CRIATIVIDADE NO MARKETING
10/06/2010 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES (ANIMAIS EXĂTICOS...)
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NĂŁo compre souvenirs de animais exĂłticos...
(Colaboração: Washington de Jesus)
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PROFESSOR TOM COELHO
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Ser e Estar
*por Tom Coelho
"Ă s vezes penso, Ă s vezes sou".
(Paul Valéry)
Tenho observado com cautela o comportamento das pessoas e suas atitudes na vida em sociedade. E seja no ambiente corporativo, familiar, polĂtico, social, enfim, qualquer que seja o meio no qual estejam inseridas, preocupa-me a instabilidade, a ausĂȘncia de propĂłsitos, a fragilidade das personalidades, ante questĂ”es diversas que lhes sĂŁo impostas.
As pessoas parecem tomadas por um senso de urgĂȘncia, um imediatismo subserviente, atravĂ©s dos quais manifestam-se em defesa de interesses de curto prazo, pontuados isoladamente e localmente, como se estivessem desconectadas do organismo social.
PolĂticos fazem alianças historicamente incongruentes em troca de alguns minutos adicionais no horĂĄrio eleitoral gratuito, independentemente da dissonĂąncia ideolĂłgica e pragmĂĄtica futura em caso de ĂȘxito no pleito. Profissionais travam um verdadeiro jogo de xadrez em suas companhias prejudicando o colega da mesa ao lado em lances ardilosos engendrados nos corredores e nas pausas para o cafĂ©, em busca de uma notoriedade que pretensamente lhes venha conferir uma maior remuneração. Amigos cultivados ao decorrer de anos capitulam nos momentos mais crĂticos, negligenciando ajuda e apoio. Familiares desagregam-se ao primeiro sinal de dificuldade econĂŽmica. Pais apregoam a Ă©tica a seus filhos, enquanto ultrapassam veĂculos pelo acostamento no final de semana, tendo-os por testemunhas.
Hå uma inversão recorrente dos valores, da ética, da moral, do caråter. As pessoas deixam de ser o que sempre foram e passam a estar o que lhes convém.
Valores
Valores sĂŁo definidos como normas, princĂpios, padrĂ”es socialmente aceitos. SĂŁo-nos incutidos desde cedo, fruto do meio social, e quando chancelados pela conduta humana, considerados eticamente adequados. Somos orientados a aceitĂĄ-los, evitar questionĂĄ-los. E acabamos cerceados da possibilidade de exercer nossa criatividade, nossa imaginação, nosso livre arbĂtrio. Como diria Rousseau, "o homem nasce livre e por toda parte encontra-se a ferros". Se tais parĂąmetros carecem de concordĂąncia, optamos nĂŁo por alterĂĄ-los, mas por desrespeitĂĄ-los. DaĂ advĂ©m uma primeira cisĂŁo: regras sĂŁo feitas para serem quebradas; contratos, para serem rompidos.
A moral de um lobo Ă© comer carneiros, como a moral dos carneiros Ă© comer a grama. Este instinto animal tem inconscientemente caracterizado o comportamento humano o qual tem denotado uma moral dupla: uma que prega mas nĂŁo pratica, outra que pratica mas nĂŁo prega.
NĂŁo sĂŁo os princĂpios que dĂŁo grandeza ao homem. Ă© o homem que dĂĄ grandeza aos princĂpios. Curiosamente Ă© mais fĂĄcil lutar por princĂpios do que aplicĂĄ-los. Mas esta Ă© uma luta que deve ser travada diariamente com paciĂȘncia e sabedoria, ajustando a palavra Ă ação, a ação Ă palavra.
Todo homem toma os limites de seu próprio campo de visão como os limites do mundo. Por isso, esta luta trata-se de litigar paradigmas. Criar e difundir novos. Não esmorecer, mesmo sentindo a mente turva. Todos vivemos sob o mesmo céu, mas nem todos vemos o mesmo horizonte. E quando se tem o horizonte enevoado, é preciso olhar para trås para manter o rumo. A vida, disse Kierkegaard, só pode ser compreendida olhando-se para trås. Mas só pode ser vivida, olhando-se para frente.
