BRASIL É TRI NO MÉXICO
19/06/2009 -
FUTEBOL SHOW
A TAÇA DO MUNDO É NOSSA
English:
http://www.fifa.com/worldcup/archive/edition=32/index.html
21 de Junho de 1970, depois de ganhar os campeonatos de 1958 e 1962, o Brasil se torna tricampeão mundial de futebol ao sair vitorioso da final da Copa do Mundo daquele ano. A partida foi contra os italianos, no estádio Azteca, e terminou 4 a 1 para os brasileiros, com gols de Pelé, Gerson, Jairzinho e Carlos Alberto Torres. Pelo feito, a seleção conquistou o direito de ficar em definitivo com a taça Julies Rimet.
EU ME LEMBRO
"Fomos nos classificando e, no dia da final, havia o sentimento de que não podÃamos desistir. O jogo contra a Itália foi fácil, comparado com os outros, e o placar poderia até ter sido maior. Quando tudo terminou, a emoção foi tão grande que eu desmaiei. Só quem venceu uma Copa do Mundo sabe o que se sente. Fui campeão com a melhor seleção de todos os tempos." Roberto Rivelino.
Site: http://www.fifa.com/worldcup/archive/edition=32/index.html - Fotos, estatÃsticas e curiosidades sobre a Copa de 1970 na página oficial da Fifa.
Fonte: Aventuras na História - Edição 71 - Junho 2009.
JOEL SANTANA - O TÉCNICO
Uma charge do jornal Pretoria News ironizou o principal pedido do brasileiro Joel Santana aos seus jogadores da seleção sul-africana: o gol. O desenho também brinca com o inglês do treinador, que é esforçado, mas algumas vezes incompreensÃvel.
Pretoria News é o principal da cidade que é uma das quatro sedes da Copa das Confederações. É também o atual local de concentração da Seleção Brasileira.
Na charge, Joel aparece de agasalho com uma estampa da palavra "coach" - técnico, em inglês. Ele aponta um quadro com uma bola e uma trave, ligados por uma seta que indica um caminho simples para o gol.
O treinador aparece falando em português: "Só põe a bola na *!#@! baliza", como se soltasse um palavrão. Abaixo, um menino segura um placa com a ironia: "Lost in translation" - perdido na tradução, em inglês.
Veja a charge:
http://esportes.terra.com.br/futebol/copadasconfederacoes/2009/interna/0,,OI3835572-EI13810,00-Charge+de+jornal+sulafricano+ironiza+pedido+e+ingles+de+Joel.html
JOEL SANTANA FALA "INGRÊIS"
A seleção da Ãfrica do Sul completou um ano sob o comando do carioca (e caricato) Joel Santana, e a imprensa local passou esse tempo todo implicando com o “professor†por ele usar um intérprete para se comunicar. Carlos Alberto Parreira, técnico da seleção antes de Joel, nunca teve esse problema por falar bem o inglês, uma das muitas lÃnguas adotadas no paÃs. Para afagar o ego de jogadores e jornalistas, Joel estudou e resolveu inaugurar suas novas aptidões na Copa das Confederações. Um brasileiro gaiato colocou legendas engraçadas e, pronto, lá estava o vÃdeo fazendo sucesso no YouTube, com quase 200 mil acessos.
Rafael Pereira - Bombou na Web - Fonte: Época - Edição 579.
Veja o vÃdeo - http://www.casttv.com/video/78bjgy/joel-santana-s-sharp-speech-video
GOL CONTRA NA ÃFRICA DO SUL
As obras para a Copa de 2010 serão concluÃdas a tempo, mas o grande problema a ser resolvido até lá pela Ãfrica do Sul se refere à segurança. Todos os jornalistas estrangeiros têm alguma reclamação a fazer neste sentido. Um, Fernando Valeika, da revista "Placar", se atracou com um ladrão que enfiou a mão em seu bolso, perto do hotel onde se encontrava na Cidade do Cabo, considerada uma das mais seguras do paÃs. Enquanto rolavam no chão, Valeika foi salvo por um sul-africano que simplesmente chutou a cabeça do agressor que conseguiu fugir. Em Johannesburgo o comércio começa fechar as portas à s 16h30 e a partir das 20h não se vê mais ninguém nas ruas, nem moradores, nem estrangeiros.
