O PODER DO MARKETING VIII
30/09/2007 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES VIII
Outra idéia criativa de uma academia de ginåstica, The Fitness Company. Pesos foram colocados em vårios vagÔes do MetrÎ em New York City, que criam a ilusão que a pessoa, ao segurar a barra de segurança estå "malhando".
(Colaboração: Hélio Bob Pai)
PROFESSOR X
CUIDADO COM O QUE OUVEM
"VigilĂąncia epistĂȘmica" Ă© a preocupação que todos nĂłs devĂamos ter com relação a tudo o que lemos, ouvimos e aprendemos de outros seres humanos, para nĂŁo sermos enganados. Significa nĂŁo acreditar em tudo o que Ă© escrito e Ă© dito por aĂ, inclusive em salas de aula. Achar que tudo o que ouvimos Ă© verdadeiro, que nunca hĂĄ uma segunda intenção do interlocutor, Ă© viver ingenuamente, com sĂ©rias conseqĂŒĂȘncias para nossa vida profissional. Existe um livro famoso de Darrell Huff chamado Como Mentir com EstatĂsticas, que infelizmente Ă© vendido todo dia, sĂł que as editoras nĂŁo divulgam para quem. Cabe a cada leitor tentar descobrir.
VigilĂąncia epistĂȘmica Ă© uma expressĂŁo mais elegante do que aquela palavra que todos nĂłs jĂĄ conhecĂamos por "desconfiĂŽmetro", que nossos pais nos ensinaram e infelizmente a maioria de nĂłs esqueceu. Estudos mostram que crianças de atĂ© 3 anos sĂŁo de fato ingĂȘnuas, acreditam em tudo o que vĂȘem, mas a partir dos 4 anos percebem que nĂŁo devem crer. Por isso, crianças nessa idade adoram mĂĄgicas, ilusĂ”es Ăłticas, truques. Assim, elas aprenderĂŁo a ter vigilĂąncia epistĂȘmica no futuro.
Lamentavelmente, muitos acabam se esquecendo disso na fase adulta e vivem confusos e enganados, porque nĂŁo sabem mais o que Ă© verdade ou mentira.
Nossa imprensa infelizmente nĂŁo ajuda nesse sentido; ela tambĂ©m nĂŁo sabe mais separar o joio do trigo. Hoje, o Google indexa tudo o que encontra pela frente na internet, mesmo que se trate de uma grande bobagem ou de uma grande mentira. Qualquer "opiniĂŁo" Ă© divulgada aos quatro cantos do mundo. O Google nĂŁo coloca nos primeiros lugares os sites da Universidade de Oxford, Cambridge, Harvard ou da USP, supostamente instituiçÔes preocupadas com a verdade. In veritas Ă© o lema de Harvard. O Google nĂŁo usa sequer como critĂ©rio de seleção a "qualificação" de quem escreve o texto no seu algoritmo de classificação. Ph.Ds., especialistas, o PrĂȘmio Nobel que estudou a fundo o verbete pesquisado aparecem muitas vezes somente na oitava pĂĄgina classificada pelo Google. Avaliem o efeito disso sobre a nossa cultura e a nossa sociedade a longo prazo.
Todos nós precisamos estar atentos a dois aspectos com relação a tudo o que ouvimos e lemos:
âą Se quem nos fala ou escreve conhece a fundo o assunto, Ă© um especialista comprovado, pesquisou ele prĂłprio o tema, sabe do que estĂĄ falando ou Ă© no fundo um idiota que ouviu falar e simplesmente estĂĄ repassando o que leu e ouviu, sem acrescentar absolutamente nada.
âą Se o autor estĂĄ deliberadamente mentindo.
Aumentar a nossa vigilĂąncia epistĂȘmica Ă© uma necessidade cada vez mais premente num tempo que todos os gurus chamam de "Era da Informação".
Discordo profundamente desses gurus, estamos na realidade na "Era da Desinformação", de tanto lixo e "ruĂdo" sem significado cientĂfico que nos sĂŁo transmitidos diariamente por blogs, chats, podcasts e internet, sem a menor vigilĂąncia epistĂȘmica de quem os coloca no ar. Ă mais uma conseqĂŒĂȘncia dessa visĂŁo neoliberal de que todos tĂȘm liberdade de expressar uma opiniĂŁo, como se opiniĂ”es nĂŁo precisassem de rigor cientĂfico e epistemolĂłgico antes de ser emitidas.
Infelizmente, nossas universidades não ensinam epistemologia, aquela parte da filosofia que nos propÔe indagar o que é real, o que då para ser mensurado ou não, e assim por diante.
Embora o ser humano nunca tenha tido tanto conhecimento como agora, estamos na "Era da Desinformação" porque perdemos nossa vigilĂąncia epistĂȘmica. NinguĂ©m nos ensina nem nos ajuda a separar o joio do trigo.
Foi por isso que as "elites" intelectuais da França, Itålia e Inglaterra no século XIV criaram as vårias universidades com catedråticos escolhidos criteriosamente, justamente para servir de filtros e proteger suas culturas de crendices, religiÔes oportunistas e espertos pregando mentiras.
HĂĄ 500 anos nĂłs, professores titulares, livres-docentes e doutores, nos preocupamos com o mĂ©todo cientĂfico, a anĂĄlise dos fatos usando critĂ©rios cientĂficos, lĂłgica, estatĂsticas de todos os tipos, antes de sair proclamando "verdades" ao grande pĂșblico. Hoje, essa elite nĂŁo Ă© mais lida, prestigiada, escolhida, entrevistada nem ouvida em primeiro lugar. Pelo contrĂĄrio, estĂĄ lentamente desaparecendo, com sĂ©rias conseqĂŒĂȘncias.