CarĂĄter
CarĂĄter Ă© destino, disse HerĂĄclito de Ă©feso. Ă© aquilo que fazemos quando ninguĂ©m estĂĄ olhando. Ă© nossa particularidade, nossa maior intimidade, nosso segredo mais bem guardado. Ă© nosso maior companheiro, nossa maior paixĂŁo - e, Ă s vezes, nosso maior fantasma. Ă© construĂdo desde a mais tenra idade, simbolizando nossa maior herança - e nosso maior legado.
Um homem de caråter firme mostra igual semblante em face do bem ou do mal. Preocupa-se mais com seu caråter do que com sua reputação, pois sabe que seu caråter representa aquilo que ele é, enquanto sua reputação, apenas aquilo que os outros pensam. E sua firmeza de propósitos o faz com que opte pela singularidade de seu próprio julgamento.
O carĂĄter testa-se em pequenas coisas. Num olhar, num gesto, numa palavra. Quando queremos saber de que lado sopra o vento atiramos ao ar nĂŁo uma pedra, mas uma pluma. HĂĄ um provĂ©rbio dos Ăndios norte-americanos que diz: "Dentro de mim hĂĄ dois cachorros: um deles Ă© cruel e mau, o outro Ă© muito bom. Os dois estĂŁo sempre brigando. O que ganha a briga Ă© aquele que alimento mais freqĂŒentemente".
Acredito que as adversidades além de fortalecerem o caråter, revelam-no. Tornam-no mais tenaz, purificam-no.
CarĂĄter Ă© destino. E o destino nĂŁo Ă© uma questĂŁo de sorte, mas uma questĂŁo de escolha. NĂŁo Ă© uma coisa que se espera, mas que se busca. O futuro de um homem estĂĄ decididamente escrito em seu passado.
Mudança
NĂŁo existe nada permanente, exceto a mudança. PorĂ©m, mudar e mudar para melhor sĂŁo coisas diferentes. As pessoas nĂŁo resistem Ă s mudanças, resistem a ser mudadas. Ă© um mecanismo legĂtimo e natural de defesa. Insistimos em tentar impor mudanças, quando o que precisamos Ă© cultivar mudanças.
O dinheiro, por exemplo, muda as pessoas com a mesma freqĂŒĂȘncia com que muda de mĂŁos. Mas, na verdade, ele nĂŁo muda o homem: apenas o desmascara. Esta Ă© uma das mais importantes constataçÔes jĂĄ realizadas, pois auxilia-nos a identificar quem nos cerca: se um amigo, um colega ou um adversĂĄrio. Infelizmente, esta observação, nĂŁo raro, dĂĄ-se tardiamente, quando danos foram causados, frustraçÔes foram contabilizadas, amizades foram combalidas. Mas antes tarde, do que mais tarde.
Os homens sĂŁo sempre sinceros. Mudam de sinceridade, nada mais. Somos o que fazemos e o que fazemos para mudar o que somos. Nos dias em que fazemos, realmente existimos: nos outros apenas duramos.
Segundo William James, a maior descoberta da humanidade é que qualquer pessoa pode mudar de vida, mudando de atitude. Talvez por isso a famosa Prece da Serenidade seja tão dogmåtica: mudar as coisas que podem ser mudadas, aceitar as que não podem, e ter a sabedoria para perceber a diferença entre as duas.
TolerĂąncia
Cada vida sĂŁo muitos dias, dias apĂłs dias. Caminhamos pela vida cruzando com ladrĂ”es, fantasmas, gigantes, velhos e moços, mestres e aprendizes. Mas sempre encontrando nĂłs mesmos. Na medida em que os anos passam tenho aprendido a me tornar um pouco pluma: ofereço menos resistĂȘncia aos sacrifĂcios que a vida impĂ”e e suporto melhor as dificuldades. Aprendi a descansar em lugares tranqĂŒilos e a deixar para trĂĄs as coisas que nĂŁo preciso carregar, como ressentimentos, mĂĄgoas e decepçÔes. Aprendi a valorizar nĂŁo o olhar, mas a coisa olhada; nĂŁo o pensar, mas o sentir. Aprendi que as pessoas, via de regra, nĂŁo estĂŁo contra mim, mas a favor delas. Por isso, deixei de nutrir expectativas de qualquer ordem a respeito das pessoas. Atitudes insensatas nĂŁo mais me surpreendem. Seria desejĂĄvel que todos agissem com bom senso, vendo as coisas como sĂŁo e fazendo-as como deveriam ser feitas. Mas no mundo real, o bom senso Ă© a Ășnica coisa bem distribuĂda: todos garantem possuir o suficiente...