Se a Copa das Confederações foi criada para testar a estrutura do paÃs sede do Mundial do ano seguinte, e atrair o público estrangeiro, para a Ãfrica do Sul poderá ter efeito contrário. A imprensa é praticamente unânime em criticar tudo. Da falta de informações a serviços básicos, chegando a esse principal fator assustador: a segurança. Além de Fernando Valeika, outro jornalista foi vÃtima de ladrões, antes mesmo da abertura da competição: Jorge Rodriguez, de "O Globo", que teve a câmera fotográfica furtada dentro do Centro de Imprensa do Estádio Ellis Park.
É importante ter uma Copa do Mundo na Ãfrica e em outros continentes subdesenvolvidos, e a Fifa enfrentou forte oposição quando apostou nisso. Teve que abrir muitas concessões à Ãfrica do Sul, que esteve ameaçada de perder a realização do evento. O paÃs não estava conseguindo cumprir o rigoroso caderno de encargos e foi liberado de gastos que eram obrigatórios nas Copas anteriores. O Brasil não terá a mesma colher de chá, pois, se assim fosse, já estaria totalmente pronto para 2014, comparados ao que está ocorrendo na Ãfrica a menos de um ano para a abertura de 2010.
Escrevi a primeira coluna daqui, logo que cheguei, e disse que "o tempo fechado e a temperatura de 7 graus não prejudicaram a boa impressão inicial que tive de Johannesburgo...". Dois dias depois, o sol surgiu, a temperatura subiu em todos os aspectos e depois de cinco dias nesta cidade já tenho outra impressão: um perigo! Às 16h30 o comércio começa a fechar as portas; às 18h fecham os shoppings; às 20h já não se vê quase ninguém nas ruas e às 21h só seguranças particulares e vigias armados nos quarteirões dos bairros. É como um toque de recolher voluntário.
A falta de serviços como táxi, transportes públicos, hotéis e informações oficiais nos aeroportos complica a vida de qualquer turista. Quem veio para cá acreditando que encontraria o mÃnimo necessário se deu mal. É o caso do médico ginecologista mineiro Jurandir Antônio Silvestre, nascido e formado em Juiz de Fora, residente há 29 anos em São Paulo. Chegou ao aeroporto de Johannesburgo e não tinha como se deslocar de lá, pois não havia nem táxis e ninguém para informá-lo de nada. Foi salvo por um jornalista brasileiro que já veio preparado para enfrentar situações como essa.
O médico Jurandir foi à Copa das Confederações na Alemanha, em 2005, e gostou da experiência. Quis repetir a dose e agiu do mesmo jeito de quatro anos atrás: comprou os ingressos dos jogos do Brasil, semifinal e final pela Internet. Não fez reservas de hotel porque imaginou que a Ãfrica do Sul tivesse estrutura turÃstica minimamente razoável. Conseguiu para os primeiros dias, mas não consegue táxi para se locomover, além de receber orientação de todos para não pisar nas ruas à noite. Vai procurar a companhia aérea para marcar a volta ao Brasil o mais rápido possÃvel.
Chico Maia - Fonte: O Tempo - 15/06/09.
POUCO PÚBLICO, MUITA FESTA
Irreverência. Apesar de não lotarem os estádios, sul-africanos mostram que são receptivos e sabem vibrar. Cantos, coreografias e muita simpatia contagiam quem acompanha um jogo em Bloemfontein.
A torcida tem sido um show à parte nos jogos da Copa das Confederações. E no encontro entre Brasil e Egito não foi diferente. O público não foi dos maiores. Só 27.851 pessoas pagaram para assistir ao confronto. Nem por isso, faltaram a animação e a irreverência do povo sul-africano, que estavam evidentes já na entrada do estádio. Bandeiras de Brasil e Egito, caras pintadas e muitos personagens exóticos. Apesar do Egito estar localizado na Ãfrica, o Brasil tinha a preferência dos sul-africanos. E motivos para a escolha era o que não faltava. "Sou Brasil desde pequeno.â€
Desde que vi Zico na Copa do Mundo de 1982", justificou Ray Plaatizes, que trouxe a esposa Rachel. "Também adoro o Brasil", completou ela. Já o moçambicano Luis Schwalbach foi além. Ele trouxe a mulher, Cristina, e também os dois filhos, Bruno e Rui. Todos devidamente identificados com as cores brasileiras. "Sempre torcemos. Se Moçambique ou Portugal não estão em campo, somos Brasil", disse. Apesar de viver em Bloemfontein, Luis afirmou que vai até Pretória, com a famÃlia, acompanhar os outros dois jogos da seleção na primeira fase, contra Estados Unidos e Itália. Dentro do estádio, a festa só cessou quando os jogadores desceram para o vestiário, após o fim do confronto. Mesmo com o frio, a torcida pulou, cantou, animou e vibrou a cada lance de efeito, sobretudo com a seleção brasileira. A situação só se inverteu um pouco quando o Egito, heroicamente e mostrando um bom futebol, chegou ao empate e pressionou o Brasil.
