DIREITO Ă PUBLICIDADE
18/02/2012 -
FAZENDO DIREITO
PUBLICIDADE EM CELULARES Ă NOVO DESAFIO DO FACEBOOK
English:
http://www.nytimes.com/2012/02/06/technology/facebooks-mobility-challenge.html?pagewanted=all
Muitas pessoas adoram seus celulares. O Facebook, até agora, não é grande fã desses telefones.
Em meio Ă s cifras financeiras espantosas que a empresa revelou em 1° de fevereiro, quando registrou sua oferta pĂșblica de açÔes, estava uma confissĂŁo interessante. Embora mais de metade de seus 845 milhĂ”es de membros se conecte ao Facebook por um aparelho mĂłvel, a empresa ainda nĂŁo encontrou uma maneira de ganhar dinheiro com isso.
"No momento, nĂŁo geramos nenhuma receita significativa com o uso do Facebook em produtos mĂłveis, e nossa capacidade de fazĂȘ-lo nĂŁo foi comprovada", disse a empresa em sua revisĂŁo de riscos.
Num mundo que avança rapidamente para uma era de computação mĂłvel, esse Ă© um problema preocupante para o Facebook, a estrela mais brilhante do Vale do SilĂcio -mais ainda porque boa parte do crescimento dela neste momento estĂĄ se dando em paĂses como Chile, Turquia, Venezuela e Brasil, onde as pessoas acessam a internet em grande medida atravĂ©s do telefone celular.
O Facebook nĂŁo Ă© a Ășnica empresa que luta para traduzir seu sucesso na internet para aparelhos mĂłveis, onde o espaço na tela Ă© valioso e onde as pessoas tĂȘm pouca paciĂȘncia para superlotação da tela ou para demoras em carregar informaçÔes. Esse Ă© um problema que aflige companhias tĂŁo diferentes quanto jornais e o serviço de streaming radio Pandora, e Ă© provĂĄvel que se intensifique. Em 2011, segundo relatĂłrio da empresa de pesquisas Canalys, foram vendidos no mundo mais smartphones que computadores.
Mas a questĂŁo parece ganhar urgĂȘncia especial para o Facebook, que Ă© tremendamente popular entre seus usuĂĄrios e Ă© visto como o empreendimento do futuro, um hĂbrido de ponto de encontro social e canal de informaçÔes, plataforma e editora. Em outras palavras: se o Facebook nĂŁo encontrar uma resposta, quem poderĂĄ?
"Esse Ă© um enorme calcanhar de Aquiles para o Facebook", disse Susan Elinger, consultora do Altimeter Group, que presta assessoria de tecnologia. "Existe um movimento claro em direção a mais consumo de mĂdia social em aparelhos mĂłveis, e o Facebook nĂŁo tem uma estratĂ©gia para conseguir receita com isso. Ele ainda nĂŁo encontrou uma resposta."
O Facebook se negou a comentar antecipadamente sua oferta de açÔes, mas a empresa fez uma revisĂŁo de suas preocupaçÔes no registro da oferta, afirmando prever que seus usuĂĄrios em aparelhos mĂłveis "superem o ritmo de crescimento de nossos usuĂĄrios ativos totais no futuro previsĂvel". E, se os executivos nĂŁo conseguirem mapear um caminho que leve Ă lucratividade nas plataformas mĂłveis, "a receita e os resultados financeiros da empresa poderĂŁo ser negativamente afetados".
De acordo com especialistas, estå em jogo uma parcela importante de receita publicitåria. Segundo pesquisa da eMarketer, os gastos totais com publicidade em aparelhos móveis nos Estados Unidos devem chegar a US$ 2,6 bilhÔes neste ano. Mas isso ainda serå apenas uma parte pequena de um mercado de publicidade on-line que deve chegar a US$ 39,5 bilhÔes.
O Google, concorrente do Facebook na internet, foi o maior participante do mercado de anĂșncios em celulares no ano passado, com receita de US$ 750 milhĂ”es, e a Apple ficou em segundo lugar, com mais ou menos US$ 90 milhĂ”es, segundo a eMarketer.
Um problema sĂ©rio da publicidade em aparelhos mĂłveis Ă© que os usuĂĄrios sĂŁo menos receptivos a anĂșncios intrusivos quando estĂŁo com a atenção focada sobre um objetivo, como postar uma atualização de status rapidamente ou buscar um endereço. "Temos anĂșncios em nossos computadores hĂĄ 15 anos e jĂĄ estamos acostumados", disse Noah Elkin, analista da eMarketer. "Mas, na tela menor do smartphone, os anĂșncios sĂŁo incĂŽmodos."
