PARIS INUNDADA 1910
18/02/2010 -
MARILENE CAROLINA
PARIS INONDĂ 1910
English:
http://www.greenfudge.org/2010/01/23/the-next-great-flood-of-paris-%E2%80%93-a-question-of-time/
Video: http://www.kewego.fr/video/iLyROoafIPwB.html
Paris Under Water: http://www.parisunderwater.com/
French: http://www.inondation1910.paris.fr/
Ela jĂĄ era a cidade-luz, desfrutava do status de capital artĂstica e literĂĄria e, fazia algumas dĂ©cadas, se tornara a metrĂłpole mais moderna do mundo.
Mas, em janeiro de 1910, a glamourosa Paris sucumbiu à força da natureza e viu quase metade de sua årea -bairros como Marais e Quartier Latin- ser tomada pelas åguas, pela lama e a miséria.
A rara combinação de altos Ăndices de chuva, condiçÔes climĂĄticas atĂpicas e localização geogrĂĄfica foram os fatores que precipitaram a inundação.
Contudo a excessiva impermeabilização das ruas, largamente pavimentadas em 1860 pela reforma urbana que remodelara a cidade, potencializou esse efeito devastador.
A enchente, que completa cem anos, Ă© tema de exposição na França e do livro "Paris Under Water" (Paris Debaixo d'Ăgua), de Jeffrey Jackson.
O historiador americano diz que a cidade foi refĂ©m de sua crença quase ingĂȘnua no progresso, embalada pela filosofia positivista entĂŁo na moda.
Mas, "quando a tecnologia falhou, a população se sentiu traĂda", afirma Jackson.
Vincada por forte polarização social e econÎmica, Paris acabou sendo salva das åguas pela inesperada solidariedade que desabrochou entre seus habitantes, partilhando a mesma desgraça.
Jackson, que leciona no departamento de história do Rhodes College, em Memphis (EUA), destaca outro aspecto fundamental: graças ao desenvolvimento de novas måquinas fotogråficas, mais leves e fåceis de carregar, a capital submersa se tornou objeto de enquadramentos sem fim, que fizeram de sua agonia um evento midiåtico de alcance mundial.
LIVRO - "Paris Under Water" (ed. Palgrave Macmillan, 272 pĂĄgs.), de Jeffrey Jackson.
Detalhes: http://www.parisunderwater.com/.
EXPOSIĂĂO - A Galeria das Bibliotecas, em Paris, mantĂ©m atĂ© 28/3 a mostra "Paris Inundada - 1910". Mais informaçÔes em http://www.inondation1910.paris.fr/.
Marcos FlamĂnio Peres - Fonte: Folha de S.Paulo â 14/02/10.
VĂdeo: http://www.kewego.fr/video/iLyROoafIPwB.html
PAPEL DE PAREDE - EMIRADOS ĂRABES UNIDOS
Em Dubai, a noite é amplamente iluminada. Enquanto relùmpagos riscam o céu, o hotel Burj al Arab, em forma de vela e com 321 metros de altura, cintila à beira do golfo Pérsico. Foto de Maxim Shatrov.
Confira:
http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/papeis-de-parede/papeis-parede-fevereiro-530160.shtml?foto=3p.
Fonte: National Geographic - Edição 119.
MERECE SER VISITADO
Monte Verde, distrito de Camanducaia conhecido pelo clima frio e romĂąntico, aparece no livro "501 Destinos que Merecem Ser Visitados", lançado neste mĂȘs pela editora Larousse. A equipe que visita e seleciona os lugares turĂsticos justificou a inclusĂŁo da localidade no ranking pela grande oferta de atividades ao ar livre, o perfume dos pinheiros frescos e eucaliptos que cercam a regiĂŁo e a vista espetacular do alto dos picos ChapĂ©u do Bispo, Pedra Redonda e Pedra Partida. A edição de luxo - que jĂĄ estĂĄ nas livrarias de todo o paĂs e custa R$ 99 - abrange cidades do mundo inteiro.
Ălder Martinho â Fonte: O Tempo â 19/02/10.
O livro:
http://www.larousse.com.br/detalhes.asp?codigo=LRSE-501DEST&c
POLĂMICA NA CAPES
Para espanto de pesquisadores de USP, Unicamp e Unesp, a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NĂvel Superior) nĂŁo incluiu representante de nenhuma das universidades pĂșblicas de SĂŁo Paulo na ComissĂŁo de Preparação do Plano Nacional de PĂłs-graduação, que deverĂĄ funcionar nos prĂłximos dez anos. As trĂȘs respondem por mais da metade da produção cientĂfica brasileira e pela maior parte dos doutorados e mestrados.
O Presidente da agĂȘncia federal, o carioca Jorge GuimarĂŁes recuou diante da reação negativa. Desculpou-se com o secretĂĄrio de Ensino Superior de SP, Carlos Vogt, a quem pediu indicaçÔes para a comissĂŁo.
Segundo GuimarĂŁes, USP, Unicamp e Unesp ficaram de fora porque o prazo para formar a comissĂŁo era exĂguo e ele usou nomes de que jĂĄ dispunha. "Estava lutando contra o relĂłgio. Agora estĂĄ tudo resolvido."