Somos responsĂĄveis por aquilo que fazemos, o que nĂŁo fazemos e o que impedimos de fazer. NĂłs nĂŁo aprendemos nada com nossa experiĂȘncia. NĂłs sĂł aprendemos refletindo sobre nossa experiĂȘncia. Todos temos nossas fraquezas e necessidades, impostas ou auto-impostas. "Conheço muitos que nĂŁo puderam quando deviam, porque nĂŁo quiseram quando podiam", disse François Rabelais.
Por tudo isso, Ă© preciso tolerĂąncia. Ă© preciso tambĂ©m flexibilidade. Mas Ă© preciso fundamentalmente policiar-se. Num mundo dinĂąmico, Ă© plausĂvel rever valores, adequar comportamentos, ajustar atitudes. Mantendo-se a integridade.
16/08/2002
Tom Coelho Ă© educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 paĂses. Ă autor de âSete Vidas â LiçÔes para construir seu equilĂbrio pessoal e profissionalâ, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.tomcoelho.com.br e comunicada sua utilização através do e-mail talento@tomcoelho.com.br
ADM. MARIZETE FURBINO
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Mesa CHEIA. Sinal de incompetĂȘncia!
Por Adm. Marizete Furbino
âCom organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo, e fazer bem feitoâ. (PitĂĄgoras)
O profissional do sĂ©culo XXI deve ter em mente que mesa cheia de papelada nĂŁo Ă© mais sinĂŽnimo de competĂȘncia; ao contrĂĄrio, Ă© sinal de incompetĂȘncia.
Pilhas e mais pilhas de papĂ©is sobre a mesa, alĂ©m de atestar falta de organização, atesta incompetĂȘncia, pois, se aquela papelada estĂĄ ainda por cima da mesa Ă© sinal de que nĂŁo fora resolvida, e pior, em tempo hĂĄbil; logo, poderĂĄ comprometer muito o profissional responsĂĄvel. Toda documentação resolvida deve ser imediatamente arquivada. Isto faz parte de uma boa organização e de um bom gerenciamento.
Ademais, torna-se visĂvel a necessidade de, alĂ©m de sermos organizados, saibamos planejar nossas açÔes, priorizar as tarefas, definir as prioridades de curto, mĂ©dio e longo prazos, para evitar, desta forma, possĂveis perdas.
Ressalta-se que, apesar de alguns dizerem que por traz de uma mesa com papĂ©is empilhados e totalmente bagunçados existe sempre um profissional criativo, Ă© preciso salientar que nos dias atuais, se âafogarâ em meio Ă papelada Ă© uma variĂĄvel grave que deve ser ponderada, visto ser considerada um forte âindicadorâ de incompetĂȘncia. Deve-se ter em mente que, se o profissional nĂŁo consegue organizar sua mesa, como irĂĄ conduzir todo o seu processo de trabalho?
Chega Ă s raias do absurdo o profissional pensar que, quando a mesa estiver entupida de papĂ©is, os demais irĂŁo no mĂnimo imaginar que ele trabalha muito, que Ă© muito competente, envolvido, comprometido e, quem sabe, atĂ© insubstituĂvel. Um profissional com este perfil pode atĂ© ser criativo e atĂ© mesmo ser Ăștil em vĂĄrias situaçÔes para a empresa, mas certamente serĂĄ inĂștil em projetos ou tarefas que requeiram mĂ©todo e organização para o alcance de bons resultados.
Com efeito, pensar e refletir sobre isso Ă© hoje imprescindĂvel a quem deseja pelo menos permanecer no mercado por um perĂodo mais longo de tempo, uma vez que em meio a um mundo de negĂłcios onde a competitividade âcanta cada vez mais altoâ, e Ă© decisivo que devamos ser ĂĄgeis em tudo o que nos propusermos a fazer.
Ă sabido que hoje as empresas avaliam nĂŁo somente a competĂȘncia tĂ©cnica de seus profissionais, mas o seu comportamento e suas atitudes ditam as regras do jogo, e essas contribuem para sua permanĂȘncia ou nĂŁo no mercado; logo, torna-se de extrema importĂąncia o colaborador pensar sobre qual Ă© a percepção que a empresa possui dele e, sem resistĂȘncia, refletir, analisar e procurar mudar a sua postura quando se fizer necessĂĄrio.
