BULLYING – TIRE ESSA IDEIA DA CABEÇA
11/06/2009 -
EDITORIAL
Você sabe o que é “bullying”? Se já sabe, esse é o momento de reciclar. Se não sabe, chegou a hora. De acordo com a própria conceituação “O termo BULLYING compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima.”
Essa prática de violência física ou psicológica, executada de forma individual ou em grupos, tem sido presenciada de forma assídua nas escolas. Os “bullies” (autores) escolhem suas vítimas como os animais escolhem suas presas, ou seja, colegas visivelmente frágeis e desprovidos de poder de reação imediata. Basta que se criem estereótipos: gordo, magrelo, pobre, etc. para que a “brincadeira” seja iniciada.
Recente pesquisa do Sindicato dos Professores de São Paulo, apontou que 87% dos docentes afirmaram ter presenciado algum ato violento dentro da escola, e que 93% deles foram cometidos por alunos. Uma pesquisa feita em Portugal, com sete mil alunos, constatou que um em cada cinco alunos já foi vítima de bullying. Nas escolas espanholas, o nível de incidência de bullying já chega a 20% entre os alunos. Na Grã-Bretanha, 37% dos alunos de escolas britânicas admitiram, em pesquisa, que sofrem atos de violência pelo menos uma vez por semana.
O “bullying” está presente em escolas, colégios, faculdades e universidades. Entre os exemplos de bullying estão a humilhação, como a colocação de apelidos pejorativos e a grafitagem com expressões depreciativas, atos de discriminação racial ou da origem social dos alunos. E há ainda o “cyberbullying”, que é a inserção de mensagens ofensivas em comunidades de relacionamento virtual, como blogs e Orkurt.
O assunto é muito sério, pois envolve dois agentes perigosíssimos. Um é o agente agressor que demonstra total falta de escrúpulos, com tendência a se tornar um perigo constante para a sociedade, se sentindo normalmente muito mais poderoso do que realmente é. O outro é a vítima, geralmente pessoas tímidas, com características físicas marcantes e que não costumam reagir à humilhação sofrida. Ao guardar toda a mágoa, tende à depressão. Estudos comprovam que alguns dos massacres ocorridos nos Estados Unidos, também na Europa, em escolas e universidades, se deram por vítimas de “bullying”, que ao serem massacrados moralmente, se vingam e se transformam em agressores para reproduzir a violência sofrida. Normalmente, acaba em suicídio. Há casos em que a vingança não ocorre, somente o suicídio.
Todos os agentes educacionais precisam estar atentos para a presença do “bullying” nos estabelecimentos de ensino. Tanto agressores quanto vítimas precisam de orientações claras e precisas, além de acompanhamento psicológico. Os pais precisam estar envolvidos também e promoverem ações concretas, com a devida seriedade que o tema necessita. Através da percepção, ação e educação, será possível detectar esses atos de violência, orientando e explicando o quanto nocivo é a agressão, a submissão e a passividade. Agora que você já sabe o que é “bullying”, assuma sua responsabilidade perante a sociedade e tire essa idéia da cabeça. Ao perceber o “bullying” não se recolha, não se intimide e não fique calado. Somente com a identificação desses atos, o mais cedo, um mundo melhor será possível, com verdadeiros cidadãos.
Educação, Paz e Saúde a todos!
Obs.: Existem sites específicos em português (http://www.bullying.com.br/) e em inglês (http://www.bullying.org/; http://www.bullying.co.uk/).
Fotos acima/capa:
Fonte: http://www.teclasap.com.br/blog/2009/04/06/o-que-significa-bullying/
Fonte: http://www.ipanema.notredame.org.br/FlyXpress/news.php?f_id_news=293
Veja também:
http://veja.abril.com.br/especiais_online/bullying/index.shtml
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