Vencedores de uma promoção realizada por uma marca de refrigerantes, os mineiros Leonardo Gomes de Farias e Vandernildo Maciel chegaram à Ãfrica do Sul na sexta-feira. Eles acompanharam o empate em 0 a 0 entre os anfitriões e o Iraque e vieram para Bloemfontein torcer pelo Brasil. "A hospitalidade do sul-africano é impressionante. Sinto em casa", destacou Leonardo.
Torcedores
34.341 torcedores acompanharam a partida entre Itália e Estados Unidos
27.851 espectadores pagaram para assistir ao jogo entre Brasil e Egito
Rogério Tadeu – Fonte: O Tempo - 16/06/09.
MENOS MAL
Com seus 300 mil habitantes e colonização predominantemente holandesa, Bloemfontein não mete o mesmo medo que Johannesburgo. A infra-estrutura da cidade já é muito boa e está sendo melhorada para a Copa. O estádio é confortável, de fácil acesso e muito prático. Mas impressionante é a qualidade da rodovia até aqui, e que prevalece em todo o paÃs. De Johannesburgo a Bloemfontein são quase 500 km perfeitos, com pavimentação raramente vista no mundo e condições de segurança invejáveis. Bom exemplo para o Brasil até 2014.
Chico Maia - Fonte: O Tempo - 16/06/09.
SEPARADOS
Oficialmente, a segregação racial terminou em 1994, mas a separação entre eles pode ser notada o tempo todo em qualquer lugar da Ãfrica do Sul. No esporte, por exemplo, os negros jogam futebol, os brancos, rúgbi e crÃquete. Esses também são adeptos das bicicletas e motos possantes. No comércio, os donos das lojas são brancos, e os funcionários, negros, com raras exceções. Os negros passaram a ocupar posições de destaque nos serviços públicos, depois que Nelson Mandela foi eleito presidente, na primeira eleição pós-apartheid. O primeiro negro na história.
TEMPO
É claro que, com o tempo, a desigualdade tende a diminuir. Antes de 1994, os negros eram renegados, mesmo sendo a maioria da população, na terra só deles, antes da chegada de holandeses, ingleses e outros europeus. Parei para assistir ao inÃcio do trabalho de um grupo de 50 policiais. Estavam perfilados, ouvindo as ordens do comandante, em frente ao museu histórico nacional. Todos os soldados eram negros, e o comandante, branco. A cena se repete nos estádios, quando eles vão iniciar as operações. Porém, também vi alguns comandantes negros.
DEMOCRACIA
Interessante é que, nas dificuldades e na pobreza, os negros não estão sós. Há pedintes brancos também, nos sinais de trânsito e nas ruas. Minoria absoluta, mas há. Na religião, o convÃvio e a tolerância são totais. Igrejas católicas, mesquitas, sinagogas e templos das mais diversas crenças dividem espaços nas regiões mais nobres e mais pobres. Mistura que só se compara com os idiomas falados: nove. Do zulu, que é maioria, ao inglês e mais sete. Não é raro encontrar pessoas que falam português, já que a presença de moçambicanos e angolanos aqui é enorme.
UMA BOA
Tenho recebido e-mail de leitores perguntando se valeria a pena programar vir à Copa do Mundo aqui em 2010. Respondo a todos, sem a menor dúvida: vale! É só planejar e buscar todas as informações necessárias, vindo preferencialmente em grupo. A Ãfrica do Sul tem atrativos espetaculares, os preços de tudo são convidativos, bem mais em conta que no Brasil, e a questão da violência é contornável. Assim como em qualquer grande cidade brasileira, o negócio é saber aonde ir, o horário adequado e com quem. Qualquer brasileiro sabe como agir da melhor forma.
Chico Maia - Fonte: O Tempo - 18/06/09.