NĂŁo Ă© a primeira polĂȘmica a envolver o bioquĂmico GuimarĂŁes. Em 2009, ele criticou o modelo de financiamento de bolsas no exterior. "Continuaremos a mandar alunos para formar doutores num modelo que faliu o mundo? Esse modelo se mostrou totalmente anticientĂfico, para dizer o mĂnimo."
Painel - Renata Lo Prete - Fonte: Folha de S.Paulo â 14/02/10.
Capes - http://www.capes.gov.br/
ELITE DESINFORMADA
EstĂĄ em fase de conclusĂŁo uma pesquisa, realizada pela Ipsos, mostrando que 31% dos brasileiros com ensino superior nĂŁo sabem citar corretamente o nome de pelo menos um ministro -vamos repetir, apenas um nome. Estamos falando aqui das pessoas com maior nĂvel educacional.
Esse grau de desinformação ajuda a explicar um estranho fenĂŽmeno da polĂtica brasileira. Consigo entender que o prestĂgio de Fernando Henrique Cardoso nĂŁo brilhe na população em geral, gerando um alto grau de rejeição: foram vĂĄrias as crises que explodiram em sua gestĂŁo, especialmente no segundo mandato, entre as quais o apagĂŁo.
Grave, de fato, para o ex-presidente, Ă© que sua credibilidade, mesmo entre a Ănfima minoria dos diplomados em faculdade, esteja abaixo de celebridades como ZezĂ© Di Camargo, Ronaldo FenĂŽmeno, Gugu Liberato, Ivete Sangalo ou Hebe Camargo -o ranking da credibilidade foi montado pelo Datafolha.
Qualquer indivĂduo com um mĂnimo de informação e equilĂbrio, mesmo que nĂŁo goste de Fernando Henrique, certamente reconhecerĂĄ que essa posição Ă© historicamente injusta. Nesse ranking, Lula estĂĄ, em geral, em primeiro lugar; entre os diplomados, em terceiro lugar. Ă justamente em cima disso que se estĂĄ montando, nessa sucessĂŁo presidencial, uma empulhação marqueteira.
AtĂ© considero apropriado que Lula esteja nos primeiros lugares de credibilidade. Ao final de seu mandato, o paĂs poderia estar muito melhor: reformas deixaram de ser feitas, a gestĂŁo das obras Ă© muito menor do que sua visibilidade publicitĂĄria, inchou-se e aparelhou-se a mĂĄquina pĂșblica.
Mas o fato Ă© que o resultado final estĂĄ acima do regular: o paĂs cresceu com inflação baixa e ampliaram-se os investimentos sociais. Isso significa menos gente miserĂĄvel. Houve avanços significativos na ĂĄrea educacional.
Não tenho registro de uma situação no Brasil em que tivéssemos, ao mesmo tempo, democracia, crescimento econÎmico, inflação baixa e tantos investimentos sociais.
SĂł que Lula nĂŁo seria o Lula que estĂĄ aĂ sem Fernando Henrique. Ele herdou uma inflação baixa, reformas que favoreceram o crescimento econĂŽmico, leis que reduziram a indisciplina de gastos estatais e a base para a construção do Bolsa FamĂlia. No final mandato de FCH, seis milhĂ”es de famĂlias recebiam bolsas associadas Ă escola, Ă saĂșde e ao trabalho infantil, e jĂĄ havia projetos para a unificação de todos esses programas.
Lula assegurou a estabilidade econĂŽmica e ampliou os gastos sociais. Em essĂȘncia, Ă© um governo de continuidade. Ă a imagem de uma corrida de bastĂŁo.
A empulhação marqueteira estĂĄ no seguinte: o corredor que pegou por Ășltimo o bastĂŁo vangloriar-se de ter conseguido ir muito mais longe. NĂŁo que os dois governos nĂŁo possam ser comparados. Do jeito que estĂĄ colocada, porĂ©m, a comparação pode servir para dar voto, mas pouco ajuda para uma anĂĄlise crĂtica do paĂs -e aĂ estĂĄ um "desserviço" educacional.
O levantamento da Ipsos indica que, apesar de todos os avanços da democracia, a desinformação Ă© generalizada. Se pouca gente sabe indicar corretamente um Ășnico nome de ministro, menos ainda sabe avaliar as polĂticas pĂșblicas, cujos processos sĂŁo complexos. SĂŁo raros os eleitores capazes de discorrer sobre o papel de cada nĂvel de governo.
O resultado disso é que um dos principais responsåveis por um dos marcos históricos nacionais -o controle da inflação- não seja visto, mesmo por pessoas com educação mais avançada. O mesmo ocorre com alguém que mereça mais credibilidade do que celebridades fugazes. Para completar, tudo isso é transformado no principal mote de toda uma eleição presidencial.
PS- A julgar pela saraivada de crĂticas, misturadas com provocaçÔes, desferidas por FHC contra Dilma Rousseff, parece que o ex-presidente estĂĄ desejando colaborar com o PT em sua estratĂ©gia de marketing.
Coloquei no www.dimenstein.com.br informaçÔes preliminares da Ipsos e o recorte por escolaridade sobre o ranking da credibilidade no Brasil.
Gilberto Dimenstein - Fonte: Folha de S.Paulo â 14/02/10.
Ipsos - http://www.ipsos.com.br/
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http://www.faculdademental.com.br/fale.php