DIREITO Ă FIGURA HUMANA
24/01/2014 -
FAZENDO DIREITO
AMOR Ă VIDA
English / vĂdeo:
http://ryanwoodwardart.com/commissioned-works/amor-a-vida/
See more:
http://lounge.obviousmag.org/movim
Ryan Woodward â
http://ryanwoodwardart.com/
https://www.facebook.com/search/results.php?q=Ryan+Woodward&init=public#!/bottomoftheninth
O animador e designer Ryan Woodward criou um projeto de arte que explora o desenho da figura humana e seu movimento. Um vĂdeo espetacular. Vale a pena ser visto.
Veja a abertura da novela âAmor Ă Vidaâ sem os crĂ©ditos e sem a mĂșsica utilizada pela Globo. Muito legal!
Confira:
http://ryanwoodwardart.com/commissioned-works/amor-a-vida/
Fonte: Obvious â 18/01/14.
Mais detalhes:
http://lounge.obviousmag.org/movim
Ryan Woodward â
http://ryanwoodwardart.com/
https://www.facebook.com/search/results.php?q=Ryan+Woodward&init=public#!/bottomoftheninth
LIBERDADE, IGUALDADE, ROLEZINHOS
O interessante nesse debate sobre os rolezinhos Ă© que ele revela na prĂĄtica os limites teĂłricos sobre os quais nossa sociedade tenta equilibrar-se --e muito precariamente, diga-se de passagem.
NĂŁo vemos mendigos e crackeiros dentro de shoppings. Eles nĂŁo deixam de frequentar esses estabelecimentos porque nĂŁo apreciem um ar condicionadozinho em tardes de calor, mas simplesmente porque os seguranças nĂŁo os deixam entrar. Se o fizerem, sĂŁo logo postos para fora. E ninguĂ©m reclama, porque os shoppings sĂŁo estabelecimentos privados. TĂȘm liberdade para criar algumas regras restritivas em relação a sua utilização. Ă bastante razoĂĄvel que seja assim. Se o shopping fosse um espaço indistinguĂvel do de ruas e praças, nenhum lojista pagaria mais para instalar-se ali.
Isso, porĂ©m, Ă© sĂł metade da histĂłria. Vivemos num estĂĄgio de civilização em que jĂĄ nĂŁo se admitem mais algumas modalidades de discriminação racial e social. Ă verdade que ninguĂ©m advoga pelo direito de mendigos frequentarem shoppings, mas revolta-nos pensar que pessoas sejam impedidas de entrar num deles apenas em virtude da cor de sua pele ou de seus rendimentos. Exigimos certa igualdade jurĂdica entre cidadĂŁos.
Nesse contexto, sĂŁo absurdas as liminares que pretendem proibir a realização de rolezinhos. Ă possĂvel e desejĂĄvel deter alguĂ©m que cometa um furto ou atĂ© que incorra numa das vĂĄrias contravençÔes penais referentes Ă paz pĂșblica, mas nĂŁo dĂĄ para impedir um conjunto indeterminado de pessoas de estar num lugar que Ă© em princĂpio aberto ao pĂșblico.
A moral da histĂłria Ă© que liberdade e igualdade, embora tenham inspirado a Revolução Francesa, sĂŁo princĂpios incongruentes. Se os agentes sĂŁo livres para buscar seus interesses, alguns acumularĂŁo mais bens do que outros e darĂŁo tratamento privilegiado a seus familiares, amigos e clientes, o que mina, na teoria e na prĂĄtica, a ideia de igualdade.
HĂ©lio Schwartsman â Fonte: Folha de S.Paulo â 21/01/14.
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