Neste entendimento, Ă© preciso se livrar das pilhas e mais pilhas de papĂ©is, que muitas vezes impedem atĂ© mesmo de sermos visĂveis. Desde logo, aprender a arquivar documentos e saber arquivĂĄ-los temporariamente em conformidade com os seus prazos, Ă© fator de fundamental importĂąncia no que tange Ă organização. Ă imprescindĂvel tambĂ©m manter seu foco em resolver as tarefas de curto prazo. Ă preciso ficar claro que sobre sua mesa deverĂĄ ficar somente o que vocĂȘ estarĂĄ resolvendo naquele momento e/ou dia, quiçå pendĂȘncias para o dia seguinte.
Tal assertiva demonstra que uma mesa bagunçada, alĂ©m de causar um tremendo mal-estar e pĂ©ssima impressĂŁo em que as vĂȘ, causa uma tremenda confusĂŁo no seu responsĂĄvel, podendo tambĂ©m comprometer a sua produtividade acarretar alguns danos, tais como: perda de documentos, demora na localização de documentos, entre outros transtornos, como eventuais prejuĂzos devidos ao nĂŁo cumprimento de prazos.
Um cuidado especial deve ser dado ao que se deve arquivar e ao que se deve jogar fora, pois nĂŁo se pode chorar o âleite derramadoâ.
Ă preciso lembrar que hĂĄ benefĂcios advindos de um ambiente organizado, que tanto corrobora no que tange a maximização da produção e a minimização do tempo; logo, comece a se organizar, naturalmente sem paranĂłia, e lembre-se que tudo em excesso Ă© prejudicial.
Vale ressaltar que a mesa de trabalho demonstra claramente o perfil do profissional que ali estĂĄ, o que indica que devemos ficar muito atentos, uma vez que no mercado tudo Ă© avaliado e a primeira impressĂŁo Ă© a que irĂĄ permanecer. Comportamentos habituais estĂŁo intimamente arraigados ao carĂĄter da pessoa e, por esta razĂŁo, sĂŁo difĂceis de serem eliminados. Um âbagunceiroâ no trabalho, tambĂ©m o Ă© no seu lar e em todas as ocasiĂ”es imaginĂĄveis. Por outro lado, Ă© sabido que novos ou bons comportamentos podem ser aprendidos e se integrarem de forma definitiva na pessoa, anulando o comportamento inadequado anterior.
Um fato observado neste sĂ©culo Ă© que estĂĄ em voga a utilização das mesas compartilhadas; sendo assim, este âarranjoâ de trabalho coletivo constitui mais um motivo para se preocupar com a organização da mesa.
Ora, como Ă© cediço, organizar a mesa de trabalho Ă© essencial em um mundo de negĂłcios onde tudo e todos sĂŁo observados e avaliados o tempo todo; caso esta preocupação nĂŁo se faça presente, poderĂĄ comprometer profissionais e empresas perante este mercado altamente competitivo que ai estĂĄ; em vista disso, negar tal necessidade, pode significar negar a permanĂȘncia de profissionais e empresas no mercado.
Por derradeiro, Ă© importante ter em mente que, se vocĂȘ Ă© um profissional desorganizado, vocĂȘ pode passar a ser um profissional organizado, mas isto sĂł depende de sua iniciativa.
Basta vocĂȘ querer e se esforçar continuamente. PrĂĄticas adotadas de forma contĂnua se integram ao nosso modo de ser. Cabe sĂł a vocĂȘ se ver livre de rĂłtulos incĂŽmodos ou de avaliaçÔes e observaçÔes negativas.
15/12/2007
Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pelo UNILESTE-MG. à Administradora, Consultora de Empresa e Professora Universitåria no Vale do Aço/MG.
Contatos através do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br
Reprodução autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado a autora e o site www.marizetefurbino.com e comunicada sua utilização através do e-mail marizetefurbino@yahoo.com.br
PROFESSOR X
O SOL NA PENEIRA
Uma edição recente da revista Academyof Management Perspectives traz artigo de Jeffrey Pfeffer. O autor Ă© um renomado pesquisador e professor da Universidade de Stanford. Nos Ășltimos anos, ele consolidou sua reputação com artigos polĂȘmicos sobre a irrelevĂąncia da pesquisa cientĂfica no campo da gestĂŁo e sobre o baixo benefĂcio agregado pelos programas de MBA.