SEGURANÇA
Se, no cotidiano das cidades, há preocupação quanto à segurança, agora a reclamação passou também para as áreas envolvendo atletas e pessoas que têm a ver com os jogos. Poucas semanas antes de começar a Copa das Confederações, a empresa de segurança contratada pelo governo rompeu o acordo e levou embora os 8.000 homens treinados para a competição. O jeito foi contratar outros 8.000. Porém, não houve tempo hábil para treiná-los. O resultado é que, na maioria dos locais destinados exclusivamente a jogadores e autoridades, entra qualquer um com a credencial pendurada no peito.
RISCO
Em qualquer evento onde há a participação de atletas dos Estados Unidos, a segurança é reforçada, por questões óbvias. Em Pretória, nem parecia que os norte-americanos estariam em campo. Rigor nenhum na fiscalização de equipamentos e pessoas que entraram no estádio. Jornalista ou trabalhador de alguma outra área, se tinha "crachá", estava liberado, mesmo se fosse gente mal-intencionada. As facilidades foram exageradas para se circular em todos os ambientes, como tem sido normalmente. No afã de serem simpáticos, estão relaxando demais. Isso certamente deve mudar em 2010.
Chico Maia - Fonte: O Tempo - 19/06/09.
ERA DUNGA E NÃO SABIA
Quando, no século 18, o pensador inglês Samuel Johnson escreveu que o patriotismo é o último refúgio dos canalhas, ele não quis dizer que o patriota é, necessariamente, canalha.
Quis dizer, apenas, que muitos são os canalhas que apelam para o patriotismo como derradeira tentativa de salvar sua pele.
Ao exaltar o comportamento da torcida pernambucana, Dunga não está nem sendo demagogo nem exagerado. Ele está só querendo que o comportamento dela vire padrão pelo paÃs afora, por mais ingênua que seja a pretensão.
Afinal, nos anos 90, criou-se a ideia de que ninguém gostava tanto da seleção brasileira quanto os pernambucanos e criou-se, também, um rótulo que de tempos em tempos os próprios pernambucanos fazem questão de reforçar. Não há mal nenhum nisso, ainda mais que o Mundão do Arruda tem sido invariavelmente palco de atuações convincentes dos times da CBF que passam por lá, como aconteceu na quarta-feira passada diante do Paraguai.
Ruim é ouvir Galvão Bueno tentar negar o óbvio sobre os vÃnculos ultimamente esgarçados entre a torcida em geral e a seleção. Ainda mais que ele mesmo caiu em contradição ao recusar, na abertura de sua sempre patriótica narração, a constatação das relações estremecidas e, ao fim dela, dizer que esperava que a vitória reatasse os laços da torcida com o time de camisa amarela. Ora, ou bem havia problemas ou não havia, embora talvez ele até tenha razão e as baixas audiências recentes dos jogos da seleção tenham mais a ver com a narração dos jogos do que com qualquer sentimento de desamor.
Seja como for, interessa reconhecer, apenas por ser justo e não para estabelecer relações privilegiadas, que o trabalho tão dura e justamente criticado de Dunga começa a frutificar, a dar um rosto para a sua seleção, seja esta cara do agrado ou não do torcedor ou do crÃtico.
Este que vos escreve, por exemplo, sempre gostou mais das caras das seleções de 1958 e 1970 do que das de 1994 e 2002, todas campeãs. Ou gostou muito mais da de 1982 do que das de 1974, 1978 e 1990, todas derrotadas de um jeito ou de outro. Como gostava, e muito, de Dunga como jogador e como crÃtico das mazelas de nosso futebol, papel que naturalmente abandonou ao se tornar empregado da CBF.
Se Dunga errou muito no começo de sua vida como técnico, não só ao convocar os Afonsos da vida mas também ao adotar um tom agressivamente defensivo em suas entrevistas, cumpre reconhecer que ele tem vencido apostas importantes, seja com Júlio César e Daniel Alves, seja, principalmente, com Felipe Melo, apesar de insistir com Gilberto Silva (Ramires formará dupla melhor com Felipe Melo) e de ainda não ter achado a solução para a lateral esquerda. Como melhorou o jeito de se comunicar sem deixar de ser quem é. Dunga nem ninguém tem o monopólio do patriotismo (tomara que não leiloe seus troféus mais tarde) e os que buscam tê-lo são, em regra, os tais canalhas, o que não é o caso dele nem de Galvão, que foi apenas bocó. Melhor que Dunga seja como treinador o que foi como jogador.
Juca Kfouri (http://blogdojuca.blog.uol.com.br/) - Fonte: Folha de S.Paulo - 14/06/09.
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