticos de Nova York.
Em janeiro, levaram cerca de 1.200 pessoas para os metrĂŽs da cidade. Detalhe: sem as calças. No ano passado, organizaram um "espelho humano" reunindo gĂȘmeos, com roupas idĂȘnticas, frente a frente em um vagĂŁo do metrĂŽ. Em 2003, atraĂram 200 pessoas para a estação de trem Grand Central, para passarem cinco minutos "congeladas", sem se mover.
Esses feitos sĂŁo de autoria do grupo Improv Everywhere (http://improveverywhere.com/), que, desde 2001, reĂșne comediantes, designers e nerds em geral interessados em se divertir promovendo "cenas de caos e alegria em lugares pĂșblicos".
A arma de que eles dispÔem para divulgar as açÔes e atrair curiosos para elas se restringe à internet. Os participantes são acionados por e-mail, MSN ou fóruns de discussão no Facebook e no MySpace.
Nessa, Chad Nicholson, 30, fotĂłgrafo oficial e integrante do grupo, estarĂĄ em SĂŁo Paulo para falar da experiĂȘncia do grupo. Ele participa do You Pix, sĂ©rie de palestras e bate-papos, com entrada gratuita, sobre iniciativas bem-sucedidas na web.
AlĂ©m da palestra, o evento promoverĂĄ uma ação similar a uma intervenção do grupo em Nova York, o MP3 Experiment, em que os participantes ligam seus aparelhos e ouvem a mesma mĂșsica, no mesmo horĂĄrio.
"Nosso trabalho começa na internet. Desde a definição do tema e do local da ação atĂ© a data e o nĂșmero de participantes que queremos atingir. Ă tudo discutido por e-mails, MSN ou chat on-line", diz Nicholson.
Eles sĂł se encontram pessoalmente cerca de uma hora antes do evento, para acertar os Ășltimos detalhes, checar o movimento no local e decidir onde colocar a cĂąmera fotogrĂĄfica para registrar.
"Para mim, a ideia principal Ă© fazer as pessoas sorrirem. Evento discute fazer as pessoas sorrirem. Em segundo lugar, quero tornĂĄ-las mais observadoras, fazer com que olhem Ă sua volta", defende Chad.
Quem se lembra das "flash mobs", que causaram frisson entre os moderninhos de vĂĄrias capitais (inclusive SĂŁo Paulo), nos idos de 2003 pode notar que qualquer semelhança nĂŁo Ă© mera coincidĂȘncia. As duas açÔes tĂȘm a mesma ideia central: reunir, por meio da internet, um grande nĂșmero de pessoas em algum lugar pĂșblico de grande visibilidade, por um curto perĂodo de tempo.
Os integrantes do Improv Everywhere, no entanto, rejeitam a comparação. "As flash mobs ficaram datadas. Era divertido aparecer em algum lugar e ir embora, mas nós gostamos de ter uma razão para aparecer. Por exemplo, na Grand Central Station, as pessoas gostaram porque nós fizemos algo inesperado, que era "congelar". Nas flash mobs as pessoas simplesmente aparecem e desaparecem de repente de um lugar", diz Nicholson.
Assim, os integrantes do grupo definem-se sobretudo como pranksters, pessoas que realizam atos incomuns ou atĂ© ridĂculos por pura diversĂŁo.
Em sua passagem por São Paulo, Nicholson ainda não planejou nenhuma grande missão. Mas, se alguém se habilitar, ele garante que participa.
Vida noturna
Além de Chad Nicholson, outro destaque do evento é o fotógrafo norte-americano Merlin Bronques, que registra a sempre efervescente vida noturna de Nova York e joga todas as fotos em seu blog, http://www.lastnightsparty.com/.
De festas badaladas com direito a Madonna na pista de dança a inferninhos com garotas seminuas, Bronques e sua cùmera estão onde a noite ferver. A atração pelas personagens e eventos mais extravagantes da cidade, bem como a linguagem sexy das fotos se tornou marca registrada de Bronques e inspirou outros fotógrafos a seguirem seus passos, usando a web para divulgar seu trabalho.
Leticia de Castro - Fonte: Folha de S.Paulo - 02/03/09.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php