No presente artigo, Pfeffer orienta sua pena para uma crĂtica da abordagem empresarial ao tema da sustentabilidade. Tal tema, como bem sabem nossos ilustrados leitores, ganhou relevĂąncia nas Ășltimas dĂ©cadas, tendo sido incorporado Ă agenda das empresas. Naturalmente, a resposta corporativa Ă© heterogĂȘnea: enquanto algumas empresas tomam a liderança, inserem o assunto em sua pauta estratĂ©gica e procuram rever seus negĂłcios ou atĂ© mesmo criar novos negĂłcios, outras apenas maquiam suas operaçÔes para se conformar Ă legislação e Ă s pressĂ”es de organizaçÔes sociais e grupos de interesse.
Operar de forma sustentĂĄvel significa conservar os recursos naturais e evitar desperdĂcios, de forma que a atividade econĂŽmica se sustente ao longo do tempo. Obviamente, isso significa contrapor pressĂ”es por resultados a curto prazo. Operar de forma sustentĂĄvel significa tambĂ©m preservar a vida e o estilo de vida, inclusive valores culturais.
Com a ascensĂŁo do tema, criou-se nos Ășltimos anos a expectativa de que as empresas poderiam reverter suas açÔes predatĂłrias sobre o meio e tambĂ©m ajudar a resolver questĂ”es sociais e ambientais. Pressionadas para se tornar verdes, as empresas responderam da maneira mais simples possĂvel: pintando suas fachadas em tons arbĂłreos. Significativamente, a sustentabilidade tornou-se um grande negĂłcio para consultores, tĂ©cnicos ambientais, relaçÔes pĂșblicas e assessores das mais diversas especialidades.
O argumento de Pfeffer Ă© que o foco da sustentabilidade tem sido voltado a questĂ”es relacionadas ao ambiente fĂsico, mas que as empresas afetam tambĂ©m o ambiente humano e social, gerando impactos sobre a saĂșde e a condição de vida, especialmente em seus funcionĂĄrios. O autor ilustra seu ponto de vista com casos de grandes corporaçÔes que nĂŁo poupam esforços para divulgar suas iniciativas
ambientais, porĂ©m mantĂȘm prĂĄticas miserĂĄveis de gestĂŁo de pessoas, com salĂĄrios baixos, benefĂcios restritos, longas jornadas e condiçÔes estressantes, insalubres ou perigosas de trabalho. Tais condiçÔes, conforme demonstram estudos compilados por Pfeffer, prejudicam a qualidade de vida, deterioram a saĂșde e reduzem a expectativa de vida.
Uma das corporaçÔes citadas no artigo é a British Petroleum, que não se cansa de promover suas iniciativas verdes, porém foi condenada a pagar uma multa de 87 milhÔes de dólares por uma explosão que matou 15 operårios em uma refinaria no Texas. A multa puniu a companhia pela explosão e por não ter corrigido problemas de segurança, mesmo depois do desastre. A empresa é a mesma que vem agora ocupando o noticiårio internacional em razão de uma nova catåstrofe, a explosão seguida de vazamento de petróleo no Golfo do México.
Por que as companhias privilegiam a sustentabilidade ambiental em detrimento da sustentabilidade humana? Talvez porque açÔes sobre o ambiente fĂsico sejam mais visĂveis: icebergs derretendo, ĂĄrvores derrubadas, ursos polares ameaçados e baleias encurraladas geram cenas espetaculares nas telas da tevĂȘ, porĂ©m, funcionĂĄrios trabalhando 12 ou 14 horas por dia dificilmente viram notĂcia. No entanto, hĂĄ outras explicaçÔes. A primeira delas Ă© que muitas empresas sĂŁo ainda arranjos semifeudais, ajuntamentos mal coordenados de pequenos castelos que trabalham isolados, com focos prĂłprios. Assim, enquanto as ĂĄreas operacionais, com apoio de recursos humanos, mantĂȘm com mĂŁo de ferro o controle sobre os custos de mĂŁo de obra, as ĂĄreas de relaçÔes institucionais e responsabilidade social tĂȘm verba prĂłpria para promover iniciativas de sustentabilidade, tingindo assim de verde a fachada da empresa.