Ă claro que a evolução do marketing em aparelhos mĂłveis ainda estĂĄ em fase relativamente inicial, e Ă© possĂvel que o Facebook esteja demorando propositalmente a investir nessa ĂĄrea. Analistas dizem que a empresa pode estar focando aumentar o trĂĄfego para seu site e aplicativos para aparelhos mĂłveis, mais ou menos como, inicialmente, manteve seu web site original livre de anĂșncios.
Mas, segundo especialistas, tambĂ©m Ă© possĂvel que o Facebook esteja de posse de uma reserva nĂŁo explorada de receita publicitĂĄria. Seus anĂșncios para aparelhos mĂłveis poderiam ser altamente rentĂĄveis se a empresa começasse a mostrar aos usuĂĄrios anĂșncios ou cupons ligados aos lugares que visitam e as empresas que frequentam.
Em vista de como a atividade em aparelhos móveis é crucial para o futuro do Facebook, muitas pessoas ficaram surpresas pelo fato de a empresa aparentemente ter demorado a lançar um aplicativo para o iPad, como fez finalmente em outubro. Alguns criticam o app da companhia para o iPhone, dizendo que é repleto de bugs.
Isso levou algumas pessoas a perguntar se o Facebook terå demorado propositalmente a investir em seus aplicativos para celulares, enquanto define uma estratégia mais ampla. Se os usuårios chegarem ao Facebook através de um browser para aparelho móvel, ao invés de um app, a empresa poderå evitar o pedågio da Apple.
O fato de direcionar usuĂĄrios para pĂĄginas da web nos aparelhos mĂłveis permite que o Facebook evite criar um app para cada tipo de telefone, disse Joe Hewitt, que criou um app para iPhone para o Facebook e deixou a companhia no ano passado. "Ă sempre vantajoso para o Facebook deixar que a web seja seu sistema operacional", disse ele. "VocĂȘ pode desenvolver na internet e reutilizar o mĂĄximo possĂvel de cĂłdigo."
Por Jenna Wortham - Colaborou Brian X. Chen - Fonte: Folha de S.Paulo - 13/02/12.
MatĂ©ria original em inglĂȘs:
http://www.nytimes.com/2012/02/06/technology/facebooks-mobility-challenge.html?pagewanted=all
DE SAĂDE, CONSTRUĂĂES E LEIS
Os profissionais que trabalham com leis tĂȘm condição de dar a estrutura legal das prĂĄticas mĂ©dicas que acolhem prĂłteses prejudiciais Ă saĂșde das clientes e roupas de camas hospitalares contaminadas dos pacientes, construtoras cujos prĂ©dios desabam, viadutos que se partem em poucos anos, conforme se tem visto? Perguntaram-me: as profissĂ”es clĂĄssicas da engenharia, da medicina e da aplicação das leis conseguirĂŁo jeito e protegerĂŁo a cidadania no mundo turbulento da cidade atual?
Sempre houve quem precisasse de alguĂ©m que curasse, que construĂsse abrigos e estruturas resistentes, que decidisse discordĂąncias geradas pelos desafios da vida moderna. Como enfrentar a complexidade da situação atual?
No plano da Constituição os juĂzes integram o Poder JudiciĂĄrio de nĂvel igual, em tese, ao Legislativo e ao Executivo em direitos e poderes (art. 2Âș). Advogados e promotores exercem funçÔes essenciais Ă Justiça (arts. 127, 131, 133 e 134). A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Ă© referida em vĂĄrios dispositivos da Carta (93, I, 84, 103 - VII), com seus inscritos. Ă compreensĂvel que os perguntantes se mostrassem mais interessados nas respostas do que no exame da situação encontrada. Insistiram na pergunta: vistas a profissĂ”es clĂĄssicas, no desenvolvimento das ciĂȘncias, na acumulação urbana das populaçÔes, na complexidade das leis, como enfrentar o aumento geomĂ©trico das populaçÔes e a ampliação dos espaços habitados?
Perturbada a vida das pessoas pela instabilidade, hĂĄ o risco de sacrificar o mĂnimo ideal da dignidade humana. A diversidade das leis reguladoras e os modos pelos quais sĂŁo aplicadas na convivĂȘncia atual, sob o ataque ao fĂsico e ao espĂrito e em universo ambiental sempre modificado, complicam a busca da lei a criar e a aplicar.
No tumulto dos grandes centros urbanos, atĂ© a saĂșde mental se embota na pessoa que se vĂȘ sĂł, embora na multidĂŁo. O universo da aplicação das leis Ă© cada vez mais complexo. Assustam as insuficiĂȘncias no combate ao crime, Ă s vezes gerado pela prĂłpria polĂcia. A contenção das ofensas civis e a preservação dos direitos individuais tropeçam na falta de segurança pessoal e nas falhas da preservação individual, sejam quais forem as leis dominantes. TambĂ©m a pluralidade confusa das religiĂ”es conflitantes, que se dividem nas questĂ”es da fĂ©, impĂ”e a busca salutar do equilĂbrio. Como tirar maior proveito, espiritual ou material, da situação Ă© um problema em si mesmo atĂ© na determinação do direito a preservar as famĂlias e seus entes.