Stephen Kanitz é administrador - Fonte: Veja - Edição 2028.
Abraços
Professor X
PROFESSORA PASQUALINA
ALUNOS DO 3Âș ANOS TĂM NOTA DE 8ÂȘ SĂRIE
Em SP, no final do 2Âș grau, 43% dos estudantes mostram conhecimentos de leitura e escrita esperados da 8ÂȘ sĂ©rie. Na escola pĂșblica, a situação Ă© ainda pior, segundo dados inĂ©ditos de um exame federal de avaliação de aprendizagem.
Quase a metade dos estudantes do Estado de São Paulo termina o ensino médio (antigo colegial) com conhecimentos em escrita e leitura esperados para um aluno de oitava série.
Dados inĂ©ditos extraĂdos do Ășltimo Saeb -exame federal de avaliação de aprendizagem-, realizado em 2005, revelam que 43,1% dos alunos do terceiro ano tiveram notas inferiores a 250, patamar fixado como o mĂnimo para a oitava sĂ©rie pela secretĂĄria de Estado da Educação de SĂŁo Paulo, Maria Helena GuimarĂŁes de Castro.
Ou seja, eles nĂŁo conseguem, por exemplo, compreender o efeito de humor provocado por ambigĂŒidade de palavras ou reconhecer diferentes opiniĂ”es em um mesmo texto.
Outros 15,2% dos alunos tiveram desempenho ainda pior, similar ao desejado para crianças da quarta série do ensino fundamental (antigo primårio).
O quadro seria ainda mais dramĂĄtico se os alunos da rede privada fossem retirados da conta, uma vez que a mĂ©dia dos estudantes das escolas pĂșblicas estaduais Ă© 21,2% inferior Ă dos alunos das particulares.
Talita Lima de AraĂșjo, 18, que estudou em uma escola estadual na PompĂ©ia (zona oeste de SP), reclama da precariedade do ensino pĂșblico. "Quando vocĂȘ termina o ensino mĂ©dio, sĂł percebe um vazio. NĂŁo temos chance no vestibular."
Os dados no Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Båsica) comprovam a impressão de Talita. A média da oitava série da rede privada (285,8) é maior que a do terceiro ano do ensino médio da rede estadual (253,6).
Dagmar Zibas, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas e uma das maiores especialistas em ensino mĂ©dio no paĂs, diz que o pĂ©ssimo desempenho Ă© conseqĂŒĂȘncia das condiçÔes de trabalho dos educadores.
"NĂŁo Ă© possĂvel que um professor, que jĂĄ tem formação deficiente, dĂȘ aulas em duas ou trĂȘs escolas. Ele nĂŁo sabe nem o nome dos alunos. Chega, faz a chamada, dĂĄ algumas instruçÔes e jĂĄ tem de correr para a prĂłxima aula", afirma.
Segundo a Secretaria Estadual da Educação, 70% dos professores tĂȘm emprego em outra rede -ou seja, no mĂnimo dobram a jornada.
O educador e filĂłsofo Mario Sergio Cortella, secretĂĄrio municipal de Educação de SĂŁo Paulo entre 1991 e 1992 na gestĂŁo Luiza Erundina (entĂŁo no PT), diz que o ensino mĂ©dio cresce como nunca na histĂłria do paĂs. "Nos Ășltimos dez anos, quase triplicamos o nĂșmero de alunos, muitos com atraso escolar. Se aumentamos imensamente o universo de alunos, houve inversamente uma degradação das condiçÔes de trabalho. Faltam professores".
Cortella diz que essa "colisão" (mais alunos e menos professores) se agravou pela promoção automåtica nas escolas. "Estamos colhendo o que foi organizado hå dez, 15 anos."
O educador diz não ser contra a progressão continuada, mas afirma que ela foi mal implementada. Segundo ele, é necessårio haver haver um sistema de recuperação eficiente, para que o aluno com dificuldade avance com as condiçÔes adequadas.
Jå o professor da Faculdade de Educação da USP Romualdo Portela reclama da descontinuidade administrativa. "Apesar de o mesmo partido comandar o Estado, cada secretårio teve uma agenda, o que causou uma descontinuidade", diz.
Para Maria Helena, que assumiu a secretaria do governo José Serra (PSDB) hå cerca de dois meses, presidiu o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais e ajudou a implantar o Saeb, o problema estå na alfabetização deficiente, ocasionada pela må formação dos professores e por materiais didåticos de må qualidade.
Ela afirma que um pacote lançado pelo governo irå melhorar a situação.
Secretårio de Educação à época da prova, durante o governo Geraldo Alckmin (PSDB), Gabriel Chalita foi procurado pela Folha, mas preferiu não se manifestar.
A prova do Saeb Ă© aplicada em todo o paĂs, de forma amostral, a cada dois anos, nas quartas e oitavas sĂ©ries do ensino fundamental e no terceiro ano do ensino mĂ©dio. O exame deste ano serĂĄ realizado no mĂȘs que vem.
FĂĄbio Takahashi - Fonte: Folha de S.Paulo - 01/10/07.
A solução do Brasil passa pela QUALIDADE DA EDUCAĂĂO DE NOSSAS CRIANĂAS E NOSSOS JOVENS!
Abraços
Professora Pasqualina
ATENĂĂO: AULAS DE INGLĂS. Aulas de inglĂȘs para pequenos grupos com a Professora Pasqualina e sua parceira Professora PatrĂcia. No Barreiro e no Eldorado. Contato - 33889365.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php