Outra explicação é que as companhias reagem às pressÔes do meio, porém o fazem segundo seus próprios interesses. Se o meio pressiona por respeito ao meio ambiente e às comunidades, porém, se contenta com respostas de pouca substùncia e efeito pirotécnico, é assim que as empresas responderão.
Muitas organizaçÔes jå perceberam que dar foco à sustentabilidade humana favorece os negócios: melhora o clima organizacional, reduz conflitos, aumenta o comprometimento e eleva a produtividade. Algumas delas falam muito mais do que fazem. Ainda assim são mais coerentes que seus pares, que tentam tapar o sol com a peneira, ao privilegiar açÔes de efeito em lugar de cuidar melhor de seus funcionårios.
Thomaz Wood Jr. - Fonte: Carta Capital - Edição 599.
PROFESSORA PASQUALINA
O POLIGLOTA
Dunga fez parte de sua entrevista coletiva em Dar Es Salaam apenas para jornalistas tanzanianos. Um deles queria que a resposta fosse em inglĂȘs. Ouviu do diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, que Dunga nĂŁo se expressava no idioma. "Ele fala portuguĂȘs, italiano, espanhol...", disse Paiva. "JaponĂȘs tambĂ©m", emendou o tĂ©cnico.
Painel FC - Eduardo Arruda - Fonte: Folha de S.Paulo - 08/06/10.
DA IMPRENSA PARA A PROVA
On April 20, 2010, an explosion aboard the Deepwater Horizon, a drilling rig leased by the oil company BP, set off a blaze that killed 11 crew members. Two days later, it sank about 50 miles off the Louisiana coast and crude oil began gushing out of a broken pipe 5,000 feet below the surface. A month later, after a series of failed attempts to plug the leak, oil had begun to stain the coasts and marshes of Louisiana. The spill appears to be the worst oil disaster in American history: by the most conservative of the government estimates released May 27th, the spill by then had released almost twice as much oil as the Exxon Valdez, which spilled about 250,000 barrels of oil into Prince Williams Bay in Alaska in 1989.
THE NEW YORK TIMES, 28.MAI.10
O TRECHO DO ARTIGO acima refere-se ao maior vazamento de Ăłleo jĂĄ ocorrido nos Estados Unidos e que ainda nĂŁo foi contido. Ironicamente, comemoramos no Ășltimo dia 5 de junho o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Um acontecimento como esse tem repercussĂŁo na mĂdia mundial e Ă© alvo de intensa cobertura por parte dos ĂłrgĂŁos de comunicação. Esse artigo poderia facilmente ser uma fonte para a elaboração da prova de inglĂȘs de um exame vestibular.
As provas de inglĂȘs nos vestibulares mais recentes sĂŁo feitas para testar a capacidade de compreensĂŁo e interpretação de texto -a gramĂĄtica, quando solicitada, Ă© contextualizada.
Assim, as provas tem trazido artigos que abordam atualidades, acontecimentos no mundo da ciĂȘncia e da tecnologia, anĂĄlises comportamentais e, mais raramente, fatos histĂłricos e trechos de obras literĂĄrias.
Existem alguns sites e revistas que tĂȘm sido frequentemente utilizados.
Ă importante que o vestibulando se acostume ao estilo de texto de cada uma dessas mĂdias, que procure acompanhar os fatos mais recentes do noticiĂĄrio e que busque nessas fontes artigos para ir aos poucos se familiarizando com o vocabulĂĄrio rico e a estrutura de texto elaborada.
Faça uma pesquisa pelos Ășltimos vestibulares e se surpreenderĂĄ com a quantidade de vezes em que textos de "The New York Times", "The Economist" e "Scientific American" foram utilizados, quase sempre adaptados, para elaboração de questĂ”es. A seguir, veja links de algumas publicaçÔes:
"The New York Times": www.nytimes.com
"The Economist": www.economist.com
"Newsweek": www.newsweek.com
"Scientific American": www.scientificamerican.com
"Time Magazine": www.time.com
Denise Maciel Selmo Ă© professora de inglĂȘs dos colĂ©gios Santa Maria e Pio XII.
Fonte: Folha de S.Paulo - 09/06/10.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php