Nada é definitivo. A velocidade do processo perturba a avaliação, instante após instante. No mundo dos engenheiros de prédios que caem, no mundo dos médicos das doenças complicadas por aparelhos e técnicas ainda não comprovadas, no mundo da dificultosa decifração das leis, a distùncia entre os extremos é grave, e outras comprovadas e salvadoras.
A lei Ă© apenas uma das garantias para o direito de cada um. Temos de pagar o preço da transição no rumo de novas espĂ©cies, atĂ© na passagem para outras formas de vida. Quando a instabilidade se consolidar em estabilidade assentada na tomada de consciĂȘncia de um novo equilĂbrio, continuaremos alternando atĂ© novo descarrilamento da paz nos ciclos da vida. Em nova etapa de confusĂŁo, as alternĂąncias, inevitĂĄveis, sĂŁo para todo o sempre.
Walter Ceneviva - Fonte: Folha de S.Paulo - 11/02/12.
LIVROS JURĂDICOS
DIREITO CONTEMPORĂNEO DO TRABALHO
AUTOR Amauri Mascaro Nascimento
EDITORA Saraiva (0/xx/11/3613-3344)
QUANTO R$ 90 (550 pĂĄgs.)
Mestre respeitado, o autor distingue o direito contemporĂąneo de sua versĂŁo clĂĄssica, na sequĂȘncia da histĂłria. Na primeira das cinco partes vĂȘ o direito contemporĂąneo propriamente dito. A perspectiva da segunda tem tipos de ordenamentos, seguida por normas jurĂdicas, tipos de contrato e a experiĂȘncia do Brasil.
MODULAĂĂO EM MATĂRIA TRIBUTĂRIA
AUTOR FĂĄbio Martins de Andrade
EDITORA Quartier Latin (0/xx/11/3101-5780)
QUANTO R$ 112 (494 pĂĄgs.)
Tese de doutorado na UERJ suscita, no dizer de Misabel Abreu Machado Dersi, reflexão sobre consequencialismo judicial e a modulação dos efeitos judiciais. Avalia decisÔes do Supremo Tribunal Federal. PropÔe o afastamento do argumento pragmåtico e, como conclusão, regra para sistematizar o cunho econÎmico em matéria tributåria.
UMA SISTEMATIZAĂĂO SOBRE A SAĂDE DO TRABALHADOR
AUTOR Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira
EDITORA LTr (0/xx/11/2167-1100)
QUANTO R$ 75 (437 pĂĄgs.)
O subtĂtulo da obra "Do exĂłtico ao esotĂ©rico" propĂ”e, ao leitor, o indispensĂĄvel percurso da nota do autor, na pĂĄg. 21. A obra sustenta concepçÔes novas sobre a saĂșde do trabalhador, de sua proteção constitucionalmente indispensĂĄvel, para a garantia efetiva da sociedade e dos trabalhadores.
PRINCĂPIOS JURĂDICOS DO DIREITO DO TRABALHO
AUTOR Carlos Zangrando
EDITORA LTr (0/xx/1/2167-1100)
QUANTO R$ 130 (685 pĂĄgs.)
Zangrando percorre sua avaliação com fidelidade ao tĂtulo da obra: situa o temĂĄrio envolvido, sob a Ăłtica principiolĂłgica que tem por essencial. Por isso vĂȘ a teoria geral dos princĂpios jurĂdicos, para, mais Ă frente, os situar no quadro geral e no especĂfico do direito do trabalho. Cuida, ao fim, dos elementos do processo.
DIREITO PENAL, VOL. 3
AUTOR André Estefam
EDITORA Saraiva (0/xx/11/3613-3344)
QUANTO R$ 98 (502 pĂĄgs.)
O terceiro e penĂșltimo volume percorre os arts. 184 a 285 da parte especial. O volume 4 se destina a completar o desenvolvimento da obra, a contar do art. 286, atĂ© ao 359-H.
DIREITO ECONĂMICO DO PETRĂLEO E DOS RECURSOS MINERAIS
AUTOR Gilberto Bercovici
EDITORA Quartier Latin (0/xx/11/3101-5780)
QUANTO R$ 114 (397 pĂĄgs.)
Professor titular da Fadusp, Bercovici traz tese oferecida na conquista da titularidade, a dizer, por si mesmo, do relevo da obra.
Fonte: Folha de S.Paulo - 11/02/12.
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